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Apostila de imagenologia Professor: Romulo Medina Mattos Sumário 1. Imagenologia ............................................................................................................................. 1 1.1 Princípio das radiações ......................................................................................................... 2 1.2 Formação dos raios X ........................................................................................................... 3 2. Radiação Elementar .................................................................................................................. 4 2.1 Átomos em radiação ............................................................................................................ 5 2.2 Princípios da formação da imagem radiográfica .................................................................. 6 3. Revisão de conteúdo ................................................................................................................7 4. Técnicas de Diagnóstico por Imagem ..................................................................................... 8 4.1 Tipos de lesões ..........................................................................................................34 4.2 Tomografia computadorizada ....................................................................................38 5. Referencias .................................................................................................................... 46 1. Imagenologia. A história da Radiologia começou em 1895 com a descoberta experimental dos raios-X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen. Nesta época as aplicações médicas desta descoberta revolucionaram a medicina, pois havia se tornado possível a visão do interior dos pacientes, com o passar dos anos, este método evoluiu e assumiu uma abrangência universal na pesquisa diagnóstica do ser humano. A primeira radiografia foi realizada em 22 de dezembro de 1895. Neste dia, Roentgen pôs a mão esquerda de sua esposa Anna Bertha Roentgen no chassi, com filme fotográfico, fazendo incidir a radiação oriunda do tubo por cerca de 15 minutos. Revelado o filme, lá estavam, para confirmação de suas observações, a figura da mão de sua esposa e seus ossos dentro das partes moles menos densas. No Brasil, a primeira radiografia realizada foi em 1896. A primazia é disputada por vários pesquisadores: SILVA RAMOS, em São Paulo; FRANCISCO PEREIRA NEVES, no Rio de Janeiro; ALFREDO BRITO, na Bahia; e físicos do Pará. Como a história não relata dia e mês, conclui-se que as diferenças cronológicas sejam muito pequenas. 1.1 Princípio das radiações Existem dois tipos de radiação beta: β+ e β -. O que diferencia as duas radiações é, basicamente, o que será liberado junto com a massa. A radiação β - libera elétrons junto com a massa. Se durante a liberação da radiação β for liberado uma partícula chamada pósitron (carga positiva), a mesma é chamada de β+. Uma dessas radiações será liberada quando tiver mais prótons do que nêutrons. A outra será liberada quando tiver mais nêutrons do que prótons. Todo átomo radioativo tem: prótons ≠ nêutrons. Um elemento, quando quer liberar radiação beta, significa então que está com excesso de prótons. Logo ele transforma esses prótons em nêutrons. Da mesma forma, um elemento com excesso de nêutrons transforma-o em prótons. Para um próton se transformar em nêutron, ele precisa perder sua carga positiva na forma de pósitron. A radiação β que libera pósitron é radiação β+. Para um nêutron se transformar em próton, ele precisa ganhar carga positiva ou perder carga negativa. Se ele libera elétrons, essa radiação é β -. Exemplos: O que ocorre com um elemento X tem A de massa, Z de número atômico e liberação radiação β+? Resposta: Esse elemento X, para liberar β+ precisa ter excesso de prótons. Suponhamos que a massa dele seja 20 e o número atômico seja 12 (nêutrons = 8). Ele se transformará num elemento Y que tem 20 de massa e 11 de número atômico. OBS: Toda vez que um átomo liberar radiação β+, a massa permanecerá igual e o Z – 1. E, para liberar esse tipo de radiação, o átomo precisa ter mais prótons do que nêutrons. O que um elemento faz a para liberar radiação β-, já que ele precisa ter excesso de nêutrons e libera elétrons? Ex: Um elemento X com 20 de massa e 8 de número atômico (N =12). Ele decai e se transforma em um elemento A. Como ele tinha excesso de nêutrons, se transforma em prótons e sua massa não será alterada. Ele ganha um próton. Regra: Massa permanecerá igual e o Z + 1. Na radiação alfa libera 2 prótons e 2 nêutrons. A – 4/Z –2. A radiação gama é eletromagnética e tem um alcance maior do que a dotada de massa. Ela é ionizante, mas seu poder de ionização não é tão grande. Ela se origina no núcleo do átomo. O raio-X é eletromagnético e ionizante, assim como a radiação gama. A diferença é que o raio- X tem origem na eletrosfera (origem a partir dos elétrons). 1.2 Formação dos raios X. 2. Radiação elementar Os elementos químicos, quando se conjugam, formam a matéria. Existem elementos radioativos e não-radioativos. Se um elemento é radioativo quer dizem que os átomos do mesmo são átomos radioativos e vice-e-versa. Variações nos átomos dão origem à radioatividade. No núcleo do átomo são encontrados os prótons e nêutrons. Ao redor do núcleo temos a eletrosfera, onde os elétrons circulam. A massa do elétron é insignificante. Número de massa (A) – nº prótons + nº nêutrons Número atômico (Z) – nº prótons Silício (28Si), o alumínio (28Al), e o fósforo (28P) tem massa atômica n° 28. Se os três tem a mesma massa, porque são elementos diferentes? R: A diferença entre prótons e nêutrons, fazendo com que um seja estável (não libere radiação) e o outro não. Um elemento estável não libera radiação. Um elemento instável libera radiação. Quando um elemento apresentar o mesmo número de prótons e nêutrons, ele é estável. Porém, qualquer diferença entre prótons e nêutrons faz com que aquele átomo tenha excesso de energia (instabilidade). Para chegar á estabilidade ele precisa liberar o excesso de energia (radiação). Exemplos: Elemento X com 8 de massa e 6 de número atômico. Z = 6 A = 8 Nêutrons = N° de prótons - n° de massa = 2. Decaimento = Um elemento que se encontra instável e com excesso de energia se transforma em outro elemento menos radioativo. Todo elemento que libera radiação se transforma em outro. Radiação é a transmissão de energia (energia que se move) de um sistema para outro por meio de ondas eletromagnéticas (calor, luz, raios UV, raio-x e gama) ou então de partículas dotadas de massa (radiação alfa e beta). De um sistema para o outro = emissor para um receptor. OBS: Equipamentos que liberam radiação não são radioativos, mas tem o poder de gerar a radiação. Toda radiação gera modificação em nosso organismo. Porém, tem algumas radiações que são maléficas e outras que não causam malefícios. O ultrassom, por exemplo, utiliza uma radiação que não faz mal para nosso corpo. Existem radiações eletromagnéticas (calor, luz, raios UV, raio-x e gama) e radiações dotadas de massa (radiação alfa e beta). As radiações dotadas de massa possuem massa (energia + massa) e as eletromagnéticas não possui massa (somente energia). Quanto maior a massa do átomo, mais energia ele possui. Quando mais prótons e nêutrons ele tem, mais energia elepossui (independente de ser radioativo ou não). A radiação dotada de massa interage mais com o nosso corpo, pois tem mais massa. A radiação pode ser classificada de acordo com o efeito que produz na matéria com a qual interage: • Ionizante = é aquela cujo fótons ou partículas produzem íons na matéria com a qual interagem. Esta ionização pode produzir danos nos tecidos biológicos. Ex: Raios-X. • Não-ionizante = luz e calor. Não forma íons. Não é prejudical ao organismo. Ex: Ultrassom. Íon é qualquer partícula que tenha carga. O elétron vai para o núcleo da célula e interage com proteínas que tenham carga positiva e, na hora em que ele transferir a energia, há a modificação daquela estrutura. Só existe um tipo de radiação ionizante que faz mal, que é a radiação ultravioleta (por causa do seu comprimento de onda). Todas as radiações acima são radiações ionizantes. O urânio, por exemplo, libera radiação alfa, beta, gama e raios-X. A radiação alfa tem uma regra: libera 2 prótons + 2 nêutrons. Portanto, se trata de uma radiação dotada de massa. Esses prótons e nêutrons são liberados juntos e formam o núcleo de um átomo, que vai possuir 4 de massa e 2 de número atômico (gás Hélio). Ex: Um elemento X tem 15 de massa e 5 de número atômico. Ele libera radiação-alfa. Qual será sua nova massa e número atômico? Z = 5 – 2 = 3. Massa = 15 – 4 = 11. Sempre que um átomo liberar radiação alfa ele não vai conseguir chegar á estabilidade liberando esse tipo de radiação, pois ele vai liberar o mesmo número de prótons e nêutrons. Para ele conseguir igualar, precisa liberar mais prótons ou mais nêutrons. O problema da radiação alfa é a contaminação. Quanto maior a energia da radiação, mais distante ela consegue chegar. Então, a radiação alfa com pouca energia tem um alcance menor do que a radiação alfa com bastante energia. 2.1 Átomos em radiação. Atividade de uma amostra radioativa é a velocidade de desintegração de átomos radioativos de uma amostra. A desintegração é quando o átomo liberou sua energia em excesso (radiação). Essa atividade é emitida em uma unidade chamada Becquerel (Bq), que é uma desintegração por segundo. Isso quer dizer que, a cada segundo, um átomo do elemento desintegra. É a forma de quantificar quantos átomos liberam radiação por segundo. Meia-vida é o tempo necessário para que metade dos átomos emitam radiação. OBS: A meia-vida do Iodo que é usado para realizar exame da tireóide precisa ser pequena, que permita a realização do exame mas logo depois pare de emitir radiação. Quanto maior for a meia-vida dele, maior o tempo de liberação da radiação. A radiação pode causar dois efeitos no organismo: ionizante ou não-ionizante. Na ionizante, a radiação X chega e transfere energia para o corpo, interagindo com ele. Transfere energia para o elétron, que ganha energia e salta para uma camada mais distante. Ele continua recebendo energia e salta para uma camada ainda mais distante, até o ponto em que a radiação ionizante transfere tanta energia para o elétron que ele será ejetado. Ionização = quando uma quantidade suficiente de energia depositada, o elétron pode ser arrancado do campo elétron, ou seja, o átomo é ionizado e o elétron foi ejetado. A diferença entre radiação ionizante e radiação excitante é a quantidade de energia que ela consegue transferir. A ionizante consegue transferir uma quantidade de radiação grande. A excitante (não-ionizante) também transfere energia, mas ela não consegue ejetar o elétron. O elétron mais fácil de ser ejetado é o que se encontra mais distante do núcleo. O potencial de ionização de um átomo é quantidade de energia necessária para ionizar seu elétron menos fortemente ligado, que já tem bastante energia. A radiação ionizante faz mal para o organismo porque o elétron que está cheio de energia vai tentar interagir com alguém e transferir essa energia, modificando o elemento. Dentre as moléculas que ele tenta interagir, o material genético (DNA) é uma delas. O objetivo da radioterapia é matar as células tumorais e, para isso, a radiação utilizada é a ionizante. Nesse caso, a radiação será muito ionizante e vai gerar tantas lesões nas células, que elas acabarão morrendo. Na radiação excitante o elétron salta de camada e, na hora que para de incidir sobre ele, ele tenta voltar para a camada de origem. Para isso, ele libera a energia que havia ganhado. Na fluorescência, o elétron se encontra na camada original e a luz (radiação) transfere energia para ele, que vai para seu estado excitado (ganha energia e pula para uma camada mais externa). Enquanto estiver recebendo energia ele emitirá luz, mas quando para de incidir luz sobre ele, ele imediatamente volta para a camada anterior e para de emitir energia. Na fosforescência, o elétron em sua camada normal começa a ganhar energia, pula de camada e vai para seu estado excitado e já está emitindo energia. Mas, quando para de emitir energia sobre ele, ele continua emitindo a energia que foi acumulada. As únicas duas técnicas para diagnóstico que não utilizam radiação ionizante são o ultrassom e ressonância magnética. A blindagem tem como objetivo impedir a exposição desnecessária á radiação. Um material, para ser considerado um blindador, ele precisa impedir que a radiação propague. Para isso, ele precisa absorver a radiação, sendo necessário interagir com ela. A blindagem é utilizada por pessoas que trabalham com radiação ou pessoas que farão exames que tenham radiação ionizante. Existem algumas formas de limitar a dose que a pessoa recebe antes de chegar na blindagem. Essas formas são: tempo e distância. Quanto maior a exposição, maior a dose de radiação. Para minimizar a dose é necessário ficar pouco tempo exposto á radiação. E, quanto mais distante, menos dose de radiação será recebida. Qualquer utilização da radiação precisa ter um benefício para a sociedade e esse benefício não pode ser conseguido de outras formas. Justificação (regra da radioproteção) é justificar a utilização da radiação para trazer um benefício á sociedade, que não é conseguido de outra forma. OBS: Mesmo um exame sendo justificado e otimizado, existe uma limitação de dose individual, que é cada classe de pessoas pode receber uma quantidade x de radiação. Grávida não pode receber radiação ionizante. Chumbo não pode ser utilizado para blindagem. Ele só é usado para blindar radiação tipo X. Para outros tipos de radiação precisamos de outros tipos de materiais. Por exemplo, utiliza- se parafina borada para blindar o nêutron. Para blindá-lo, o material precisa blindar a energia e a massa (radiação dotada de massa). A escolha do material de blindagem: o tipo de radiação interfere e a quantidade de energia também interfere, por conta do poder de penetração. A partir disso, se escolhe o material e a espessura dele. Efeito biológico da radiação: Para tentar pensar em quais os efeitos biológicos da radiação e como se proteger dela, a grandeza da ''exposição quantificada'' era utilizada. Ela é a quantidade de carga elétrica produzida pelo nosso corpo. Ela não é mais utilizada porque carga elétrica só é gerada pelo raio X e raio gama. Hoje é utilizado a ''dose absorvida'', que é o quanto de energia foi depositado na nossa matéria. A primeira grandeza que mede efeitos biológicos é o ''equivalente de dose'', que vai utilizar duas grandezas: dose absorvida X fator de qualidade ''Q''. Esse fator de qualidade é o poder de ionização da radiação. Quanto maiorfor o poder de ionização da radiação, pior ao organismo. Ex: Se pegarmos o raio X e depositarmos 20 de dose de energia no raio X da matéria, o controle de qualidade do raio X será 1 (20 x 1). No final teremos 20 de efeito biológico. Se pegarmos os mesmos 20 de energia, mas agora da radiação alfa, teríamos 20 de fator de qualidade. Ou seja, com a mesma quantidade de energia teremos um efeito biológico bem maior. Portanto, tipos diferentes de radiações causam efeitos biológicos diferentes, por conta do poder de ionização. O equivalente de dose é a forma de medir os danos biológicos, levando em consideração, principalmente, o tipo de radiação. Além do tipo de radiação, o local que é irradiado interfere no efeito biológico. Nem todos os órgãos são preparados para receber radiação. O órgão mais preparado é a pele. Os órgãos mais sensíveis são as gônadas. Equivalente de dose efetiva leva em consideração a sensibilidade do órgão que será irradiado. Quando ocorre a contaminação radioativa (com o próprio elemento), para onde o indivíduo vai, ele leva a radiação com ele. Efeito biológico é a resposta que o organismo dá á um agressor. Existem os efeitos biológicos estocásticos e determinísticos. O efeito estocástico é quando a probabilidade de desenvolver o efeito é proporcional á quantidade de radiação. Ou seja, quanto maior a exposição, maior a chance de desenvolver a doença. Só que a severidade do efeito não muda. Efeito determinístico = Quanto maior a dose de radiação, maior a chance de desenvolver o efeito e mais severo ele será. 2.2 Princípios de Formação da Imagem Radiográfica O que precisamos para formar qualquer tipo de imagem? R: Radiação. Existem diferentes tipos de radiações que podem ser utilizadas, sendo eles: raio-x, ultrassom, ondas eletromagnéticas, entre outras. Se o paciente teve uma suspeita de fratura, qual a técnica recomendada para ele? R: Raio-x. Se o paciente tiver alguma suspeita de hérnia de disco, fratura da medula espinal, por exemplo, ele não vai fazer raio-x. A técnica indicada para esses casos é a ressonância magnética. Dependendo da suspeita, é necessário a escolha do exame que melhor se adequa para o diagnóstico. Baseado numa suspeita, a paciente é indicada para fazer um exame de imagem para confirmar a suspeita. Todas as técnicas de imagem são complementares ao diagnóstico. Fatores que são importantes para a formação da imagem: paciente com uma indicação e, em cima dela, o sistema de radiodiagnóstico que será escolhido. A partir daí, o operador (médico, biomédico ou técnico) vai adequar esse sistema para o exame específico. Esse operador tem como objetivo setar o aparelho para gerar uma imagem de boa qualidade. São 5 componentes que fecham o ciclo da imagem: paciente com indicação, sistema de radiodiagnóstico, operador, imagem de boa qualidade e observador. Esses componentes servem para todos os sistemas de radiodiagnóstico. A imagem precisa ser representativa do paciente em questão. Se a imagem gerada for de baixa qualidade, o trabalho do observador será prejudicado. Qualidade da imagem: A tomografia se tornou possível por causa do principal problema da radiografia, que é a sobreposição. A técnica de raio-x não é uma imagem tridimensional e sim bidimensional. Só que quando fazemos um raio-x do tórax, temos estruturas anteriores, medianas e posteriores a ele. E, por essas estruturas estarem em diferentes locais no tórax, quando se faz uma imagem dele, todas elas ficam em um mesmo plano. A sobreposição prejudica o diagnóstico. A tomografia foi desenvolvida para acabar com esse problema, pois não há sobreposição de estruturas. Nenhum aparelho de imagem é ligado na tomada convencional. Eles são ligados em transformadores, que permitem uma carga de energia maior para o aparelho e o controle dos parâmetros (voltagem, amperagem e corrente). Para uma imagem de boa qualidade, a imagem deve obedecer 4 características: contraste, densidade, resolução e distorção. • Contraste da imagem = Se aumentar o contraste, as cores que eram escuras ficam mais escuras e as cores que eram claras ficam ainda mais claras. O contraste faz com que as estruturas fiquem evidenciadas. Se fizermos uma radiografia do tórax e todas as estruturas ficarem da mesma cor, a visualização não acontece. Se uma imagem não apresenta bom contraste, as estruturas não podem ser diferenciadas. É a característica mais importante da imagem. Dependendo da densidade da estrutura, mais ou menos radiação vai passar. Por exemplo: o osso tem muito cálcio e a densidade dele é alta; o pulmão tem muito ar e a densidade do ar é menor do que do cálcio. Ou seja, a densidade dos componentes é bem diferente. A alta densidade do osso faz com que a radiação tenha dificuldade de atravessá-lo. Toda estrutura que tiver alta densidade vai limitar a passagem da radiação do tipo X e a cor dela aparecerá clara (branco). Por isso que a imagem do osso aparece clara. Quanto mais densa a estrutura for, menos radiação passará e mais clara ela ficará. Quando menos densa a estrutura for, mais radiação passa e mais escura ela ficará. E, conforme for escurecendo, vai gerar tons de cinza. O contraste ingerido é ideal para evidenciar/diferenciar uma estrutura. Os contrastes utilizados em raio-X são iodo e bário. Eles possuem densidade alta. Quando ingerimos o contraste, estamos colocando no corpo uma substância que possui alta densidade. Essa estrutura que tem alta densidade vai se alojar ou passar por algum órgão. Se o estômago, por exemplo, estiver cheio de contraste a radiação não passará e ele aparecerá claro na imagem. Quando se faz um raio-X de tórax, o operador pede para o paciente inspirar enquanto faz o exame, pois o ar passando pelo pulmão diminui a densidade dele, fazendo-o ficar escurecido em relação a outras estruturas. Uma imagem de qualidade obedece todos esses parâmetros e alguns deles não conseguimos separar. Um exemplo é o contraste e a densidade. • Densidade é a quantidade de escurecimento da imagem radiográfica. Quanto maior a densidade, mais escura a imagem. Quanto menor a densidade, menos escura. A densidade deve ser boa o suficiente para gerar contraste. • Resolução é uma imagem nítida, que apresenta bom contraste e densidade. Quando se faz exame de raio-X não pode se movimentar. Isso porque passa radiação pelo corpo e, ao mudar de posição, gera uma imagem espelhada que resulta na diminuição da resolução. A movimentação afeta a qualidade da imagem. A única técnica que permite movimentação é o ultrassom. • Distorção envolve alteração da forma ou tamanho da estrutura. Se aumentarmos a forma ou tamanho da estrutura a distorção aumenta. A estrutura que será radiografada fica muito próximo à chapa radiográfica, pois quanto mais longe da chapa, maior a amplitude e maior a distorção. D.O.R = distância-objeto-receptor (chapa). A DOR precisa ser pequena, pois o seu aumento pode gerar falso positivo ou falso negativo. A posição do objeto deve estar próximo ao receptor, mas o filme radiográfico fica distante, pois caso ele fique colado vai gerar ampliação. A D.F.R (distância-fonte-receptor) tem que ser grande para que haja menos distorção. O objeto precisa estar alinhado para garantir uma boa imagem. Se isso não acontece, gera ampliação e problemas relacionados a não percepção das articulações das estruturas, por exemplo. Posição anatômica = Parte anterior e posterior. Para as técnicas tridimensionais, dividimos o corpo em 3 planos: plano axial (separa superior de inferior), plano sagital (separa lado esquerdo de direito) e plano coronal (separa anteriorde posterior). Na radiografia, a posição é como o corpo está em relação ao ambiente. A incidência é a relação do corpo do paciente com a radiação. A radiação entre pela parte posterior dele e sai pela anterior ou vice- versa. São incidências diferentes: • P.A = póstero-anterior • A.P = antero-posterior • Perfil = de lado = perfil esquerdo e direito. O local de entrada e saída da radiação foi modificado nessas incidências. A radiação será melhor mostrada na última estrutura pela qual ela passou. Ex: se quisermos avaliar pulmão direito, tem que fazer incidência do perfil direito e vice-versa. Ao avaliar vias aéreas, faz-se incidência P.A. Existe também oblíquo anterior esquerdo (parte que encosta na chapa), oblíquo posterior esquerdo, oblíquo anterior direito e oblíquo posterior direito. Sempre que olharmos a imagem temos que imaginá-la invertida (meu lado direito é o lado esquerdo da imagem e vice-versa). OBS: Não adianta fazer somente uma incidência. No raio-X deve fazer pelo menos 2 incidências. Quando fazem o raio-X não digital, os técnicos chegam com uma peça metálica fechada, que ele deixa encostada no corpo do paciente. Ali dentro fica o filme radiográfico. O filme radiográfico é bem semelhante aos filmes fotográficos de antigamente que, quando exposto a luz, queima. Então, não pode expor essa placa á luz. A radiação incide sobre o filme radiográfico e queima, mas isso demora. Hoje em dia o raio-X funciona com a parte metálica, duas folhas fluorescentes (écrans) e no meio fica o filme fechado. Na região onde o raio-X passar, ele bate no filme fluorescente, vai acender e vai queimar o filme. Na região em que o raio-X não passa, não emite luz e não queima. Então, como a luz queima o filme muito rápido, a imagem fica pronta muito rápido também. 3. Revisão de conteúdo Radiações e Radioatividade Todos os tipos de substâncias encontradas na natureza são combinações de um número relativamente pequeno de matéria química básica denominada elemento. 98% do planeta é constituído basicamente por seus elementos principais: ferro, oxigênio, magnésio, silício, enxofre e níquel. Elementos são constituídos por átomos. Variações nessa estrutura dão origem à radioatividade. Átomo: Núcleo com Prótons e Nêutrons, elétrons na eletrosfera. (P = N estabilidade) Um átomo radioativo tem número de N e P diferentes. (P ≠ N instabilidade) Radiação átomos com excesso de energia a liberam na forma de radiação, buscando a estabilidade. Radiação é a transmissão de energia, ou seja, energia que se move de um sistema para outro, por meio de onda eletromagnética (calor, luz, raios UV, X, Gama) ou por partículas dotadas de massa (energia + massa; radiação α e β) As partículas dotadas de massa interagem mais com o organismo. Decaimento: transformação de um elemento em outro pela emissão/recebimento de radiação. Danos biológicos: Modificação de substancia pela emissão e absorção de radiação. Obs: Sala com temperatura baixa para exames de RNM e US: pois as estruturas causam aquecimento do tecido, portanto, a presença de metais ou tatuagens é contraindicada devido à possibilidade de queimaduras. Principalmente tons vermelhos ou que contenham metais em sua formulação pois podem aquecer demasiadamente e causar danos. Classificação da radiação quanto ao efeito na matéria Ionizantes: Prejudiciais. Todas as partículas dotadas de massa são ionizantes, raios X, β, α, γ, nêutrons, TC, cintilografia. Leva a geração de íons (estrutura com carga) na matéria. Não-ionizantes: Não são prejudiciais, entretanto, a ionização pode causar danos. Os raios UV possuem comprimento de onda que pode ser absorvido pelo material genético, levando a danos no DNA. Não ocasiona formação de íons na matéria, pois não transfere energia suficiente, ou seja, não ioniza. OBS: Melanina: confere proteção ao núcleo, absorve comprimento de onda UV. OBS2: Elétrons livres nas células buscam carga positiva, provavelmente onde está mais ácido, ou seja, maior quantidade de H+. Por ter elevada concentração de H+, ocorre transferência de energia no núcleo e consequente desestabilização, ocasionando mutações. Os elétrons liberados localizam-se na camada mais distante do núcleo do átomo, possuindo mais energia quanto maior for a distância do núcleo. Exemplo: RX transfere energia para elétron que ao ganhar energia “pula” para camada mais externa, se ainda houver transferência de energia, ao chegar na última camada o elétron é ejetado devido a esse excesso de energia, com isso interage com o receptor alterando-o, no caso do núcleo, causa mutações. Tipos de radiação α e β: são dotadas de massa e eletricamente carregadas γ e X: são ondas eletromagnéticas Radiação α Tem massa, ou seja, N e P. Liberada sempre com 2P+ e 2N* O átomo que libera radiação α perde sempre 4 de massa. Elemento: 𝑌9 2𝑜 Massa = 20 e Número atômico (Z)= 9 {P+=Z} Prótons= 9; Nêutrons= 11 𝑌9 2𝑜 α 𝑿𝟕 𝟏𝟔 Prótons= 7 Nêutrons= 9 Fórmula geral para cada partícula α liberada: 𝒀𝒁−𝟐 𝑨−𝟒 Relembrando: Massa(A)=P+N Número atômico (Z)=P Para que um elemento seja radioativo N≠P+, portanto, se o elemento continuar liberando a radiação α (mesmo número de P+ e N), continuará radioativo. Por isso, após o decaimento α, o elemento pode liberar outro tipo de radiação (β, γ) para atingir a estabilidade. ** A cada liberação α, com a liberação de 2P+ e 2N, forma-se um novo elemento: Hélio, que possui A=4 e Z=2; Hélio não é radioativo pois tem N=P+ Radiação α é muito ionizante, atinge pequenas distâncias (aproximadamente 0,03mm ou 10−6) no tecido corporal. EX.: urânio, bismuto Quanto mais energia a radiação tiver, maior a distância que ela percorre. α atinge no máximo 1mm no ar, que é o local ótimo para propagar radiação. Radiação β - São ionizantes Classificada em dois tipos: β- (négatrons) 𝑿 𝒁+𝟏 𝑨 libera elétrons 𝑒−; excesso de N no núcleo (+N -P) N P+ = P+ + 𝑒−= β- (nêutron perde 1 carga - ) 𝒀𝟗 𝟏𝟑 decaimento 𝑿𝟏𝟎 𝟏𝟑 (Não há perda de massa, apenas ganho de 1 próton). β+ (pósitrons) 𝑿𝒁−𝟏 𝑨 libera pósitrons 𝑒+; excesso de P+ no núcleo (+P -N) P+ N+ = N + 𝑒+= β+ (no decaimento sobra uma carga +, que é liberada sozinha) (PET: exame de medicina nuclear: tomografia por emissão de pósitrons) 𝒀𝟗 𝟏𝟑 decaimento 𝑿𝟖 𝟏𝟑 (Não há perda de massa, apenas ganho de 1 nêutron). Alcance β: 100 vezes maior que α, mesmo assim ainda muito pequeno, não atravessa o organismo e é menos lesiva que α. Radiação γ São fótons emitidos pelo núcleo do átomo durante uma transição (excesso de energia) Surgem após o núcleo emitir uma partícula (radiação α,β,etc.) Eletromagnética, sempre mais penetrantes que as dotadas de massa. Origem no núcleo, diferente dos RX que têm origem na eletrosfera. Raios X São fótons de origem na eletrosfera, nos átomos do alvo (anodo); elevada penetração, radiação eletromagnética. Não são formados por elementos radioativos. Formação do RX: Metal recebe energia elétrica, ocorre ionização dos elétrons muito energizados, que são mobilizados, devido ao excesso de energia. 2. Fonte de elétrons. 3. Alvo: Direção dos elétrons gerados. Há um anodo onde os elétrons são freados (4). Energia liberada na forma de calor (99%) e 1% na forma de raios x. Ou seja, o raio X é gerado na frenagem de elétrons com excesso de energiae liberação dessa energia. A geração de raios x não é feita naturalmente, apenas através de geradores de energia. A radiação não permanece no organismo. Ocorre apenas a interação para gerar a imagem. OBS: TC utiliza raios X; na medicina nuclear a radiação permanece no organismo. Manipulação: controle de energia e quantidade de raios. Aumento de tensão kV entre o catodo e o anodo; elétrons com mais energia e maior penetração. Utiliza-se voltagens diferentes para cada área do corpo, dependendo da necessidade de penetração. Aumento de corrente mA: aumento do fluxo de elétrons, aumento proporcional de intensidade dos feixes de raios x. Alterações na amperagem são necessárias quando a formação da imagem não está adequada. Camada semi-redutora (CSR): distância que os fótons percorrem. Elementos radioativos Grandezas Atividade: Velocidade de desintegração de um átomo radioativo; quantos átomos de um elemento vão liberar radiação por segundo. *Verificar fórmula Urânio: 1,24x104Bq/seg Tl: 7,84x1020Bq/seg (átomos liberando radiação por segundo) Meia-vida: Tempo para que metade dos átomos emita radiação, ou seja, metade se tornam não radioativos. T1/2 vida: 3horas 100% 50% 25%...... 0h 3h 6h........ Importante em medicina nuclear: em cintilografia é necessário que o tempo de ½ vida seja baixo, pois se for muito elevado a radiação permanecerá no organismo por mais tempo e causará danos, entretanto deve ser elevada o suficiente para gerar a imagem. Ex.: urânio: 4,5 bilhões de anos. Interações Radiação x matéria: ao interagir com a matéria, a radiação transfere parte ou toda sua energia para os átomos ou moléculas por ondem passam. Excitação: a quantidade de energia transferida para o elétron não é capaz de fazê-lo se desprender do átomo, apenas transpassar as camadas. Ao cessar a energia, o elétron retorna à camada e libera energia na forma de calor, luz ou radiação. Fluorescência: elétrons estimulados na camada de origem, ganha energia e libera na forma de liz. Ao cessar a energia, o elétron libera toda a energia e volta à camada basal. Ex.: blusa branca sob luz negra. Ao cessar o estímulo, não emite mais fluorescência. Fosforescência: elétrons recebem energia, acumulam e liberam, entretanto, mesmo após cessar o estímulo, continuam emitindo fluorescência, pois tendem a acumular. Ex.: estrelas no teto que brilham ao apagar a luz. Ionização: elétron é liberado após a última camada; é mais nociva que a excitação. Potencial de ionização: Quantidade de energia necessária para ionizar o elétron menos fortemente ligado, ou seja, o da última camada. Princípios da radioproteção Justificação: qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada em relação a outros métodos e produzir um benefício líquido positivo para a sociedade. Otimização: Utilizar a menor quantidade de radiação para chegar ao resultado. Limitação de dose individual: limites estabelecidos pela norma CNEN NN-3.01. A radioproteção é obtida garantindo que as doses de radiação absorvidas pelos indivíduos sejam mantidas abaixo dos níveis admissíveis. Minimização de dose Tempo Distância Blindagem Noções básicas de blindagem de radiação Blindagem: absorção, interação do material para deter a propagação da radiação, evitando exposições desnecessárias. A atenuação deve-se à absorção de energia e à dispersão que o material provoca. Ex: chumbo interage com raios X. Outras formas limitam a quantidade de radiação. O aumento da distância interposta entre a fonte de radiação e os lugares em que as pessoas se encontram constitui um meio eficaz para reduzir as doses de radiação. Muitas vezes somente este recurso é insuficiente e, portanto, devem ser utilizados materiais como blindagem que absorvam a proporção necessária de radiação de modo que seja transmitida por eles uma dose menor que aquela correspondente aos limites autorizados. A escolha da blindagem relaciona-se com o tipo de radiação, pois a escolha do material errado pode acarretar a propagação de outro tipo de radiação. Ex: Chumbo x radiação α. Tipo de radiação; Energia; Atividade da fonte; Escolha dos materiais e espessura; Custo do material de blindagem; Quantidade de radiação aceitável. α – Organismo β – Alumínio X e γ – Chumbo Nêutrons - Parafinaborada e concreto Grandezas e unidades em radioproteção Exposição: (X) quantidade de carga elétrica produzida somente nos raios x e γ. Dose absorvida: (D) energia depositada na matéria (mais relevante que x). Equivalente de dose: (H) dano biológico causado por cada tipo de radiação. Radiações diferentes causam efeitos biológicos diferentes, por isso a dose é relativa. D x Q (fator de qualidade, mede o quão ionizante é a radiação) O tipo de tecido influencia o dano biológico. Equivalente de dose efetiva: (H) Quantifica o dano levando em consideração o órgão que recebe a radiação. Quanto mais proliferativo e oxigenado (devido à formação de ERO), mais sensível o tecido, ex.:medula, gônadas. Gônadas: tecido mais sensível à radiação, a feminina é mais sensível pois está em meiose I. Efeitos biológicos da radiação Resposta do organismo, que é influenciada por quantidade de energia, tipo de radiação e de tecido. Podem ser: Estocásticos: a probabilidade de ocorrência é maior de acordo com a exposição à radiação, mas a severidade não é proporcional. Ex.: câncer de pele. Determinísticos: A severidade tem relação com a exposição. Aparecem dias ou semanas após a irradiação. Ex.: radiodermite, catarata. Efeitos podem ser: Físicos: transferência de energia. Químicos: geração de íons pela deposição de energia. Biológicos: morte celular ou mutação: danos. Orgânicos: Alterações e sintomas: doença. Qualidade da imagem Deve ser representativa e boa. Influenciada por fatores: Contraste, densidade, resolução e distorção. RX: Desvantagem devido à sobreposição de estruturas, pois a imagem não é tridimensional, causando perda de qualidade. Já a TC é tridimensional, e não tem sobreposição. Contraste: Mais importante parâmetro, diferencia a quantidade de energia nas estruturas. Está relacionada à qualidade da visibilidade da estrutura. Osso: Quanto mais contraste, melhor visualização. Densidade: Quanto menos, mais raios X atravessam. Ar tem baixa densidade, por isso ao realizar RX de tórax, o paciente deve inspirar e assim, enche o pulmão de ar, melhorando a densidade e aumentando a passagem de raios X. Cálcio tem alta densidade, por isso, menos raios atravessam os ossos. Alta densidade = cor clara (menos raios atravessam) Baixa densidade = cor escura (mais raios atravessam) Estruturas que não deixam passar raios X: Radiopaca Estruturas que deixam passar raios X: Radiotransparente Densidade: Quantidade de escurecimento na imagem, alterada por mAs e distância. Contraste injetável: Uso em RX e TC, à base de iodo (D=4,94) e Bário (D=3,5), deixam a estruturam mais opaca, aumentando o contraste em relação à outras estruturas, diferenciando-as. Escala de cinza: quanto menor, melhor, mais contraste e diferenças de tons cinza. Resolução: Nitidez das estruturas encontradas na imagem. Relacionada a tamanho do ponto focal, DFR e DOR Movimento causa perda da resolução. Distroção: Alteração da estrutura, através de deturpação de tamanho ou forma. Relacionada a DFR, DOR, alinhamento do pobjeto e do raio central. Toda imagem gera distorção, mas esta deve ser mínima. Grandezas: DOR: Distânciaobjeto – receptor: Quanto menor, menor distorção DFR: Distância fonte -receptor : Quanto menor a distância, maior a imagem. Receptor: Chapa Objeto: Paciente Fonte: Aparelho O objeto deve estar próximo ao receptor e a fonte distante do receptor. Raio central: Feixe central do raio x. Posicionamento do paciente deve estar correto. Em articulações se o feixe não estiver posicionado corretamente, as articulações podem aparecer fechadas. 4. Técnicas de Diagnóstico por Imagem O principal problema do raio X convencional é a sobreposição de estruturas. Todo lado esquerdo do coração fica voltado para a região posterior e, se a imagem for anterior, não conseguiremos visualizar a parte esquerda. O nosso diafragma direito é mais alto que o esquerdo, porque existe um órgão na cavidade abdominal que é imenso – o fígado – e empurra o diafragma direito para cima. Para que possamos visualizar o pulmão, a técnica de raio X é uma boa técnica para isso, mas não é a melhor. A tomografia é uma técnica de raio X melhorada. O que faz com que a imagem fique clara ou escura é o contraste, que é dado pela densidade das estruturas. Quanto mais densa, menos raio X passa, mais clara fica a imagem. No caso do pulmão, sua densidade é muito baixa por causa do ar e a radiação passa com facilidade e a imagem fica escurecida. A região do hilo é a região de um órgão onde entram os principais vasos sanguíneos dele. No caso do pulmão, é a região onde os brônquios entram. Essas ramificações claras ocorrem porque nessa região existem vasos sanguíneos calibrosos e a sobreposição dessas estruturas gera essa imagem mais clara do hilo pulmonar. Radio-opacas = radiação não passa/cor clara. Radio-transparente = radiação passa/cor escura. O coração é radio-opaco em relação ao pulmão e o pulmão é radio-transparente em relação as outras estruturas. O pulmão direito é diferente do pulmão esquerdo. O direito é dividido em 3 partes e o esquerdo em 2 partes. Isso porque, como o coração é voltado para o lado esquerdo, o pulmão esquerdo é menor, passando mais ar pelo direito do que pelo esquerdo. O pulmão esquerdo é separado por uma fissura, chamada de fissura maior. Essa fissura divide o pulmão esquerdo em lóbulo superior e lóbulo inferior. O pulmão direito tem 3 fissuras: fissura maior, fissura menor, separando pulmão direito em lóbulo superior, médio e inferior. A pneumonia não precisa acometer os dois pulmões. Se fosse só no pulmão esquerdo, por exemplo, não necessariamente os dois lóbulos estariam acometidos. Existe uma prevalência maior de pneumonia e infecções em um dos lóbulos pulmonares, sendo ele o lóbulo superior direito, porque é o lóbulo que entra mais ar. Se uma imagem estiver distorcida, as estruturas próximas a ela também estarão distorcidas. Um problema que pode gerar aumento do coração é uma insuficiência cardíaca: A pneumonia envolve um processo infeccioso, que acaba resultando em um processo inflamatório. A pneumonia pode ser causada por vários agentes: bactérias, fungos e vírus. Se a pessoa tem pneumonia, dentro de uma região específica do pulmão há uma bactéria, gerando um processo inflamatório e, nesse caso, chegam sangue, células de defesa, edema. Sem a pneumonia, a radiação passava pelo pulmão. Mas agora, com o agente infeccioso, edema, células inflamatórias e etc, a densidade dessa região aumenta, a radiação não passa da mesma forma e a imagem fica mais radio-opaca. *Não se dá diagnóstico observando apenas a imagem* Nódulos são estruturas que têm até 3cm e massas são estruturas que têm mais de 3cm. Características benignas = estrutura bem contornada, apenas um nódulo, dentro do nódulo há uma região ainda mais radio-opaca (nódulo com padrão em pipoca – indica calcificação). A calcificação indica benignidade. Características malignas = faz invasão tecidual, as células migram fazendo projeções (formato irregular), vários nódulos. Escavações = estruturas onde o contorno é radio-opaco e o interior radio-transparente. É um tipo de tumor, que normalmente acumulam algum material em seu interior. Calcificações: O pneumotórax indica ar no tórax, o que não é normal. É uma condição em que começa a entrar no ar no tórax, fora do pulmão, e costuma ocorrer quando há descolamento do pulmão da parede do tórax. Derrame pleural = acúmulo de líquido entre as pleuras. Quando acumula líquido, a imagem fica radio-opaca, impedindo a passagem da radiação. 4.1 Tipos de lesões Hemitórax: O prefixo –hemi significa metade. Hemitórax é um tipo de imagem onde conseguimos observar apenas um lado do tórax normal e o outro lado fica todo radio-opaco. Não podemos dar um diagnóstico do que está causando o hemitórax. As razões para seu desenvolvimento são divididas em dois grupos: hemitórax por redução de volume ou por aumento de volume. Por redução: pneumectomia (retirada do pulmão) e atelectasia. A retirada do pulmão gera uma imagem de hemitórax, pois por mais que você tenha menos uma estrutura, ainda assim não tem ar nesse lado do pulmão que foi retirado e, sendo assim, a radiação não passa pelo tórax e a imagem fica radio-opaca. A atelectasia é uma doença gerada quando ocorre o colabamento dos alvéolos. Se colaba os alvéolos, não tem ar e a radiação não consegue passar. Para gerar um hemitórax, precisa ser uma atelectasia de todo o pulmão. Por aumento: derrame, onde há acúmulo de líquido em todo um pulmão; tumor muito grande ocupando todo o espaço. Nesses dois casos, o volume aumenta podendo gerar o mesmo tipo de imagem. Todo mundo tem lordose e cifose. As alterações ocorrem quando há hiper-cifose ou hiper- lordose, que é o aumento da curvatura normal. Essas curvaturas só são geradas quando começamos a ter força para andar. Em alguns casos essas alterações são passíveis de procedimentos cirúrgicos. No caso da hiper-cifose e da hiper-lordose, há o aumento da curvatura normal da coluna. Na escoliose é gerada uma nova curvatura, que é lateral. Escoliose. Fratura X Luxação: A técnica de raio X não é a melhor técnica para avaliação de lesão medular. A melhor técnica para isso é a ressonância magnética. O osso fica radio-opaco porque ele impede a passagem da radiação. Se há a descontinuidade dele, aquela região que não tem mais osso vai permitir a passagem da radiação, ficando mais escurecida. Sempre que for descrever uma fratura: ''é uma linha radio-transparente no osso''. Fratura: Descontinuidade de um osso que é contínuo. Ex: fêmur e joelho. Luxação: Relacionado á articulação. A perda completa do contato articular é chamada de luxação e a subluxação é a quando perde parte do contato articular. Fratura em ''galho-verde'' = o osso não é tão rígido, o que permite que você envergue ele um pouco. Então, em crianças é comum este tipo de fratura. Radiografia = imagem formada a partir da radiação. É um termo genérico, mas é amplamente falada como raio x. Tomografia = imagem formada a partir de cortes. A tomografia só foi desenvolvida por conta de um problema da radiografia, que é a sobreposição. A radiação utilizada em tomografia também é raio x, mas a quantidade de radiação utilizada é muito maior. O paciente é posicionado na maca (não tem incidência) de forma supinada, com a coluna voltada para a maca. Em volta dela tem um ''portal''. Dentro do portal tem um tubo de raio x e do lado oposto há algunsdetectores, que percebem a quantidade de radiação que passa e transformar o sinal em um sinal digital. Geram-se várias imagens a partir de todos os ângulos do paciente e por isso não há incidência. Todas as imagens de tomografia são imagens reconstruídas. O que compõe o aparelho de tomografia? R: Unidade de varredura (forma a imagem), detectores, unidade de computação e unidade de apresentação de imagem. O aparelho de tomografia é gigante e fica em uma sala separada. Na radiografia convencional, o cérebro não aparece. O pixel é a menor unidade da uma imagem convencional. Por que a tomografia não gera sobreposição? R: No final, como há várias imagens de uma mesma região só que de várias visualizações, há uma informação diferente a partir de cada incidência. Na hora em que juntar todas essas informações, conseguimos suprimir essas influências. Para tomografia, os seguintes termos são utilizados: hiperdenso (branco) e hipodenso (preto). Além da formação da imagem, há como mexer na imagem de forma a auxiliar o diagnóstico. Vamos imaginar que dos 200 feixes de luz que foram liberados, pelo esterno passaram 50 e pelo pulmão passaram 190. O computador consegue calcular uma razão entre a quantidade de radiação emitida e o quanto chegou ao detector e transforma isso em um número, chamado de ''número de TC''. Esse número é um número relativo da densidade tissular. Quanto menos densa for a estrutura, mais negativo será o valor. O ar tem um menor valor. Conforme a densidade da estrutura aumenta, os números serão cada vez maiores. As estruturas com maior densidade são os ossos. Técnica de janelamento ou windowing = ao gerar a imagem de tomografia e deixar ela do jeito que é, vai aparecer tudo na imagem. Mas, podemos alterar no computador de forma que ele mostre as estruturas com número de TC entre 50 a 2000, por exemplo. É uma técnica onde consegue visualizar uma faixa de TC, o que é importante na detecção de patologias (diferenças na absorção tissular). Vantagen d6 s da TC: 1- obtenção de imagens sem sobreposição; 2- capacidade de capturar diferenças mínimas de densidade tissular; por isso conseguimos visualizar o cérebro. 3- detecção de diferenças de densidade entre tecidos; 4- possibilidade e processar as imagens em diversos tempos, mediante o armazenamento dos dados; 5- ser um método não-invasivo; 6- permitir que procedimentos invasivos sejam realizados durante a execução. Desvantagens da TC: 1- emprego de maior quantidade de radiação ionizante; 2- necessidade de contraste iodado para diferenciar vasos e alças intestinais; 3- artefatos do aparelho ou da técnica (metais); 4- método mais caro. 4.2 Tomografia computadorizada A tomografia é uma técnica baseada em cortes. A técnica de janelamento auxilia muito no diagnóstico da imagem. Como se acaba suprimindo a visualização de algumas estruturas, consegue-se evidenciar a visualização de outras. Com relação a fratura, a técnica de janelamento permite a visualização da imagem. Ter metal no corpo não é uma contraindicação para a tomografia, mas isso gera um artefato na imagem. O problema da hidrocefalia é, que conforme os ventrículos dilatam, eles acabam pressionando o tecido cerebral ao redor. Essa pressão gera uma fala confusa, desmaio ou até óbito, dependendo da situação. A tomografia não é uma técnica invasiva, mas permite que os procedimentos invasivos sejam feitos. Ex: guiar a drenagem do líquor. Empiema e abscesso são acúmulo de pus. A diferença é que o abscesso ocorre em uma região que não é cavitária (no meio do tecido cerebral, por exemplo), enquanto que o empiema ocorre em cavidades. Hematoma é acúmulo de sangue no corpo. Os hematomas cranianos fazem com que a pressão craniana aumente e gera um atrito entre o tecido cerebral. Hematoma epidural. As três meninges são: duramáter, aracnóide e piamáter (associada ao tecido cerebral). Entre essas meninges existem espaços, onde pode acumular sangue ou qualquer outro líquido. Conseguimos separar o local do hematoma relativo a essas meninges de acordo com o formato. Com relação a posição do hematoma, quem dirá sua posição é a forma do hematoma. Um hematoma epidural fica em cima da duramáter (entre o crânio e a duramáter). Hematoma epidural tem formato fusiforme, bicôncavo. Hematoma subdural fica entre a duramáter e aracnóide, embaixo da duramáter. Tem formato de meia-lua, seguindo o formato do crânio e tem forma de foice. Hematoma subdural agudo. Hematoma subdural subagudo. Hematoma subaracnóide fica entre a aracnóide e piamáter. Assume o formato do cérebro, formato digitiforme (formato de dedo). Podemos ter hematoma dentro do cérebro, mas que não tem um formato definido. Chamamos isso de hematoma intra-parenquimatoso ou AVC hemorrágico (abaixo da piamáter). Se um paciente acabou de ter um hematoma e injeta contraste, a cor desse hematoma na imagem ficará hiperdensa. Esses hematomas são chamados de agudos. Depois que sangra, o sangue coagula e não é mais chamado de agudo. Se coagulou, tamponou o vaso sanguíneo e o contraste agora não extravasa. Esse hematoma é chamado de subagudo. Ele é chamado de isodenso porque possui a mesma densidade do cérebro e ficam na mesma cor (cinza). Hematoma isodenso. O hematoma crônico fica hipodenso na imagem, assim como o líquor. A partir do momento que sangrou até o momento que começou a ter a reabsorção, o coágulo foi ficando mais escuro na tomografia. A cor do hematoma define o estado dele. Hematoma subdural crônico. Os septos escuros indicam a reabsorção do coágulo. Hematoma crônico agudizado = sangra, coagula, tampona e ocorre a reabsorção desse coágulo. Se reabsorver aquele coágulo que está tamponando o vaso e ele não estiver reparado, irá romper de novo. Tem esse nome porque volta a sangrar. Hematoma Subdural Crônico Agudizado. Líquor preto/sangue recente mais claro. O AVE ou AVC pode ser de dois tipos: AVC isquêmico ou hemorrágico. No hemorrágico há o rompimento de um vaso e extravasamento sanguíneo. No isquêmico, temos uma obstrução do vaso sanguíneo e isso impede a passagem do sangue para o vaso. Para definição deles, o contraste é utilizado. O cérebro é uma região muito vascularizada. Se há uma obstrução que impeça a chegada do sangue naquela região, não chega sangue e nem contraste (fica hipodenso). O AVC isquêmico fica hipodenso e o hemorrágico fica hiperdenso. Existem alguns AVC isquêmicos que conseguimos ver um sinal branco antes de ver a isquemia. A isquemia é gerada pela diminuição da chegada de sangue pela obstrução do vaso, gerada por um êmbolo. A isquemia sempre gera hipóxia. Esse sinal é chamado de ''sinal da artéria hiperdensa''. 4.3 Ressonância magnética O aparelho de ressonância magnética se assemelha a um ímã gigante. Colocar energia em um movimento que já aconteceria significa o processo de ressonância. A técnica de ressonância magnética requer o uso de campos eletromagnéticos e de ondas de rádio para a obtenção de uma imagem matematicamente reconstruída. Uma vantagem da RM em relação a radiografia e tomografia é que ela utiliza duas fontes de radiação (campo eletromagnético e ondas de rádio) que não fazem mal ao nosso corpo, ou seja, são radiações não-ionizantes. Assim como a TC, essa técnica pode gerar imagens a partir de vários planos (coronal, sagital e axial). Em RM, a radiação não precisa passar. A radiação interage com o corpo do paciente, que responde a ela, sem deixar passar. Essa resposta é que é utilizada para a formação da imagem. Todos os nossios átomospossuem vetores. Os campos eletromagnéticos se repelem, de forma que o vetor do átomo não consiga ficar organizado. Os átomos receberão a radiação e, se cada um deles estiver com uma direção diferente, estes irão responder de forma diferente à radiação e a imagem não se forma. O principal ponto que permite que a imagem de RM seja formada é o campo eletromagnético, que é muito maior do que o campo dos átomos. A função desse campo é pegar todos os átomos e organizá-los, para que respondam de forma igual a radiação. A função da segunda radiação (ondas de rádio) é transferir energia para o átomo, que vai para o estado excitado. O mesmo retorna ao normal liberando energia, que vai ser captada pelo aparelho de RM para formar a imagem. A radiação ionizante é utilizada na TC e no raio-X, o que é uma desvantagem da TC em relação a RM, que usa a radiação não-ionizante. Como as duas técnicas são matematicamente reconstruídas, as duas conseguem fornecer vários planos. A técnica de TC é a melhor para avaliar anatomicamente as partes ósseas. A RM é melhor para avaliar tecidos moles. Com relação a custo, a RM é bem mais cara. Tomografia Ressonância A única técnica que permite a visualização da medula espinal é a RM. A RM permite que a imagem se forme a partir de qualquer átomo, mas para cada imagem só consegue utilizar um. O mais escolhido é o H+, pois é o que mais está presente no corpo. Resumindo: O átomo organizado recebe energia das ondas de rádio e se modifica (estado excitado). A imagem será formada quando o átomo em seu estado excitado volta para o estado original e, conforme vai voltando, libera a energia que vai geral um sinal para que a imagem se forme. A RM tem duas imagens: T1 e T2 (tempo de recuperação dos átomos). Essas imagens são básicas, sempre são formadas. São imagens diferentes, que passam informações diferentes e que auxiliam bastante o diagnóstico. A recuperação vertical forma a imagem de T1. A recuperação horizontal, o distanciamento dos átomos, forma a imagem de T2. O equipamento de RM é bem parecido com o de ressonância. Além de ser um túnel, o espaço é muito menor do que o equipamento de tomografia e é muito barulhento. Todo e qualquer metal é contraindicado para a realização da técnica. Isso porque o aparelho é um ímã gigante, com uma força muito grande. Se o paciente tiver algo de metal no corpo, este será atraído fortemente, o que oferece muitos riscos. O segundo problema é que a utilização da radiação excitante transfere energia na forma de calor. A água tem um calor específico muito alto, o que significa que para aquecê-la precisa de muita energia para aquecer 1 grau. Mas, para perder 1 grau, precisa perder muita energia. Ou seja, o nosso corpo aquece muito pouco durante a realização da RM, mas o metal aquece muito, o que pode queimar o paciente por dentro. Atração e aquecimento são os dois problemas associados ao metal na técnica de RM. O contraste serve para evidenciar as estruturas. A imagem da RM não tem relação com a densidade da estrutura, então não se usa iodo e bário. O gadolínio-DTPA é o contraste utilizado e fornece uma vantagem em relação a TC e Raio-X: é menos tóxico, o que diminui as chances de produzir efeitos adversos. Ele possui muito H+, o que provoca um sinal melhor (mais forte, mais claro). Hiper-intenso (claro) e hipo-intenso (escuro) são os termos utilizados. Quanto mais sinal, mais claro fica. Quanto menos sinal, mais escuro. Existem alguns agentes que podem desencadear um tumor, como por exemplo, a radiação ionizante. Então, não se deve acompanhar um tratamento de um paciente com tumor utilizando a tomografia, por causa do seu tipo de radiação. A técnica de RM e ultrassom, como não utilizam radiação ionizante, podem ser utilizadas para esse tipo de tratamento. A única forma de visualizar os ventrículos cerebrais dos dois lados é o plano axial ou coronal. Os casos mais indicados para a realização da técnica é a esclerose múltipla, que é uma patologia progressiva onde há fraqueza muscular, dificuldade motora e de fala. A esclerose é uma doença desmielinizante. A partir do corpo caloso (região central) há algumas estruturas saindo, em forma de dedos (digitiformes), são um sinal de E.M. A única técnica que permite a visualização dos discos vertebrais é a RM. Os discos possuem duas partes: disco fibroso e núcleo pulposo (gel que ajuda a amortecer a coluna). A hérnia acontece quando alguma estrutura passa por uma cavidade onde não deveria passar. Existem duas alterações nos discos que acarretam projeções: protusão discal e extrusão discal. Na protusão, o disco fibroso ainda está ao redor e o núcleo pulposo ainda está dentro dele. Na extrusão, o disco fibroso se rompe e o núcleo pulposo passa por uma cavidade por onde ele não deveria passar, o que caracteriza uma hérnia. Protusão discal não é uma hérnia de disco. A técnica de RM permite a diferenciação dessas alterações. Se o formato se mantém, indica que o disco fibroso ainda se encontra ao redor, segurando o núcleo pulposo, o que caracteriza uma protusãodiscal. Listese é o nome dado para o deslocamento de um corpo vertebral sobre o outro. Lesões musculares, tendões, medula, disco intervertebral são avaliadas por RM. 5. Referencias: 5.1 Fontes: 5.1.1 Aula: Romulo Medina Mattos Professor 5.1.2 http://spr.org.br/institucional/historico-da-radiologia/ 5.2 Transcrição: Ana Cristina Maiorano 2014 200 063 5.3 Correção e organização: Leticia Alves Ferreira 2014 100 823
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