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FILOSOFIA JURÍDICA

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FILOSOFIA JURÍDICA
SEMANA 1
Caso 1 Qual a importância da filosofia?
1- A importancia da filosofia é nos fazer pensar emocionalmente proporcionando maior controle,lucidez, eficiencia e senso de justiça acerca dos objetivos e fenômenos que analisamos.A filosofia busca explicações naturai, racionais e correntes.
2 - Como o autor fundamentou o estudo da filosofia em nossos tempos?
Segundo o autor a utilidade da filosofia é organizar de forma racional a prioridade a ser seguida na organização dos quatros grandes áreas do pensamento humano: !º a verdade , 2 º o ético e depois a utilidade e finalmente o estético.
3- ….refleção filosofica sobre direito.
Sim. O texto distinguiu filosofia jurídica do direito como ciencia social aplicada. O objetivo da filosofia é o estudo racional do conceito de justiça. O objetivo do direito como ciencia social aplicada é dar uma solução institucional a um determinado fato social que esta ao alcancedo processamento da instutuição juridica, porém devemos lembrar que a filosofia juridica e direito como ciencia social aplicada, estão intimamente ligadas, pois para que o direito seja uma ciencia ela precisa retirar seus principios fundamentais da filosofia juridica.
SEMANA  2
1- Qual a relação que podemos estabelecer entre os sofistas, a retórica e a democracia, no período socrático?
Os sofistas eram profissionais racionais que se dedicavam a construir argumentos racionais que favorececem o interesse particular daqueles que os controlaram. Eles utilizaram de tecnicas de discursivos para obter persuação e conhecimentos para seus pontos de vista. Essas tecnicas incluiam a retorica e a oratória.
2 - Como socrátes e a sofística compreemderam o conceito de verdade? Há diferenças entre tais concepções? Por que?
Socrates e os sofistas partiam da nacionalidade, para os sofistas, o discurso racional produzia verdades relativas elaboradas a serviço de interesses particulares. Para Socrates ( filosofos) o discurso racional estava a serviço
de interesses coletivos e produzia verdades objetivas. A diterença entre as duas concapções de verdade é que a da verdade relativa encontra na linguagem a única forma de sustentação, enquanto que a verdade objetiva entende q a linguagem é um instrumento para descrever verdades e essencias objetivas
SEMANA 3
caso 1
1 Que critério entendia Platão como o ceorreto para a escolha daqueles que deveria exercer os poderes da pólis? Fundamente sua resposta
O juiz filoso não se intromete nas demais areas, quando houver injustiça, logo, ele comparece, restabelecendo o que é justo, Para platão o poder é distribuir justiças , é dada a cada um o q é seu. Para platao quem deveria exercer o poder na cidade seria o juiz filosofo, pois ele é expecialista racional no estudo da justiça
2 Pelo q você leu no texto acima e pelos seus conhecimentos acerca do processo eleitoral amercicano, a atual candidata a vice......., segundo aqueles que entendem como correta e visao platonica?
Não, ele demostrou radicalismo e hipocrisia, para platão quem deveria governar ´e espedialista racional na justiça, reconhecido pelo seu merito ( meritocracia, governo dos melhores)
CASO 2
1 A possibilidade de uma lei ser injusta é largamente discutida nos dias de hoje. A partir de uma prerspectiva platonica de Estado, explique nessa obra Republica, é natural q o filosofo rei elabora regras soncretas injustas? Justifique.
Não se o JJ Filósofo é o especialista na justiça não é racional que elbores regras conceitos injustos. (Para platão quem faziam as leis eram os juizes), entretanto se guiando de aplicações de normas justos a um determinado caso concreto produzindo injustiças, oJJ Filósofo a corrige na jurisprudencia.
2 Tomando o caso argentino acima como ref platão considerava possível que uma regra injusta pudesse ser emanada por um governo popular? Por que?
Sim, o q agrada a maioria são os interesses particulares não os coletivos, logo quem governa para a gradar a minoria, não governa para a coletividade, governa para agradar os interesses particulares da minoria.
AULA 6 : THOMAS HOBBES
Caso 1 - Eles mantêm o cidadão refém
Os líderes do movimento que levou medo à Bahia tentaram empurrar o mesmo sofrimento para outras partes do país. Para eles, nada é mais importante do que seus próprios interesses (...). A greve, iniciada no dia 31, fechou as portas de escolas e fez o comércio encerrar o expediente mais cedo. Provocou o cancelamento de centenas de pacotes turísticos para o Carnaval e triplicou os índices de violência da região metropolitana - 156 mortos em nove dias. Esvaziou o aeroporto e levou 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança para a Bahia. Queimou carretas e ônibus e ainda selou a iminente demissão do comandante-geral da PM, esperada para depois do Carnaval. Para completar, serviu de exemplo para policiais militares do Rio de Janeiro. Diante da baderna baiana, eles aprovaram o início de uma greve fluminense. (...) Treinados para proteger o cidadão, Prisco, Daciolo e Paúl tiveram, na semana passada, a sensação de poder que o medo da criminalidade lhes concede. Acreditaram que lutar por melhores salários para policiais "trabalhadores essenciais à vida nacional e merecedores de uma remuneração digna" lhes dava o direito de encurralar a população. Sabe-se que sua filosofia não é compartilhada pela grande maioria dos servidores da área da segurança, que entendem o verdadeiro valor de sua função social. Para estes, o bem-estar da população brasileira virá sempre em primeiro lugar. (Fonte: http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2012/02/eles-mantem-o-cidadao-refem.html).
Com base na leitura da manchete acima, responda:
1. Como Thomas Hobbes definiu o estado de natureza?
2. Para Hobbes, o que legitima o pacto?
3. Destaque e comente trechos do texto que reforçam a tese do pacto social em Hobbes?
RESPOSTA:
1) Em Hobbes, o estado de natureza foi definido como ambiência de violência generalizada. Este autor concebeu uma visão antropológica negativa do ser humano como lobo de outro homem. O que caracteriza o estado de natureza é exatamente a ausência de qualquer ordem jurídica, qualquer impedimento para ação. Pelo contrário, há completa liberdade para agir. Isto fica explicitado na primeira lei natural: "Cada um deve esforçar-se por conseguir a paz, enquanto houver a esperança para tal, não a podendo construir, está autorizado a procurar todos os meios e vantagens da guerra e utilizá-los".
2) O medo legitima o pacto social de submissão em Hobbes. Há uma racionalidade instrumental que deve ser destaca na tese de Hobbes.
3)A Noticia toda ela, expõe explicitamente o tema da violência e anecessidade do estado civil em debela-la ser mais forte que debelar fogo, violência.
Caso 2 - Notícias STF
Programa Fórum, da TV Justiça, debate segurança pública e violência urbana no Brasil
O programa Fórum, da TV Justiça, dedica a edição desta semana à discussão dos problemas da segurança pública e da violência urbana. O tema é tratado pela secretária executiva do Conselho Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Mike, e pelo professor Arthur Trindade, coordenador do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança da Universidade de Brasília (UnB). Pesquisadores apontam que o crescimento da violência nas duas últimas décadas tem sido um dos maiores entraves ao desenvolvimento da América Latina, na medida em que inibe os investimentos na região. No Brasil, no mesmo período, o número de assassinatos cresceu 237%. Pesquisa recente da Organização das Nações Unidas (ONU) indica que, todos os anos, 40 mil pessoas perdem a vida no país vítimas da violência. Para a Regina Mike, mesmo com o registro de altos índices de violência urbana, houve avanços no combate ao problema no Brasil. "O governo foi proativo na questão e a trouxe para ser debatida com a sociedade, estados e municípios. Isso tem trazido benefícios na queda da mortalidade e dos números de homicídios em várias regiões tradicionalmente violentas", afirmou. De acordocom o professor Arthur Trindade, a taxa de homicídios que o Brasil registra está entre as mais altas do mundo. Para ele, a solução do problema não passa apenas por recursos governamentais, mas por integração política entre os órgãos do governo. "Quase todas as capitais brasileiras apresentam taxas de homicídio muito superiores às capitais europeias. A solução do problema não passa apenas pela polícia, mas depende fundamentalmente de ações articuladas com os governos", explicou. (Fonte: TV Justiça. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=152890. Acesso em: 26 maio 2010.
Considerando o fato da violência urbana observada na notícia acima e a tese de Thomas Hobbes, responda:
1. O texto confirma as ideias de Hobbes sobre o homem no estado de natureza? Por quê?
2. Qual seria a solução hobbesiana para o fato da violência? Poderia ser invoca nos dias de hoje?
RESPOSTA:
1) Sim, o texto confirma a tese de Hobbes sobre a violência de todos contra todos - o homem é mal por natureza. Para onde quer que nos voltemos, encontramos a sociedade perpassada pela violência. A violência é sua condição natural, como Thomas Hobbes viu claramente. Ele percebeu que o indivíduo deveria ser protegido contra a violência generalizada. Partindo desta premissa, ele chegou à conclusão de que apenas um Estado com poder absoluto, que faz uso da violência extrema, seria forte o suficiente para proteger o indivíduo e seus bens, garantindo assim a segurança.
2) A solução hobbesiana não pode ser aceita nos dias de hoje. O professor deve promover o debate sobre os princípios que estão na base do estado Democrático de Direito. Sugere-se também tomar este ponto como elemento disparador para um debate sobre a racionalidade instrumental.
AULA 7: JOHN LOCKE
Caso 1 -John Locke e os direitos individuais a partir dos direitos naturais
Marco na luta contra impunidade, detenção de Pinochet completa dez anos
Fuencis Rausell
Santiago do Chile, 15 out (EFE)- A prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, há dez anos em Londres, virou um marco na luta contra a impunidade diante das violações de direitos humanos no mundo todo e possibilitou seu processo pela justiça chilena.
"Sua detenção demonstrou que as pessoas que tinham cometido crimes de lesa-humanidade estavam em perigo em qualquer parte do mundo graças ao princípio de jurisdição universal", declarou à agência Efe o hoje aposentado juiz Juan Guzmán, o primeiro que processou Pinochet no Chile.
(Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2008/10/15/ult1807u46769.jhtm)
Estudamos que John Locke considerou a existência de direitos inatos. A partir desta visão, deveria, então, ser função do Estado liberal proteger tais direitos de seus cidadãos. Considerando a leitura da manchete acima, responda as questões que seguem:
O que é para Locke um direito natural? Quais são eles?
Resposta: John Locke usava odireito natural em muitas de suas teorias, pois procedeu muita coisa no estudo de Hobbes, mas uma ligação importante e diferente do ponto de vista dele ao de Hobbes foi ao dizer que se um governante transgredisse o direito natural, as pessoas estariam justificadas em derrubar seu regime. Direito a vida, a propriedade a liberdade.
Lendo o texto acima, é possível correlacionar a teoria dos direitos naturais lockeana com o caráter universal dos direitos humanos? Fundamente sua resposta.
Se direitos naturais são, sob nossa nova interpretação, direitos universais e, por isso, expressam nossas convicções sobre o que pretendemos levar em conta para o tratamento entre e para com os homens em sociedade, a categoria de direitos humanos passa a ocupar uma posição que exige como princípio universal, uma sociedade na qual os homens, tenham uma valor de tratamento independente de sua autonomia, aptidão ao trabalho e capacidade específica. Até mesmo a noção de sociedades plurais que conhecemos hoje, nos faz procurar por uma adequação das barreiras e limites que alguns conceitos nos forneciam no passado; e apesar de identificarmos, constatemente, os fracassos de muitas tentativas de fundamentação do direito do homem, o valor moral e político dessa busca,permanece até hoje.
c)O sistema jurídico brasileiro, de alguma forma, estabelece proteção aos bens considerados como direitos naturais por Locke?Embora se costume dizer que Locke procedeu a uma revisão de Hobbes com base no contratualismo hobbesiano. Locke inverteu o argumento de Hobbes, ao dizer que se o governante contrariasse o direito natural e deixasse de proteger "a vida, a liberdade e a propriedade", as pessoas estariam justificadas em derrubar o regime. Se Locke falava a linguagem do direito natural, preferida dos pensadores liberais posteriores, o conteúdo desta linguagem procurava em grande medida proteger os direitos individuais, desta forma pode-se dizer que o sistema jurídico brasileiro, de certa forma, protege sim, podendo ser citado o TÍTULO II da CRFB/88 que trata Dos Direitos e Garantias Fundamentais, onde claramente estão protegidos os considerados direitos naturais por Locke.
Questão objetiva
1. Assim como Hobbes e Rousseau, John Locke (1632-1704) foi parte da concepção segundo a qual os indivíduos isolados no estado de natureza se unem mediante um pacto que torna legítimo o poder do Estado. Nesse sentido é correto afirmar sobre este autor que:
a) Em sua teoria o ser humano é por natureza egoísta e a condição geral de existência é a violência generalizada.
b) No estado de natureza cada um é juiz em causa própria, portanto os riscos são grandes e podem desestabilizar as relações e por em risco o gozo da propriedade.
c) A soberania popular exerce papel fundamental diante do poder absoluto do soberano que deve estar acima das leis.
d) Elaborou o conceito de liberdade transcendental segundo o qual o ser humano está fadado ao determinismo da natureza.
RESPOSTA
Caso 1
a) O que é para Locke um direito natural? Quais são eles?
Mesmo havendo uma clara contradição entre as suas visões gnosiológicas (empirista) e políticas (admite direitos inatos), para Locke, direito natural é aquele que é inerente a todo homem, que já com ele nasce. Assim, não decorre o mesmo de uma convenção (pacto) que o ser humano possa ter feito em sociedade, pois o pacto (contrato) a ele é tardio. Para Locke são direitos naturais: o direito à vida, o direito à liberdade, o direito à propriedade e o direito a resistir à tirania do soberano quando este põe em risco os direitos à propriedade, à vida e à liberdade.
b) Lendo o texto acima, é possível correlacionar a teoria dos direitos naturais lockeana com o caráter universal dos direitos humanos? Fundamente sua resposta.
Uma das grandes contribuições dadas por John Locke é a de reforçar a idéia de que existem direitos anteriores às convenções humanas e, por isso, possuidores de caráter universal. Neste sentido, os direitos à vida, à liberdade e à propriedade possuem como característica pertencerem a todos os homens, o que acaba influenciando na elaboração de documentos de caráter universalista como, por exemplo, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Declaração Universal de Direitos Humanos, que consagram entre outros, os três direitos acima enumerados como pertencentes a qualquer ser humano.
c) O sistema jurídico brasileiro, de alguma forma, estabelece proteção aos bens considerados como direitos naturais por Locke?
Excetuando o direito de resistência, todos os demais direitos naturais lockeanos (direito à vida, direito à liberdade e direito à propriedade) são contemplados com destaque pela Constituição do Brasil de 1988. Eles estão expressamente presentes no caput do art. 5°, sendo mais desenvolvidos em alguns incisos deste mencionado artigo (principalmente os direitos corolários do direito genérico à liberdade).
GABARITO: questão objetiva
1. Letra B
AULA 8 : ROUSSEAU
Caso 1 - Caso 2 - J.J Rousseau: soberania popular e a vontade geral
Papa diz que só a "lei de Deus" pode garantir direitos do homem
Cidade do Vaticano, 5 out (EFE).- O PapaBento XVI afirmou hoje no Vaticano, no último dia da sessão plenária da Comissão Teológica Internacional, que só a lei de Deus pode garantir os direitos fundamentais do homem, fazendo uma referência à História, que segundo ele mostra que "as maiorias podem se equivocar". (...)
(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/10/05/ult1766u23968.jhtm)
Com base na notícia acima, responda:
1. Na visão contratualista de Rousseau, em que fundamento jurídico-político se alicerça a legitimidade do poder estatal? E do direito? Fundamente sua resposta. Ele acreditava que o único soberano era o povo, o único emanador de poder. O povo tem que desempenhar ao mesmo tempo um papel ativo (enquanto obedece as leis) e passivo (enquanto obedece as leis).Rousseau esclarece sobre a passagem do homem de um estado de natureza para um estado civil, e por consequência, existiria ai, a formação de uma relação de soberania e poder entre os homens. Um pacto social que estabelece igualdade de condições para os cidadãos. Para ele, é a propriedade privada que possibilitou essa mudança, do estado de natureza para o estado civil, e dessa forma, o homem começaria a se tornar o fruto da sua própria evolução.
A sociedade deveria ser regida por um contrato social que versasse sobre o bem comum, ou seja, o cidadão deveria ceder parte da liberdade individual para o bem da coletividade. Explicando melhor, Rousseau assevera:
2. Analisando o texto acima, é possível afirmar uma convergência entre a visão do Papa e a de Rousseau no que se refere à vontade das maiorias como possível fonte de decisões? Justifique sua resposta. Não, por que Rousseau achava que o Estado é um mal necessário, para a segurança e igualdade política.
Caso 2 - VOTOS NULOS E BRANCOS ASSUSTAM JUSTIÇA ELEITORAL
A ideia de usar o voto branco ou nulo como protesto contagiou jovens, apesar da intensa tentativa dos políticos em conquistar o eleitor. Quem tem o poder de escolha reclama. "Vou votar tudo nulo. Hoje em dia, não acredito em nenhum deputado. Eles falam uma coisa e fazem outra", diz o promotor de vendas Adriano dos Santos. O morador de Brazlândia Clayton Rodrigues, 20 anos, concorda. "É uma forma de expressar a nossa indignação com os políticos. É por isso que nós vamos votar nulo", justifica o estudante.
Em sala de aula, o professor de Filosofia Ciro Carvalho Fernandes orienta sobre a importância da participação do eleitor. Fala sobre votar de forma consciente e lembra que é preciso acompanhar e cobrar depois as promessas dos políticos. Só assim é possível driblar as decepções.
A maioria dos alunos já entendeu a lição: o dever de votar é principalmente um direito do brasileiro. "É uma experiência nova e eu sei que vou contribuir para o desenvolvimento do meu país. Tem gente que vai anular o voto. Eu não! Eu sou a favor de votar!", afirma Monique Evans da Costa Barbosa, 16. "Acho que a gente tem que tentar. Mesmo que o candidato não seja eleito. Pelo menos nós demos o nosso voto de confiança", reforça Daisy Luana, também de 16 anos.
Uma cartilha publicada pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) dá algumas dicas, e a primeira vem direto da Constituição: "Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos". A juíza Maria de Lourdes Porto Vieira aconselha a análise das opções de candidatos para verificar qual atende melhor aos interesses do eleitor. "Não anule o seu protesto. Vote certo!"
Além dos especialistas e estudiosos, o eleitor que tem como experiência outras eleições também tem opinião formada. "Não pode desistir. Tem que ser brasileiro e votar!", afirma o corretor Luis Carlos de Oliveira. "Tem que ir lá e votar. É um direito nosso como cidadão brasileiro. Depois é torcer para que tudo dê certo!", acrescenta o ambulante Davi Moreira.
(Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Politica. Acesso: 22 jun. 2010.)
Considerando a notícia acima, responda:
1 - A manchete acima se relaciona com o sentido de vontade geral em Rousseau? Justifique. Rousseau acreditava na democracia direta, onde o povo pode fazer as leis sendo ativo e passivo, ativo para fazer o que a lei permite e passivo para cumprir. No momento em que a sociedade delega poder a alguém para ser o representante político, ai o povo deixa de ser livre.
RESPOSTA
Caso 1 -
1) O poder estatal, segundo Rousseau, somente se justifica com base na soberania popular, mais precisamente na vontade geral. Esta, segundo Truyol e Serra, manifesta-se objetivamente por ser uma vontade que expressa um interesse comum da comunidade, e subjetivamente por ser a vontade da maioria. Portanto, a vontade geral, que não se confunde com a vontade de todos, acaba por alicerçar a legitimidade por ser a vontade da maioria quando focada para um interesse geral e o bem comum. Como via de conseqüência o direito é fruto dessa vontade geral e nela se legitima.
2) A visão do Papa Bento XVI diverge daquela expressa por Rousseau. Para este, a legitimidade da vontade das maiorias nos temas de interesse geral seria o fator legitimador das decisões estatais. Já o Papa, ao afirmar que as maiorias podem se equivocar e que somente a lei de Deus pode alicerçar direitos fundamentais, coloca em dúvida o que Rousseau denomina de vontade geral e se aproxima de uma visão contemporânea (excetuando, obviamente, pela fundamentação espiritual) que defende que os direitos fundamentais devem salvaguardar os direitos das minorias contra a tirania das maiorias. Nesse sentido, principalmente no que se refere às liberdades individuais, parece que Rousseau não se apresenta como um autor que fundamente os direitos fundamentais.
Caso 2 -
1) Sim. Para Rousseau, o povo livre é aquele que elabora suas próprias leis em pé de igualdade, cabendo a si decisão legislativa, buscando a unidade político-moral pela lei como vontade visível e obrigação contratante consigo mesmo e com o próximo ao mesmo tempo: compromisso mútuo de igualdade-liberdade. Precisamente a vontade geral e o interesse geral redundam nos atos gerais, isto é, nas leis, ao passo que o soberano é a própria vontade geral. Obedecer ao soberano é ser verdadeiramente livre, isso porque o soberano incorpora a vontade geral como contrato social, estabelecendo um pacto legítimo em torno da liberdade civil. Obedecer à lei que se prescreve a si mesmo é um ato de liberdade, cuja obediência à vontade geral fundamentando-se na igualdade, dessa forma o governo é o funcionário do soberano, a vontade geral.

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