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PROCESSO CIVIL 2 AULA 01

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PROCESSO CIVIL II AULA 01
(Processo de conhecimento)
R.
 Processo de conhecimento, Conceito: O processo de conhecimento é a fase em que ocorre toda a produção de provas, a oitiva das partes e testemunhas, dando conhecimento dos fatos ao juiz responsável, a fim de que este possa aplicar corretamente o direito ao caso concreto, com o proferimento da sentença.
 Esse processo de conhecimento se dá através do novo CPC pelo procedimento comum. Existe também os procedimentos especiais. São eles assim denominados, pois o código os trata desta forma ou porque estão em leis diferentes. Ex: Um processo que tramita no juizado especial. O artigo 554 e seguintes do CPC ilustram bem este cenário. Procedimentos que em alguma parte do processo haverá um procedimento especial. Porém todos os procedimentos, sejam eles comum ou especiais, todos tem processo de conhecimento.
 O procedimento comum pode ser dividido em 4 fases:
- Fase de postulação: Postular é pedir. Esta fase de postulação compreende desde o pedido do autor até a resposta do réu. Ou seja, cabe a procedência do pedido do autor e a improcedência do pedido do réu em face do pedido do autor. A contestação é uma das formas de resposta do réu em face do pedido do autor. Não é a única. Temos também a reconvenção. A reconvenção pode ser feita dentro da contestação e também pode ser feita de forma independente. Mas por enquanto é importante sabermos o que compreende a fase de postulação, somente. Sendo assim cabe proposição e resposta. Atendendo assim pelo princípio da isonomia e da ampla defesa.
- Fase de saneamento: Compreende desde a petição inicial até o despacho saneador. Sanear é resolver. Limpar. Ajustar. Sendo assim o saneamento é uma fase constante que procura fiscalizar, ajustar, todo andamento processual de forma que ele não carregue nenhum vício, nenhum erro, até o saneamento. O saneamento resolve vícios como: petição inicial inadequada, Citação malfeita, resposta do réu fora do prazo, etc. Assim o saneamento mantém as fases do processo em perfeitas condições, sanando estes tipos de vícios. Se for identificado pelo magistrado o vício, cabe a este dar ciência a parte para que está tenha a oportunidade de reparar o vício. Sendo o vício insanável poderá o magistrado encerrar o processo, mas antes deve também dar as partes oportunidade de se manifestar. (Art. 10 CPC)
- Fase probatória: Esta fase serve para a colheita de material de prova. Só há realização de audiência de instrução e julgamento para produção de prova por auto. Se não existe testemunha para depor, se não tem parte para prestar depoimento, se o perito não foi requerido estar presente, não existe audiência de instrução e julgamento. Isto sob a exige do CPC.
- Fase decisória: Aqui é onde há uma sentença. Ela pode ser sem exame do mérito (Art. 485 CPC) Ou com exame do mérito (Art. 487 CPC). 
 Porém pode ser que aconteça também o julgamento antecipado do mérito. Este procedimento acontece quando se pula uma das 4 fases citada acima. Mais especificamente a fase postulatória, pois na petição inicial já deve constar as provas que indicam o fato ocorrido. Ou ainda o caso concreto em questão não exigir prova. Como no caso do réu confesso. Sendo assim, não se tendo necessidade de prova pericial, a fase postulatória poderá ser pulada. Indo assim diretamente para a fase decisória. 
 O julgamento parcial antecipado do mérito. Esta figura é a do julgamento do juiz de forma antecipada de uma parcela do mérito, prosseguindo assim em relação aos demais pedidos. Esta decisão do magistrado não é uma sentença. É uma decisão interlocutória. Cabendo assim a parte interessada recorrer naquele momento em que ocorreu aquela decisão. 
 O negócio processual: É um acerto entre uma ou mais pessoas com a finalidade de trazer mais celeridade para a resolução de conflitos, trazendo para o campo da conciliação ou ajustamento entre as partes, o litígio, através de uma negociação dos interesses das partes. Do bem comum entre as partes. Assim como a marcação de agenda para os acontecimentos processuais, como datas e prazos. (Art. 190 CPC) Art. 190.  Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Aqui é vedado direito indisponível, porque direito indisponível não admite transação. Ex: um acordo sobre direito de paternidade. Três correntes se posicionam de forma diferenciada sobre o negócio processual:
O negócio processual serve para ajustar as especificidades da causa. Fora isso não pode.
O negócio processual serve para ajustar qualquer coisa.
Diz que o Artigo 190 é inconstitucional. Pois somente quem pode legislar sobre o processo é a união e abrindo ao particular a possibilidade de transacionar sobre matéria de processo, estará assim ferindo a constituição.
 A Adaptação procedimental: Toda vez que não existir um procedimento comum, o procedimento comum será utilizado de forma subsidiária naquilo que os demais procedimentos forem omissos. Ou seja, se um determinado tema exige um procedimento especial e aquele procedimento especial é omisso em determinada coisa. Nesta coisa que o procedimento especial for omisso, será feita uma adaptação para o procedimento comum. Art. 318 CPC.
 Petição inicial: a petição inicial é o canal que existe entre uma pessoa, autor, que se sente lesada em seu direito e o poder judiciário. Órgão habilitado para este tipo de demanda. Na petição inicial será revelada a situação geradora da percepção de lesão por parte do autor. Assim o legislador estabeleceu alguns requisitos para facilitar a formatação deste procedimento. Se na petição constar estes requisitos mínimos, haverá possibilidade, inicialmente, desta petição ser levada ao poder judiciário, para ser analisada e posteriormente proferida a decisão em razão de alguma das partes da ação. Autor ou réu. Art. 319 CPC.
Seção I
Dos Requisitos da Petição Inicial
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida; Se o juízo estiver errado o juiz manda pro certo. Atenção, pois se falarmos de juizado especial (9099), será extinta a petição por erro de juízo. Lembrando também que nem sempre o juízo de origem será o juízo de primeiro grau. O juízo de origem também pode ser um tribunal. Tribunal não atende somente demanda de recurso. Atende também competência originária que tem matéria que demanda atendimento de um tribunal e não de uma vara. Ex: ação rescisória, alguns mandatos de segurança, etc. 
II - Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; A união estável é importante ser colocada, pois existe reflexos no direito material. Assim como existe no casamento. O endereço eletrônico é importantíssimo, pois a comunicação dos atos processuais é feita por via eletrônica.
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; ou seja, é preciso comunicar ao juiz via petição inicial, a situação fática proveniente da conduta da parte ré em face do autor, que faz o autor acreditar que gerou direitos para ele em face do réu. Assim a situação para ser fática, precisa ela ter previsão legal. Assim sendo ferida a lei por parte da parte ré, realmente gerará direitos para a parte autora, se ela estiver vinculada com a parte ré e a situação fática. A junção destes 3 elementos que gera o fundamento do pedido. Autor de direito lesado, réu infrator de direito e a situação fática que liga as partes.
IV - o pedido com as suas especificações; (aula 02) O juiz fica restrito aquilo que o autor pedir. Se for além terá vício a decisão, assim se ele for aquém. 
V - o valor da causa; pode ser o valor do dano ou valorfiscal.
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. A regra é pela obrigatoriedade pela audiência de conciliação e mediação. Porém existem duas hipóteses que afastam esta obrigação. Quando sobre o direito em questão não for possível transação. Ex: Se a ação é versa sobre direitos indisponíveis. Como o direito de paternidade. Também se ambas as partes, autor e réu não querem a conciliação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. Ou seja, seja lá como for, da maneira que for, com nome ou sem nome, com dados pessoais ou sem, se for possível citar o réu a petição não será indeferida.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. Ou seja, seja lá como for, da maneira que for, com nome ou sem nome, com dados pessoais ou sem se não for possível ou muito difícil cumprir o inciso II também não será indeferida a petição e será o réu citado da maneira que for possível. Edital, jornais de grande circulação, etc.
Art. 320.  A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. O ato do juiz que indefere a petição é a sentença. Os atos do juiz estão no Artigo 203 CPC. Desta sentença proferida pelo juiz cabe apelação. Se o juiz entender que se equivocou pode ele se retratar.
Hipóteses de indeferimento da petição inicial: Em que momento a petição inicial poderá ser impedida de ir adiante. De chegar ao seu desfecho que é a citação do réu. 
Seção III
Do Indeferimento da Petição Inicial
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima; (A parte não tem ligação com o direito material discutido. A legitimidade extraordinária somente existirá quando a lei assim estabelecer. Fora isso vigora este princípio de ligação entre o direito material e a parte.)
III - o autor carecer de interesse processual; Ou seja, não existe outra forma de resolver a questão e ele precisa realmente do processo, da ação, para ter seu direito garantido.
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. O 106 é se não informar o endereço comercial dele mesmo em 5 dias, pois supostamente estaria advogando em causa própria. O 321 é fazer as correções na petição inicial que supostamente estaria com algum erro em até 15 dias.
FONTE: AULA FRANCESCO

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