Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO Profº Marcos Fonseca SITUAÇAO Paciente A: homem, 18 anos, motorista de um dos veículos, necessitou ser extricado do interior do carro. Havia sangramento em torno do nariz e da boca, fratura de antebraço D, e fratura aberta de tíbia D com pulsos distais diminuídos. Dor a palpação dos arcos costais inferiores à D, dor abdominal difusa, PA = 100X60, FR = 30. Paciente B: homem, 50 anos, passageiro, não usava cinto de segurança, durante a colisão foi projetado contra o para brisa do veículo, apresentava-se com trauma maxilo-facial e edema de pescoço, sua respiração era ruidosa e encontrava-se cianótico. Fratura de MID, escoriações na face anterior do tórax, hematoma na região epigástrica. ECG = 9, PA = 120X80, P = 130, FR = 40. Paciente C: homem, 25 anos, passageiro projetado para fora do veículo, apresentava escoriações generalizadas, confuso e respondendo lentamente aos estímulos verbais, murmúrio vesicular ausente em HTD, fratura de MSD, abdome doloroso á palpação. ECG = 9, PA = 90X50, FR = 30. CONCEITO “Uma vítima é considerada politraumatizada, sempre que apresente lesões em dois sistemas de órgãos, de quais pelo menos uma, ou a combinação das lesões, constitua um risco vital para o doente.” EPIDEMIOLOGIA • Mortalidade por causas externas – 2º lugar no Brasil. • 1ª causa de morte entre 11 e 40 anos. • Redução significante na expectativa de vida. • 25-35% mortes evitáveis. TRAUMA APH – 10 minutos de platina. Hora de ouro do trauma. MORTALIDADE • Primeiro pico: mortalidade IMEDIATA“in situ” (50%) - prevenção. • Segundo pico: mortalidade PRECOCE, 3-4 horas a 2-3 dias (30%) - sistema de atenção integral ao traumatizado. • Terceiro pico: mortes TARDIAS, dias-semanas (20-30%) - qualidade e rapidez das medidas de ressuscitação iniciais. POLITRAUMATIZADO • Princípios no atendimento pré-hospitalar ao politraumatizado: • Cena • Segurança • Situação Cena Situação Segurança “Para o oxigênio chegar aos tecidos é necessário uma via aérea pérvia, para levar o oxigênio à circulação são necessários pulmões funcionantes para a realização das trocas gasosas, e sangue circulante para levar o oxigênio aos tecidos de todo o corpo, principalmente ao cérebro, coração e rins” ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Reconhecer e tratar rapidamente as lesões com risco de vida ao exame inicial A - Vias aéreas pérvias mantendo a coluna cervical estabilizada Anteriorizacão do ângulo da mandíbula Elevação do mento ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Cânula nasofaringeana ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Cânula orofaringeana ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Imobilização cervical ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR B: providenciar suporte ventilatório e O² para manter Sat O² > 95% ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Suporte ventilatório ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax aberto ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Hemotórax Tórax instável ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Tratamento do pneumotórax ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR C: controlar hemorragia externa significativa Compressão manual e curativo compressivo ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR C: tomar medidas iniciais para tratamento do choque Restauração e manutenção da temperatura, acesso calibroso (14 ou 16), imobilização das lesões músculo-esqueléticas ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Ressuscitação volêmica - RINGER LACTATO 1000ml em bolus (20ml/kg na criança). - Reavaliar. - Persiste instabilidade hemodinâmica. - Considerar a transfusão de hemoderivados. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Tamponamento cardíaco ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Escala de Coma de Glasgow Abertura Ocular Resposta Verbal Resposta Motora Espontânea - 4 Á voz - 3 Á dor - 2 Nenhum – 1 Orientada - 5 Confusa - 4 Inapropriadas - 3 Incompreensível - 2 Nenhum - 1 Obedece a comandos - 6 Localiza dor - 5 Retirar (dor) - 4 Flexão (dor) - 3 Extensão (dor) - 2 Nenhum – 1 - Drenagem a nível central. - Movimentação de extremidades. - Considerar causas que interferem na avaliação neurológica: presença de TOT, uso de bloqueadores neuromusculares, hipoxemia, hipotensão, uso de álcool e/ou drogas. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E - exposição ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ETAPA FINAL DA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA -Despir o paciente cortando as vestes. -Observar qualquer tipo de trauma, ferimento, deformidades ou sangramentos. -Evitar hipotermia e preservar sua individualidade. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA • Colher informações – história sampla: S – sinais e sintomas, A – alergias, M – medicamentos, P – passado médico, L – líquidos e alimentos ingeridos recentemente, A – ambiente e eventos que precederam o trauma. • Reavaliação crânio-caudal do paciente. • Tubos e dedos em todos os orifícios.
Compartilhar