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Diario 2458 20 4 2018

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Prévia do material em texto

Caderno Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
PODER JUDICIÁRIO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Nº2458/2018 Data da disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018. DEJT Nacional
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região
Desembargadora Suzy Elizabeth Cavalcante Koury
Presidente
Desembargadora Sulamir Palmeira Monassa de Almeida
Vice-Presidente
Desembargador Walter Roberto Paro
Corregedor Regional
Tv. D. Pedro I, 746
Umarizal
Belém/PA
CEP: 66050100
Telefone(s) : (91) 4008-7000
Email(s) : dejt@trt8.jus.br
Seção Especializada I (Publicações do PJe-JT)
Notificação
Notificação
Processo Nº MS-0000912-57.2017.5.08.0000
Relator FRANCISCA OLIVEIRA FORMIGOSA
IMPETRANTE ANDRADE GUTIERREZ
ENGENHARIA S/A
ADVOGADO ISABELLE OHANA BASTOS DE
LIMA(OAB: 24449/PA)
IMPETRADO JUIZ DA 2ª VARA DO TRABALHO DE
PARAUAPEBAS
CUSTOS LEGIS MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
Intimado(s)/Citado(s):
 - ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S/A
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 8ª REGIÃO
PROCESSO: 0000912-57.2017.5.08.0000
CLASSE: MANDADO DE SEGURANÇA (120)
IMPETRANTE: ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S/A
IMPETRADO: JUIZ DA 2ª VARA DO TRABALHO DE
PARAUAPEBAS
INTIMAÇÃO PJe-JT
DESTINATÁRIO: ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S/A
Código para aferir autenticidade deste caderno: 118134
2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 2
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Fica a parte indicada no campo "DESTINATÁRIO" notificada para
recolher custas, na quantia de R$20,00 (vinte reais), no prazo de
cinco dias, através de GRU Judicial. (ORIGINAL), código: 18740-2
STN - Custas Judiciais, nº da Unidade Gestora (UG): 080003,
conforme Ato Conjunto nº 21/2010 - TST/CSJT.
Os documentos do processo judicial eletrônico poderão ser
a c e s s a d o s p e l o s i t e
http://pje.trt8.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocument
o/listView.seam, digitando a(s) chave(s) abaixo:
Documentos associados ao processo
Título Tipo Chave de acesso**
Certidão de
expiração de prazo
Certidão
18041916251540400
000004819383
Certidão de Quorum,
sessão 22.03.2018, e
Certidão
18032708532238300
000004690059
Intimação Intimação
18032614314284200
000004688099
Acórdão Acórdão
18013112180788000
000004356943
Certidão. Processo
disponível para
Certidão
18032111265143700
000004662983
CERTIDÃO DE
JULGAMENTO.
Certidão
18031209223764100
000004598099
Certidão de
publicação de pauta.
Certidão
18030515035666700
000004549445
Ausência Relatora.
Período de 1º a
Certidão
18020211333127900
000004367531
Parecer Manifestação
18012310282400000
000004312255
Intimação Intimação
18011111553102300
000004279840
Certidão Expiração
de Prazo. Remessa
Certidão
18011107525908800
000004277318
MS
000091257.2017.5.0
Documento Diverso
17113009134342000
000004162181
Email enviado à 2ª
Vara do Trabalho de
Certidão
17113008371691100
000004161822
Certidão de Quorum,
sessão 23.11.2017, e
Certidão
17112415251739800
000004131774
Intimação Intimação
17112314384287900
000004125019
Acórdão Acórdão
17103118093639700
000004010513
Agravo regimental Agravo Regimental
17102417373528000
000003966204
Decisão Notificação
17101123462903600
000003888682
Decisão Decisão
17101110532596600
000003884687
Código para aferir autenticidade deste caderno: 118134
2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 3
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
emenda a inicial Petição em PDF
17101015251569300
000003882124
Petição em PDF Petição em PDF
17101015223881300
000003882121
Notificação e Inicial Documento Diverso
17101013202704700
000003880418
Substabelecimento
MS
Documento Diverso
17101013201747100
000003880417
Substabelecimento -
AG
Documento Diverso
17101013200824300
000003880413
Substabelecimento -
Parauapebas
Documento Diverso
17101013201253000
000003880415
Procuração Preposto
AG
Documento Diverso
17101013200488700
000003880412
Procuração AG Procuração
17101013195682300
000003880411
ESTATUTO Estatuto
17101013200914400
000003880414
Cartão CNPJ Documento Diverso
17101013194796200
000003880410
Carta Preposto Documento Diverso
17101013194340800
000003880409
Ata da audiência de
18 09 2017
Documento Diverso
17101013192977100
000003880408
Mandado de
Segurança -
Petição Inicial
17101013173212400
000003880404
Petição em PDF Petição em PDF
17101013152735200
000003880400
A autenticidade do presente documento pode ser verificada através
d e c o n s u l t a a o s i t e
http://pje.trt8.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocument
o/listView.seam, digitando a numeração que se encontra ao final
do presente documento, abaixo do código de barras.
BELÉM, 19 de Abril de 2018
LUISA DE SOUZA LEAO ALMEIDA
Servidor(a)
Pauta
Pauta de Julgamento
Pauta da Sessão Ordinária de Julgamento da Seção Especializada I
do dia 26/04/2018 às 10:00
Processo Nº AR-0000128-46.2018.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator FRANCISCA OLIVEIRA FORMIGOSA
AUTOR CAIXA ESCOLAR PREDICANDA
LOPES
ADVOGADO VINICIUS GRISOSTENES
BARBOSA(OAB: 3109/AP)
AUTOR ESTADO DO AMAPA
RÉU GILBERTO GIL BELO E SILVA
Intimado(s)/Citado(s):
 - CAIXA ESCOLAR PREDICANDA LOPES
 - ESTADO DO AMAPA
 - GILBERTO GIL BELO E SILVA
Processo Nº AR-0000142-30.2018.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator FRANCISCA OLIVEIRA FORMIGOSA
AUTOR CAIXA ESCOLAR DEUZUITE
CAVALCANTE
AUTOR ESTADO DO AMAPA
RÉU MADSON AMORAS DOS SANTOS
Intimado(s)/Citado(s):
 - CAIXA ESCOLAR DEUZUITE CAVALCANTE
 - ESTADO DO AMAPA
Código para aferir autenticidade deste caderno: 118134
2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 4
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
 - MADSON AMORAS DOS SANTOS
Processo Nº AR-0000226-31.2018.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator FRANCISCA OLIVEIRA FORMIGOSA
AUTOR CAIXA ESCOLAR ILHA DE SANTANA
AUTOR ESTADO DO AMAPA
RÉU SIMAO DE SOUZA PEREIRA
Intimado(s)/Citado(s):
 - CAIXA ESCOLAR ILHA DE SANTANA
 - ESTADO DO AMAPA
 - SIMAO DE SOUZA PEREIRA
Processo Nº MS-0000237-60.2018.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator PASTORA DO SOCORRO TEIXEIRA
LEAL
IMPETRANTE RAPHAEL PUGET LEITE
ADVOGADO PEDRO DE SOUZA FURTADO
MENDONCA(OAB: 15646/PA)
IMPETRADO JUIZO DA 9ª VARA DO TRABALHO
DE BELÉM
Intimado(s)/Citado(s):
 - JUIZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM
 - RAPHAEL PUGET LEITE
Processo Nº MS-0000242-82.2018.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator PASTORA DO SOCORRO TEIXEIRA
LEAL
IMPETRANTE IVAN TUNDELO CARVALHO
ADVOGADO RAIMUNDO EVANDRO DE ALMEIDA
SALVADOR JUNIOR(OAB: 839/AP)
IMPETRADO JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO
DE MACAPÁ
Intimado(s)/Citado(s):
 - IVAN TUNDELO CARVALHO
 - JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE MACAPÁ
Processo Nº AR-0000350-14.2018.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator FRANCISCA OLIVEIRA FORMIGOSA
AUTOR CAIXA ESCOLAR
TARTARUGALZINHO
ADVOGADO VINICIUS GRISOSTENES
BARBOSA(OAB: 3109/AP)
AUTOR ESTADO DO AMAPA
RÉU MARIA DA CONCEICAO DE
OLIVEIRA VAZ
Intimado(s)/Citado(s):
 - CAIXA ESCOLAR TARTARUGALZINHO
 - ESTADO DO AMAPA
 - MARIA DA CONCEICAO DE OLIVEIRA VAZ
Processo Nº MS-0000367-50.2018.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator GABRIEL NAPOLEAO VELLOSO
FILHO
IMPETRANTE JLDPAR IMOVEIS E HOLDINGLTDA
ADVOGADO SILVIO EVERTON OLIVEIRA DA
SILVA FILHO(OAB: 19993/PA)
IMPETRANTE LEONEL DOS SANTOS CORDEIRO
NETO
ADVOGADO SILVIO EVERTON OLIVEIRA DA
SILVA FILHO(OAB: 19993/PA)
IMPETRANTE M3 CONCRETO
EMPREENDIMENTOSLTDA.
ADVOGADO SILVIO EVERTON OLIVEIRA DA
SILVA FILHO(OAB: 19993/PA)
IMPETRADO DIRETOR DO NÚCLEO DE
PESQUISA E INFORMAÇÃO DO
TRT8 - NUPEI
TERCEIRO
INTERESSADO
LEILA TATIANE BISPO ALMEIDA DA
CONCEICAO
CUSTOS LEGIS MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
Intimado(s)/Citado(s):
 - DIRETOR DO NÚCLEO DE PESQUISA E INFORMAÇÃO DO
TRT8 - NUPEI
 - JLDPAR IMOVEIS E HOLDINGLTDA
 - LEILA TATIANE BISPO ALMEIDA DA CONCEICAO
 - LEONEL DOS SANTOS CORDEIRO NETO
 - M3 CONCRETO EMPREENDIMENTOS LTDA.
 - MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
Processo Nº AACC-0000390-30.2017.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator PASTORA DO SOCORRO TEIXEIRA
LEAL
AUTOR MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
RÉU HYDRO CARAJAS LTDA - EPP
ADVOGADO WELLYNGTON SOUSA
OLIVEIRA(OAB: 19062/PA)
RÉU SIND.TRAB.ROD. EMP.TRANSP. DE
PASSAG. URB. INTERM. INTERES.
ESP. FRET. LOG. CARG. LOC. IND.
COMERC. E SIMIL. MUN. DE
PARAUAP. E CANAA DOS CARAJ.
SUD.
ADVOGADO ROMULO OLIVEIRA DA SILVA(OAB:
10801/PA)
Intimado(s)/Citado(s):
 - HYDRO CARAJAS LTDA - EPP
 - MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
 - SIND.TRAB.ROD. EMP.TRANSP. DE PASSAG. URB. INTERM.
INTERES. ESP. FRET. LOG. CARG. LOC. IND. COMERC. E
SIMIL. MUN. DE PARAUAP. E CANAA DOS CARAJ. SUD.
Processo Nº MS-0000494-22.2017.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator GEORGENOR DE SOUSA FRANCO
FILHO
IMPETRANTE INSTITUTO DE PESQUISAS
CIENTIFICAS E TECNOLOGICAS DO
ESTA-DO DO AMAPA
ADVOGADO FABRICIO BORGES OLIVEIRA(OAB:
1790/AP)
IMPETRADO 6 ª VARA DO TRABALHO DE
MACAPA
IMPETRADO ODAISE CRISTINA PICANÇO
BENJAMIM MARTINS
LITISCONSORTE CARLOS ALBERTO OLIVEIRA
NASCIMENTO
LITISCONSORTE DISTRIBUIDORA FLORESTA E
SERVICOS LTDA - EPP
CUSTOS LEGIS MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
LITISCONSORTE RAILSON MORAES ROCHA
Intimado(s)/Citado(s):
 - 6 ª VARA DO TRABALHO DE MACAPA
 - CARLOS ALBERTO OLIVEIRA NASCIMENTO
Código para aferir autenticidade deste caderno: 118134
2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 5
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
 - DISTRIBUIDORA FLORESTA E SERVICOS LTDA - EPP
 - INSTITUTO DE PESQUISAS CIENTIFICAS E TECNOLOGICAS
DO ESTA-DO DO AMAPA
 - MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
 - ODAISE CRISTINA PICANÇO BENJAMIM MARTINS
 - RAILSON MORAES ROCHA
Processo Nº MS-0000852-84.2017.5.08.0000
Complemento Processo Eletrônico - PJE
Relator PASTORA DO SOCORRO TEIXEIRA
LEAL
IMPETRANTE COLINA DISTRIBUIDORA DE
PRODUTOS ALIMENTICIOS EIRELI
ADVOGADO MICHELLE GODINHO
BARBOSA(OAB: 13358/PA)
ADVOGADO TITO EDUARDO VALENTE DO
COUTO(OAB: 5596/PA)
IMPETRADO JUÍZO DA 4ª VARA DO TRABALHO
DE BELÉM
CUSTOS LEGIS MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
TERCEIRO
INTERESSADO
União Federal representada pela
PGFN - PARÁ
Intimado(s)/Citado(s):
 - COLINA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS
EIRELI
 - JUÍZO DA 4ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM
 - MINISTERIO PUBLICO DA UNIAO
 - União Federal representada pela PGFN - PARÁ
Os processos constantes desta pauta que não forem julgados na
sessão a que se referem ficam automaticamente adiados para as
próximas que se seguirem, independentemente de nova publicação.
Primeira Turma
Acórdão
RELAÇÃO DE ACORDÃOS - Nº 24/2018 - 1ª TURMA
(turma1@trt8.jus.br - fone: 40087261 Ramal: 7056)
JULGADOS EM 17/04/2018
01. PROCESSO TRT-8ª/1ª T/AP/0000112-22.2014.5.08.0101.
AGRAVANTE: ALUNORTE ALUMINA DO NORTE DO BRASIL S/A
(Dr. Bruno Marcos Alves). AGRAVADO: RAIMUNDO NONATO
CRUZ SANTOS (Drª. Beatriz Bairral Barros e outros). RELATORA:
Desembargadora Federal do Trabalho Ida Selene Duarte Sirotheau
Correa Braga. EMENTA: PRECLUSÃO. Encontra-se precluso o
direito do agravante em discutir o mérito por esta via processual,
porque o agravante quedou-se inerte em recorrer da decisão
meritória, principalmente por não ter discutido essa matéria em
Recurso de Revista. DECISÃO: POSTO ISTO, ACORDAM OS
DESEMBARGADORES DA PRIMEIRA TURMA DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, À
UNANIMIDADE, EM CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO, E,
NO MÉRITO, POR MAIORIA DE VOTOS, VENCIDO O EXMO.
DESEMBARGADOR FRANCISCO SERGIO SILVA ROCHA,
NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO PARA MANTER
INTEGRALMENTE A DECISÃO AGRAVADA, TUDO CONFORME
OS FUNDAMENTOS. ISENTA DO RECOLHIMENTO DE CUSTAS.
Belém, 20 de abril de 2018
TARCILA GUEDES TOURINHO
Secretário da E. 1ª Turma
Segunda Turma
Acórdão
RELAÇÃO DE ACORDÃOS - Nº 10/2018 - 2ª TURMA
(turma2@trt8.jus.br - fone: 40087260 Ramal: 7063)
JULGADOS EM 16/11/2017
01. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0000255-11.2014.5.08.0101.
RECORRENTE: MAURO ROBERTO FRANCO DOS SANTOS (Dr.
Antonio Carlos Bernardes Filho). RECORRIDO: VALE S.A. (Dr.
Bruno Brasil de Carvalho). RELATORA: Desembargadora Federal
do Trabalho Mary Anne Acatauassu C Medrado. EMENTA:
SUSPENSÃO. EXCESSO DE RIGOR. NULIDADE. Reconhecido
que houve excesso de rigor na aplicação da pena, declara-se a
nulidade da suspensão. Apelo provido em parte. DECISÃO:
ACORDAM OS DESEMBARGADORES DA SEGUNDA TURMA DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA
REGIÃO, POR MAIORIA, VENCIDA A RELATORA, EM
CONHECER DO RECURSO; NO MÉRITO, POR MAIORIA, EM
DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO PARA, REFORMANDO EM
PARTE A SENTENÇA RECORRIDA, RECONHECER A
ILEGALIDADE DA SUSPENSÃO APLICADA AO AUTOR, PARA
SUSTAR SEUS EFEITOS E ASSEGURAR O RECEBIMENTO DA
REMUNERAÇÃO DO MÊS QUE FORA ILICITAMENTE
SUSPENSO, COM SEUS CONSECTÁRIOS, NOS TERMOS COMO
POSTULADO EM 1º GRAU; MANTIDA A SENTENÇA RECORRIDA
EM SEUS DEMAIS TERMOS, SENDO QUE AS CUSTAS, NO
VALOR DE R$-80,00, CALCULADAS SOBRE O VALOR DA
CONDENAÇÃO PARA ESTE FIM ARBITRADA EM R$-4.000,00,
REVERTEM A CARGO DA RECLAMADA. VENCIDA EM PARTE A
RELATORA, QUE NEGAVA INTEGRAL PROVIMENTO AO
APELO. TUDO CONFORME A FUNDAMENTAÇÃO SUPRA.
JULGADOS EM 06/12/2017
02. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0001908-21.2015.5.08.0131.
RECORRENTE: UNIÃO (Dr. Luis Gustavo Figueiredo Silva).
RECORRIDOS: PAULO PEREIRA GOMES (Dr. Carlos Viana
Braga) e BERTILLON VIGILANCIA E TRANSP DE VALORES
LTDA. RELATORA: Desembargadora Federal do Trabalho Mary
Anne Acatauassu C Medrado. EMENTA: 	RECURSO DA SEGUNDA
RECLAMADA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO
DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONTRATANTE. ART. 71, § 1º, DA LEI 8.666/93. ADC Nº 16. A
União, na condição de tomadora dos serviços, não pode ser
responsabilizada pelo pagamento das verbas trabalhistas
inadimplidas pela empresa prestadora contratada, diante do que
dispõe o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, declarado constitucional na
ADC nº 16. Aliás, o STF reafirmou essa posição, no julgamento do
Recurso Extraordinário nº RE 760931, com repercussão geral,
ressalvando apenas as situações em que for alegado e
comprovado, de forma inequívoca, conduta omissiva ou comissiva
do ente da administração (contratante) na fiscalização dos
contratos, o que não ocorreu, no caso. Recurso provido, para
afastar a responsabilidade subsidiária atribuída ao recorrente.
DECISÃO: ACORDAM OS DESEMBARGADORES DO TRABALHO
DA EGRÉGIA SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, À UNANIMIDADE, NÃO
CONHECER DO RECURSO QUANTO AO FGTS + 40%, AVISO
PRÉVIO , 13 º SALÁRIO , INDENIZAÇÃO PELO NÃO
FORNECIMENTO DAS GUIAS DE SEGURO-DESEMPREGO,
SALDO DE SALÁRIO, SALÁRIOS RETIDOS E MULTA DO ART.
467, DA CLT, POR FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL; SEM
DIVERGÊNCIA, CONHECER DO RECURSO, QUANTO ÀS
DEMAIS MATÉRIAS; POR MAIORIA, VENCIDO O EXMO.
Código para aferir autenticidade deste caderno: 118134
2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 6
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
DESEMBARGADOR RELATOR VICENTE JOSÉ MALHEIROS DA
FONSECA, DAR-LHE PROVIMENTO PARA, REFORMANDO EM
P A R T E A S E N T E N Ç A R E C O R R I D A , A F A S T A R A
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA ATRIBUÍDA À SEGUNDA
RECLAMADA, RESTANDO A RECLAMAÇÃO IMPROCEDENTE
EM RELAÇÃO A ELA; MANTIDA A SENTENÇA RECORRIDA EM
SEUS DEMAIS TERMOS, INCLUISVE QUANTOÀS CUSTAS.
TUDO CONFORME OS FUNDAMENTOS.
JULGADOS EM 26/03/2018
03. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0000811-40.2015.5.08.0113.
RECORRENTE: AURISMAR PINTO BANDEIRA (Drª. Clean Soares
de Araujo Macedo e outros). RECORRIDO: CONSORCIO
CONSTRUTOR BELO MONTE (Dr. Nildo Teixeira Dias). RELATOR:
Desembargador Federal do Trabalho Gabriel Napoleao Velloso
Fi lho. EMENTA: HORA IN ITINERE. EXISTÊNCIA DE
TRANSPORTE PÚBLICO REGULAR. Restando comprovado nos
autos que o local de trabalho passou a ser servido por transporte
público regular e não sendo provada a incompatibilidade entre os
horários de início e término da jornada do empregado e os do
transporte público regular, as horas in itinere postuladas devem ser
indeferidas. DECISÃO: ACORDAM OS DESEMBARGADORES DA
SEGUNDA TURMA DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, UNANIMEMENTE, EM
CONHECER DO RECURSO; NO MÉRITO, SEM DIVERGÊNCIA,
EM NEGAR-LHE PROVIMENTO, PARA MANTER A R. SENTENÇA
RECORRIDA EM TODOS OS SEUS TERMOS, CONFORME OS
FUNDAMENTOS.
04. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0000901-94.2015.5.08.0130.
RECORRENTE: VALE S.A. (Dr. Bruno Brasil de Carvalho).
RECORRIDOS: JOAO PEREIRA DA SILVA (Dr. Seno Petri) e
CASARAO EMPRESA DE CONSTRUCOES LTDA (Drª. Hadla
Pereira da Silva). RELATORA: Desembargadora Federal do
Trabalho Mary Anne Acatauassu C Medrado. EMENTA:
INCOMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
CONTRIBUIÇÕES EM FAVOR DE TERCEIROS. A matéria já se
encontra pacificada no sentido de que não compete à Justiça do
Trabalho a execução de contribuições sociais em favor de
terceiros, uma vez que estas não estão inseridas na previsão dos
arts. 114, § 3º (atual art. 114, inciso VIII), e 195, incisos I e II, da
Constituição Federal, competindo ao INSS apenas a fiscalização e
arrecadação, como mero intermediário. Recuros provido em parte.
DECISÃO: ACORDAM OS DESEMBARGADORES DO TRABALHO
DA SEGUNDA TURMA DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, UNANIMEMENTE, EM
CONHECER DO RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO PELA
SEGUNDA RECLAMADA; POR MAIORIA, EM DAR-LHE PARCIAL
PROVIMENTO PARA, REFORMANDO EM PARTE A SENTENÇA
RECORRIDA, ACOLHER A PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA
MATERIAL DESTA JUSTIÇA ESPECIALIZADA PARA EXECUTAR
CONTRIBUIÇÕES DE TERCEIROS; MANTIDA A SENTENÇA
RECORRIDA EM SEUS DEMAIS TERMOS, INCLUSIVE QUANTO
ÀS CUSTAS; VENCIDA EM PARTE A RELATORA QUE
AFASTAVA A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA ATRIBUÍDA À
RECORRENTE, E QUE SUPERADA ESSA QUESTÃO, EXCLUÍA
DA CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA A MULTA DO ART. 477, § 8º,
DA CLT. TUDO DE ACORDO COM A FUNDAMENTAÇÃO SUPRA.
05. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0002004-36.2015.5.08.0131.
RECORRENTES: ANTONIO JOSÉ GOMES (Dr. Adailton Araujo da
Silva) e VALE S.A. (Dr. Bruno Brasil de Carvalho). RECORRIDOS:
OS MESMOS e DSERVICE MANUTENCOES E MONTAGENS
LTDA. RELATORA: Desembargadora Federal do Trabalho Mary
Anne Acatauassu C Medrado. EMENTA: RECURSO DO
RECLAMANTE. ACÚMULO DE FUNÇÕES. "PLUS" SALARIAL
INDEVIDO. Não há amparo legal para o deferimento de "plus"
salarial" por acúmulo de funções, pelo que no caso de ser exigida
do empregado a execução de tarefas estranhas à função para a
qual fora contratado, isso justifica apenas a rescisão indireta do
contrato de trabalho, por violação às regras nele estalecidas. De
toda forma, não restou sequer comprovado o alegado acúmulo, e o
ônus da prova era do reclamante. Recurso improvido. DECISÃO:
ACORDAM OS DESEMBARGADORES DO TRABALHO DA
SEGUNDA TURMA DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, UNANIMEMENTE, EM
CONHECER DOS RECURSOS INTERPOSTOS PELA SEGUNDA
RECLAMADA E PELO RECLAMANTE; NO MÉRITO, SEM
DIVERGÊNCIA, EM NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO DO
RECLAMANTE E, POR MAIORIA, EM DAR PARCIAL
PROVIMENTO AO RECURSO DA SEGUNDA RECLAMADA PARA,
REFORMANDO EM PARTE A SENTENÇA, EXCLUIR DA
CONDENAÇÃO AS HORAS EXTRAS E AS HORAS EXTRAS
INTRAJORNADA E REFLEXOS; MANTIDA A SENTENÇA EM
SEUS DEMAIS TERMOS, SENDO QUE AS CUSTAS, AINDA A
CARGO DAS RECLAMADAS, FICAM REDUZIDAS PARA R$-
32,00, CALCULADAS SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO PARA
ESSE F IM ARBITRADO EM R$-1 .600 ,00 ; VENCIDA
P A R C I A L M E N T E A R E L A T O R A Q U E A F A S T A V A A
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA ATRIBUÍDA À SEGUNDA
RECLAMADA E QUE, PROSSEGUINDO NO JULGAMENTO,
EXCLUÍA DA CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA A MULTA DO
ARTIGO 477 DA CLT. TUDO DE ACORDO COM A
FUNDAMENTAÇÃO.
JULGADOS EM 18/04/2018
06. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/ED/RO/0000257-38.2016.5.08.0124.
EMBARGANTE: EURICO ALVES TOLEDO (Dr. Weber Coutinho
Ferreira e outros). EMBARGADO: VALE S.A. (Dr. Bruno Brasil de
Carvalho). RELATOR: Desembargador Federal do Trabalho Vicente
Jose Malheiros da Fonseca. EMENTA: EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. Devem ser rejeitados os embargos de declaração,
à falta de qualquer vício na prestação jurisdicional. DECISÃO: ISTO
POSTO, ACORDAM OS DESEMBARGADORES FEDERAIS DO
TRABALHO DA EGRÉGIA SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, À
UNANIMIDADE, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO; E, NO MÉRITO, SEM DIVERGÊNCIA, REJEITÁ-
LOS, POR INEXISTIR NO V. ACÓRDÃO EMBARGADO
QUALQUER VÍCIO A SER SANADO, CONFORME OS
FUNDAMENTOS.
07. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0000111-27.2016.5.08.0114.
RECORRENTE: RAIMUNDO FRANCISCO DA SILVA (Dr.
Abraunienes Faustino de Sousa). RECORRIDOS: DUCTOR
IMPLANTACAO DE PROJETOS LTDA (Dr. João Alfredo Freitas
Mileo) e VALE S.A. (Dr. Carlos Thadeu Vaz Moreira). RELATOR:
Desembargador Federal do Trabalho Vicente Jose Malheiros da
Fonseca. EMENTA: INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAL E
MATERIAL DECORRENTE DE DOENÇA OCUPACIONAL
EQUIPARADA A ACIDENTE DE TRABALHO. I - A indenização por
dano moral e material constitui direito previsto, atualmente, no art.
5º, X, da Constituição da República, segundo o qual "são invioláveis
a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito à indenização por dano material ou moral
decorrente de sua violação". II - As provas dos autos não revelam a
existência do nexo de causalidade e/ou concausalidade entre a
lesão sofrida (Espondilose e Hérnia de disco cervical) e o trabalho
realizado pelo reclamante na empresa demandada. DECISÃO:
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 7
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
ISTO POSTO, ACORDAM OS DESEMBARGADORES DO
TRABALHO DA EGRÉGIA SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, À
UNANIMIDADE, EM CONHECER DO RECURSO; SEM
DIVERGÊNCIA, DESCONSIDERAR AS CONTRARRAZÕES
APRESENTADAS PELAS RECLAMADAS (FLS. 308/311 E
313/314), PORQUE INTEMPESTIVAS; E, NO MÉRITO, SEM
DIVERGÊNCIA, NEGAR-LHE PROVIMENTO PARA CONFIRMAR
A R. SENTENÇA RECORRIDA, CONFORME OS FUNDAMENTOS.
CUSTAS, COMO NO 1º GRAU.
08. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0001132-21.2015.5.08.0131.
RECORRENTE: VALE S.A. (Dr. Carlos Thadeu Vaz Moreira e
outros). RECORRIDO: NATANAEL BUENO DE OLIVEIRA (Dr.
Daniel Teodoro dos Reis). RELATOR: Desembargador Federal do
Trabalho Vicente Jose Malheiros da Fonseca. EMENTA:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. I - A insalubridade tem sido
definida pela legislação vigente em função do tempo de exposição
ao agente nocivo, considerando ainda o tipo de atividade
desenvolvida pelo empregado no curso de sua jornada de trabalho.
Há de serem observados, essencialmente, os limites de tolerância,
as taxas de metabolismo e os respectivos tempos de exposição. II -
À luz da Súmula nº 289, do C. TST, não basta o fornecimento de
EPI pelo empregador, nem mesmo a mera utilização pelo
empregado, já que são imprescindíveis as medidas que conduzam
à diminuição ou eliminação da nocividade. DECISÃO: ISTO
POSTO, ACORDAM OS DESEMBARGADORES DO TRABALHO
DA EGRÉGIA SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, À UNANIMIDADE, EM
CONHECER DO RECURSO; E, NO MÉRITO, SEM DIVERGÊNCIA,
NEGAR-LHE PROVIMENTO PARA CONFIRMAR A R. SENTENÇA
RECORRIDA, CONFORME OS FUNDAMENTOS. CUSTAS, COMO
NO 1º GRAU.
09. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0000778-43.2017.5.08.0125.RECORRENTE: TRANSVERD VIAGENS E TURISMO LTDA (Dr.
Alcenio Freitas Gentil Junior). RECORRIDOS: DIEGO JUNIOR
LIMA LEAL (Dr. Joao Victor Dias Geraldo) e ALBRAS ALUMINIO
BRASILEIRO S/A (Dr. Bruno Marcos Alves e outros). RELATOR:
Desembargador Federal do Trabalho Eliziário Bentes. EMENTA:
HORAS EXTRAS. DIREITO QUE SE RECONHECE. Provado o
trabalho em sobrejornada não pago, correta a sentença que acolheu
o pedido de horas ext ras . DECISÃO: ACORDAM OS
DESEMBARGADORES DA SEGUNDA TURMA DO EGRÉGIO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO,
UNANIMEMENTE, CONHECER DO RECURSO; NO MÉRITO, SEM
DIVERGÊNCIA, NEGAR-LHE PROVIMENTO, MANTENDO
INTEGRALMENTE A DECISÃO IMPUGNADA, INCLUSIVE
QUANTO ÀS CUSTAS; CONSIDERAR PREQUESTIONADA A
MATÉRIA DISCUTIDA NO RECURSO, PARA OS EFEITOS
PREVISTOS NA SÚMULA Nº 297 DO C. TST. TUDO DE ACORDO
COM A FUNDAMENTAÇÃO.
10. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0001362-80.2016.5.08.0114.
RECORRENTE: VALE DOS CARAJAS PARK HOTEL LTDA - EPP
(Dr. Ademir Donizeti Fernandes). RECORRIDO: RAIMUNDO SILVA
(Dr. Luiz Henrique de Albuquerque Pacheco e outros). RELATOR:
Desembargador Federal do Trabalho Eliziário Bentes. EMENTA:
DIFERENÇAS DE HORAS EXTRAS. A reclamada não apresentou
todos os cartões de ponto do período de vigência do contrato de
trabalho do reclamante, descumprindo o art. 74, §2º da CLT. Sendo
assim, em relação aos períodos em que não foi demonstrado o
controle da jornada, deve incidir as disposições contidas na Súmula
nº 338, I, do TST, pelo que são devidas as diferenças de horas
e x t r a s a o r e c l a m a n t e . D E C I S Ã O : A C O R D A M O S
DESEMBARGADORES DA SEGUNDA TURMA DO EGRÉGIO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO,
UNANIMEMENTE, CONHECER DO RECURSO; NO MÉRITO, SEM
DIVERGÊNCIA, NEGAR-LHE PROVIMENTO PARA MANTER EM
TODOS OS SEUS TERMOS A DECISÃO IMPUGNADA,
I N C L U S I V E Q U A N T O À S C U S T A S ; C O N S I D E R A R
PREQUESTIONADA A MATÉRIA DISCUTIDA NO RECURSO,
PARA OS EFEITOS PREVISTOS NA SÚMULA Nº 297 DO C. TST.
TUDO DE ACORDO COM A FUNDAMENTAÇÃO.
11. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0000418-11.2016.5.08.0104.
RECORRENTE: CALL SERVICE COBRANÇA LTDA (Dr. Manoel
Jose Monteiro Siqueira e outros). RECORRIDO: CAROLINE DE
ALMEIDA DIAS (Dr. Alex Duarte de Aquino e outros). RELATOR:
Desembargador Federal do Trabalho Vicente Jose Malheiros da
Fonseca. EMENTA: RELAÇÃO DE EMPREGO. Ficou demonstrada
a existência de vínculo empregatício entre as partes, eis que o
conjunto fático-probatório carreado aos autos demonstra os
requisitos necessários ao preenchimento da condição de
empregado, na forma do artigo 3º, da CLT. Recurso improvido.
DECISÃO: ISTO POSTO, ACORDAM OS DESEMBARGADORES
DO TRABALHO DA EGRÉGIA SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, À
UNANIMIDADE, EM CONHECER DO RECURSO; SEM
DIVERGÊNCIA, REJEITAR A PRELIMINAR DE NULIDADE DE
SENTENÇA POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL,
À FALTA DE AMPARO LEGAL; E, NO MÉRITO, POR
UNANIMIDADE, NEGAR-LHE PROVIMENTO PARA CONFIRMAR
A R. SENTENÇA RECORRIDA, CONFORME OS FUNDAMENTOS.
CUSTAS, COMO NO 1º GRAU.
12. PROCESSO TRT-8ª/2ª T/RO/0002050-54.2016.5.08.0110.
RECORRENTES: NATALINO LALOR LIMA (Dr. Maurício de
Alencar Batistella) e NORTE ENERGIA S/A (Dr. Arlen Pinto
Moreira). RECORRIDOS: OS MESMOS e ARTEPLAN PROJETOS
E CONSTRUCAO (Dr. Marta Maria Vinagre Bembom e outros).
RELATOR: Desembargador Federal do Trabalho Vicente Jose
Malheiros da Fonseca. EMENTA: RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA. I - O inadimplemento das obrigações trabalhistas,
por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do
tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja
participado da relação processual e conste também do título
executivo judicial (item IV da Súmula nº 331, do C. TST, com a
redação dada pela Resolução nº 174/2011). II - A responsabilidade
subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas
decorrentes da condenação referente ao período da prestação
laboral (item VI da Súmula nº 331, do C. TST, com a redação dada
pela Resolução nº 174/2011). DECISÃO: ISTO POSTO, ACORDAM
OS DESEMBARGADORES DO TRABALHO DA EGRÉGIA
SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA
OITAVA REGIÃO, À UNANIMIDADE, EM REJEITAR A
PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO DA
SEGUNDA RECLAMADA, SUSCITADA PELO RECLAMANTE, EM
CONTRAMINUTA, À FALTA DE AMPARO LEGAL; POR
UNANIMIDADE, CONHECER DOS RECURSOS; E, NO MÉRITO,
SEM DIVERGÊNCIA, NEGAR PROVIMENTO AO APELO DA
SEGUNDA RECLAMADA; POR UNANIMIDADE, DAR
PROVIMENTO AO RECURSO DO RECLAMANTE PARA, AO
REFORMAR, EM PARTE, A R. SENTENÇA RECORRIDA,
INCLUIR NA CONDENAÇÃO A INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL NO IMPORTE DE R$-3.000,00 (TRÊS MIL REAIS),
MANTIDO O R. DECISÓRIO RECORRIDO EM SEUS TERMOS,
CONFORME OS FUNDAMENTOS. CUSTAS DE R$900,00
(NOVECENTOS REAIS), PELAS RECLAMADAS, CALCULADAS
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Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO QUE, PARA ESTE FIM, SE
ARBITRA EM R$45.000,00 (QUARENTA E CINCO MIL REAIS).
Belém, 20 de abril de 2018
LUCIA DE ANDRADE GONCALVES LOPES
Secretário da E. 2ª Turma
Edital
CIÊNCIA DE V. ACÓRDÃO
Processo Nº RO-0000124-41.2016.5.08.0109
Processo Nº RO-00124/2016-109-08-00.0
Relator Desembargador Federal do Trabalho
VICENTE JOSE MALHEIROS DA
FONSECA
Recorrente UNIAO FEDERAL
Recorrido MARIA GIANE PIMENTEL SOUSA
Advogado(a) VERIDIANA NOGUEIRA DE
AGUIAR(OAB: PA8182)
Advogado(a) JAKELYNE ALVES COSTA(OAB:
PA23027)
Recorrido A TOCANTINENSE LIMPEZA E
CONSERVACAO LTDA - EPP
Pelo presente edital, fica NOTIFICADA A RECORRIDA: A
TOCANTINENSE LIMPEZA E CONSERVACAO LTDA - EPP,
atualmente em lugar incerto e não sabido, do inteiro teor do v.
acórdão de fls. 221/227 nos autos em referência, cuja ementa e
conclusão seguem transcritas na sequência, e para, querendo,
a p r e s e n t a r r e c u r s o , n o p r a z o l e g a l : " E M E N T A :
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO.
TOMADOR DOS SERVIÇOS. TEMA DE REPERCUSSÃO GERAL
RECONHECIDA NOJULGAMENTO DO RE 760931. No julgamento
do RE 760931 restou vencida a tese do C. TST, em que se atribuía
ao ente público a prova da fiscalização para eximir-se da
condenação subsidiária; prevaleceu atese de que, sem a prova
inequívoca por parte do trabalhador da conduta omissiva ou
comissiva da administração na fiscalização do contrato, não cabe a
responsabilização do ente público DECISÃO: ACORDAM OS
DESEMBARGADORES DA SEGUNDA TURMA DO EGRÉGIO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO,
UNANIMEMENTE, EM CONHECER DO RECURSO, REJEITANDO
A ARGUIÇÃO DE NÃO CONHECIMENTO E IMPROVIMENTO DO
RECURSO ORDINÁRIO DA SEGUNDA RECLAMADA (UNIÃO),
FUNDADA EM ONFRONTO COM JURISPRUDÊNCIA DO E. TRT -
8ª REGIÃO E SÚMULA DO C. TST, SUSCITADA PELA
RECLAMANTE, EM CONTRARRAZÕES; SEM DIVERGÊNCIA,
EM REJEITAR A PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA, À
FALTA DE AMPARO LEGAL; NO MÉRITO, POR MAIORIA DE
VOTOS, VENCIDO O EXMO. DESEMBARGADOR RELATOR, EM
DAR PROVIMENTO AO APELO PARA, REFORMANDO, EM
P A R T E , A S E N T E N Ç A R E C O R R I D A , E X C L U I R A
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO
RECORRENTE, MANTIDA EM SEUS DEMAIS TERMOS,
CONFORME OS CONFORME OS FUNDAMENTOS. EM FACE
DESTA DECISÃO FICA PREJUDICADA A APRECIAÇÃO DOS
DEMAIS TÓPICOS RECURSAIS. PROLATARÁ O ACÓRDÃO O
EXMO. DESEMBARGADOR GABRIEL NAPOLEÃO VELLOSO
FILHO."
Processo Nº AIRR-0002713-22.2015.5.08.0115
Processo Nº AIRR-02713/2015-115-08-00.0
Relator Desembargador Federal do Trabalho
Agravante BIOPALMA DA AMAZONIA S/A
REFLORESTAMENTO, INDÚSTRIA E
COMÉRCIO
Advogado(a) JOÃO ALFREDO FREITAS
MILEO(OAB: PA12342)
Agravado ROBERTO C P DE SOUZA - EPP
Agravado NAZARENO DE JESUS FARIAS DOS
ANJOS
Advogado(a) MARCIO DE OLIVEIRA LANDIN(OAB:
PA17523)
Pelo presente edital, fica NOTIFICADO O AGRAVADO: ROBERTO
C P DE SOUZA - EPP, atualmenteem lugar incerto e não sabido,
da interposição de AGRAVO DE INSTRUMENTO nos autos do
processo supra em referência e para apresentar, querendo, no
prazo legal , contraminuta/contrarrazões ao Agravo de
Instrumento/Recurso de Revista, esclarecendo-se que o Agravo de
Instrumento foi processado de acordo com a Resolução 340 201340
Administrativa nº 1418/2010, do C. Tribunal Superior do Trabalho.
Quarta Turma
Acórdão
Acórdão
Processo Nº RO-0000291-40.2016.5.08.0115
Relator PASTORA DO SOCORRO TEIXEIRA
LEAL
RECORRENTE FABIO DOS SANTOS TRINDADE
ADVOGADO FLAVIA ISADORA RIBEIRO
GOMES(OAB: 16919/PA)
ADVOGADO MARCIO DE OLIVEIRA LANDIN(OAB:
17523/PA)
RECORRIDO DINIZ & DINIZ SERVICOS
AGRICOLAS LTDA - EPP
RECORRIDO BIOPALMA DA AMAZONIA S.A.
REFLORESTAMENTO INDUSTRIA E
COMERCIO
ADVOGADO RICARDO RABELLO SORIANO DE
MELLO(OAB: 321782/SP)
ADVOGADO JOAO ALFREDO FREITAS
MILEO(OAB: 12342/PA)
ADVOGADO ERICK BRAGA BRITO(OAB:
17450/PA)
Intimado(s)/Citado(s):
 - FABIO DOS SANTOS TRINDADE
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO TRABALHO
Gab. Des. Pastora Leal
PROCESSO nº 0000291-40.2016.5.08.0115 (RO)
RECORRENTE: FABIO DOS SANTOS TRINDADE
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 9
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
 DR. MARCIO DE OLIVEIRA LANDIN
 DRA. FLAVIA ISADORA RIBEIRO GOMES
RECORRIDOS: DINIZ & DINIZ SERVICOS AGRICOLAS LTDA
 BIOPALMA DA AMAZONIA S.A. REFLORESTAMENTO
INDUSTRIA E COMERCIO
 DR. ERICK BRAGA BRITO
 DR. JOAO ALFREDO FREITAS MILEO
 DR. RICARDO RABELLO SORIANO DE MELLO
ACIDENTE DE TRABALHO E/OU DOENÇA OCUPACIONAL.
NÃO CONFIGURAÇÃO . Se as provas dos autos, mais
precisamente o Laudo Técnico Pericial, demonstram a inexistência
de enfermidade na coluna vertebral do autor, deve ser mantida a
Decisão primária que indeferiu o pleito de indenização por danos
morais e materiais. Apelo improvido.
Relatório
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordinário,
Processo TRT/4ª T./RO 000291-40.2016.5.08.0115, oriundo da MM.
Vara do Trabalho de Santa Izabel, em que são partes as acima
indicadas.
O MM. Juízo de origem, assim decidiu, Id 564b8f2: "PELO
EXPOSTO, DECIDO, NOS AUTOS DO PROCESSO Nº.0000291-
40.2016.5.08.0115 , DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
PROPOSTA PELO RECLAMANTE, FABIO DOS SANTOS
TRINDADE EM FACE DAS RECLAMADAS, DINIZ & DINIZ
SERVIÇOS AGRÍCOLAS LTDA e BIOPALMA DA AMAZÔNIA S.A
REFLORESTAMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO: 1) NOS
TERMOS DO ART. 487, i DO CPC/2015, JULGAR TOTALMENTE
IMPROCEDENTES OS PEDIDOS DEDUZIDOS NA PETIÇÃO
INICIAL.". Ao reclamante foram concedidos os benefícios da justiça
gratuita.
Irresignado, o demandante interpõe recurso ordinário, Id: 683f589,
pleiteando o deferimento da indenização por danos morais, em
razão de doença ocupacional, e responsabilidade subsidiária.
A segunda reclamada apresentou contrarrazões, Id: 77b6a65.
O Ministério Público do Trabalho não foi instado a manifestar-se,
consoante permissivo Regimental.
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Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Fundamentação
CONHECIMENTO
Conheço do recurso ordinário do reclamante, uma vez preenchidos
os pressupostos de admissibilidade.
Contrarrazões em condições de apreciação.
PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO, POR
CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA
Diz o recorrente que o laudo pericial é inconclusivo com relação à
resposta dos quesitos formulados à pericia judicial, e não
respondidos, motivo pelo qual requereu a complementação do
laudo, bem como menciona que, apesar de ter sido relatado pelo
periciando que o fato ocorreu em 2011, não houve solicitação de
exames complementares para observar a extensão do dano sofrido.
Afirma que resta evidente o ato de vulneração de uma das mais
importantes garantias conferidas ao cidadão e que se encontra
intimamente ligada ao princípio do devido processo legal, previsto
no artigo 5º, inciso LIV e LV, da Lei Fundamental.
Diz que, embora todos os meios legais sejam hábeis para
demonstrar a verdade dos fatos, a prova de determinadas
alegações exige conhecimento técnico ou científico de profissionais
especializados que atuam em outros ramos do conhecimento, o
qual não detém o julgador formação ou experiência para avaliar e
mensurar as lesões alegadas. Por isso que o artigo 421, do CPC,
socorre o julgador com a perícia médica que, na hipótese dos autos,
inexplicavelmente teve sua integralidade suprimida.
Analiso.
Verifica-se que no momento da confecção do laudo o expert
detalhou os fatores de risco que podem promover as dores na
coluna vertebral, bem como foi taxativo com relação a situação de
saúde do trabalhador, o que resultou em uma conclusão
transparente e objetiva. Diga-se, ainda, que a confecção de outro
laudo para esta mesma situação, trataria o caso de forma idêntica.
Demais disso, convém gizar que o juiz, a teor do que consta no
artigo 765 da CLT, tem a liberdade de decidir de acordo com suas
convicções dentro do contexto fático-probatório constante nos
autos, devendo, ainda, em harmonia com os princípios da economia
e celeridade processual, evitar diligências desnecessárias, já que é
o destinatário principal das provas.
Com efeito, a irresignação do recorrente, em verdade, revela o viés
de seu inconformismo com o próprio resultado da causa que lhe foi
desfavorável, o que não deve ser tratado em sede de preliminar,
porquanto diz respeito ao mérito.
Dessarte, rejeito a preliminar de nulidade por cerceamento do direito
de defesa, por absoluta falta de amparo legal.
Rejeito.
Mérito
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, EM RAZÃO DE
DOENÇA OCUPACIONAL
Giza que quando retornou ao labor foi enquadrado pela empresa
como serviços gerais, realizando limpeza no refeitório, até sua
demissão, em 04/2013, jamais tendo retornado ao seu serviço de
origem, bem como assevera que não foram realizados exames
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complementares para que fosse analisada a extensão do dano
sofrido.
Menciona que não restaram dúvidas com relação a ocorrência de
acidente de trabalho, ocasião em que o reclamante ficou
impossibilitado em prosseguir nas suas atividades, conforme se
verifica do depoimento do preposto, bem como aduz que requereu
complementação ao laudo pericial, o que teria sido indeferido pelo
juízo.
Frisa que o fato de estar laborando como lavrador na roça de seu
pai não tem o condão de afastar o reconhecimento do acidente,
bem como argui que o cultivo do dendê possui grau de risco "3"
para acidentes do trabalho, considerado grave, o que incumbe ao
empregador o cumprimento e a determinação de observância das
normas de segurança e medicina do trabalho, nos termos do art.
157, inc. I, da CLT c/c art. 19, § 1º, da Lei n. 8.213/91, o que não
teria sido comprovado pela 1ª reclamada que foi revel e confessa,
tampouco pela 2ª recorrida.
Afirma que a concausa tem previsão no artigo 21, I, da Lei nº
8.213/91, que não exige que a conduta da empresa seja causa
exclusiva do evento, bastando que tenha contribuído para a
enfermidade para se caracterizar também sua responsabilidade,
bem como argumenta que é de conhecimento geral, que a doença
do Reclamante é capaz de gerar dores insuportáveis para o resto
da vida, principalmente quando se imprimem atividades laborativas,
que exijam uma flexão permanente da coluna ou levantamento de
cargas em posições antiergonômicas, intensificando o quadro
álgico.
Enfatiza que o fato de ter caído de uma altura de três metros
quando fugiado ataque das abelhas, em terreno sem qualquer
espécie de sinalização ou treinamento, lhe ocasionou a lesão em
sua coluna lombar, tanto é assim que a empresa emitiu a CAT, bem
como narra que sofreu danos à sua integridade física, que
reduziram a sua capacidade laboral de forma definitiva.
Ao final, afirma que estão presentes os requisitos ensejadores da
reparação civil, razão pela qual pugna pelo deferimento da
indenização por danos morais e materiais.
Em que pese o inconformismo do recorrente, entendo que a decisão
de 1º grau não merece reforma, já que bem apreciou o conjunto
fático-probatório, concluindo, ao final pela improcedência do pleito.
Diante disso, peço venia para ratificar a sentença, adotando como
razões de decidir os fundamentos nela contidos, que passo a
transcrever:
"Afirma o Reclamante que em 01 de Abril de 2011 sofreu um
acidente de trabalho que acabou originando um quadro gravíssimo
de coluna. Narra que em razão da sua permanência na mesma
função, em que era necessário continuo movimento de se agachar e
levantar, desenvolveu doença ocupacional e começou a sentir fortes
dores na região da coluna dorsal e lombar, que foram se agravando,
tendo sido
posteriormente diagnostica com Hérnia de Disco, o que lhe causa
intenso sofrimento.
Diz ainda que em razão da doença se encontra impedido de
trabalhar na sua profissão, vez que que o seu exercício requer força
e consistência física, situação que vem o impedindo de obter o seu
sustento. Por tudo, requer a condenação da reclamada ao
pagamento de indenização por danos morais e danos materiais,
este último relativo aos lucros cessantes correspondentes à
integralidade da sua remuneração em razão da incapacidade.
A segunda Reclamada refuta as alegações obreiras, pugnando pela
improcedência dos pedidos autorais.
Passo à análise.
Para configurar o dever de indenizar, segundo Fernando Noronha, é
necessária a configuração dos seguintes pressupostos: a) que haja
um fato antijurídico , isto é, que não seja permitido pelo direito, em
si mesmo ou nas suas consequências; que o fato possa ser
imputado a alguém, seja por dever a atuação culposa da pessoa,
seja por simplesmente ter acontecido no decurso de uma atividade
realizada no interesse dela; b) que tenham sido produzidos danos;
c) que tais danos possam ser juridicamente considerados como
causados pelo ato ou fato praticado, embora em casos excepcionais
seja suficiente que o dano constitua risco próprio da atividade do
responsável, sem propriamente ter sido causado por esta1, ou seja,
é necessário ato ilícito ou o desenvolvimento de atividade que gere
risco, dano e nexo de causalidade entre o dano e o ato ou atividade
(art. 186 e 987, CC).
Portanto, o primeiro elemento para a a análise acerca da existência
de nexo de causalidade entre a doença e o labor é a comprovação
da doença, vez que a causa de pedir do reclamante não se baseia
na alegação tão somente de ocorrência de acidente, mas sim na
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 12
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doença que teria adquirido em razão do acidente sofrido e
agravamento desta doença pelo contínuo exercício de suas
atividades.
Para esta finalidade foi realizada a produção de prova pericial.
No exame pericial realizado foi constatado que o reclamante não
possui qualquer patologia na coluna.
Concluiu o Sr. Perito que "o exame físico do reclamante (NORMAL),
não evidenciou sinais clínicos de comprometimento neurológico
(compressão medular ou radicular) ao nível da coluna lombo-sacra,
decorrentes de suas atividades na reclamada" (Id e77d6ac - Pág.4).
Explicou o perito que "No momento, não evidenciamos diminuição
da capacidade laborativa no Reclamante para sua função de Rural
Palmar, ou para outra de igual complexidade, haja vista que está
trabalhando como lavrador atualmente" e registrou ainda o Expert
que "O exame clínico do Reclamante está NORMAL. Apresenta
sequelas decorrentes de acidente de motocicleta em 2015 e de
acidente pessoal, não relacionadas ao acidente referido na exordial"
(Id e77d6ac - Pág.5).
Ao responder os quesitos apresentados o perito foi taxativo ao
afirmar que o reclamante não possui qualquer doença na coluna
vertebral e nem, qualquer incapacidade, "inclusive o reclamante
trabalha como agricultor com seu pai" em agricultura familiar. (Id
e77d6ac - Pág. 6)
O reclamante impugna a validade do laudo alegando contradição
entre a conclusão e os documentos apresentados. No entanto, não
há qualquer exame nos autos que demonstre que o reclamante
estaria acometido de qualquer doença. Note-se que os documentos
de Id d415985 - Pág. 1 e 2 apenas noticiam que o reclamante está
acometido de dor (CID M54.5), nada se referindo a qualquer hérnia
de disco, como narrado na Inicial. Outrossim, a CAT em nada
comprova a doença alegada, pois apenas noticia um acidente que
não deixou qualquer sequela no reclamante.
Quanto à lisura do exame pericial, observo que o laudo foi
elaborado por médico devidamente capacitado para elucidar o caso
em comento, apresentando-se de forma extremamente clara e
compreensível, de acordo com os ditames da Resolução CFM 1488
e da Portaria MTe 546/2010, e respondendo todos os quesitos
apresentados, razão pela qual o utilizo como base de sua
fundamentação, não havendo razões plausíveis para desconsiderá-
lo.
Neste sentido, tendo afirmado veementemente o Sr. Perito que o
reclamante não está acometido de qualquer doença, não há que se
falar em doença ocupacional e nem responsabilidade civil da
Reclamada, não havendo dever de indenizar.
Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos de
indenizações por por danos morais e materiais pleiteado na Inicial.".
Improvido.
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
Resta prejudicado o pleito de responsabilidade subsidiária da
segunda reclamada, em face do decidido no item 2.3.1.
Prejudicado.
ANTE O EXPOSTO, conheço do recurso ordinário do reclamante,
porque atendidos os requisitos legais; rejeito a preliminar de
nulidade do processo, à míngua de amparo legal. no mérito, nego
provimento ao recurso do reclamante pra manter a R. Decisão
Pr imeva em todos os seus termos. Tudo conforme a
fundamentação. Custas como no 1º grau.
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 13
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Acórdão
POSTO ISSO,
ACORDAM OS DESEMBARGADORES DA QUARTA TURMA DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA
REGIÃO, UNANIMEMENTE, EM CONHECER DO RECURSO
ORDINÁRIO DO RECLAMANTE, PORQUE ATENDIDOS OS
REQUISITOS LEGAIS. SEM DISSENSSO, REJEITAR A
PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO, À MÍNGUA DE
AMPARO LEGAL. NO MÉRITO, SEM DIVERGÊNCIA, NEGAR
PROVIMENTO AO RECURSO DO RECLAMANTE PARA MANTER
A R . D E C I S Ã O P R I M E V A . T U D O C O N F O R M E A
F U N D A M E N T A Ç Ã O . C U S T A S C O M O N O 1 º G R A U .
Sala de Sessões da Quarta Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da Oitava Região. Belém, 17 de abril de 2018.
Relatora Desembargadora Pastora do Socorro Teixeira Leal
Acórdão
Processo Nº RO-0000291-40.2016.5.08.0115
Relator PASTORA DO SOCORRO TEIXEIRA
LEAL
RECORRENTE FABIO DOS SANTOS TRINDADE
ADVOGADO FLAVIA ISADORA RIBEIRO
GOMES(OAB: 16919/PA)
ADVOGADO MARCIO DE OLIVEIRA LANDIN(OAB:
17523/PA)
RECORRIDO DINIZ & DINIZ SERVICOS
AGRICOLAS LTDA - EPP
RECORRIDO BIOPALMA DA AMAZONIA S.A.
REFLORESTAMENTO INDUSTRIA E
COMERCIO
ADVOGADO RICARDO RABELLO SORIANO DE
MELLO(OAB: 321782/SP)
ADVOGADO JOAO ALFREDO FREITAS
MILEO(OAB: 12342/PA)
ADVOGADO ERICK BRAGA BRITO(OAB:
17450/PA)
Intimado(s)/Citado(s):
 - DINIZ & DINIZSERVICOS AGRICOLAS LTDA - EPP
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO TRABALHO
Gab. Des. Pastora Leal
PROCESSO nº 0000291-40.2016.5.08.0115 (RO)
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Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
RECORRENTE: FABIO DOS SANTOS TRINDADE
 DR. MARCIO DE OLIVEIRA LANDIN
 DRA. FLAVIA ISADORA RIBEIRO GOMES
RECORRIDOS: DINIZ & DINIZ SERVICOS AGRICOLAS LTDA
 BIOPALMA DA AMAZONIA S.A. REFLORESTAMENTO
INDUSTRIA E COMERCIO
 DR. ERICK BRAGA BRITO
 DR. JOAO ALFREDO FREITAS MILEO
 DR. RICARDO RABELLO SORIANO DE MELLO
ACIDENTE DE TRABALHO E/OU DOENÇA OCUPACIONAL.
NÃO CONFIGURAÇÃO . Se as provas dos autos, mais
precisamente o Laudo Técnico Pericial, demonstram a inexistência
de enfermidade na coluna vertebral do autor, deve ser mantida a
Decisão primária que indeferiu o pleito de indenização por danos
morais e materiais. Apelo improvido.
Relatório
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordinário,
Processo TRT/4ª T./RO 000291-40.2016.5.08.0115, oriundo da MM.
Vara do Trabalho de Santa Izabel, em que são partes as acima
indicadas.
O MM. Juízo de origem, assim decidiu, Id 564b8f2: "PELO
EXPOSTO, DECIDO, NOS AUTOS DO PROCESSO Nº.0000291-
40.2016.5.08.0115 , DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
PROPOSTA PELO RECLAMANTE, FABIO DOS SANTOS
TRINDADE EM FACE DAS RECLAMADAS, DINIZ & DINIZ
SERVIÇOS AGRÍCOLAS LTDA e BIOPALMA DA AMAZÔNIA S.A
REFLORESTAMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO: 1) NOS
TERMOS DO ART. 487, i DO CPC/2015, JULGAR TOTALMENTE
IMPROCEDENTES OS PEDIDOS DEDUZIDOS NA PETIÇÃO
INICIAL.". Ao reclamante foram concedidos os benefícios da justiça
gratuita.
Irresignado, o demandante interpõe recurso ordinário, Id: 683f589,
pleiteando o deferimento da indenização por danos morais, em
razão de doença ocupacional, e responsabilidade subsidiária.
A segunda reclamada apresentou contrarrazões, Id: 77b6a65.
O Ministério Público do Trabalho não foi instado a manifestar-se,
consoante permissivo Regimental.
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 15
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Fundamentação
CONHECIMENTO
Conheço do recurso ordinário do reclamante, uma vez preenchidos
os pressupostos de admissibilidade.
Contrarrazões em condições de apreciação.
PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO, POR
CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA
Diz o recorrente que o laudo pericial é inconclusivo com relação à
resposta dos quesitos formulados à pericia judicial, e não
respondidos, motivo pelo qual requereu a complementação do
laudo, bem como menciona que, apesar de ter sido relatado pelo
periciando que o fato ocorreu em 2011, não houve solicitação de
exames complementares para observar a extensão do dano sofrido.
Afirma que resta evidente o ato de vulneração de uma das mais
importantes garantias conferidas ao cidadão e que se encontra
intimamente ligada ao princípio do devido processo legal, previsto
no artigo 5º, inciso LIV e LV, da Lei Fundamental.
Diz que, embora todos os meios legais sejam hábeis para
demonstrar a verdade dos fatos, a prova de determinadas
alegações exige conhecimento técnico ou científico de profissionais
especializados que atuam em outros ramos do conhecimento, o
qual não detém o julgador formação ou experiência para avaliar e
mensurar as lesões alegadas. Por isso que o artigo 421, do CPC,
socorre o julgador com a perícia médica que, na hipótese dos autos,
inexplicavelmente teve sua integralidade suprimida.
Analiso.
Verifica-se que no momento da confecção do laudo o expert
detalhou os fatores de risco que podem promover as dores na
coluna vertebral, bem como foi taxativo com relação a situação de
saúde do trabalhador, o que resultou em uma conclusão
transparente e objetiva. Diga-se, ainda, que a confecção de outro
laudo para esta mesma situação, trataria o caso de forma idêntica.
Demais disso, convém gizar que o juiz, a teor do que consta no
artigo 765 da CLT, tem a liberdade de decidir de acordo com suas
convicções dentro do contexto fático-probatório constante nos
autos, devendo, ainda, em harmonia com os princípios da economia
e celeridade processual, evitar diligências desnecessárias, já que é
o destinatário principal das provas.
Com efeito, a irresignação do recorrente, em verdade, revela o viés
de seu inconformismo com o próprio resultado da causa que lhe foi
desfavorável, o que não deve ser tratado em sede de preliminar,
porquanto diz respeito ao mérito.
Dessarte, rejeito a preliminar de nulidade por cerceamento do direito
de defesa, por absoluta falta de amparo legal.
Rejeito.
Mérito
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, EM RAZÃO DE
DOENÇA OCUPACIONAL
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 16
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Giza que quando retornou ao labor foi enquadrado pela empresa
como serviços gerais, realizando limpeza no refeitório, até sua
demissão, em 04/2013, jamais tendo retornado ao seu serviço de
origem, bem como assevera que não foram realizados exames
complementares para que fosse analisada a extensão do dano
sofrido.
Menciona que não restaram dúvidas com relação a ocorrência de
acidente de trabalho, ocasião em que o reclamante ficou
impossibilitado em prosseguir nas suas atividades, conforme se
verifica do depoimento do preposto, bem como aduz que requereu
complementação ao laudo pericial, o que teria sido indeferido pelo
juízo.
Frisa que o fato de estar laborando como lavrador na roça de seu
pai não tem o condão de afastar o reconhecimento do acidente,
bem como argui que o cultivo do dendê possui grau de risco "3"
para acidentes do trabalho, considerado grave, o que incumbe ao
empregador o cumprimento e a determinação de observância das
normas de segurança e medicina do trabalho, nos termos do art.
157, inc. I, da CLT c/c art. 19, § 1º, da Lei n. 8.213/91, o que não
teria sido comprovado pela 1ª reclamada que foi revel e confessa,
tampouco pela 2ª recorrida.
Afirma que a concausa tem previsão no artigo 21, I, da Lei nº
8.213/91, que não exige que a conduta da empresa seja causa
exclusiva do evento, bastando que tenha contribuído para a
enfermidade para se caracterizar também sua responsabilidade,
bem como argumenta que é de conhecimento geral, que a doença
do Reclamante é capaz de gerar dores insuportáveis para o resto
da vida, principalmente quando se imprimem atividades laborativas,
que exijam uma flexão permanente da coluna ou levantamento de
cargas em posições antiergonômicas, intensificando o quadro
álgico.
Enfatiza que o fato de ter caído de uma altura de três metros
quando fugia do ataque das abelhas, em terreno sem qualquer
espécie de sinalização ou treinamento, lhe ocasionou a lesão em
sua coluna lombar, tanto é assim que a empresa emitiu a CAT, bem
como narra que sofreu danos à sua integridade física, que
reduziram a sua capacidade laboral de forma definitiva.
Ao final, afirma que estão presentes os requisitos ensejadores da
reparação civil, razão pela qual pugna pelo deferimento da
indenização por danos morais e materiais.
Em que pese o inconformismo do recorrente, entendo que a decisão
de 1º grau não merece reforma, já que bem apreciou o conjunto
fático-probatório, concluindo, ao final pela improcedência do pleito.
Diante disso, peço venia para ratificar a sentença, adotando como
razões de decidir os fundamentos nela contidos, que passo a
transcrever:
"Afirma o Reclamante que em 01 de Abril de 2011 sofreu um
acidente de trabalho que acabou originando um quadro gravíssimo
de coluna. Narra que em razão da sua permanênciana mesma
função, em que era necessário continuo movimento de se agachar e
levantar, desenvolveu doença ocupacional e começou a sentir fortes
dores na região da coluna dorsal e lombar, que foram se agravando,
tendo sido
posteriormente diagnostica com Hérnia de Disco, o que lhe causa
intenso sofrimento.
Diz ainda que em razão da doença se encontra impedido de
trabalhar na sua profissão, vez que que o seu exercício requer força
e consistência física, situação que vem o impedindo de obter o seu
sustento. Por tudo, requer a condenação da reclamada ao
pagamento de indenização por danos morais e danos materiais,
este último relativo aos lucros cessantes correspondentes à
integralidade da sua remuneração em razão da incapacidade.
A segunda Reclamada refuta as alegações obreiras, pugnando pela
improcedência dos pedidos autorais.
Passo à análise.
Para configurar o dever de indenizar, segundo Fernando Noronha, é
necessária a configuração dos seguintes pressupostos: a) que haja
um fato antijurídico , isto é, que não seja permitido pelo direito, em
si mesmo ou nas suas consequências; que o fato possa ser
imputado a alguém, seja por dever a atuação culposa da pessoa,
seja por simplesmente ter acontecido no decurso de uma atividade
realizada no interesse dela; b) que tenham sido produzidos danos;
c) que tais danos possam ser juridicamente considerados como
causados pelo ato ou fato praticado, embora em casos excepcionais
seja suficiente que o dano constitua risco próprio da atividade do
responsável, sem propriamente ter sido causado por esta1, ou seja,
é necessário ato ilícito ou o desenvolvimento de atividade que gere
risco, dano e nexo de causalidade entre o dano e o ato ou atividade
(art. 186 e 987, CC).
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Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Portanto, o primeiro elemento para a a análise acerca da existência
de nexo de causalidade entre a doença e o labor é a comprovação
da doença, vez que a causa de pedir do reclamante não se baseia
na alegação tão somente de ocorrência de acidente, mas sim na
doença que teria adquirido em razão do acidente sofrido e
agravamento desta doença pelo contínuo exercício de suas
atividades.
Para esta finalidade foi realizada a produção de prova pericial.
No exame pericial realizado foi constatado que o reclamante não
possui qualquer patologia na coluna.
Concluiu o Sr. Perito que "o exame físico do reclamante (NORMAL),
não evidenciou sinais clínicos de comprometimento neurológico
(compressão medular ou radicular) ao nível da coluna lombo-sacra,
decorrentes de suas atividades na reclamada" (Id e77d6ac - Pág.4).
Explicou o perito que "No momento, não evidenciamos diminuição
da capacidade laborativa no Reclamante para sua função de Rural
Palmar, ou para outra de igual complexidade, haja vista que está
trabalhando como lavrador atualmente" e registrou ainda o Expert
que "O exame clínico do Reclamante está NORMAL. Apresenta
sequelas decorrentes de acidente de motocicleta em 2015 e de
acidente pessoal, não relacionadas ao acidente referido na exordial"
(Id e77d6ac - Pág.5).
Ao responder os quesitos apresentados o perito foi taxativo ao
afirmar que o reclamante não possui qualquer doença na coluna
vertebral e nem, qualquer incapacidade, "inclusive o reclamante
trabalha como agricultor com seu pai" em agricultura familiar. (Id
e77d6ac - Pág. 6)
O reclamante impugna a validade do laudo alegando contradição
entre a conclusão e os documentos apresentados. No entanto, não
há qualquer exame nos autos que demonstre que o reclamante
estaria acometido de qualquer doença. Note-se que os documentos
de Id d415985 - Pág. 1 e 2 apenas noticiam que o reclamante está
acometido de dor (CID M54.5), nada se referindo a qualquer hérnia
de disco, como narrado na Inicial. Outrossim, a CAT em nada
comprova a doença alegada, pois apenas noticia um acidente que
não deixou qualquer sequela no reclamante.
Quanto à lisura do exame pericial, observo que o laudo foi
elaborado por médico devidamente capacitado para elucidar o caso
em comento, apresentando-se de forma extremamente clara e
compreensível, de acordo com os ditames da Resolução CFM 1488
e da Portaria MTe 546/2010, e respondendo todos os quesitos
apresentados, razão pela qual o utilizo como base de sua
fundamentação, não havendo razões plausíveis para desconsiderá-
lo.
Neste sentido, tendo afirmado veementemente o Sr. Perito que o
reclamante não está acometido de qualquer doença, não há que se
falar em doença ocupacional e nem responsabilidade civil da
Reclamada, não havendo dever de indenizar.
Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos de
indenizações por por danos morais e materiais pleiteado na Inicial.".
Improvido.
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
Resta prejudicado o pleito de responsabilidade subsidiária da
segunda reclamada, em face do decidido no item 2.3.1.
Prejudicado.
ANTE O EXPOSTO, conheço do recurso ordinário do reclamante,
porque atendidos os requisitos legais; rejeito a preliminar de
nulidade do processo, à míngua de amparo legal. no mérito, nego
provimento ao recurso do reclamante pra manter a R. Decisão
Pr imeva em todos os seus termos. Tudo conforme a
fundamentação. Custas como no 1º grau.
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 18
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Acórdão
POSTO ISSO,
ACORDAM OS DESEMBARGADORES DA QUARTA TURMA DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA
REGIÃO, UNANIMEMENTE, EM CONHECER DO RECURSO
ORDINÁRIO DO RECLAMANTE, PORQUE ATENDIDOS OS
REQUISITOS LEGAIS. SEM DISSENSSO, REJEITAR A
PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO, À MÍNGUA DE
AMPARO LEGAL. NO MÉRITO, SEM DIVERGÊNCIA, NEGAR
PROVIMENTO AO RECURSO DO RECLAMANTE PARA MANTER
A R . D E C I S Ã O P R I M E V A . T U D O C O N F O R M E A
F U N D A M E N T A Ç Ã O . C U S T A S C O M O N O 1 º G R A U .
Sala de Sessões da Quarta Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da Oitava Região. Belém, 17 de abril de 2018.
Relatora Desembargadora Pastora do Socorro Teixeira Leal
Acórdão
Processo Nº RO-0000291-40.2016.5.08.0115
Relator PASTORA DO SOCORRO TEIXEIRA
LEAL
RECORRENTE FABIO DOS SANTOS TRINDADE
ADVOGADO FLAVIA ISADORA RIBEIRO
GOMES(OAB: 16919/PA)
ADVOGADO MARCIO DE OLIVEIRA LANDIN(OAB:
17523/PA)
RECORRIDO DINIZ & DINIZ SERVICOS
AGRICOLAS LTDA - EPP
RECORRIDO BIOPALMA DA AMAZONIA S.A.
REFLORESTAMENTO INDUSTRIA E
COMERCIO
ADVOGADO RICARDO RABELLO SORIANO DE
MELLO(OAB: 321782/SP)
ADVOGADO JOAO ALFREDO FREITAS
MILEO(OAB: 12342/PA)
ADVOGADO ERICK BRAGA BRITO(OAB:
17450/PA)
Intimado(s)/Citado(s):
 - BIOPALMA DA AMAZONIA S.A. REFLORESTAMENTO
INDUSTRIA E COMERCIO
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO TRABALHO
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 19
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Gab. Des. Pastora Leal
PROCESSO nº 0000291-40.2016.5.08.0115 (RO)
RECORRENTE: FABIO DOS SANTOS TRINDADE
 DR. MARCIO DE OLIVEIRA LANDIN
 DRA. FLAVIA ISADORA RIBEIRO GOMES
RECORRIDOS: DINIZ & DINIZ SERVICOS AGRICOLAS LTDA
 BIOPALMA DA AMAZONIA S.A. REFLORESTAMENTO
INDUSTRIA E COMERCIO
 DR. ERICK BRAGA BRITO
 DR. JOAO ALFREDO FREITAS MILEO
 DR. RICARDO RABELLO SORIANO DE MELLO
ACIDENTE DE TRABALHO E/OU DOENÇA OCUPACIONAL.
NÃO CONFIGURAÇÃO . Se as provas dos autos, mais
precisamente o Laudo Técnico Pericial, demonstram a inexistência
de enfermidade na coluna vertebral do autor, deve ser mantida a
Decisão primária que indeferiu o pleito de indenização por danos
morais e materiais.Apelo improvido.
Relatório
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordinário,
Processo TRT/4ª T./RO 000291-40.2016.5.08.0115, oriundo da MM.
Vara do Trabalho de Santa Izabel, em que são partes as acima
indicadas.
O MM. Juízo de origem, assim decidiu, Id 564b8f2: "PELO
EXPOSTO, DECIDO, NOS AUTOS DO PROCESSO Nº.0000291-
40.2016.5.08.0115 , DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
PROPOSTA PELO RECLAMANTE, FABIO DOS SANTOS
TRINDADE EM FACE DAS RECLAMADAS, DINIZ & DINIZ
SERVIÇOS AGRÍCOLAS LTDA e BIOPALMA DA AMAZÔNIA S.A
REFLORESTAMENTO INDÚSTRIA E COMÉRCIO: 1) NOS
TERMOS DO ART. 487, i DO CPC/2015, JULGAR TOTALMENTE
IMPROCEDENTES OS PEDIDOS DEDUZIDOS NA PETIÇÃO
INICIAL.". Ao reclamante foram concedidos os benefícios da justiça
gratuita.
Irresignado, o demandante interpõe recurso ordinário, Id: 683f589,
pleiteando o deferimento da indenização por danos morais, em
razão de doença ocupacional, e responsabilidade subsidiária.
A segunda reclamada apresentou contrarrazões, Id: 77b6a65.
O Ministério Público do Trabalho não foi instado a manifestar-se,
consoante permissivo Regimental.
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2458/2018 Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 20
Data da Disponibilização: Sexta-feira, 20 de Abril de 2018
Fundamentação
CONHECIMENTO
Conheço do recurso ordinário do reclamante, uma vez preenchidos
os pressupostos de admissibilidade.
Contrarrazões em condições de apreciação.
PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO, POR
CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA
Diz o recorrente que o laudo pericial é inconclusivo com relação à
resposta dos quesitos formulados à pericia judicial, e não
respondidos, motivo pelo qual requereu a complementação do
laudo, bem como menciona que, apesar de ter sido relatado pelo
periciando que o fato ocorreu em 2011, não houve solicitação de
exames complementares para observar a extensão do dano sofrido.
Afirma que resta evidente o ato de vulneração de uma das mais
importantes garantias conferidas ao cidadão e que se encontra
intimamente ligada ao princípio do devido processo legal, previsto
no artigo 5º, inciso LIV e LV, da Lei Fundamental.
Diz que, embora todos os meios legais sejam hábeis para
demonstrar a verdade dos fatos, a prova de determinadas
alegações exige conhecimento técnico ou científico de profissionais
especializados que atuam em outros ramos do conhecimento, o
qual não detém o julgador formação ou experiência para avaliar e
mensurar as lesões alegadas. Por isso que o artigo 421, do CPC,
socorre o julgador com a perícia médica que, na hipótese dos autos,
inexplicavelmente teve sua integralidade suprimida.
Analiso.
Verifica-se que no momento da confecção do laudo o expert
detalhou os fatores de risco que podem promover as dores na
coluna vertebral, bem como foi taxativo com relação a situação de
saúde do trabalhador, o que resultou em uma conclusão
transparente e objetiva. Diga-se, ainda, que a confecção de outro
laudo para esta mesma situação, trataria o caso de forma idêntica.
Demais disso, convém gizar que o juiz, a teor do que consta no
artigo 765 da CLT, tem a liberdade de decidir de acordo com suas
convicções dentro do contexto fático-probatório constante nos
autos, devendo, ainda, em harmonia com os princípios da economia
e celeridade processual, evitar diligências desnecessárias, já que é
o destinatário principal das provas.
Com efeito, a irresignação do recorrente, em verdade, revela o viés
de seu inconformismo com o próprio resultado da causa que lhe foi
desfavorável, o que não deve ser tratado em sede de preliminar,
porquanto diz respeito ao mérito.
Dessarte, rejeito a preliminar de nulidade por cerceamento do direito
de defesa, por absoluta falta de amparo legal.
Rejeito.
Mérito
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DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, EM RAZÃO DE
DOENÇA OCUPACIONAL
Giza que quando retornou ao labor foi enquadrado pela empresa
como serviços gerais, realizando limpeza no refeitório, até sua
demissão, em 04/2013, jamais tendo retornado ao seu serviço de
origem, bem como assevera que não foram realizados exames
complementares para que fosse analisada a extensão do dano
sofrido.
Menciona que não restaram dúvidas com relação a ocorrência de
acidente de trabalho, ocasião em que o reclamante ficou
impossibilitado em prosseguir nas suas atividades, conforme se
verifica do depoimento do preposto, bem como aduz que requereu
complementação ao laudo pericial, o que teria sido indeferido pelo
juízo.
Frisa que o fato de estar laborando como lavrador na roça de seu
pai não tem o condão de afastar o reconhecimento do acidente,
bem como argui que o cultivo do dendê possui grau de risco "3"
para acidentes do trabalho, considerado grave, o que incumbe ao
empregador o cumprimento e a determinação de observância das
normas de segurança e medicina do trabalho, nos termos do art.
157, inc. I, da CLT c/c art. 19, § 1º, da Lei n. 8.213/91, o que não
teria sido comprovado pela 1ª reclamada que foi revel e confessa,
tampouco pela 2ª recorrida.
Afirma que a concausa tem previsão no artigo 21, I, da Lei nº
8.213/91, que não exige que a conduta da empresa seja causa
exclusiva do evento, bastando que tenha contribuído para a
enfermidade para se caracterizar também sua responsabilidade,
bem como argumenta que é de conhecimento geral, que a doença
do Reclamante é capaz de gerar dores insuportáveis para o resto
da vida, principalmente quando se imprimem atividades laborativas,
que exijam uma flexão permanente da coluna ou levantamento de
cargas em posições antiergonômicas, intensificando o quadro
álgico.
Enfatiza que o fato de ter caído de uma altura de três metros
quando fugia do ataque das abelhas, em terreno sem qualquer
espécie de sinalização ou treinamento, lhe ocasionou a lesão em
sua coluna lombar, tanto é assim que a empresa emitiu a CAT, bem
como narra que sofreu danos à sua integridade física, que
reduziram a sua capacidade laboral de forma definitiva.
Ao final, afirma que estão presentes os requisitos ensejadores da
reparação civil, razão pela qual pugna pelo deferimento da
indenização por danos morais e materiais.
Em que pese o inconformismo do recorrente, entendo que a decisão
de 1º grau não merece reforma, já que bem apreciou o conjunto
fático-probatório, concluindo, ao final pela improcedência do pleito.
Diante disso, peço venia para ratificar a sentença, adotando como
razões de decidir os fundamentos nela contidos, que passo a
transcrever:
"Afirma o Reclamante que em 01 de Abril de 2011 sofreu um
acidente de trabalho que acabou originando um quadro gravíssimo
de coluna. Narra que em razão da sua permanência na mesma
função, em que era necessário continuo movimento de se agachar e
levantar, desenvolveu doença ocupacional e começou a sentir fortes
dores na região da coluna dorsal e lombar, que foram se agravando,
tendo sido
posteriormente diagnostica com Hérnia de Disco, o que lhe causa
intenso sofrimento.
Diz ainda que em razão da doença se encontra impedido de
trabalhar na sua profissão, vez que que o seu exercício requer força
e consistência física, situação que vem o impedindo de obter o seu
sustento. Por tudo, requer a condenação da reclamada ao
pagamento de indenização por danos morais e danos materiais,
este último relativo aos lucros cessantes correspondentes à
integralidade da sua remuneração em razão da incapacidade.
A segunda Reclamada refuta as alegações obreiras, pugnando pela
improcedência dos pedidos autorais.
Passo à análise.
Para configurar o dever de indenizar, segundo Fernando Noronha, é
necessáriaa configuração dos seguintes pressupostos: a) que haja
um fato antijurídico , isto é, que não seja permitido pelo direito, em
si mesmo ou nas suas consequências; que o fato possa ser
imputado a alguém, seja por dever a atuação culposa da pessoa,
seja por simplesmente ter acontecido no decurso de uma atividade
realizada no interesse dela; b) que tenham sido produzidos danos;
c) que tais danos possam ser juridicamente considerados como
causados pelo ato ou fato praticado, embora em casos excepcionais
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seja suficiente que o dano constitua risco próprio da atividade do
responsável, sem propriamente ter sido causado por esta1, ou seja,
é necessário ato ilícito ou o desenvolvimento de atividade que gere
risco, dano e nexo de causalidade entre o dano e o ato ou atividade
(art. 186 e 987, CC).
Portanto, o primeiro elemento para a a análise acerca da existência
de nexo de causalidade entre a doença e o labor é a comprovação
da doença, vez que a causa de pedir do reclamante não se baseia
na alegação tão somente de ocorrência de acidente, mas sim na
doença que teria adquirido em razão do acidente sofrido e
agravamento desta doença pelo contínuo exercício de suas
atividades.
Para esta finalidade foi realizada a produção de prova pericial.
No exame pericial realizado foi constatado que o reclamante não
possui qualquer patologia na coluna.
Concluiu o Sr. Perito que "o exame físico do reclamante (NORMAL),
não evidenciou sinais clínicos de comprometimento neurológico
(compressão medular ou radicular) ao nível da coluna lombo-sacra,
decorrentes de suas atividades na reclamada" (Id e77d6ac - Pág.4).
Explicou o perito que "No momento, não evidenciamos diminuição
da capacidade laborativa no Reclamante para sua função de Rural
Palmar, ou para outra de igual complexidade, haja vista que está
trabalhando como lavrador atualmente" e registrou ainda o Expert
que "O exame clínico do Reclamante está NORMAL. Apresenta
sequelas decorrentes de acidente de motocicleta em 2015 e de
acidente pessoal, não relacionadas ao acidente referido na exordial"
(Id e77d6ac - Pág.5).
Ao responder os quesitos apresentados o perito foi taxativo ao
afirmar que o reclamante não possui qualquer doença na coluna
vertebral e nem, qualquer incapacidade, "inclusive o reclamante
trabalha como agricultor com seu pai" em agricultura familiar. (Id
e77d6ac - Pág. 6)
O reclamante impugna a validade do laudo alegando contradição
entre a conclusão e os documentos apresentados. No entanto, não
há qualquer exame nos autos que demonstre que o reclamante
estaria acometido de qualquer doença. Note-se que os documentos
de Id d415985 - Pág. 1 e 2 apenas noticiam que o reclamante está
acometido de dor (CID M54.5), nada se referindo a qualquer hérnia
de disco, como narrado na Inicial. Outrossim, a CAT em nada
comprova a doença alegada, pois apenas noticia um acidente que
não deixou qualquer sequela no reclamante.
Quanto à lisura do exame pericial, observo que o laudo foi
elaborado por médico devidamente capacitado para elucidar o caso
em comento, apresentando-se de forma extremamente clara e
compreensível, de acordo com os ditames da Resolução CFM 1488
e da Portaria MTe 546/2010, e respondendo todos os quesitos
apresentados, razão pela qual o utilizo como base de sua
fundamentação, não havendo razões plausíveis para desconsiderá-
lo.
Neste sentido, tendo afirmado veementemente o Sr. Perito que o
reclamante não está acometido de qualquer doença, não há que se
falar em doença ocupacional e nem responsabilidade civil da
Reclamada, não havendo dever de indenizar.
Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos de
indenizações por por danos morais e materiais pleiteado na Inicial.".
Improvido.
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
Resta prejudicado o pleito de responsabilidade subsidiária da
segunda reclamada, em face do decidido no item 2.3.1.
Prejudicado.
ANTE O EXPOSTO, conheço do recurso ordinário do reclamante,
porque atendidos os requisitos legais; rejeito a preliminar de
nulidade do processo, à míngua de amparo legal. no mérito, nego
provimento ao recurso do reclamante pra manter a R. Decisão
Pr imeva em todos os seus termos. Tudo conforme a
fundamentação. Custas como no 1º grau.
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Acórdão
POSTO ISSO,
ACORDAM OS DESEMBARGADORES DA QUARTA TURMA DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA
REGIÃO, UNANIMEMENTE, EM CONHECER DO RECURSO
ORDINÁRIO DO RECLAMANTE, PORQUE ATENDIDOS OS
REQUISITOS LEGAIS. SEM DISSENSSO, REJEITAR A
PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO, À MÍNGUA DE
AMPARO LEGAL. NO MÉRITO, SEM DIVERGÊNCIA, NEGAR
PROVIMENTO AO RECURSO DO RECLAMANTE PARA MANTER
A R . D E C I S Ã O P R I M E V A . T U D O C O N F O R M E A
F U N D A M E N T A Ç Ã O . C U S T A S C O M O N O 1 º G R A U .
Sala de Sessões da Quarta Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da Oitava Região. Belém, 17 de abril de 2018.
Relatora Desembargadora Pastora do Socorro Teixeira Leal
Acórdão
Processo Nº RO-0000294-58.2017.5.08.0115
Relator PASTORA DO SOCORRO TEIXEIRA
LEAL
RECORRENTE MOISES DE JESUS LAMBERTE
ADVOGADO DANIEL DACIER LOBATO SA
PEREIRA(OAB: 15494/PA)
RECORRENTE CLAUDIO DA SILVA RAMOS
ADVOGADO RAIMUNDO JOSE DE PAULO
MORAES ATHAYDE(OAB: 6669/PA)
ADVOGADO FERNANDA BRILHANTE
ATHAYDE(OAB: 12762/PA)
ADVOGADO FLAVIA BRILHANTE ATHAYDE(OAB:
20141/PA)
RECORRIDO MOISES DE JESUS LAMBERTE
ADVOGADO DANIEL DACIER LOBATO SA
PEREIRA(OAB: 15494/PA)
RECORRIDO CLAUDIO DA SILVA RAMOS
ADVOGADO RAIMUNDO JOSE DE PAULO
MORAES ATHAYDE(OAB: 6669/PA)
ADVOGADO FERNANDA BRILHANTE
ATHAYDE(OAB: 12762/PA)
ADVOGADO FLAVIA BRILHANTE ATHAYDE(OAB:
20141/PA)
Intimado(s)/Citado(s):
 - CLAUDIO DA SILVA RAMOS
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 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO TRABALHO
Gab. Des. Pastora Leal
PROCESSO nº 0000294-58.2017.5.08.0115 (RO)
RECORRENTES: CLAUDIO DA SILVA RAMOS
 DRA. FLAVIA BRILHANTE ATHAYDE
 DRA. FERNANDA BRILHANTE ATHAYDE
 DR. RAIMUNDO JOSE DE PAULO MORAES ATHAYDE
 MOISES DE JESUS LAMBERTE
 DR. DANIEL DACIER LOBATO SA PEREIRA
RECORRIDOS: CLAUDIO DA SILVA RAMOS
 DRA. FLAVIA BRILHANTE ATHAYDE
 DRA. FERNANDA BRILHANTE ATHAYDE
 DR. RAIMUNDO JOSE DE PAULO MORAES ATHAYDE
 MOISES DE JESUS LAMBERTE
 DR. DANIEL DACIER LOBATO SA PEREIRA
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. LABOR EM CONDIÇÕES
DEGRADANTES. CONFIGURAÇÃO. Diante do arcabouço
probatório constante dos autos, uma vez verificada a inexistência de
banheiros no ambiente de trabalho do autor, deve ser deferida a
indenização por danos morais, em razão do labor em condições
degradantes. Provido em parte.
Relatório
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordinário,
Processo TRT/4ª T./RO 000294-58.2017.5.08.0115, oriundo da MM.
Vara do Trabalho de Santa Izabel do Pará, em que são partes as
acima indicadas.
O MM. Juízo de origem, assim decidiu, Id 00378fa: "ANTE O
EXPOSTO E TUDO O MAIS O QUE DOS AUTOS CONSTA A
JUÍZA TITULAR DA MM. VARA DO TRABALHO DE SANTA
IZABEL, QUE ABAIXO ASSINA, NA PRESENTE RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA PROPOSTA POR CLAUDIO DA SILVA RAMOS
CONTRA FAZENDA RIO NEGRO I DECIDE: - JULGAR EM
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PARTEPROCEDENTES

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