Buscar

Questões adulto idoso

Prévia do material em texto

Questionário de Adulto Idoso (Av1)
1) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema cardiovascular?
Valvas cardíacas mais rígidas e espessas; Veias tornam-se tortuosas (caminho irregular); Débito cardíaco diminuído; P.A aumentada.
2) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema respiratório?
Aumento do volume pulmonar residual; Diminuição da capacidade vital da troca gasosa, da capacidade de difusão e da eficiência da tosse. 
3) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema geniturinário?
*URINÁRIAS: aumento da uréia e creatina, podendo causar insuficiência renal; Diminuição da massa renal (perda de néfrons), redução na taxa de filtração glomerular, função tubular diminuída; Redução da força de contração e da dilatação da bexiga; Hiperplasia benigna da próstata.
*GENITAIS:
☆ Nos homens: Redução no tamanho dos testículos e na sensibilidade no pênis (ereção + demorada), diminuição no volume de esperma;
☆ Nas mulheres: Queda progressiva dos pelos pubianos, atrofiamento dos grandes lábios, colo, vagina e redução do volume dos ovários, trompas e útero; diminuição na capacidade de lubrificação e menor elasticidade da vagina.
4) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema digestório? 
*cavidade oral: salivação diminuída e redução do paladar;
* Esôfago: (presbiesôfago - dificulta a deglutição). Disfunção motora esofagiana deglutição por defeito no relaxamento do esfíncter esofágico inferior.
* Estômago: mobilidade gástrica diminuída; esvaziamento gástrico retardado; secreção de ácido e pepsina diminuída; redução na absorção de ferro, vitamina B12 e cálcio.
*Pâncreas: redução da capacidade de secreção de lilases e de bicarbonato; redução na secreção de insulina. 
* Fígado: redução na secreção de albumina e glicoproteínas + redução no fluxo sanguíneo; redução na absorção de medicações.
* Intestino: absorção intestinal é pouco alterada; aumento da prevalência de constipação e doença diverticular.
5) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema músculo-esquelético?
Perda de massa muscular; Perda excessiva da densidade óssea;Enrijecimento de tendões e articulações.
6) Como é a pele do idoso?
Epiderme e derme + finas; Diminuição de tecido adiposo subcutâneo; Perda da elasticidade e enrugamento da pele; Diminuição da pigmentação dos pêlos; Sudorese diminuída; Proteção reduzida contra traumas, exposição ao sol e extremos de temperatura.
7) Quais os aspetos físicos do envelhecimento do sistema nervoso?
 Velocidade reduzida na condução e perda neural; Circulação cerebral diminuída; Diminuição de catecolaminas (adrenalina) e dopamina (mal de Parkinson); Redução dos reflexos posturais e redução do sono.
8) Quais as estratégias de promoção de saúde?
Exercício físico: ajuda a fortalecer os músculos e articulações; atividades de redução de estresse; controle da visão; manter atividades intelectuais. Ex: leitura.
Hidratação da pele: evitar exposição excessiva ao sol e a extremos de temperatura.
Controle da obstrução das artérias carótidas: evitar fumar.
Imunização anual (influenza); estimular a tosse; estimular a deambulação e exercícios físicos no próprio leito, para evitar a síndrome da imobilidade; evitar os excessos de tudo; lembrar da ingestão hídrica.
9) Qual a eletro fisiologia do coração?
Coração: ritmo próprio; Sincronismo na contração e relaxamento e suas câmaras, que são 4 (duas a duas), em tempos diferentes de contração e relaxamento. Sistema condutor e excitatório formado por fibras auto-excitaveis que distribuem de forma organizada pelo músculo cardíaco – Nodo Sino Atrial (SA), as fibras de Purkinge. 
10) Defina pequena e grande circulação.
Pequena: se estabelece entre o coração e os pulmões. Grande: liga o coração às demais partes do organismo.
11) Qual a anatomia e a fisiologia do coração?
A forma de disposição da fibras do músculo cardíaco, umas junto às outras, unindo-se e separando-se entre si. O impulso ao atingir uma célula, passa com grande facilidade às outras que compõem ao mesmo conjunto, atingindo-o por completo após alguns centésimos de segundo. O conjunto formado pelos nódulos sinoatrial e atrioventricular, pelas fibras de feixe de His e suas ramificações constitui o tecido de condução.
12) Defina Nodo Sino Atrial:
Emite impulsos que, a cada ciclo, se distribuem por todo o coração. Também chamado de MARCAPASSO NATURAL. Localizado na parede lateral do AD. A cada despolarização – onda de impulso – segue através das fibras internodais – contração do Átrio – impulso – Nodo A-V.
13) Defina Nodo A-V.
Ao chegar no Nodo A-V, o impulso sofre um retardo, antes de atingir o Feixe A-V, para que ocorra o enchimento das câmaras ventriculares, enquanto as câmaras atriais ainda estão em contração. Daí, então, o impulso segue em frente e atinge o Feixe A-V.
14) Defina o Feixe A-V.
Através dele, o impulso segue em frente e atinge um segmento que se divide em 2 ramos:
Ramos direito e Ramo esquerdo do Feixe de His: através destes ramos, paralelamente, o impulso segue em direção ao ápice do coração, acompanhando o septo interventricular. Ao atingir o ápice, cada ramo segue em direção à base do coração, seguindo a parede lateral de cada ventrículo.
15) Defina Fibras de Purkinge.
Inúmeras ramificações, que tem por finalidade levar uma grande quantidade de impulsos à toda a área ventricular, produzindo a contração de todas as suas fibras. Ocorre, então, a contração das câmaras ventriculares – redução acentuada do seu volume – ejeção do sangue VD para a artéria pulmonar e do VE para artéria aorta.
16) O que é um eletrocardiograma?
É um gráfico de voltagem em relação ao tempo. As variações de voltagem resultam da despolarização e da repolarização do músculo cardíaco, produzindo correntes elétricas que atingem a superfície do corpo. Eletrodos posicionados nas extremidades do corpo e na superfície torácica e conectados a um voltímetro sensível eletrocardiógrafo produzem um registro gráfico da atividade elétrica do coração.
17) O eletrodo é colocado em 6 diferentes posições ao redor do tórax. Quais são esses locais?
*V1: 4º espaço intercostal, à direita do esterno.
*V2: 4º espaço intercostal, à esquerda do esterno.
*V3: 5º espaço intercostal, entre V2 e V4.
* V4: 5º espaço intercostal, na linha clavicular média esquerda.
*V5: 5º espaço intercostal, na linha axilar anterior.
*V6:5º espaço intercostal, na linha axilar média.
18) Explique o eletrocardiograma.
*Onda P: despolarização atrial
*Complexo QRS: despolarização ventricular.
*Onda T: repolarização ventricular
*Onda U: despolarização do músculo papilar musculatura de sustentação das válvulas AV (tricúspide e mitral). 
19) Quais condutas de enfermagem para pacientes que vai fazer um eletrocardiograma?
*Fornecer informação sobre o equipamento e o procedimento;
*Proporcionar conforto;
*Instalar eletrodos utilizando o gel condutor sobre as placas de contato;
* Solicitar a retirada de adornos (interferência);
* Informar sobre a importância do relato de qualquer tipo de dor ou desconforto durante o procedimento;
* Remover o gel condutor da pele do paciente com álcool a 70%;
*Anotar no início do papel de registro do ECG o nome, idade, data e hora do procedimento e profissional responsável.
20) Defina aterosclerose e quais as causas.
Acúmulo anormal de gordura, e de tecido fibroso na parede vascular. As causas incluem alterações no metabolismo lipídico, na coagulação sanguínea e nas propriedades biofísica e bioquímica das paredes arteriais. Esse depósito de gordura interfere na absorção dos nutrientes pelas células endoteliais além de obstruírem o fluxo sanguíneo, por se protraírem para dentro da luz do vaso. Nos vasos onde o lúmen está reduzido e a parede áspera, existe uma grande tendência à formação de coágulos. Coagulação intravascular seguida da doença tromboembólica - complicação da aterosclerose.
21) O que é isquemia?
É uma irrigação insuficiente, progressiva, chegando a obstrução do fluxo sanguíneo. Dor torácica recorrente: angina/dor anginosa (reversível).IAM: ocorre alteração no ECG, arritmias e morte súbita.
22) Quais fatores de risco e prevenção das cardiopatas coronariana?
☆ Reversível: é aquela sobre qual o indivíduo exerce controle, alterando o estilo de vida. (Tabagismo, hipertensão, hiperlipidemia:aumento da gordura, hiperglicemia, estresse).
☆Irreversível: é uma consequência genética sobre qual o paciente não tem controle. (Idade, sexo, raça).
Prevenção primária: medidas implementadas antes do desenvolvimento dos sintomas.
Prevenção secundária: medidas para reduzir a progressão ou evitar a recorrência.
23) O que é angina? Quais as manifestações clinicas?
Síndrome clínica caracterizada por episódios de dor ou pressão na região anterior do tórax. Geralmente causada pela doença aterosclerótica que resulta num fluxo coronariana insuficiente para satisfazer a demanda miocárdica. Fatores associados: esforço físico, exposição ao frio, refeição copiosa ou pesada, estresse. Manifestações clínicas: dor retroesternal constritiva, com ou sem irradiação para pescoço, mandíbula, dorso do tórax braço esquerdo. Sensação de pressão no peito; Dor precipitada pelo esforço, emoções e outros (aliviada pelo repouso e nitratos); É comum associar-se a ansiedade, angústia e temor da morte iminente.
24) O que é síndrome coronariana aguda?
Dor precordial em aperto, peso, pressão ou desconforto torácico; Duradoura (>20), irradiação para MSE, pescoço ou mandíbula; Pode aliviar ou não com nitrato. Típicos: sudorese, vômitos, dispnéia, dor epigástrica.
25) O que é IAM? Causas? Fatores de risco?
Células cardíacas destruídas, causada por um fluxo sanguíneo reduzido em uma artéria coronária devido à aterosclerose e oclusão de uma artéria por um êmbolo ou trombo. Privação de O2 celular - isquemia - lesão celular - morte celular. Causas: aterosclerose, trombose, estenose ou espasmo da artéria coronária. Maior incidência nos homens e mulheres que fumam e no período pós menopausa. Fatores de risco: envelhecimento, DM, colesterol alto por ingestão excessiva de gordura, hipertensão, obesidade, sedentarismo, tabagismo.
26) Quais são os tipos de lesão de IAM? (alterações no ECG)
Isquemia: inversão da onda T (devido a escolarização alterada); lesão (injúria): supradesnivelamento do segmento ST (lesão muscular); infarto: presença de onda Q (ausência de corrente de despolarização a partir do tecido morto e correntes opostas a partir de outros pontos do coração).
27) Manifestações clínicas do IAM.
*cardiovasculares: dor subesternal constritiva ou compressiva podendo persistir por 12horas ou +, pode irradiar para o MSE, para o maxilar, pescoço e para os omoplatas, distensão jugular, hipertensão, choque cardiogênico iminente, F.A (fibrilação Atrial), alteração no ECG, taquicardia, bradicardia.
*respiratórias: dispnéia falta de ar, taquipnéia, estertores, edema pulmonar.
*gastrointestinais: náuseas e vômitos.
*cutâneos: palidez, pele fria e pegajosa, sudorese e edema.
*neurológicos: ansiedade, inquietação, torneira, cefaléia, alterações no nível de consciência.
Exames diagnósticos: Eletrocardiograma, exames laboratoriais para estudos enzimáticas seriados:marcadores cardíacos: troponina, CKMB. Ecocardiografia.
28) Tratamento de IAM.
Tem como o objetivo aliviar a dor, estabilizar o ritmo cardíaco e reduzir a sobrecarga cardíaca. Trombolíticos:AAS-anticoagulante(previneba trombose venosa). Morfina.
*Beta-bloqueador: diminui o consumo de O2 pela célula do miocárdio; antiarrítmico; vasodilatador coronariano; hipotensor arterial.
*Anti-agregante planetário: heparina- diminui o espasmo coronariano; diminui a evidência de oclusão coronariana.
*Nitrato (Isordil e Nitroglicerina): aumento o fluxo coronariano; aumenta a oferta de O2- cessa o espasmo coronariano; diminui o retorno venoso. 
*Alteplase: critérios de reperfusão; clínica (redução ou desaparecimento abrupto da dor precordial); ECG (normalização ou diminuição precoce do supradesnivelamento do segmento ST); sinal indicativo de reoclusão (súbita piora da dor não aliviada por vasodilatadores. A reoclusão precoce ocorre em 10 a 20% dos casos).
29) Quais complicações de IAM? Qual diagnóstico de enfermagem? 5 intervenções?
Angina após infarto; arritmias (+ frequente); insuficiência cardíaca; pericardite (entre o 2 e o 4 dia após IAM). Perfusão tissular prejudicada, dor aguda relacionada com isquemia dos tecidos, risco para lesão relacionada com as complicações do IAM. Fazer ECG nos primeiros 10min. e após, de 15 em 15 minutos na primeira hora; monitorização cardíaca contínua; manutenção do acesso venoso periférico; administrar analgésicos para alívio da dor, quando prescrito; planejar e orientar um programa de autocuidado para o paciente com IAM após alta hospitalar.
30) Sobre o sistema respiratório, o que é asma?
Afecção caracterizada por episódios de broncoconstrição, associada à contração da musculatura lisa das paredes brônquicas, geralmente provocada por um aumento da sensibilidade a fatores específicos, ocasionando o estreitamento das vias áreas e reduzindo, assim, o fluxo de entrada de ar nos pulmões. Obstrução reversível e episódica das vias respiratórias decorrente de broncoespasmo, aumento da secreção de muco e edema da mucosa.
31) Qual a fisiopatologia da asma? 5 fatores de risco?
Contração intensiva das vias respiratórias; reação inflamatória excessiva na traquéia e nos brônquios; liberação de IgE; espasmos episódios da musculatura lisa; dispnéia, redução do ar expirado, atelectasia, broncoconstrição e edema. Exercícios; fator endócrino; clima e poluição; fumaça e odores; resfriados e virose.
32) Qual o quadro clínico da asma? Quais complicações? 
Crises de broncoespasmo, com dispnéia; sibilos inspiratórios e expiratórios; fase expiratória prolongada; murmúrios vesiculares diminuídos; diaforese; taquicardia, taquipnéia, hipertensão, sistólica leve. Cianose; insuficiência respiratória aguda; óbito.
33) Qual diagnóstico e tratamento da asma?
Histórico completo; exame físico (ausculta); hemograma; testes alérgicos; exames radiográficos; gasometria arterial, função pulmonar. Beta-agonistas: estimulam a broncodilatação.ex: salbutamol; anticolinérgicos-parassimpáticos.ex: ipratrópio; corticoesteróides:reação do processo inflamatório.ex:hidrocortisona. Inibidores de mastócitos:reduzem os efeitos da histamina. Broncodilatadores: relaxam a musculatura: Fenoterol X Berotec; Ipratrópio X Atrovent; Salbutamol: Aerolin. Corticóides: reduzem o processo inflamatório nas VAS, reduzindo a irritabilidade do paciente: beclometasona, budesonida, hidrocortisona. Hidratação venosa: para fluidificação, O2 em baixo fluxo, posição de Fowler.
34) Qual a monitorização da asma?
SV; oximetria de pulso; balanço hídrico; sons respiratórios, nível de ansiedade.
35) O que é bronquite crônica? 
Processo inflamatório na mucosa brônquica, geralmente precedido por uma infecção viral ou bacteriana das VAS, pode ser causado por algum agente químico que penetra no pulmão, poeira, fumo ou tinta. Caracterizada por produção excessiva de muco traqueobrônquico (associada à tosse pelo menos 3 meses por um ano durante 2 anos).
36) Qual a fisiopatologia da bronquite crônica? Quais fatores de risco? 
Inflamação da árvore traqueobrônquica; hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas brônquicas, aumento da produção de muco, estenose das VR. Tabagismo; poluição ambiental; poeiras orgânicas e inorgânicas; genética.
37) Qual o quadro clínico da bronquite crônica? Complicações?
Taquipnéia; desconforto retroesternal; roncos, sibilos, estertores; dispnéia; edema plástico. Hipertensão pulmonar; hipertrofia ventricular direita; insuficiência respiratória aguda.
38) Qual os diagnósticos e tratamento da bronquite crônica? Monitorização? 
Anamnese: dispnéia ao esforço, tabagismo, tosse produtiva. Ausculta pulmonar (roncos); radiografia de tórax; cultura de muco; gasometria arterial. Antibiótico, broncodilatadores, corticosteróides, diuréticos, O2. SV; oximetria de pulso; balanço hídrico, produção de escarro, sons respiratórios, peso diário,edema.
39) O que é enfisema pulmonar?
Distensão anormal e permanente dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, com destruição dos septos alveolares. Comprometimento irreversível da função pulmonar, o fumo é a principal causa. 
40) Qual a fisiopatologia da enfisema pulmonar? Qual o quadro clínico?
Inflamação associada à liberação de enzimas proteolíticas de células pulmonares provoca o aumento irreversível e anormal dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, levando a destruição das paredes alveolares - diminuição da troca gasosa - hipoxemia - redução da eliminação de dióxido de carbono - hipercapnia - acidose respiratória. Dispnéia, tosse crônica, sibilos, tórax em barril, taquipnéia, infecções respiratórias.
41) Quais as complicações e o diagnóstico de enfisema pulmonar? Tratamento?
Infecções recorrentes das VR; cor pulmonale; úlcera péptica, pneumotórax espontâneo. Histórico completo; ausculta; hemograma; teste de função pulmonar; exames radiográficos; gasometria arterial.
Melhorar a qualidade de vida; melhorar a ventilação e diminuir o trabalho da respiração; prevenir e tratar infecções; broncodilatadores, antibioticoterapia, mucolíticos, corticosteróides, oxigênio.
42) O que é pneumotórax simples? Sintomas? Tratamento?
Causado pela presença de ar no espaço pleural. O ar no espaço pleural comprime o pulmão, que sofre colabamento e redução do volume de ar que pode ser ventilado, oxigenação e levado aos tecidos. Dispnéia, algia: cervical, escapular, abdome. Repouso, analgesia, toracotomia, colocação de dreno em selo d’água.
43) O que é pneumotórax hipertensivo?
É o volume de ar no espaço pleural que continua a aumentar e o pulmão do lado afetado sofre colabamento e o mediastino é empurrado para o lado oposto e ocorre compressão da veia cava inferior e redução do retorno venoso ao coração. O lado afetado fica com comprometimento respiratório e sofre choque hipovolêmico.
44) O que é Bronquiectasia?
Dilatação crônica dos brônquios e bronquíolos; decorrente de alterações associadas a lesão repetida das paredes brônquicas e depuração mucociliar anormal, acarretando uma ruptura do tecido de apoio adjacentes às VR; pode ser causada por aspiração repetida de suco gástrico ou por anomalias congênitas raras como a traqueomalácia.
45) Qual o quadro clínico e o tratamento da bronquiectasia?
Hemoptise; infecções respiratórias de repetição; tosse crônica com expectoração de escarro espesso e purulento em grande quantidade; baqueteamento digital; broncoscopia, radiografia e tomografia. Antibioticoterapia; drenagem postural; broncodilatadores.
46) O que é pneumonia? Quais as classificações? 
Inflamação do parênquima pulmonar causada por agente microbiana que pode ser: bactéria, mycobacterium, clamídia, micoplasma, fungo, parasitas e vírus. As pneumonias são classificadas como: pneumonia adquirida na comunidade; pneumonia adquirida no hospital; pneumonia no hospedeiro imunocomprometido; pneumonia por aspiração.
47) Quais fatores de risco e o quadro clínico da pneumonia? Qual a fisiopatologia?
Produção de muco em excesso ou obstrução brônquica que dificulte a drenagem normal do pulmão; imunossupressão; tabagismo; acamados; idade avançada; reflexo de tosse comprometido; hospitalizados em dieta 0; cirurgias (cânulas traquéia, sondas de suporte nutricional). Dispnéia, taquicardia, cianose labial, diaforese, ortopnéia, escarro purulento, perda de apetite. Reação inflamatória geralmente iniciada nos álveos, produzindo exsudato que compromete a difusão do O2 e do CO2; Leucócitos migram para interior dos alvéolos, preenchendo os espaços; As áreas do pulmão não são adequadamente ventiladas devido ao acumulo de secreções e ao edema da mucosa; Ocorre oclusão parcial dos brônquios e dos alvéolos, resultando em redução da pressão de O2 alveolar e em desequilíbrio da ventilação – perfusão na área afetada, resultando em hipoxemia.
48) Qual o tratamento e a prevenção da pneumonia? Quais os fatores de risco?
Antibióticos, nos casos de pneumonia bacteriana; nos casos graves internação na UTI; tratamento de suporte, nos casos de pneumonias virais; dieta apropriada para a idade; O2, se necessário; medicações para dor ou febre. 
49) Cite alguns cuidados de enfermagem, para cada diagnóstico de um paciente com pneumonia.
Eliminação traqueobrônquica ineficaz: Aumentar a ingestão hídrica; orientar o abandono do tabagismo; realizar drenagem postural; realizar nebulização com soro fisiológico.
Troca gasosa ineficaz:Cabeceira elevada a 45; administrar O2 em baixo fluxo; aspirar vias aéreas; instalar oximetria de pulso; realizar gasometria arterial.
Padrão respiratório ineficaz:Ensinar técnicas respiratórias (lábios entreabertos); orientar a alternar atividades com períodos de repouso; cabeceira elevada a 45.
Intolerância à atividade: Auxiliar o paciente no autocuidado; orientar repouso.
50) Sobre o sistema gastrointestinal, o que é acalasia?
É uma alteração neuromuscular hipertônica, causando dificuldade de passagem do alimento do esôfago para o estômago e podendo evoluir com dilatação do esôfago. Peristalse ausente ou ineficaz do esôfago distal e falha na abertura do esfíncter esofagiano, em resposta à deglutição. 
51) Quais manifestações clínicas e avaliação diagnóstica de acalasia? Qual o tratamento?
Disfagia, odinofagia, regurgitação alimentar, desconforto subesternal, pirose, perda ponderal. RX de tórax; endoscopia, manometria. Menor quantidade e velocidade de alimentação (associar líquidos), dilatação pneumática, esofagomiotomia.
52) Quais as complicações e diagnóstico de enfermagem para acalasia?
Desnutrição, pneumonia, esofagite, perfuração do esôfago. Nutrição alterada: menor que a demanda corporal, relacionadas à disfagia; dor aguda relacionada à pirose; disfagia: dificuldade de comer; odinofagia: dor durante a deglutição.
53) O que é divertículo esofagiano? Quais manifestações clínicas? Avaliação diagnóstica? Quais as Complicações?
É uma bolsa mucosa epitelizada que faz proteção do lúmen esofagiano, é uma projeção da parede esofágica, secundária a um processo obstrutivo ou inflamatório. Disfagia, desconforto na garganta, sensação de plenitude no pescoço, regurgitação de alimento não deglutido, eructação, tosse, halitose e perda ponderal. Esofagografia contrastada com bário de delineia e divertículo, endoscopia (contraindicada em rupturas). Pneumonia aspirativa, desnutrição e abscesso pulmonar.
54) O que hérnia de hiato? Quais as causas? Fatores de risco? Quais as manifestações clínicas? Complicações? E tratamento?
Caracterizada pelo alongamento do hiato esofagiano e a protrusão de uma porção do estômago através do diagrama para interior da cavidade torácica, causada pelo enfraquecimento muscular devido à envelhecimento, carcinoma de esôfago, traumatismos de esôfago ou após procedimentos cirúrgicos. Obesidade, gestação, trauma. Pirose, disfagia, regurgitação, dor torácica. Broncoaspiração, ulceração, hemorragia, gastrite, avaliação diagnóstica: RX e exames endoscópicos. Alterações de hábitos alimentares, evitar deitar após refeições, terapia com antiácidos, reparo cirúrgico.
55) O que é gastrite? Defina gastrite aguda, e suas manifestações clínicas? 
Inflamação da mucosa gástrica. Com duração de várias horas ou dias, geralmente de natureza transitória, causada por imprudências nutricionais, álcool, tabagismo, estresse intenso. Desconforto abdominal, cefaléia, desânimo, náuseas, anorexia,vômitos e soluços. 
56) Defina gastrite crônica. Quais as manifestações clínicas? Complicações? Diagnóstico? Tratamento? Fatores de risco? 
Exposição repetida aos agentes irritantes ao episódios recorrentes da gastrite aguda. Anorexia, pirose, eructação, halitose, náuseas, vômitos e perda ponderal. Hemorragia, CA. Dieta não irritante, hidratação, alimentação parenteral, medicamentos. H.pylori, dieta, abuso de cafeína, medicamentos, álcool, tabagismo…
57) Quais diagnósticos de enfermagem para pacientes com gastrite, e quais as intervenções?
Ansiedade relacionada com o tratamento; doraguda relacionada com a mucosa gástrica irritada; nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais, relacionada à ingestão inadequada de nutrientes.
Ansiedade reduzida; prevenção contra alimentos irritantes; ingesta adequada de nutrientes; manutenção do equilíbrio hídrico; alívio da dor; consciência aumentada do tratamento nutricional. 
58) O que é úlcera péptica? Causas? Fatores de risco? 
São aquelas causadas pela ação do suco gástrico na parede do duodeno, estômago ou esôfago, por excesso de produção de suco gástrico ou por déficit na produção de muco protetor. As causas são: abuso de anti inflamatórios, e infecção pelo H.pylori. Medicamentos, história familiar, tabagismo, estresse, álcool, DPOC, IRC.
59) Quais as manifestações clínicas, complicações, avaliação diagnóstica e o tratamento da úlcera péptica? Qual a alerta de enfermagem?
Dor abdominal, desconforto no QSD, pirose, vômitos, anorexia, perda ponderal, constipação, hematêmese ou melena, anemia, podendo haver diarréia. Hemorragia intensa, perfuração, obstrução por edema ou cicatrizes. Exame físico, endoscopia, biópsia. Irradiar o H.pylori, alívio da dor e tratar a acidez gástrica (incluem, medicamentos antiácidos, alteração no estilo de vida, reeducação alimentar ou ato cirúrgico). Geralmente a dor é aliviada após alimentação, porém retorna 2-3 horas após, dor intensa súbita no mesogastrico, irradiando para o ombro direito (pode indicar perfuração da úlcera).
60) Quais diagnósticos de enfermagem para pacientes com úlcera péptica?
Dor aguda relacionada com à erosão da mucosa ou perfuração; déficit de volume relacionado com a hemorragia; déficit de conhecimento relacionado ao tratamento farmacológico e a doença; Ansiedade relacionada ao processo patológico; nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais relacionada ao processo patológico da úlcera.
61) Sobre os distúrbios intestinais inflamatórios agudo, defina peritonite. Quais as manifestações clínicas, e complicação da doença? 
Inflamação do peritônio resulta de infecção bacteriana pode ser causada por fontes externas (acidentes ou traumas), causa extravasamento dos conteúdos dos órgãos abdominais na cavidade abdominal. Dor difusa, localizada e agrava ao movimento, a musculatura apresenta-se rígida, peristalse diminuída, náuseas e vômitos, aumento da temperatura e da FC, leucocitose (quase sempre). Sepse.
62) Cite o tratamento e os cuidados de enfermagem para pacientes com peritonite.
Hidratação, analgesia, antieméticos, sondagem e sucção intestinal, oxigenioterapia, antibioticoterapia. Avaliação da dor, caracterização da dor, colocar o paciente de lado com joelhos flexionados (diminui a tensão nos órgãos), cuidados com drenos.
63) O que é apendicite? Quais manifestações clínicas? Diagnósticos? Complicações? Tratamento? Cuidados de enfermagem?
Inflamação do apêndice. Algia, febre baixa, perda de apetite, sensibilidade no ponto de McBurney quando é aplicada uma pressão, sensibilidade de rechaço pode estar presente (dor quando a pressão é aliviada). Exame físico, testes laboratoriais, leucocitose e RX. Perfuração - peritonite. Cirúrgico, antibioticoterapia, hidratação e analgesia. Aliviar a dor, reduzir a ansiedade, preparar para cirurgia, colocar o paciente em semi-Fowler: reduzir a tensão sobre a incisão e órgãos abdominais - diminuição da dor.
64) O que é doença diverticular? Manifestações clínicas? Diagnóstico? 
Retenção de alimentos e de bactérias em um divertículo produz infecção e Inflamação, podendo impedir a drenagem e levar à perfuração ou à formação de abscesso. Dor abdominal, diarréia, perda de peso, nutrição inadequada, anemia secundária, febre e leucocitose. RX com contraste, exame de fezes, hemograma completo, níveis de albumina e proteínas.
65) O que é colite? Quais manifestações clínicas? Diagnóstico? Tratamento? 
Doença inflamatória e ulcerativa da camada mucosa do cólon e reto. Diarréia, dor abdominal, tenesmo intermitente, sangramento retal, anorexia, perda de peso, febre, vômito, desidratação, cólica, urgência para evacuar. Exame de fezes, testes laboratoriais, sigmoidoscopia, enema de bário. Redução da inflamação, supressão de respostas imunes inadequadas e a provisão de repouso para edema intestinal; líquidos orais, dieta com pouco resíduo, maior aporte de proteína e caloria, terapia suplementar e reposição de ferro para atender as necessidades nutricionais, sedativos, medicamentos antidiarréicos, corticosteróides, imunossupressores e psicoterapia.
66) Quais as funções do fígado? 
Secretar a bile (para emulsificar as gorduras ingeridas); Remover moléculas de glicose no sangue; armazenar ferro e vitaminas em suas células; metabolizar lipídeos; sintetizar proteínas de fatores imunológicos e de coagulação e de substancias transportadoras de oxigênio e gorduras; degradar o álcool e outras substâncias tóxicas, desintoxicando o organismo; destruir hemácias velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina.

Continue navegando