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Pós Graduação EAD - Sistema Constitucional Tributário - Aula 02

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SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 1 
Aula 2: Imunidades tributárias ...................................................................................................... 2 
 ............................................................................................................................. 2 Introdução
 ................................................................................................................................ 3 Conteúdo
Conceito, natureza jurídica e institutos afins ............................................................... 3 
Nomenclatura .................................................................................................................... 3 
Obrigações acessórias (dever jurídicos instrumentais) .............................................. 4 
Institutos afins .................................................................................................................... 6 
Natureza jurídica e interpretação ................................................................................... 7 
Imunidades genéricas ....................................................................................................... 8 
Imunidade recíproca ......................................................................................................... 8 
Imunidades de culto ....................................................................................................... 10 
Imunidades dos partidos políticos e suas fundações ............................................... 11 
Imunidades das entidades sindicais de trabalhadores ............................................. 11 
Imunidades das entidades de educação e de assistência social ............................ 12 
Imunidade da liberdade de expressão ......................................................................... 13 
Imunidade musical .......................................................................................................... 14 
Imunidades específicas .................................................................................................. 14 
Atividade Proposta........................................................................................................... 15 
 ....................................................................................................................... 15 Aprenda Mais
........................................................................................................................... 15 Referências
 ......................................................................................................... 16 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 22 
 ..................................................................................................................................... 22 Aula 2
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 22 
 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 2 
Introdução 
Na aula passada, vimos que o tributo pode ser utilizado como forma de 
desestimular (ou estimular) comportamentos de particulares. Por exemplo: o 
aumento de um tributo pode desestimular a importação, as compras no 
exterior. Outro caso exemplar: imagine que o governo, para controlar a 
divulgação de opiniões contrárias, aumenta o imposto que incide sobre revistas 
e jornais; temos, portanto, uma situação em que, para proibir o crescimento de 
um determinado credo, o governo tributa pesadamente suas atividades. E por 
aí vai! É por isso que a Constituição brasileira proíbe a criação de tributo sobre 
esses fatos. 
 
Isso ocorre por meio da imunidade, que, dessa forma, configura-se, como 
leciona Ricardo Lobo Torres, como verdadeiras intributabilidades de liberdades 
fundamentais. Há determinadas situações em que não se pode sequer correr o 
risco de tributar. Alguém sempre pode errar na dose. 
 
Objetivo: 
1. Distinguir imunidades tributárias no ordenamento jurídico; 
2. Examinar as imunidades tributárias genéricas; 
3. Analisar as imunidades tributárias específicas. 
 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 3 
Conteúdo 
Conceito, natureza jurídica e institutos afins 
Conceito 
A palavra imunidade significa liberado do encargo; assim, seria um privilégio 
concedido a uma pessoa que não é obrigada a um ônus qualquer. A imunidade 
tributária é norma constitucional que afasta a competência tributária, ou seja, é 
norma negativa de competência, norma de incompetência. 
 
Não estamos diante de uma norma que veda a competência (na verdade, ela 
não existe). Não é renúncia fiscal, favor ou benefício. O tributo não poderia 
sequer existir. Só há favor quando o ente federativo pode cobrar o tributo e 
não o faz; na imunidade, ele não pode e nunca pôde. Do mesmo modo que a 
Constituição outorga competências, ela também afasta determinadas situações. 
 
Normalmente, o objetivo é preservar alguns valores ou a manutenção de alguns 
direitos. 
 
Elas só vêm previstas na Constituição porque são regras de competência. 
 
Nomenclatura 
 
A Constituição não utiliza a expressão imunidade; ela é doutrinária e 
jurisprudencial. A Constituição veda a instituição de tributo, determina a 
gratuidade, isenta ou estabelece a não incidência. No Artigo 195, §7º, da 
Constituição, temos a expressão “isentas”. Veremos, contudo, que a isenção 
não está na Constituição, que só utiliza “imunidades”. Assim é que, apesar de 
utilizar esta expressão, o STF já se pronunciou tratando de imunidade. 
 
No Artigo 156, §2º, da Constituição, o legislador proíbe que incida o ITBI na 
hipótese de realização de capital. Esses são alguns exemplos; todos eles 
veremos nos itens que se seguirão. 
 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 4 
Obrigações acessórias (dever jurídicos instrumentais) 
 
A imunidade afasta somente o dever de pagar tributos, mas não afasta os 
deveres instrumentais, como a emissão de notas fiscais, a prestação de 
informações ou o dever de declarar. 
 
E, na hipótese de não cumprimento destas, poderá, se prevista, ser cobrada 
multa. 
 
É por isso que, na próxima disciplina, veremos que não estamos, em verdade, 
diante de uma relação de acessoriedade e, sim, de uma relação de 
instrumentalidade; isto porque, pela teoria da gravitação jurídica, o acessório 
segue a sorte do principal. 
 
Mas aqui o principal (recolhimento do tributo) não existe, mas o “acessório” 
(ex.: declaração) persiste. 
 
Classificações 
A doutrina traz várias classificações para as imunidades. À medida que 
estudamos as classificações, aprofundamos nossos conhecimentos. 
Por isso, tentaremos ser abrangentes. Veja a seguir. 
 
Quanto à maneira de sua incidência: a imunidade é subjetiva quando são 
conferidas de acordo com a condição de determinada pessoa. É o caso da 
imunidade recíproca do Artigo 150, VI, a, da CR. Por outro lado, a imunidade 
será objetiva quando relacionada a determinados fatos, bens ou situações. 
Este é o caso da imunidade sobre livros, jornais e periódicos do Artigo 150, VI, 
d, da CR; assim é que as editoras serão tributadas em tudo aquilo que não 
disser respeito diretamente aos livros, como é o caso do imposto de renda da 
pessoa jurídica. Reconhecemos a existência de uma terceira espécie, 
denominada imunidade mista, que é aquela que alcança a pessoa em função de 
alguma característica individual e é relacionada a determinados fatos; é o caso 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 5 
da imunidade do Artigo 153, §4º, da CR, que imuniza as pequenas glebas rurais 
(aspecto objetivo), quando as explora,só ou com sua família, o proprietário 
que não possua outro imóvel. 
 
Quanto à eficácia: a imunidade será incondicionada ou condicionável. A 
imunidade é incondicionada quando estivermos diante de uma norma 
constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata, como é o caso das 
imunidades recíprocas. A imunidade será condicionável quando a norma 
constitucional for de eficácia contida e aplicabilidade imediata; neste caso, ela 
poderá atender a requisitos previstos em lei. 
 
Quanto à forma de previsão: será explícita quando perfeitamente 
identificáveis no texto constitucional; é o caso das imunidades do Artigo 150, 
VI, da CR. Por outro lado, há hipóteses em que, mesmo ausente norma 
expressa, podemos encontrar a proibição constitucional de tributação no 
ordenamento jurídico. Neste caso, estaremos diante das imunidades 
implícitas, como é o caso da intributabilidade, como forma de evitar a 
tributação confiscatória, ou seja, a intributabilidade do mínimo vital. 
 
Quanto à abrangência da vedação: elas serão excludentes quando 
estiverem reservadas à tributação para um tipo de tributo, e exclusão para 
outros, como ocorre no Artigo 153, §5º, da CR; ou incisivas quando preverem 
determinadas situações que só pode haver incidência de algum imposto, 
excluindo os demais, no exemplo do Artigo 153, §3º, da CR. 
 
Quanto aos princípios que privilegiam: as imunidades podem ser 
ontológicas, como resultado de um princípio constitucional, tendo na isonomia, 
em suas variadas manifestações, a ligação que identifica as imunidades de 
natureza ontológica. Exemplos: instituições de educação e assistência social 
sem fins lucrativos, que decorrem do importante serviço público que prestam. E 
poderão ser políticas quando conferidas para prestigiar outros princípios 
constitucionais e podem beneficiar pessoas que tem capacidade contributiva; 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 6 
nestas se incluem as imunidades dos templos, das entidades sindicais de 
trabalhadores, dos partidos políticos e suas fundações, dos jornais, periódicos e 
do papel destinado à sua impressão. 
 
Quanto ao seu alcance: as imunidades podem ser genéricas ou 
tópicas/específicas. Essa classificação nos permitirá fazer um estudo mais 
detalhado das imunidades. Por esse motivo, as detalharemos a seguir. 
 
Institutos afins 
Para melhor compreendermos como opera nosso ordenamento, é bom 
sabermos que nem sempre que deixamos de pagar um tributo estaremos 
diante de uma imunidade. Imunidade somente quando a Constituição 
determinar; de outra forma, será não incidência pura e simples, isenção, 
alíquota zero ou, ainda, remissão. Conheça mais sobre o assunto. 
 
Não incidência pura e simples 
É um fenômeno de nosso ordenamento jurídico, no qual não há a incidência de 
tributo pelo simples fato de haver lacuna na lei. Ou seja, não se deve nenhum 
tributo, pois nenhum tributo foi instituído. Podemos citar como exemplo a 
criação de um possível imposto residual sobre a propriedade de bicicletas. 
Aqui, deixem-me fazer um registro: procure sempre citar exemplos 
economicamente desinteressantes. Nunca se sabe, quando criamos exemplos, 
se eles não podem deixar de ser meramente acadêmicos para se tornarem 
reais. Pensamos, por ora, que o governo federal não estaria interessado em 
investir em uma máquina que pudesse fiscalizar a tributação da propriedade de 
bicicletas. 
 
Isenção 
É, ao leigo, semelhante à imunidade. A isenção também terá previsão de que 
não poderá ser cobrada; porém, esta isenção não se encontra na Constituição, 
ela está em norma infraconstitucional. Aliás, essa é a diferença mais importante 
entre os dois institutos. Podemos então dizer que a imunidade é a hipótese de 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 7 
não incidência constitucionalmente qualificada, enquanto a isenção é a hipótese 
de não incidência legalmente qualificada. 
 
Alíquota zero 
É uma hipótese de incidência. Nesse caso, o tributo índice seria devido. 
Contudo, um dos aspectos quantitativos é reduzido a zero, e, ao multiplicarmos 
pelo outro aspecto quantitativo (a base de cálculo), o resultado será sempre 
zero; isto é muito comum nos tributos regulatórios em que a alíquota é uma 
exceção do princípio da legalidade e pode ser alterada pelo próprio executivo. 
Assim, quando se quer incentivar algum setor econômico, ao invés de criar uma 
isenção – o que demandaria todo um processo legislativo demorado –, o 
governo pode reduzir a alíquota a zero. 
 
Remissão 
É um favor legal, no qual o tributo era originariamente devido, mas, 
posteriormente, o seu pagamento foi perdoado. Aqui, o benefício surge depois 
da ocorrência do fato gerador, diferente de todas as hipóteses acima. 
 
Natureza jurídica e interpretação 
Há certa divergência quanto à forma de interpretar as imunidades, e isto se dá 
porque a imunidade constitui direito fundamental – cuja regra de interpretação 
é a extensiva e, para muitos, ela se constitui em exceção à competência –, 
enquanto as normas excepcionais se interpretam de forma restritiva. Mas a 
questão não pode ser generalizante. Diante de imunidades como a que protege 
a liberdade de culto, não podemos admitir restringi-la somente ao tempo físico. 
Esta não é a finalidade da norma. Por outro lado, não se poderia estender a 
imunidade à própria editora, pois o verdadeiro alcance da norma seria restrito 
aos bens editados por esta. 
 
De igual forma, não podemos generalizar quando tratamos de 
autoaplicabilidade. Normas que sejam bastantes em si, por evidente, são 
autoaplicáveis. Mas as que exigem regulamentação, segundo a doutrina, serão 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 8 
autoaplicáveis, enquanto que, para o STF, dependerão de regulamentação para 
que possam produzir efeitos. 
 
Imunidades genéricas 
Artigo 150, VI, da CR. 
As imunidades que serão tratadas agora estão no Artigo 150, VI, da CR, e 
tratam de vedações para qualquer ente federativo e para todo e qualquer 
imposto. Aqui há uma proteção da liberdade de várias espécies: política, 
religiosa, etc. Essa imunidade se aplica aos impostos (em princípio todo e 
qualquer imposto), pois eles não possuem qualquer parâmetro para sua 
fixação, por se tratar do único tributo não vinculado. 
 
Imunidade recíproca 
Determina que é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, rendas e 
serviços uns dos outros (entes federativos, inclusive suas autarquias e 
fundações). É como afirma Humberto Ávila: 
 
Não se pode olvidar que as pessoas políticas não possuam capacidade 
econômica. Elas não prestam nenhum serviço que possa ser qualificado de 
atividade econômica e, portanto, caracterizado como tributável. (ÁVILA, 2012, 
p. 215). 
 
Algumas controvérsias relevantes são aqui levantadas. Vejamos o caso da OAB. 
Segundo o STF, a Ordem dos Advogados do Brasil, que não é considerada 
propriamente uma autarquia, mas, sim, pessoa jurídica sui generis (por ser 
pessoa jurídica de direito privado com prerrogativas de direito público), será 
imune quando atua no campo que a própria Constituição lhe outorga. 
Questiona-se, sim, a sua extensão aos órgãos de assistência eventualmente 
criados por ela. 
 
Essa imunidade tem por propósito proteger a federação, garantindo a 
autonomia de cada ente federativo. Imagine se o Estado pudesse tributar o 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 9 
município, a título de IPVA, e o governador fosse inimigo político do prefeito. 
Poderia o governador pretender fixar alíquotas elevadíssimas de forma a 
prejudicar o orçamento municipal. 
 
Outro aspecto importante é o que se encontra previsto na Súmula nº 591 do 
STF. Você poderia abrirsua legislação e conferir agora. Ela conclui que essa 
imunidade só se aplicará aos tributos diretos; ou aos indiretos quando a pessoa 
jurídica de direito público for a contribuinte de direito. Da mesma forma, ela 
não exime o comprador (particular) de um bem de entidade beneficiada pela 
imunidade do pagamento do ITBI, por exemplo. 
 
A limitação só se aplica quando estivermos diante do poder público no exercício 
de sua função pública, quando este estiver desenvolvendo atividade econômica, 
de tal forma que não pode sequer haver risco à concorrência e à livre iniciativa. 
Já quanto aos serviços concedidos, devemos observar que a imunidade não 
beneficia os concessionários de serviços públicos que explorem atividade 
econômica, desde que o serviço público não seja prestado em caráter de 
monopólio – como o fazem os Correios e a Infraero. 
 
"Imóveis situados no porto, área de domínio público da União, e que se 
encontram sob custódia da companhia, em razão de delegação prevista na Lei 
de Concessões Portuárias. Não incidência do IPTU, por tratar-se de bem e 
serviço de competência atribuída ao poder público (arts. 21, XII, f, e 150, VI, 
da CF). Taxas. Imunidade. Inexistência, uma vez que o preceito constitucional 
só faz alusão expressa a imposto, não comportando a vedação a cobrança de 
taxas. Agravo regimental a que se nega provimento." (AI 458.856-AgR, Rel. 
Min. Eros Grau, julgamento em 5-10-2004, Primeira Turma, DJ de 20-4-2007.) 
 
Enfim, você pode resumir em três os requisitos desta imunidade: salvaguarda 
do pacto federativo, proteção de atividades públicas em sentido estrito (sem 
fins lucrativos) e evitar o benefício de atividade econômica. 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 10 
Imunidades de culto 
Essa regra consagra a separação entre Estado e igreja. Ao contrário do que 
podem pensar alguns, essa imunidade não é feita para beneficiar a igreja; na 
verdade, ela se presta a proteger a liberdade de culto, pois atende todos os 
diversos e incontáveis cultos que possam ser exercidos em nosso território. 
 
Ela atinge não só o templo físico – como parece dizer a Constituição – mas tudo 
aquilo que guarnece a atividade religiosa; é, assim, uma imunidade subjetiva. 
Isso gerou (e ainda gera) algumas controvérsias. Uma destas que se tornou 
histórica é a possibilidade de incidir tributo sobre a residência paroquial; se esta 
pertencer ao patrimônio do templo, ela continuará a gozar da imunidade. Outro 
ponto é o imóvel da igreja que lhe serve de estacionamento ou, ainda, as 
vendas realizadas em quermesses. Se os recursos obtidos forem utilizados nas 
atividades religiosas, tudo permanece imune. Caso contrário, o tributo deve 
incidir. 
 
"Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram 
alugados. A imunidade prevista no Artigo 150, VI, b, CF, deve abranger não 
somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e 
os serviços ‘relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas 
mencionadas’. O §4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo 
das alíneas b e c do inciso VI do Artigo 150 da CF. Equiparação entre as 
hipóteses das alíneas referidas." (RE 325.822, Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, 
julgamento em 18-12-2002, Plenário, DJ de 14-5-2004.) No mesmo sentido: 
ARE 658.080-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 13-12-2011, Primeira 
Turma, DJE de 15-2-2012; AI 690.712-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE de 14-8-2009; AI 651.138-AgR, 
Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-6-2007, Segunda Turma, DJ de 17-8-
2007. 
 
Antes de passarmos para a próxima imunidade, vamos deixar registrado que o 
objetivo é proteger a liberdade de culto e que a maçonaria não é uma religião. 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 11 
Podem pertencer a esta instituição homens dos mais diversos cultos, que não 
precisam compartilhar deste no grupo maçom a que pertencem. E também 
parece haver entendimento na Constituição que esta imunidade não contempla 
os cultos satânicos, já que ela foi promulgada sob a proteção de Deus. Nesse 
sentido, é o entendimento do STF: 
 
“O reconhecimento da imunidade tributária prevista no Artigo 150, VI, c, da CF 
exige o cumprimento dos requisitos estabelecidos em lei. Assim, para se chegar 
à conclusão se o recorrente atende aos requisitos da lei para fazer jus à 
imunidade prevista neste dispositivo, necessário seria o reexame do conjunto 
fático-probatório constante dos autos. Incide, na espécie, o teor da Súmula 279 
do STF. (...) A imunidade tributária conferida pelo Artigo 150, VI, b, é restrita 
aos templos de qualquer culto religioso, não se aplicando à maçonaria, em 
cujas lojas não se professa qualquer religião”. (RE 562.351, rel. min. Ricardo 
Lewandowski, julgamento em 4-9-2012, Primeira Turma, DJE de 14-12-2012.) 
 
Imunidades dos partidos políticos e suas fundações 
Essa imunidade tem por escopo a liberdade política. É uma imunidade também 
subjetiva, mas que está restrita aos bens aplicados no exercício dessa 
liberdade. Está limitada, às condições do Artigo 14 do CTN, a não distribuir 
qualquer parcela de seu patrimônio ou rendas, a aplicar integralmente no Brasil 
os seus recursos, e a manterem escrituração regular. 
 
Imunidades das entidades sindicais de trabalhadores 
Aqui, o propósito é proteger a liberdade de associação dos trabalhadores. A 
Constituição centra sua atenção nos sindicatos dos trabalhadores, e não dos 
empregadores, pois estes nunca tiveram sua liberdade tolhida. Aliás, seu poder 
econômico é capaz de lhes garantir liberdade. 
 
 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 12 
Imunidades das entidades de educação e de assistência social 
O propósito dessa imunidade, como se viu, é atender interesses públicos, da 
própria coletividade. Abra a sua Constituição no Artigo 203 e confira a 
abrangência da expressão “assistência social”: proteção à família, à 
maternidade, à infância, etc. 
 
O Estado tem se demonstrado incapaz de prestar os serviços públicos 
constitucionalmente reconhecidos. Assim, é uma imunidade subjetiva na qual se 
prestigiam aqueles que prestam serviços que deveriam ser satisfatoriamente 
prestados pelo Estado. Esta é uma imunidade condicionada aos requisitos que 
se encontram também no Artigo 14 do CTN. 
 
Será que uma instituição de educação que cobra elevadas mensalidades e que 
tem lucro pode se beneficiar dessa imunidade? É claro que sim. Basta que ela 
aplique esse lucro na sua atividade. Não ter fins lucrativos não é o mesmo que 
não ter lucro. O lucro é extremamente positivo para alcançar seus propósitos; 
ele não pode é ser distribuído. 
 
Há duas súmulas relativas a esse dispositivo. Sobre a primeira, já falamos, de 
certa forma, ao tratarmos da imunidade dos templos, que é a Súmula nº 724 
do STF, que conclui pela extensão da imunidade sobre o imóvel de propriedade 
de uma dessas pessoas, ainda quando alugado a terceiro, mas desde que o 
produto do aluguel seja aplicado nas atividades fins delas. 
 
A segunda é a Súmula nº 730 do STF, que colocou uma pá de cal nas 
tentativas dos planos de previdência de verem reconhecida a incidência da 
imunidade sobre suas atividades. Em verdade, havendo contribuição de 
segurados, não estaremos diante de uma instituição de assistência social sem 
fins lucrativos. Aí se distingue seguridade de assistência. 
 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 13 
O que se deve cuidar, entretanto, é da questão do tributo indireto, que gera 
inúmeras controvérsias. Predomina o entendimento de que a imunidade não 
persiste, pois ela diz respeito somente ao contribuinte de direito:“Entidade sem fins lucrativos. Imunidade recíproca. (...) Entidade educacional 
que não é contribuinte de direito do ICMS relativo a serviço de energia elétrica 
não tem benefício da imunidade em questão, uma vez que esta não alcança o 
contribuinte de fato.” (AI 731.786-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgamento em 19-10-2010, Primeira Turma, DJE de 16-11-2010.) No mesmo 
sentido: AI 717.793-AgR, Rel. Min Cármen Lúcia, julgamento em 15-2-2011, 
Primeira Turma, DJE de 17-3-2011. 
 
Neste aspecto, contudo, devemos acompanhar a jurisprudência, já que a 
advocacia privada e os contribuintes não se contentam com esse entendimento 
e continuam levando essa questão aos tribunais. 
 
Imunidade da liberdade de expressão 
Acho importante deixar claro que não se trata de uma questão cultural. 
 
Sei que muitos doutrinadores assim afirmam. O problema é que a questão 
cultural é menos abrangente do que a liberdade de expressão. Se afirmarmos 
que o objetivo é de ordem cultural, então o governo poderia analisar toda 
publicação que lhe interessar e classificá-la como cultural ou não, com o intuito 
de taxar, e, assim, dificultar a sua circulação. Ao afirmar que é liberdade de 
expressão, este controle não poderá ser feito e somente poderá haver restrição 
de circulação quando estivermos diante de um crime, como, por exemplo, o 
racismo. 
 
Então, estarão excluídos apenas os folhetos publicitários que não possuem 
nenhuma verdadeira expressão. Mas estão protegidas publicações como álbuns 
de figurinhas. A imunidade atinge livros, jornais, periódicos e o papel destinado 
à sua publicação. Hoje, não se trata apenas do impresso. Imune é o livro, o 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 14 
jornal e a revista e não o meio, que pode ser eletrônico, áudio, etc. Aliás, temos 
uma lei que define a Política Nacional do livro (Lei nº 10.753/2003) que o 
define independente do formato. O que está em discussão é se os e-readers 
serão alcançados pela imunidade. 
 
Imunidade musical 
A Constituição de 1988 foi objeto da Emenda Constitucional nº 75 de 2013, que 
passou a contar com a seguinte alínea do Artigo 150, VI: 
 
“e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo 
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral 
interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou 
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de 
mídias ópticas de leitura a laser”. 
 
A justificativa da PEC que resultou na emenda foi a barreira econômica imposta 
aos artigos produzidos licitamente no Brasil, em virtude de sua carga tributária 
e da concorrência com os artigos de pirataria. Essa imunidade inclui o 
fonograma – toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de 
outros sons, ou de uma representação de sons que não seja uma fixação 
incluída em uma obra audiovisual; e o videofonograma – gravação de som e 
imagem de uma interpretação musical, ou seja, os vídeos musicais. 
 
Assim, estariam alcançados pela imunidade os impostos que incidem na 
produção de um CD ou DVD, que vai desde a contratação de estúdio, músico, 
mixagem, produção, até a distribuição a lojas para venda a consumidores finais 
(exceto a industrialização na fase final, de multiplicação de cópias idênticas). 
 
Imunidades específicas 
A divisão aqui proposta tem como objetivo maior facilitar o nosso estudo, pois 
selecionamos aquelas mais importantes, que geram maiores controvérsias, e 
deixamos as pontuais para este momento final. Estas imunidades dizem 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 15 
respeito, em geral, a um único tributo e não a uma única espécie tributária 
como visto até agora. Vamos, aliás, optar por seguir a ordem do texto 
constitucional para estimulá-lo a nos acompanhar, conferindo a leitura. 
 
Atividade Proposta 
Consulte o site do STF sobre o tema imunidade e tributos indiretos, consultando 
alguns ou todos os artigos acima vistos na aula no endereço 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/pesquisarJurisprudencia.asp. 
Elabore um parecer técnico que reproduza o entendimento do tribunal. 
 
Chave de resposta: O aluno irá identificar que prevalece na jurisprudência o 
entendimento de que em regra não se extende a imunidade nos tributos 
indiretos. 
 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre os assuntos discutidos até agora, assista ao 
vídeo “Pleno – STF reconhece imunidade tributária recíproca sobre 
todos os serviços dos correios”, disponível em nossa galeria de 
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impropriedades constitucionais”. 
 
 
Referências 
ÁVILA, Humberto. Sistema Constitucional Tributário. 5. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
CARNEIRO, Claudio. Curso de Direito Tributário e Financeiro. 4. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 16 
TORRES, Ricardo Lobo. Tratado de Direito Constitucional, Financeiro e 
Tributário. Vol. 1. Rio de Janeiro: Renovar, 2009. 
PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz 
da doutrina e da jurisprudência. 15. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 
2013. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Toda vez que a Constituição Federal estabelece que determinado imposto “não 
incide”, é correto afirmar que estamos diante de um caso de: 
a) Imunidade 
b) Isenção 
c) Remição 
d) Remissão 
e) Anistia 
 
Questão 2 
A imunidade deve ser interpretada de que forma? 
a) Exclusivamente literal, para compreender exclusivamente o que está no 
texto legal. 
b) Gramatical, limitando-se ao que o leigo poderia compreender do texto 
constitucional. 
c) Extensiva, uma vez que se trata de um direito fundamental. 
d) Restritiva, pois segue o mesmo sentido da isenção. 
e) Estrita, pois trata de uma simples exceção que não consubstancia 
nenhuma norma especial. 
 
Questão 3 
Com relação ao tema das limitações ao poder de tributar, julgue os itens 
subsequentes. 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 17 
I – De acordo com a atual jurisprudência do STF, a imunidade tributária 
recíproca abrange as hipóteses em que a pessoa jurídica de direito público 
interno é contribuinte de fato. 
II – As imunidades constitucionais são consideradas objetivas quando exigem, 
para sua fruição, a comprovação de que os bens, rendas ou serviços estão 
afetados às finalidades essenciais da entidade. 
III – Existem imunidades tributárias implícitas na Constituição. 
IV – A condição legal à fruição concreta da imunidade tributária pode ser 
veiculada por meio de lei ordinária federal. 
Estão certos apenas os itens: 
a) I e II 
b) I e III 
c) I e IV 
d) II e III 
e) III e IV 
 
Questão 4 
Assinale a alternativa correta sobre a diferença entre isenção e imunidade. 
a) Isenção e não incidência são iguais, já a imunidade assemelha-se à 
chamada alíquota zero. 
b) A isenção é criada por decreto do chefe do Executivo, já a imunidade é 
criada por decreto legislativo. 
c) Isenção somente se refere a taxas e contribuições, já a imunidade 
abrange todos os tipos de tributos. 
d) Isenção é prevista em lei, já a imunidade é constitucionalmente 
estipulada. 
e) Imunidade e não incidência são sinônimos, pois ambos estão previstos 
na Constituição e na lei. 
 
 
 
 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 18 
Questão 5 
As imunidades são normas negativas de competência tributária, figurando na 
Constituição, ainda, como limitações constitucionais ao poder de tributar. Sobre 
as imunidades,é correto afirmar que: 
a) As imunidades constam em diversos artigos do texto constitucional, e, 
conforme o dispositivo, dizem respeito a impostos, contribuições ou 
mesmo à taxa, não se podendo, onde a imunidade é relativa a impostos, 
pretender estendê-la a outras espécies tributárias. 
b) As imunidades tributárias a impostos em favor dos templos e das 
entidades educacionais sem fins lucrativos são incondicionadas. 
c) A imunidade recíproca a impostos tem caráter subjetivo, alcançando tão 
somente os entes políticos e suas autarquias, jamais se podendo 
estendê-la às empresas públicas e às sociedades de economia mista, 
para as quais o texto constitucional, inclusive, veda privilégios fiscais. 
d) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é uníssona no sentido de 
que a imunidade dos livros deve ser interpretada restritivamente, não 
havendo dissenso quanto a isto, porquanto imunidades são normas de 
exceção. 
 
Questão 6 
Em decorrência de imunidade tributária, o ICMS NÃO pode ser cobrado em 
relação: 
a) À conferência de bens imóveis ao capital de sociedades, em aumento de 
capital. 
b) À venda de mercadorias, tendo como destino partidos políticos, para 
aplicação direta na atividade política aprovada pelo Tribunal Regional 
Eleitoral. 
c) A prestações de serviços de comunicação nas modalidades de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens, de recepção livre e gratuita. 
d) À importação de bens na modalidade “importação por encomenda” 
realizadas em favor de entidade religiosa (templo de qualquer culto). 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 19 
e) À prestação de serviço de provimento de acesso à internet, na 
modalidade “Serviço de Valor Adicionado”. 
 
Questão 7 
Determinada empresa pública federal obteve o reconhecimento, no Supremo 
Tribunal Federal, de equiparação das suas atividades com a União Federal, 
atingindo, como efeito reflexo, a sua sujeição tributária. Nesse sentido, 
requereu ao Estado W que não fosse compelida a pagar o Imposto sobre a 
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA em relação à sua frota. Tal 
requerimento está embasado na: 
a) Anistia 
b) Moratória 
c) Imunidade 
d) Isenção 
e) Não incidência 
 
Questão 8 
Conforme a CF, é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
municípios instituirem impostos sobre: 
a) Patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos 
b) Entidades sindicais patronais 
c) Livros, jornais e periódicos 
d) Fundações instituídas por partidos políticos 
e) Templos de qualquer culto 
 
Questão 9 
O Artigo 150, VI, da Constituição Federal, dispõe sobre as chamadas 
imunidades tributárias, as quais consistem em normas nas quais fica proibida a 
tributação sobre situações ou pessoas expressamente indicadas. Nesse sentido, 
é correto afirmar: 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 20 
a) É vedado instituir imposto sobre templos de qualquer culto, bem como 
sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as 
finalidades essenciais das instituições religiosas. 
b) A imunidade dos livros, jornais e periódicos alcança também o papel 
destinando à sua impressão, bem como o lucro das editoras 
responsáveis. 
c) As fundações mantidas pelos partidos políticos, as demais fundações de 
direito privado, bem como os sindicatos patronais não são imunes aos 
impostos, de acordo com o texto constitucional. 
d) As imunidades tributárias estão todas previstas no Artigo 150, VI, com a 
única exceção prevista no Artigo 195, §7º, referente à contribuição para 
a seguridade social das entidades ali mencionadas. 
 
Questão 10 
Determinada editora de livros, revistas e outras publicações foi autuada pela 
fiscalização de certo Estado, onde mantém a sede da sua indústria gráfica, pela 
falta de recolhimento de ICMS incidente sobre álbum de figurinhas. Nessa linha, 
à luz do entendimento do STF sobre a matéria em pauta, tal cobrança é: 
a) Inconstitucional, por força da aplicação da isenção tributária. 
b) Inconstitucional, por força da aplicação da imunidade tributária. 
c) Constitucional, por força da inaplicabilidade da imunidade tributária. 
d) Inconstitucional, por estar o referido tributo adstrito à competência 
tributária da União Federal. 
e) Constitucional, por força de interpretação literal da imunidade tributária. 
 
Questão 11 
A respeito da gratuidade de justiça, é correto afirmar que: 
a) Abrangerá exclusivamente as custas judiciais, mas não os honorários de 
perito. 
b) Pode ser conceituada como uma imunidade tributária. 
c) Não encontra regulamentação infraconstitucional. 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 21 
d) Compreende as taxas judiciais e as despesas com as publicações dos 
atos oficiais somente. 
e) É verdadeira isenção prevista na Lei nº 1.060/50. 
 
Questão 12 
É correto afirmar que o idoso encontra proteção também nas imunidades. 
Assim sendo, será ele imune, exceto: 
a) Rendimentos provenientes de aposentadoria quando maior de 65 anos. 
b) Rendimentos provenientes de pensão quando maior de 65 anos. 
c) Imunidade dos transportes coletivos. 
d) Imunidades que beneficiem outras pessoas também. 
e) Imunidades relativas aos impostos sobre a propriedade 
 
Questão 13 
Sobre as exportações, é correto afirmar que incidirá: 
a) ICMS e IE 
b) IPI e IE 
c) ICMS e IPI 
d) ICMS, IPI e IE 
e) Somente o IE 
 
Questão 14 
As instituições de assistência social deverão recolher: 
a) Todos os impostos, taxas e contribuição de melhoria. 
b) Somente os impostos e as contribuições da seguridade social. 
c) Os tributos, excetuados os impostos e as contribuições da seguridade 
social. 
d) Taxas e contribuição de melhoria. 
e) Taxas, contribuições e empréstimos compulsórios. 
 
 
 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 22 
Questão 15 
A imunidade relativa aos registros de nascimento e óbito aos reconhecidamente 
pobres abrange qual tributo? 
a) Imposto 
b) Taxa 
c) Contribuição de melhoria 
d) Contribuições especiais 
e) Empréstimos compulsórios 
 
Aula 2 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - A 
Justificativa: Resposta fundada no conceito doutrinário. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: Resposta fundada nas regras de interpretação constitucional. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: Resposta fundada na classificação doutrinária das imunidades. 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: Resposta fundada no conceito doutrinário dos institutos. 
 
Questão 5 - A 
Justificativa: Resposta fundada em vários dispositivos da Constituição. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: Resposta fundada no Artigo 150, VI, e, da Constituição. 
 
 
 SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 23 
Questão 7 - C 
Justificativa: Resposta fundada no Artigo 150, VI, a, da Constituição. 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: Resposta fundada no Artigo 150, VI, da Constituição. 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: Resposta fundada no Artigo 150, VI, da Constituição. 
 
Questão 10 - B 
Justificativa: Resposta fundada no Artigo 150, VI, d, da Constituição. 
 
Questão 11 - B 
Justificativa: Resposta fundada no Artigo 5º, LXXIV, da Constituição. 
 
Questão 12 - E 
Justificativa: Resposta fundada nos Artigos 153, §2º, II, e 230, §2º, da 
Constituição. 
 
Questão 13 - E 
Justificativa: Resposta fundada nos Artigos 153, §2º, II, e 230, §2º, da 
Constituição. 
 
Questão 14 - C 
Justificativa: Resposta fundada nos Artigos 150, VI, c, e 195, §7º, da 
Constituição. 
 
Questão 15 - B 
Justificativa: Resposta fundada no Artigo 5º, LXXVI, da Constituição.

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