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petição aula 07

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EXCELÊNTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA, SP 
MARIA, nacionalidade, viúva, profissão, portadora da CI nº, inscrita no CPF sob nº, residente e domiciliada na rua Bergamo, 123, apt. 205, Araçatuba, SP CEP, E-mail, por seu advogado legalmente constituído, que para fins do art. 106 I, CPC indica o endereço profissional na ria, nº bairro, cidade, Estado, CEP, E-mail, veem perante Vossa Excelência, propor a presente,
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS C/C TUTELA CAUTELAR
Pelo rito comum, em face de ROBERTO, nacionalidade, estado civil (existência de união estável), comerciante, portador da CI nº, inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, E-mail, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
	Destaca-se que a Autora, é hipossuficiente, haja vista, que era sustentada por seu marido, agora falecido não tendo condições de arcar com as custas processuais, com fulcro no artigo 98, CPC que nos diz:
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1o A gratuidade da justiça compreende:
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório”.
DA COMPETÊNCIA:
	Excelentíssimo, pela autora não conter recursos para arcar com as custas judiciais, e pelo direito que a Autora possui ao devido acesso à justiça pelo princípio da inafastabilidade da justiça contido no artigo 5º, XXXV, CF, justificando a proposição da ação no domicílio da Autora, artigo este que nos diz:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
DOS FATOS:
	A Autora profundamente abalada, pelo falecimento de seu marido, que andava por uma rua de Recife, TE quando foi atingido por um aparelho de ar condicionado, manuseado com imprudência pelo Réu, proprietário de uma padaria.
	O marido da Autora, foi encaminhado ao hospital, vindo a falecer posteriormente por traumatismo craniano, causado pelo impacto, tendo um gasto hospitalar de R$ 3.000,00 (três mil reais).
	A Autora, se desloca até Recife, PE para realizar o transporte do corpo de seu marido para Araçatuba gastando com isso R$ 3.000,00 (três mil reais).
Cabe ressaltar, que a Autora depende financeiramente de seu marido, que era pedreiro conseguindo uma média mensal de um salário mínimo.
	Impende dizer, que o Réu foi indiciado e posteriormente condenado por homicídio culposo.
	A Autora para ter seu direito à reparação dos gastos e poder seguir em frente sua vida, tendo em vista que seu sustento se dava por meio de seu marido, não vislumbra alternativa a não ser bater as portas do Poder Judiciário.
DOS FUNDAMENTOS:
	Nobre julgador, o caso em tela, esta evidenciado a responsabilidade do Réu, que agiu com imprudência ao manusear o aparelho de ar condicionado, que resultou na queda, atingindo o marido da Autora, vindo a falecer no hospital, demonstrando o ato ilícito praticado pelo Réu nos termos do artigo 186, CC, valendo ainda ressaltar o teor do artigo 927, CC ficando obrigado a reparar o dano, bem como o artigo 938, CC onde o habitante do prédio responde pelo dano proveniente das coisas que caírem do prédio, assim dispõe os artigos:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”
“Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido”.
	Cabe lembrar Excelência, que o caso em tela foi objeto de ação penal tendo uma sentença reconhecendo a responsabilidade do Réu, sendo condenado por homicídio culposo, dando base para eventual reparação na área civil, bem como uma pensão a título alimentício com base no art. 948, I, II, CC que nos diz:
“Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima”.
DA JURISPRUDÊNCIA:
Processo
REsp 704612 SP 2004/0164298-9
Orgão Julgador
T2 - SEGUNDA TURMA
Publicação
DJe 19/05/2009
Julgamento
23 de Abril de 2009
Relator
Ministro HERMAN BENJAMIN
Ementa
ADMINISTRATIVO E CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. PENSÃO POR MORTE. ART. 948 DO CC. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. REQUISITO. SÚMULA 7/STJ.
1. Cuida-se, originariamente, de Ação de Indenização por danos morais e materiais decorrente de explosão ocorrida em estabelecimento comercial de fogos de artifício, atingindo um raio de quinhentos metros, o que provocou a morte de mãe e filha, bem como o desabamento de sua residência e destruição do veículo ali estacionado.
2. Os recorrentes (cônjuge/pai e filha/irmã das falecidas) insurgem-se contra o acórdão recorrido, com base na ofensa ao art. 1.537 do Código Civil de 1916(atual art. 948 do CC/2002), pois estaria demonstrada a dependência econômica da família em relação aos seus membros colhidos no infortúnio, o que exigiria a condenação do Estado no pagamento de pensão mensal.
3. Hipótese em que o Tribunal de origem concluiu, com base na prova dos autos, que as vítimas do evento danoso não eram responsáveis pela manutenção financeira dos autores da ação originária. A revisão desse entendimento implica reexame de fatos e provas, obstado pelo teor da Súmula 7/STJ.
4. Recurso Especial não conhecido
Acordão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, nos termos do voto do (a) Sr (a). Ministro (a)-Relator (a)." Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Eliana Calmon, Castro Meira e Humberto Martins votaram com o Sr. Ministro Relator.
Por todo exposto a Autora espera a procedência de todos os pedidos por ela formulados fazendo, caso assim proceda Vossa Excelência a mais imperiosa justiça.
DA TUTELA DE URGÊNCIA:
	Por se tratar da Autora, hipossuficiente faz-se necessário a tutela de urgência de natureza cautelar tendo em vista, a dependência financeira, que com o falecimento de marido não mais possui renda para sobreviver com base no artigo. 301, CPC não deixando de citar o artigo 948, II, CC que versa sobre o pagamento de pensão a título alimentício à Autora como assim dispõem ambos os artigos:
“Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito”.
“Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima”
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto requer a Vossa Excelência:
A concessão de TUTELA DE URGÊNCIA de natureza CAUTELAR, a pagar à Autora a título de pensão alimentícia, o valor de um salário mínimo em carátervitalício; 
A citação do Réu para audiência de conciliação ou mediação instituída por este e juízo, caso não haja acordo, seja intimado a apresentar contestação sob pena de revelia;
A gratuidade de justiça, por se tratar de pessoa hipossuficiente com base no art. 98 § 1º, VIII, CPC;
A procedência de todos os pedidos formulados pela Autora e declarados em sentença e a tutela transformada em definitivo;
A condenação do Réu ao pagamento a título de reparação material no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) acrescidos de juros e correção monetária;
A condenação do Réu ao pagamento a título de danos morais o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
A condenação do Réu ao pagamento a título de pensão alimentícia o valor de um salário mínimo de caráter vitalício;
A condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e advocatícios na base de 20% sob o valor da causa. 
DAS PROVAS:
Requer a produção de todas as provas, e direito admitidos, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
DO VALOR DA CAUSA:
Dá-se a causa o valor de R$ 56.000,00 (cinquenta e seis mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
	__________, __ de ________ de ____.
Advogado
OAB

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