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Os Dez Estágios da Carreira

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Estágios da Carreira 
 Do ponto de vista individual, a carreira consiste em unidades significativas ou 
estágios que são reconhecidos pelas pessoas e pela sociedade, requerendo um espaço de 
tempo para cada unidade ou estágio que varia de acordo com a ocupação e com o 
indivíduo. Schein (1993) propõe dez estágios apresentados a seguir: 
Estágio 1: Crescimento, fantasia e exploração – este período é usualmente associado à 
criança e ao início da adolescência; a ocupação é um pensamento e a carreira tem pouco 
significado, exceto em termos de estereótipo e objetivos de “sucesso”. 
Estágio 2: Educação e treinamento – dependendo da profissão, este processo pode ser 
mais ou menos elaborado, desde alguns meses até muitos anos de preparação. Existem 
muitos pontos de mudança durante esse estágio até que os objetivos ocupacionais se 
tornem claros. 
Estágio 3: Entrada no mundo de trabalho – para a maioria das pessoas, dependendo 
do seu nível de preparação, este é o momento de maior ajustamento entre o que foi 
aprendido sobre a realidade do trabalho e suas próprias reações. A aprendizagem 
pessoal começa nesse período, no qual se desenvolve o conceito pessoal da ocupação 
que envolve as incumbências da carreira com os talentos, as motivações e os valores 
pessoais. 
Estágio 4: Treinamento básico e socialização – a duração e a intensidade desse 
período variam, conforme a ocupação, a organização, a complexidade do trabalho e o 
grau de responsabilidade que a sociedade espera da ocupação. Quanto maior o grau de 
responsabilidade da ocupação maior e mais intenso será o período de socialização. Esse 
estágio é a maior fonte de aprendizagem pessoal porque a organização agora começa a 
fazer solicitações as quais o indivíduo pode responder. 
Estágio 5: Reconhecimento com membro – após a passagem por alguns rituais ou 
tarefas a pessoa passa por um estágio no qual é aceita como colaborador integral (full 
contributor). Neste estágio aparece uma imagem de si significativa e aceita como 
membro de uma ocupação ou organização. Motivos e valores começam a ficar claros, 
assim como a pessoa passa a ter um reconhecimento de seus talentos, forças e fraquezas. 
Estágio 6: Reconhecimento de estabilidade e membro permanente – durante os 5 a 
10 primeiros anos da carreira a maioria das ocupações e organizações determina as 
possibilidades de estabilidade, a fim de que a pessoa possa prever em que medida ela 
poderá alcançar a estabilidade a longo prazo. A estabilidade existe à medida que o 
trabalho continua existindo. 
Estágio 7: Crise do meio da carreira, reafirmação – ainda não está claro se este 
período é uma crise ou um estágio; existe uma evidência de que a maioria das pessoas 
busca uma reafirmação de si mesma quando está bem na carreira, questionando-se sobre 
suas escolhas iniciais (“Entrei na carreira certa?”) ou sobre o nível alcançado 
(“Realizei tudo que eu gostaria de ver realizado?”) ou sobre o seu futuro (“Devo 
continuar ou mudar?”). Essa reafirmação pode ser traumática, mas a maioria das 
pessoas acredita que é normal e relativamente sem sofrimento. Muitos acabam 
concluindo: “Finalmente eu estou fazendo mais do que eu realmente penso em fazer em 
minha vida!”. 
Estágio 8: Manutenção do status, com vantagem ou descrédito – os insights obtidos 
da fase de reafirmação resultam em decisões sobre como deve ser encaminhado o 
restante da carreira. Cada pessoa, neste estágio, desenvolve uma solução pessoal que vai 
guiá-la nos próximos passos. Para algumas é a determinação de subir o mais rápido 
possível, para outras é redefinir a área de trabalho na qual deseja continuar e, para 
outras, ainda, é um processo complexo de reafirmação, de como equilibrar as 
solicitações do trabalho, da família e a vida pessoal. 
Estágio 9: Desligamento – inevitavelmente a pessoa declina, começa a se mostrar 
menos envolvida e a pensar na aposentadoria e a se preparar para este estágio. 
Estágio 10: Aposentadoria – é necessário saber se o indivíduo está ou não preparado 
para a aposentadoria. Há um momento em que inevitavelmente a ocupação na empresa 
passa a ter um papel significativamente diferente. O indivíduo deve se ajustar. O que 
acontece com a imagem de si mesmo neste estágio varia de pessoa para pessoa. Alguns 
se aposentam mais cedo porque a carreira incentiva isso ou porque querem desenvolver 
outras habilidades e valores numa segunda carreira. Para alguns a aposentadoria é 
traumática, resultando na perda da saúde física e psicológica, chegando até a morte 
prematura. 
(Trecho extraído do texto “O planejamento de carreira”. In.: Dias, Maria Sara de Lima; 
Soares, Dulce Helena Penna. Planejamento de carreira: uma orientação para 
estudantes universitários. 1ª edição. São Paulo: Vetor, 2009, cap.7) 
Giulia Berbel

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