Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Monitoria de Semiologia – Lara Q. e Caíque M. 2018 DERMATITE OCRE Em virtude do aumento da pressão hidrostática como, por exemplo, no caso das varizes, há extravasamento de hemácias, que se desintegram no interstício e são fagocitadas por macrófagos (o ferro das hemácias é depositado como hemossiderina no citoplasma dos macrófagos). Com a cronificação do processo, os macrófagos passam a ser insuficientes e o pigmento de ferro passa a ser excluído do meio interno pela formação de fibrose pelos fibroblastos. INSUFICIÊNCIA VENOSA INSUFICIÊNCIA ARTERIAL Temperatura da pele Normal Fria Coloração Normal ou cianótica com os membros pendendo para baixo Dermatite ocre Pálida durante elevação do membro Pulsos arteriais Normais, podem ser difíceis de palpar em caso de edema Diminuídos ou ausentes Alterações cutâneas/aspecto da pele Pigmentação acastanhada em torno do tornozelo (dermatite ocre); edema; espessamento da pele; eczemas; úlceras Pele fina, brilhosas e atrófica (diminuição da espessura), perda dos pelos, espessamento das unhas Piora da dor Membro pendente Membro elevado ou pelo exercício (claudicação intermitente progredindo para dor em repouso) Melhora da dor Membro elevado Membro abaixado/ repouso Edema Intenso Ausente ou discreto, pode surgir quando paciente abaixa o membro para melhorar a dor Ulceração Parte interna dos tornozelos perimaleolares Pododáctilos ou pontos traumáticos Gangrena Não ocorre Pode ocorrer Queixa típica Piora do edema e desconforto ao decorrer do dia Claudicação intermitente Mecanismo Fisiopatológico Hipertensão venosa Isquemia tecidual Causas Varizes, TVP, compressão extrínseca Aterosclerose, compressão extrínseca INSUFICIÊNCIA ARTERIAL Resultado da diminuição do fluxo sanguíneo arterial para os membros e pode manifestar-se através de síndromes isquêmicas agudas ou crônicas. Aterosclerose obliterante é principal causa de isquemia dos membros. As principais artérias acometidas são artéria femoral superficial e artéria poplítea. Aguda: abrupta, em algumas horas pode haver necrose dos tecidos isquemiados. Crônica: estreitamento lento e progressivo da luz das artérias e manifesta-se pela claudicação intermitente, que é uma dor do tipo cãibra provocada pela deambulação (a dor ocorre pelo acúmulo de ácido lático no músculo isquêmico devido a diminuição do fluxo sanguíneo). Geralmente, a isquemia crônica provoca perda dos pelos e espessamento das unhas. Quando o fluxo sanguíneo já não consegue sequer atender as necessidades metabólicas do músculo em repouso, a dor é contínua (pés e dedos). Dor isquêmica de repouso é um grave sintoma causado pela neurite e necrose tecidual que pode evoluir para gangrena e amputação das extremidades. Como a circulação é insuficiente, os ferimentos, costumam não cicatrizar, pois em caso de lesão é necessário maior aporte sanguíneo para cicatrizar. TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) Caracteriza-se pela coagulação intravenosa do sangue com obstrução parcial ou total da luz de uma veia. Tríade de Virchow: fatores predisponentes à TVP Lesão endotelial Estase Venosa Hipercoagubilidade Fatores de risco para TVP ACO Gravidez Câncer Tabagismo Trauma Viagens longas, paciente restrito ao leito, varizes, ICC Sinais Edema (abaixo da obstrução) Circulação superficial ingurgitada Eritema no trajeto da veia Cianose periférica (estase) Endurecimento da área circunjacente Primeiro a temperatura diminui (vasoespasmo), depois a temperatura aumenta (inflamação) Sintomas Dor de início súbito Piora com o movimento Melhora com a elevação do membro Diagnóstico diferencial Erisipela Celulite Cisto de Baker Manobras e Sinais Sinal de Homans: dor na massa muscular da panturrilha quando realizada dorsoflexão do pé sobre a perna Sinal de Olow: dor quando realizada pressão na panturrilha contra estrutura óssea Sinal da Bandeira: quando o MI é comparado com o outro na palpação, positivo quando a panturrilha encontra-se empastada, com sua mobilidade diminuída Sinal de Bancroft: dor quando há pressão na parte medial da panturrilha Sinal de Deneck-Payr: compressão com o polegar na planta do pé contra o plano ósseo, positivo se paciente refere dor TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) Pode ocorrer devido à presença de trombos nas veias, principalmente da perna. Se um pedacinho de trombo se solta, ele passa a ser chamado de êmbolo e pode alcançar chegar ao coração pelo sistema cava até átrio direito -> ventrículo direito -> artéria pulmonar -> capilares pulmonares, impedindo a passagem de sangue para o pulmão. Sintomas Dispneia súbita, dor e chiado no peito, taquipneia, tosse que pode ser acompanhada por hemoptise, cor pulmonale agudo
Compartilhar