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CENTRO UNIVERSITARIO ESTÁCIO DA AMAZÔNIA CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL ANTROPOLOGIA INTERPRETATIVA BOA VISTA-RR 2017 Andreza Silva Nascimento Denicia de Sousa Menezes Juliana Prazeres Correa Yanny Aparecida Mota Mateus Resumo para obtenção de nota da AV1 disciplina: Antropologia Cultural, sob orientação do professor: Jakson Hansen, turma: 3001, Centro Universitário Estácio da Amazônia. BOA VISTA-RR 2017 Uma Descrição Densa: Por uma Teoria Interpretativa da Cultura Clifford Geertz (1926-2006) foi um antropólogo estadunidense, professor da universidade de Princeton, em Nova Jersey. É o fundador da Antropologia Hermenêutica ou Interpretativa, que floresceu a partir dos anos de 1950, sendo um divisor de águas nas teorias antropológicas contemporâneas. Geertz, foi considerado um “guru”, em termos gerais, lança novas bases para a constituição do saber antropológico. Tratando da especificidade da cultura como objeto de analise da antropologia da natureza e das peculiaridades do fazer etnográficos. O autor inicia suas reflexões questionando a validade da operação universal de conceitos científicos para explicar os mais variados fenômenos. Afirmando que eles são possíveis de explicar tudo que é humano, Geertz defende o emprego limitado do conceito de cultura para área da antropologia, tornando-o mais especializado e teoricamente mais poderoso (Geertz, 1978, p.14). Querendo superar o uso corrente do conceito de cultura estrutural-juncionalista, visto como “aquele todo complexo”, que inclui os comportamentos universais das sociedades humanas, Geertz observa na cultura o seu caráter, “semiótico”. Como Max Weber, Geertz acredita que o homem é um animal amarrado a teias de significados que eles mesmos tecem, e a cultura seriam essas teias e a sua analise. Em suma, ela não seria uma ciência experimental em busca de leis mais uma ciência interpretativa à procura do significado (Geertz, 1978, p.15). Segundo Geertz a definição de antropologia interpretativa, é a leitura das sociedades enquanto todos ou como análogas a textos. A interpretação ocorre em todos os momentos do estudo, da leitura do “texto”, pleno de significado, que é a sociedade na escrita do texto/ensaio do antropólogo, por sua vez interpretado por aqueles que não passaram pelas experiências do autor do texto escrito. Todos os elementos da cultura analisada devem, portanto ser entendidos à luz do desta textualidade, imanente, a realidade cultural. A antropologia cultural analisa a cultura hierárquica de significados, pretendendo que a etnografia seja uma “descrição densa” de interpretação escrita e cuja analise é possível por meio de uma inspiração hermenêutica. É crucial a leitura da leitura que os nativos fazem da própria cultura. Sua principal característica é analise da cultura como hierarquia de significados, as classificações de valores culturais tendem a priorizar membros, poderes, categorias e fatos sociais. Geertz define que a cultura é uma ciência com intuito de decifrar as ações humanas em busca do real sentido, ele conclui que o comportamento do individuo é uma ação simbólica e que a diversidade comportamental faz com que as diversas formas culturais se relacionem. Ele diz que o antropólogo não precisa ser um nativo para entender de fato sua cultura e sim ter uma comunicação eficaz propondo um maior alcance do entendimento universal do discurso, tentando compreender a cultura e expondo sua normalidade sem de suas particularidades. Descrição densa é expor ou contar minuciosamente, dizer como é uma coisa ou uma pessoa, é uma descrição com o Maximo de detalhes para que seja possível a interpretação profunda dos fatos. Hermenêutica é a arte de interpretar as leis, estabelecendo principio e conceitos que buscam formar uma teoria adaptada ao ato de interpretar. Ela não estuda somente textos escritos, avalia ações em contextos interpretativos, ou seja, decifra um ato verbal e não verbal. Geertz faz uma divisão na antropologia, se contrapondo ao modelo de “Levi Straus” criando essa nova teoria. Concluiu-se que Geertz é o progenitor da antropologia interpretativa tem como objetivo a hierarquia da estrutura dos significados que possibilita diferenciar um comportamento espontâneo ou um tique nervoso, essa diferença é possível através ds descrição densa formada de dados significantes cuja densidade exige interpretação. Portanto a antropologia pretende acrescentar aos dados pesquisados novos registros de respostas dados por outras pessoas possibilitando futuras investigações sobre o tema contido no registro de forma a enriquecer o conhecimento. Referências Bibliográficas Geertz, Clifford, Uma descrição densa: Por uma teoria interpretativa da cultura: In:_; A interpretação das culturas, Rio de Janeiro: Zahar Editors 1978. Cap.1, p. 13-41.