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Sartre - Resumo

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Sartre (1905/1980) 
Paris, 1980, funeral de Sartre, 
“A existência precede a essência”. 
• A essência é o que faz com que uma coisa seja 
o que é, e não outra coisa. 
• Primeiramente o homem existe, se 
descobre,surge no mundo e somente depois 
se define. 
• Primeiro é preciso ser homem, existir, para 
depois pensar sobre isso e atribuir sentido a si 
e ao mundo. 
 
• O homem se diferencia dos animais por ser 
livre. 
• A consciência humana distingue o homem 
dos animais e das coisas que são “em si” e não 
tem a capacidade de autorreflexão. 
• O homem é consciente, autorreflexivo, ele é 
“para si”. O “para-si” refere-se ao mundo da 
consciência 
• A consciência humana possui conhecimento 
de si e do mundo, faz relações e, ao fazer 
essas relações, constrói um sentido para o 
mundo. 
 
Liberdade 
• O homem está condenado à liberdade: não 
existe essência e nem modelo para seguir, 
descobre que seu futuro é uma construção. 
 
• Se o homem é livre, consequentemente é 
responsável por tudo aquilo que escolhe e faz. 
A liberdade só possui significado na ação. 
Escolha 
ano é um ser que possui consciência, 
• O humano é um ser que possui consciência, 
isto é, interpreta e dá significado ao mundo. 
• A consciência percebe que faz escolhas, 
percebe-se como agente da sua própria 
existência. 
• "Não importa o que fizeram a você. O que 
importa é o que você faz com aquilo que 
fizeram para você". 
 
 
 
Projeto 
• Toda pessoa a cada momento escolhe o que 
fará de sua vida, não há um destino 
previamente concebido 
• As escolhas de cada um são direcionadas por 
projetos (escrever um livro, comprar uma 
casa...). Projeto é aquilo que você faz de sua 
vida e não aquilo que gostaria de fazer. 
• Todas as pessoas são movidas por um projeto 
fundamental, o projeto de autorrealização, da 
transcendência. 
 
Escolha e responsabilidade 
• Cada escolha carrega consigo uma 
responsabilidade . 
• Essa responsabilidade não pode ser dividida. 
O ser humano arca com os resultados de suas 
escolhas. 
• A história do homem é o resultado de suas 
escolhas. 
 
• Ele escolhe a cada momento como será o 
momento seguinte. 
• Ele se inventa todos os dias 
• As escolhas que realiza constituem sua 
essência, e assim cria seus valores. 
Liberdade e livre-arbítrio: 
 A liberdade de escolha não é absoluta, já que 
é submetida a regras e convenções sociais e as 
possibilidades que se apresentam. 
 Nas escolhas, o homem tem consciência 
dessas limitações. 
Angústia 
• Ao tomar consciência da sua liberdade, e ao 
sentir-se como um vazio (sem modelos ou 
caminhos definidos), homem sente-se 
angustiado, pois percebe-se que o momento 
de escolha define a existência 
 “ as escolhas definem o que você é ou se 
tornará” . 
• Estas escolhas podem afetar, de maneira 
irreparável, o seu mundo . 
 
 
• A angústia decorre da consciência da 
liberdade e do receio de usá-la de forma 
errada. 
• A responsabilidade pressupõe um ser 
consciente e engajado no mundo em que se 
encontra. 
• Quando não consegue suportar essa angústia, 
o homem procura refugiar-se, caindo má-fé. 
• Má-fé: a atitude característica do homem que 
tenta negar a liberdade, finge escolher, sem na 
verdade escolher e imaginar que seu destino 
está traçado. É uma postura inautêntica. 
 
A responsabilidade 
• O homem é responsável por aquilo que é, o 
que o define é o que faz. O homem é 
responsável não só pela sua individualidade, 
mas algo muito além, pois consequentemente 
é responsável por todos 
• Uma das principais características do 
existencialismo é exatamente colocar o 
homem no domínio do que ele é e lhe atribuir 
plena e total responsabilidade por sua 
existência. 
Psicoterapia Existencial 
• Trabalha com o existente (o ser em sua existência 
concreta) 
• Vê a existência como um projeto: o homem não 
existe antes do seu projeto. Assim, a análise da 
existência toma por objeto a análise do projeto 
existencial enquanto chave organizadora da 
existência. 
• Foca nas dimensões históricas e na 
responsabilidade de cada indivíduo em construir 
o seu-mundo. 
• Trabalha a mudança e a autonomia pessoal. 
 
• Busca auxiliar o indivíduo a escolher-se e a 
proceder de um jeito cada vez mais autêntico 
e responsável. 
• Objetiva promover o encontro da pessoa com 
a autenticidade da sua experiência, para que 
venha a assumi-la e possa projetá-la mais 
livremente no mundo. 
• Percebem o homem como um ser consciente, 
autônomo, afetivo e farto de emoções 
próprias, como também de sentimentos, 
sonhos, anseios, crises e desejos. “Dessa 
forma, na relação terapêutica, o cliente é 
sempre percebido como uma pessoa com 
capacidade para expandir sua consciência e 
decidir, por si mesmo, a futura orientação a se 
dada à sua vida. 
• A preocupação do terapeuta fenomenológico-
existencial, além de tentar compreender 
melhor a pessoa do cliente, é também a de 
levá-la a uma auto compreensão que o 
permita ressignificar seu futuro, podem assim 
aceitar a responsabilidade que acompanha a 
liberdade de conduzir sua própria vida. O que 
se que é ajudar a pessoa a encontrar um 
sentido para a vida 
A condição do homem 
existencialista 
Angústia 
 
• “Se existir é escolher, existir é sofrer angústia”. 
• A angústia também se relaciona com o fato de 
que o homem precisa escolher sem o apoio e 
orientação de ninguém. É puro desamparo. O 
homem está condenado a ser livre. 
Condenado porque não criou a si próprio e 
livre, pois, atirado ao mundo, é responsável 
por tudo o que fizer. 
Desamparo 
• O homem se vê diante de escolhas de sua vida 
e de seu destino, sem o apoio ou orientação 
de ninguém. 
• O desamparo provém da ausência de valores 
para o homem se sentir orientado e 
estimulado. 
• O homem fica abandonado por não encontrar 
nem em si mesmo nem fora de si um algo 
para apegar-se. 
• O homem deve escolher por ele próprio, 
tornando-se assim a sua própria lei e sua 
própria moral. 
• Sartre cita que interpretamos os sinais que 
nos são mostrados no decorrer da vida de 
acordo com nosso próprio temperamento e 
simpatias, deste modo, sempre somos nós 
que decidimos, mesmo quando acreditamos 
que seguimos a opinião de outras pessoas. 
• Somente podemos contar conosco, com 
nossas responsabilidades e com nossos 
recursos. 
Desespero 
• Por causa deste abandono total, emerge o 
desespero:somente podemos contar com o 
que provém da nossa vontade. Estamos 
desamparados por não poder ter‘apoio’ de 
Deus, nem da humanidade, nem de partido 
algum ou de qualquer companheiro. 
• Mas o desespero obriga o homem a agir. 
O ser e o nada 
(Sobre a filosofia existencial) 
• O ser existe antes da consciência. 
• A consciência é vazia de conteúdo – seu 
conteúdo está na relação com o objeto 
(Husserl: toda consciência é consciência de 
alguma coisa) 
• A consciência existe quando o ser-em-si 
(fenômeno, aquilo que se manifesta à 
consciência) e a consciência de si mesmo se 
encontram (ser-para-si) 
• O ser-para-si só existe na relação que mantém 
consigo mesmo (Husserl:ato intencional da 
consciência) 
 
O existencialismo é um humanismo 
 • o homem não é apenas responsável por si, 
mas também por todos os homens. 
• Todos os nossos atos, que criam o homem que 
queremos ser, estão também produzindo a 
imagem do homem tal como acreditamos que 
ele deveria ser. 
• Ao afirmar que homem se escolhe a si mesmo, 
Sartre também quis trazer a ideia de que cada 
um de nós se escolhe, mas, também, que, 
escolhendo-se, o homem escolhe todos os 
homens. 
A Náusea 
• Tem como personagem um homem solitário,que encontra-se perdido e sem razão para 
continuar a viver. Ele busca uma forma para se 
libertar de uma vida sem sentido. 
• O livro aborda a ânsia do homem para saber o 
sentido da existência. O personagem principal, 
Roquetin, ao se deparar com a realidade ele 
sente náuseas por acreditar que essa 
realidade é irracional, não pode ser explicada. 
“Entre quatro paredes” 
• Após morrer, três indivíduos vão parar no 
inferno.Estão confinados numa sala, sem 
espelhos, sem necessidade de se alimentar ou 
de dormir, por toda eternidade. Se veem 
através dos olhos dos outros - outros que não 
teriam sido os escolhidos para se conviver. 
• Nesse inferno não existe um diabo, cheiro de 
enxofre ou chamas, mas apenas os outros. 
• As relações humanas são conflituosas, pois 
envolve um confronto entre a própria 
liberdade e a liberdade do outro. 
• É através do outro que nos conhecemos.

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