Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE MEDICINA VETERINÁRIA • Ehrlich Substância química definida que, introduzida no organismo, age de modo eletivo sobre o causador da infecção, comportando-se de forma mais inócua possível para o organismo afetado. QUIMIOTERÁPICO Conceitos • Quimioterápico - toda droga que apresenta propriedades antimicrobiana e/ou antiblástica. ü Sulfas e Quinolonas – substâncias sintetizadas em laboratório. ü Antibióticos - é o quimioterápico produzido por organismos (microorganismos, vegetais superiores ou animais) ou cuja a porção fundamental da molécula tenha sido obtida a partir de produtos de organismos vivos. Conceitos • Pasteur (1877) bactéria x bactéria Histórico • Fleming – (1928) Penicilina - Cogumelo Penicillium – (1943) Penicilina utilizada em larga escala Início da era dos antibióticos Histórico Histórico Cogumelo do gênero Penicillium EUCARIONTES • Plantas • Animais • Fungos PROCARIONTES Bactérias Células EUCARIONTES Células PROCARIONTES x eucariontes • Parede celular (peptidioglicano); • Membrana plasmática não possui esterol; • Cromossomo único livre no citoplasma (anuclear); • Energia - membrana plasmática (sem mitocôndrias). • Ribossomos – subunidades 30s e 50s Células PROCARIONTES Células Plasmídios • DNA extracromossômico; • Codificam genes de virulência e fatores de resistência à antibióticos; PROCARIONTES Células CONJUGAÇÃO Células Células TRANSDUÇÃO E TRANSFORMAÇÃO Células PROCARIONTES Bactérias Parede Celular GRAM POSITIVA GRAM NEGATIVA Células Gram POSITIVA Gram NEGATIVA Parede Celular Membrana Plasmática INTERNA Membrana Plasmática EXTERNA Citoplasma Células Gram POSITIVA • 60% de peptidioglicano • Recoberta: ácido teicóico e ribonucleato de magnésio • Pressão osmótica: 20 a 30 atmosferas Células PROCARIONTES Gram Positiva Células Gram NEGATIVA • 10% de peptídioglicano • Membrana externa • Lipoproteínas ligadas ao peptidioglicano • Canais repletos de água • Espaço periplasmático (com enzimas e outros componentes) • Pressão osmótica: 5 a 10 atmosferas Células PROCARIONTES Gram Negativa Células Ação dos antibióticos Tipos de ação Ação dos antibióticos Tipos de ação Bacteriostática Ação dos antibióticos Tipos de ação Bactericida Ação dos antibióticos • Reações Bioquímicas: PO43- Glicose NH4+ SO42- Moléculas Prescursoras e ATP R eações de C lasse I Hexosaminas Aminoácidos Nucleotídeos Peptídeoglicano Proteínas RNA DNA R eações de C lasse II R eações de C lasse III • Estruturas da célula; Local de ação Ação dos antibióticos 1 Antibióticos que atuam na membrana celular • Mecanismo de ação – Detergentes catiônicos. Interação com os fosfolipídios da membrana celular e desagregação de sua estrutura. • Espectro de ação – Bactérias gram-negativas • Farmacocinética – Mal absorvidos. • Efeitos adversos – Neurotóxica e nefrotóxica. – Uso restrito (esterelização intestinal e uso tópico). Polimixinas Polimixina B e colistina 2 Antibióticos que interferem na síntese da parede celular • Antibióticos β-lactâmicos: • Clássicos: Penicilinas e Cefalosporinas; • Não-clássicos: monobactâmicos e carbapenens. • Polipeptídios: • Vancomicina; • Bacitracina. Antibióticos que afetam a parede celular • Predominante sobre Gram positivos • Bactericidas • Promovem PLASMÓLISE Antibióticos que afetam a parede celular Características principais Penicilinas • Penicilina G (benzilpenicilina) – Inativada pelo suco gástrico. – Administração: • intramuscular (cristalina, benzatina e procaína). – Distribuição ampla. – Metabolismo: baixo. – Excreção: rápida – 90% secreção tubular (rins). – Penicilinase sensível. Antibióticos que afetam a parede celular Gram positiva Gram negativa Penicilinas Antibióticos que afetam a parede celular • Penicilinas ácido resistentes (fenoxipenicilinas) – Ácido resistentes (via oral); – β-lactamases sensíveis; – Farmacocinética: semelhante a penicilina G (potência inferior); – Utilização: faringites e amigdalites. Antibióticos que afetam a parede celular Penicilinas • Penicilinas resistentes a β-lactamases (meticilina) – Penicilinas mais resistentes a β-lactamases; – Ácido sensíveis; – Espectro de ação e farmacocinética semelhantes a penicilina G (potencia inferior); – Uso clínico: estafilococos resistentes a penicilina G. Antibióticos que afetam a parede celular Penicilinas • Penicilinas penicilinase e ácido resistentes (dicloxacilina, oxacilina, cloxacilina e nafcilina) – Bem absorvidas (oral e parenteral); – Farmacocinética: semelhante a penicilina G, no entanto, são mais ativas sobre cocos gram positivos; – Indicação: estafilococos resistentes à penicilina G; Antibióticos que afetam a parede celular Penicilinas • Penicilinas de amplo espectro – Ampicilina • Ácido resistentes • Penicilinase sensíveis – Carbanicilina • ácido sensível (alguns derivados não são) Farmacocinética semelhante as penicilinas G Antibióticos que afetam a parede celular Penicilinas Efeitos colaterais e toxicidade – Hipersensibilidade. Antibióticos que afetam a parede celular Penicilinas • Semelhantes às penicilinas: – Estrutura. – Espectro de ação. – Farmacocinética. • Efeitos colaterais e toxicidade: – Cefaloridina é potencialmente nefrotóxica. Antibióticos que afetam a parede celular Cefalosporinas Antibióticos que afetam a parede celular PRIMEIRA GERAÇÃO SEGUNDA GERAÇÃO TERCEIRA GERAÇÃO QUARTA GERAÇÃO Cefazolina Cefapirina Cefalexina Cefradina Cefadroxilina Cefaclor Cefamandol Cefuroxima Cefoxitina Cefoperazona Cefotaxima Ceftazidima Ceftriaxona Cefetamete pivoxilna Cefixima Cefpodoxima proxecil Cefepima Cefpiroma Classes • Ação bactericida; • Espectro de ação; • Resistência a β-lactamases. • Uso terapêutico: • Eficazes como agentes terapêuticos e profiláticos; • Droga de escolha para infecções graves causadas por klebsiella, Enterobacter, e Haemophilus; Antibióticos que afetam a parede celular Cefalosporinas • Monobactâmicos (aztreonam) – Resistente a maioria das β-lactamases. • Carbapenens (imipenens) – Amplo espectro. Outros antibióticos β-lactâmicos não clássicos Antibióticos que afetam a parede celular • Vancomicina e Bacitracina – Inibem a síntese da parede celular; – Utilizados quando não se pode administrar a penicilina; – Efeitos colaterais elevados. Polipeptídios Antibióticos que afetam a parede celular 3 Antibióticos que alteram a síntese proteica Síntese proteica Síntese proteica Síntese proteica Síntese proteica 3.1 Inibidores da síntese proteica (Cloranfenicol, Tetraciclina, Macrolídios) Cloranfenicol Cloranfenicol • Mecanismo de ação – Ligam-se a subunidade 50s do ribossomo e inibem a atividade da peptidil-transferase. • Espectro de ação – amplo espectro;Cloranfenicol • Farmacocinética – Absorção: rápida e completa (via oral) – Ditribuição: ampla pelos tecidos e líquidos corporais, incluindo líquido celaforraquidiano; ligam-se a 30-40% à proteínas no plasma; – Metabolismo: fígado; – Excreção: urina (inalterada 10%). • Efeitos indesejáveis – supressão de medula óssea; – Síndrome do bebê cinzento. Cloranfenicol • Uso terapêutico: • Infecções provocadas por salmonelas; • Infecções por riquétsias; • Meningite por Haemophillus influenza; • Infecções estafilocócicas resistentes as penicilinas. Tetraciclinas tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina e minociclina Tetraciclinas tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina e minociclina • Mecanismo de ação – Competição com o tRNA pelo sítio A do ribossomo. • Espectro de ação – Amplo espectro; Tetraciclinas tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina e minociclina • Farmacocinética – Administradas por via oral. – Distribuição: ampla (atravessam a placenta). – Excreção: bile (circulação entero-hepática) e rins (filtração glomerular). • Efeitos indesejáveis – Destruição da flora intestinal normal resultando em um aumento das infecções secundárias; – Mancha e deterioração da estrutura de ossos e dentes. • Interações das tetraciclinas – Cálcio - leite e seus derivados – Magnésio - antiácidos – Ferro e alumínio Tetraciclinas tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina e minociclina • Uso terapêutico – Infecções por riquétsias, Mycoplasma e Chlamydia; – Brucelose; Macrolídios eritromicina, claritromicina e azitromicina Macrolídios eritromicina, claritromicina e azitromicina • Mecanismo de ação – Inibem a translocação. • Espectro de ação – bacterias gram-positivas. – Alternativa para o uso das penicilinas (espectro de ação semelhante) Macrolídios eritromicina, claritromicina e azitromicina • Farmacocinética – Absorção: via oral (bem absorvidos); – Distribuição: rápida e ampla (placenta e líquido prostático); – Excreção: na bile e na urina (forma ativa 2 a 5%). • Efeitos indesejáveis - Distúrbios gastrointestinais; - Infecções oportunistas. • Uso terapêutico: • Sífilis; • Tratamento profilático da febre reumática; • Alternativa para o uso da penicilina. Macrolídios eritromicina, claritromicina e azitromicina 3.2 Indutores de síntese fraudulenta (Aminoglicosídios) Aminoglicosídios estreptomicina, canamicina, gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina, neomicina Aminoglicosídios estreptomicina, canamicina, gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina, neomicina • Mecanismo de ação – Reconhecimento do códon/anticódon anormal. Resulta em leitura incorre da mensagem. • Espectro de ação – Bactérias gram-negativos. Aminoglicosídios estreptomicina, canamicina, gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina, neomicina • Farmacocinética – Absorção: pequena (altamente polares); intramuscular ou intravenosa. – Distribuição: pequena (não penetram nas células). – Excreção: filtração glomerular. • Efeitos indesejáveis – Ototoxicidade e nefrotoxicidade. – Bloqueio da junção neuromuscular. Aminoglicosídios estreptomicina, canamicina, gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina, neomicina • Uso terapêutico – Infecções por: – Pseudomonas aeruginosa; – Enterobacter; – Klebsiella; – Estreptomicina: – Brucelose;; – Quadros de tuberculose. 3 Antibióticos que afetam a síntese de ácidos nucleicos Rifampicina (Rifampina) (bactericida) • Mecanismo de ação – Este antibiótico se liga a RNA polimerase DNA-dependente e inibe a iniciação da síntese do mRNA. • Espectro de ação – Amplo espectro; mas é comumente utilizado no tratamento de tuberculose . • Terapia combinada – Rifampin. Rifampicina (Rifampina) (bactericida) • Farmacocinética – Absorção: via oral; – Distribuição: ampla (tecidos e líquidos corporais); – Metabolização: fígado; – Excreção: urina e bile. • Efeitos indesejáveis – Infrequêntes (4% dos indivíduos), consistem em erupções cutâneas, febre e distúrbios gastrointestinais. Interação entre os antibióticos Sinergismo Antagonismo Aminoglicosídios + penicilinas Bactericidas + bacteriostáticos Referências GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica, 9ª edição, ed. McGraw-Hill, New York, 1997. HARVEY, R.A. & CHAMPE, P.C. Farmacologia ilustrada, 2ª edição, ed. Artemd, Porto Alegre, 1998. RANGE, H.P.; DALE, M.M.; J.M. RITTER. Farmacologia, 4ª edição, Rio de Janeiro, ed. Guanabara Koogan, 2001. KATZUNG, B.G. Farmacologia básica e clínica, 8ª edição, Rio de Janeiro, ed. Guanabara Koogan, 2003. ZANINI, A.C.; OGA, S. Farmacologia Aplicada, 5ª edição, São Paulo, ed. Atheneu, 1994. DELUCIA R.; OLIVEIRA-FILHO, R.M. Farmacologia Integrada, 2ª edição, Rio de Janeiro, ed. Ravinter, 2004.
Compartilhar