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 
Trato digestório, TGI (tubo muscular) + Órgãos acessórios anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 metros Água, enzimas, soluções-tampão 
 
 
 
 
 
 REGIÕES ABDOMINAIS 
 
 
CAVIDADE PERITONEAL E PERITÔNIO 
Peritônio visceral + peritônio parietal = cavidade peritoneal (contém 
líquido seroso que permite o deslizamento das vísceras) 
 
MESENTÉRIOS 
É uma dupla camada de peritônio, mantêm os órgãos em suas 
posições, armazenam gordura e servem de rota para vasos e nervos 
chegarem aos órgãos na cavidade peritoneal. Alguns são chamados de 
ligamentos, mas sem relação com aqueles do sistema locomotor. 
Órgãos peritoneais e seus mesentérios: fígado (ligamento falciforme 
e omento menor), estômago (omento maior e menor), íleo e jejuno 
(mesentério próprio), colo transverso (mesocolo transverso) e colo sigmóide 
(mesocolo sigmóide). 
Cavidade oral 
Faringe 
Esôfago 
Estômago 
Intestino delgado (ID) 
Intestino grosso (IG) 
 
Dentes 
Língua 
Glândulas salivares 
Fígado 
Vesícula biliar 
Pâncreas 
 
Os mesentérios ventrais são ligamento falciforme (liga face anterior 
do fígado à parede anterior do abdômen e ao diafragma) e omento menor 
(vai do fígado á curvatura menor do estômago e início do duodeno). 
Os mesentérios dorsais são o omento maior (liga a curvatura maior 
à parede posterior do abdômen, sua margem esquerda é o ligamento gastro-
esplênico que se continua dorsalmente como ligamento esplenorrenal), o 
mesentério (sustenta as espirais do jejuno e do íleo), o mesocolo 
transverso e o mesocolo sigmóide. 
Os órgãos retroperitoneais, depois de bem desenvolvidos, não 
possuem mesentério e nem peritônio, tais como duodeno, colo ascendente, 
colo descendente, reto e pâncreas. 
 
PROCESSOS DIGESTÓRIOS 
São seis as funções desempenhadas pelo sistema digestório: 
Ingestão: captação do alimento pela boca 
Propulsão: movimento do alimento pelo TGI. Inclui deglutição 
(voluntária) e peristalse (involuntária, envolve contração e relaxamento para 
misturar e espremer o alimento) 
Decomposição mecânica: inclui mastigação, agitação do alimento no 
estômago e segmentação (constrições locais rítmicas do intestino) 
Digestão: etapas em que moléculas complexas são decompostas em 
elementos químicos básicos. 
Absorção: transporte dos produtos finais da digestão até os capilares 
sanguíneos e linfáticos. 
Defecação: eliminação dos não digeríveis em forma de fezes. 
 
1. Em que ponto do tubo digestório ocorre a propulsão? 
Ao longo de todo o TGI (da cavidade oral até o ânus), 
iniciando com a deglutição até a peristalse que se propaga ao 
longo de todo o tubo. 
 
2. Diferencie a cavidade abdominal e a cavidade peritoneal. 
Quais órgãos do sistema digestório estão situados na 
cavidade abdominal, mas não são intraperitoneais? A 
cavidade abdominal corresponde a toda região delimitada 
desde o diafragma ate os limites com a cavidade pélvica; a 
cavidade peritoneal corresponde ao espaço delimitado pelas 
lâminas serosas de peritônio visceral e parietal e ocupa a região 
abdominopélvica, porém nem toda a região abdominal é 
constituída de peritônio, tendo em vista que, boa parte do 
duodeno, o colo ascendente, o colo descendente, o reto e o 
pâncreas são retroperitoneais. 
 
3. Identifique todos os mesentérios que conectam cada órgão 
mencionado. Para cada um deles, afirme se é um 
mesentério dorsal ou um mesentério ventral. 
(a)Fígado: ligamento falciforme e omento menor – 
mesentérios ventrais, (b) Estômago: omento menor – 
mesentério ventral e omento maior – mesentério dorsal, 
(c) Colo sigmoide: mesocolo sigmóide – mesentério dorsal. 
 
4. A lesão no baço ou fígado pode provocar sangramento 
interno profuso. Onde se acumularia o sangue de uma lesão 
como essa? Acumular-se-ia na cavidade peritoneal e causaria 
uma peritonite necessitando, assim, de uma drenagem 
abdominal. 
 
 
 
 
HISTOLOGIA 
 As paredes do TGI, desde o esôfago até o canal anal, têm as mesmas 
quatro camadas de tecido. A partir da luz, essas camadas são: mucosa, 
submucosa, muscular e serosa/adventícia. 
 Mucosa 
Mais interna, mais complexa, contém três subcamadas: epitélio de 
revestimento, lâmina própria e muscular da mucosa. 
O epitélio reveste a luz do tubo e participa nos processos de 
digestão, absorção e secreção de muco, sendo contínuo com ductos e células 
secretoras intrínsecas. 
A lâmina própria possui fibras reticulares, nutre o epitélio e 
absorve os nutrientes digeridos. Contém o MALT (tecido linfático 
associado à mucosa), o qual defende contra a invasão de microorganismos. 
A muscular da mucosa, também conhecida como camada muscular 
interna, é composta por músculo liso que produz movimentos à mucosa. 
 
 Submucosa 
Tecido conjuntivo (meio frouxo, meio denso irregular) que reveste a 
mucosa e alberga vasos sanguíneos (emite ramos para todas as outras 
camadas) e linfáticos, além de fibras nervosas. Possui muitas fibras elásticas 
que permitem a distensão do TGI à passagem de alimento. 
 
 Muscular 
Também conhecida como camada muscular externa é composta por 
duas camadas de músculo liso: camada circular interna (comprime o tubo - 
segmentação) e camada longitudinal (encurta o tubo - peristaltismo). A 
camada circular pode se tornar espessa em alguns locais, o que forma 
esfíncteres (válvulas que impedem o refluxo de alimento de um órgão a 
outro). 
 
 Serosa 
É também o peritônio visceral, constituída por epitélio pavimentoso 
simples (mesotélio) sustentado por uma fina camada de tecido conjuntivo 
frouxo. Partes do TGI que não estão associadas à cavidade peritoneal, 
possuem adventícia (tecido conjuntivo fibroso comum), como a porção 
torácica do esôfago. Órgãos retroperitoneais possuem serosa (parte anterior 
– cavidade peritoneal) e adventícia (parte posterior – adesão à parede 
abdominal). 
 
 
MÚSCULO LISO 
Nas paredes das vísceras ocas, as fibras musculares lisas estão 
dispostas em ângulos retos, pois são organizadas em duas lâminas: camada 
longitudinal (mais externa) e camada circular (mais interna). A camada 
circular constringe o órgão oco e a cama longitudinal diminui seu 
comprimento e aumenta a luz; elas geram ondas de contração que impelem 
o alimento pelo peristaltismo. Apenas algumas fibras são inervadas e o 
estímulo se propaga através de junções comunicantes entre as fibras 
adjacentes. 
O sistema nervoso entérico controla o musculo liso e as glândulas 
secretoras do TGI e está situado inteiramente dentro da parede do tubo, 
podendo atuar de forma “independente” ao SNC. Lá, eles formam arcos 
reflexos de neurônios sensitivos, interneurônios e neurônios motores que 
controlam a resposta do TGI ao conteúdo da luz intestinal. Os neurônios 
entéricos estão situados em dois plexos viscerais: o plexo mioentérico 
controla a segmentação e o peristaltismo e está entre a camada circular e a 
longitudinal; o plexo submucoso determina a secreção de glândulas na 
mucosa e a contração muscular da mucosa e está na submucosa. 
 
1. Cite os nomes das três subcamadas da mucosa. Qual 
subcamada forma as glândulas intrínsecas que produzem 
as secreções digestórias? Epitélio, lâmina própria e muscular 
da mucosa. O epitélio forma as glândulas intrínsecas. 
 
2. Cite o nome da camada de tecido do tubo digestório 
responsável pelo peristaltismo e pela segmentação. Camada 
muscular externa composta cor camada circular e camada 
longitudinal. 
 
 
3. Cite as diferenças entreo músculo liso e o músculo 
esquelético, observando as diferenças no formato da célula, 
número e localização dos núcleos em cada célula, presença 
ou ausência de estrias, inervação, estímulo de contração e 
resistência à fadiga. 
Músculo liso: célula fusiforme, mais numerosas, núcleo 
centralizado, sem estrias, inervação própria e mais resistente à 
fadiga. (tem outras coisas a acrescentar, mas acredito que não 
seja o foco nesse módulo rsrs). 
 
 
BOCA E ÓRGÃOS ANEXOS 
 Boca 
A boca ou cavidade oral é delimitada: pelos lábios (anteriormente), 
pelas bochechas (lateralmente), pelo palato (superiormente) e pela língua 
(inferiormente). A abertura anterior é a rima da boca e a posterior se 
limita ás fauces da parte oral da faringe. É dividida em cavidade própria 
da boca (interna em relação aos dentes) e vestíbulo da boca (fenda entre 
os dentes e as bochechas ou lábios). 
HISTOLOGIA DA BOCA: mucosa com epitélio e lâmina própria, 
revestida por epitélio pavimentoso estratificado que a protege contra 
abrasão. Na língua, palato, lábios e gengivas existe uma leve 
queratinização. 
LÁBIOS E BOCHECHAS: formados, respectivamente, em sua maioria, 
pelo músculo orbicular da boca e músculos bucinadores. Os lábios se 
estendem do limite inferior do nariz até o limite superior do queixo. A 
zona vermelha do lábio é uma região de transição entre a pele 
queratinizada e a mucosa oral. O frênulo do lábio é uma prega mediana 
que liga cada face interna dos lábios com a gengiva correspondente. 
PALATO: forma o teto da boa, possui duas partes distintas: palato duro, 
anteriormente, e palato mole, posteriormente. O palato duro, ósseo, é uma 
superfície rígida, sobre a qual a língua empurra o alimento durante a 
mastigação. O palato mole, muscular, fecha a parte oral da faringe durante 
a deglutição, separando a cavidade nasal da oral. A úvula é a porção final 
do palato mole, inferiormente, e lateralmente fixa-se à língua pelos arcos 
palatoglossos e à parede da parte oral da faringe pelos arcos 
palatofaríngeos; todos esses arcos formam os limites das fauces que são 
áreas arqueadas da parte oral da faringe que abrigam as tonsilas palatinas. 
 
 
 Língua 
Forma o assoalho da boca, é composta por fibras musculares intrínsecas 
e extrínsecas. Os músculos intrínsecos não se ligam a ossos e estão 
confinados na língua, os quais mudam sua forma. Já os músculos 
extrínsecos se estendem até a língua a partir de ossos do crânio e do osso 
hióide, os quais mudam sua posição. A língua possui um septo mediano 
composto por tecido conjuntivo fibroso, no qual se prendem os músculos 
intrínsecos. O frênulo da língua é uma prega de mucosa na face inferior da 
língua que limita seus movimentos de retração. 
O dorso da língua é coberto por três tipos de projeções cilíndricas: 
papilas filiformes, fungiformes e circunvaladas. As papilas filiformes são 
cônicas, pontiagudas, queratinizadas e são mais numerosas (conferem a 
aspereza da língua), as papilas fungiformes parecem cogumelos, tem um 
cerne vascular que as deixam avermelhadas, são menos numerosas e 
possuem botão ou calículo gustativo no seu ápice e as papilas 
circunvaladas estão entre 10 e 12 em número e formam um grande V 
anteriormente a um sulco terminal, delimitando o terço posterior da língua 
o qual marca o limite entre a boca e a faringe, possuem botão gustatório 
em sua porção lateral. O terço posterior da língua, situado na parte oral da 
faringe, não e coberto por papilas, mas sim pelas tonsilas linguais. 
 
 
 Dentes 
Situam-se em alvéolos nas margens da mandíbula e da maxila cobertas 
por gengiva. 
Aos 21 anos, a dentição decídua é substituída pela dentição 
permanente. São 20 dentes decíduos e 32 permanentes. 
São classificados de acordo com a função em incisivos (cortam), 
caninos (perfuram), pré-molares e molares (trituram). 
ESTRUTURA: duas regiões principais: uma coroa exposta e raízes no 
alvéolo, as quais se encontram no colo, perto da linha da gengiva. A 
superfície da coroa é coberta por esmalte (cristais de hidroxiapatita 
densamente compactados); logo abaixo, está a dentina (contém 
componentes minerais e colágenos). A cavidade pulpar está no centro do 
dente e é preenchida com polpa dentária, a qual contém vasos e nervos, 
produz sensibilidade e nutre as partes duras. A parte da cavidade pulpar na 
raiz é o canal da raiz do dente e a sua abertura no ápice de cada raiz 
constitui o forame do ápice do dente. A superfície externa da raiz é 
coberta por cemento, o qual conecta o dente ao periodonto, o que conecta 
o dente ao alvéolo, sendo, portanto, contínuo com a gengiva. 
 
 Glândulas salivares 
Produzem a saliva (complexo de água, íons, muco e enzimas), a qual 
umedece a boca, dissolve substâncias químicas, molha e compacta o 
alimento como um bolo. Possui amilases e lipases que iniciam a digestão 
química. Ela também possui tampão bicarbonato, enzimas bactericidas, 
antivirais, anticorpos e cianeto que auxiliam na defesa. 
Todas são glândulas tubuloalveolares compostas. As intrínsecas 
(menores) estão na mucosa, no palato, nos lábios e nas bochechas e 
mantêm a boca úmida (contém células serumucosas). As extrínsecas 
(maiores) se ligam à língua por ductos e só liberam saliva antes ou durante 
uma refeição; são vistas aos pares: parótidas, submandibulares e 
sublinguais. 
A maior delas é a parótida, estimulada pelo nervo glossofaríngeo, cujo 
ducto segue paralelo ao arco zigomático, perfura o músculo bucinador e se 
abre no vestíbulo da boca. Contêm apenas células serosas. 
A submandibular está ao longo da face medial do corpo da mandíbula, 
seu ducto se abre no assoalho da boca, lateral ao frênulo da língua, e é 
inervada pelo nervo facial. Contêm células serumucosas. 
A sublingual está no assoalho da cavidade oral, seus ductos estão 
imediatamente superiores a ela e é inervada pelo nervo facial. Contêm 
principalmente células mucosas. 
 
FARINGE 
A partir da boca, o alimento passa para a orofaringe e depois para a 
laringofaringe, ambas sendo passagem para alimentos, líquidos e ar. 
O processo de deglutição ocorre em etapas: 
1) Os músculos supra-hióideos levantam a laringe e colocam-na abaixo 
da epiglote, fechando o caminho para os pulmões. 
2) Os três músculos da faringe (superior-médio-inferior, constritores, 
músculos esqueléticos) contraem no sentido craniocaudal e impelem 
o bolo para o esôfago. 
3) Os músculos infra-hióideos puxam o osso hióide e a laringe para 
baixo, devolvendo-os ás suas posições originais. 
1. Que tipo de epitélio forma a mucosa que reveste a cavidade oral 
e a faringe? Epitélio estratificado pavimentoso 
 
2. Cite os nomes das três principais glândulas salivares. Sobre 
quais moléculas de nutrientes as enzimas na saliva agem? 
Parótidas, submandibulares e sublinguais. As enzimas agem 
principalmente sobre carboidratos e lipídios. 
 
3. Qual nervo craniano supre os dentes? Quais ramos destinam-se, 
respectivamente, aos dentes da maxila e da mandíbula? Nervo 
trigêmeo; nervos alveolares superiores e inferiores, ramos do nervo 
maxilar e mandibular do trigêmeo, respectivamente. 
 
 
 
 
 
ESÔFAGO 
É um tubo muscular com luz colapsada quando está vazio. Inicia 
como continuação da faringe, passa para o abdômen pelo hiato esofágico 
e termina pouco depois de entrar na cavidade abdominal, quando se une 
ao estomago no óstio cárdico, que se fecha evitando refluxos. 
Diferente da boca e da faringe, possui todas as quatro camadas do 
TGI. Seu epitélio é estratificado pavimentoso e na junção 
esofagogástrica muda abruptamente para o cilíndrico simples do 
estômago (próprio para a liberação de secreção).A submucosa possui 
glândulas mucosas que são comprimidas com a passagem do bolo 
alimentar e liberam seu conteúdo lubrificante. A camada muscular inicia 
com músculo esquelético que, progressivamente, se mistura com o liso 
até ser totalmente liso, músculo que compõe estômago e intestinos em 
sua integralidade. A camada mais externa é uma adventícia, pois o 
esôfago não está preso à cavidade peritoneal. 
 
ESTÔMAGO 
Parte mais larga do TGI, serve de reservatório temporário (por 4 
horas) e de processador do quimo. O estômago também inicia a digestão 
de proteínas liberando pepsina (condição ótima em acidez) e ácido 
clorídrico (destrói microorganismos). Ele também absorve água, 
eletrólitos, fármacos e álcool. 
Está situado nas regiões do hipocôndrio esquerdo, epigástrio e 
umbilical do abdômen; imediatamente inferior ao diafragma e anterior ao 
pâncreas e ao baço, sua porção superior e coberta pelo lado esquerdo do 
fígado. 
REGIÕES: a cárdia é uma zona em forma de anel que circunda o 
óstio cárdico (junção com o esôfago). O fundo é uma cúpula inferior ao 
diafragma. O corpo é a parte média e termina na parte pilórica (antro 
pilórico – mais largo- e canal pilórico – mais estreito), que por sua vez, 
termina no piloro (músculo esfíncter do piloro). A superfície esquerda 
convexa é a curvatura maior (omento maior) e a superfície direita 
côncava é a curvatura menor (omento menor). Sua capacidade varia 
entre 1,5 e 4 litros. A superfície interna do estômago vazio é cheia de 
pregas gástricas. 
A camada muscular contém uma camada adicional de músculo liso, 
mais interna que a circular e a longitudinal (quebram e misturam o 
quimo), que segue com fibras oblíquas (empurram em direção ao 
duodeno). O músculo esfíncter pilórico é um espessamento da camada 
circular. 
 
 
 
O epitélio de revestimento é cilíndrico simples com células que 
secretam muco com bicarbonato. Sua superfície é coberta por fossetas 
gástricas (todas com epitélio cilíndrico simples) que se abrem nas 
glândulas tubulares gástricas, nas quais, as células de revestimento 
mudam conforme a região do estômago. 
Na cárdica e na pilórica, são células mucosas; no fundo e no corpo, 
são células mucosas do colo, células parietais (oxínticas) e células 
principais (zimogênicas). As células mucosas do corpo ocorrem na 
extremidade superior das glândulas gástricas, secretam um muco 
diferente do liberado pelas células de superfície; função desconhecida. 
As células parietais (oxínticas) ocorrem na porção intermediária da 
glândula e produzem o ácido clorídrico, bombeando íons cloro e 
hidrogênio na luz estomacal. Também secretam fator intrínseco, o qual 
ajuda na absorção de vitamina B12 (produção de eritrócitos). As células 
principais (zimogênicas) estão principalmente na porção basal da 
glândula, produzem e secretam pepsinogênio, que se ativa na acidez, e 
lipase gástrica. 
Há também a presença de células enteroendócrinas (região 
pilórica) que liberam o hormônio gastrina, o qual sinaliza para as células 
oxínticas a liberar HCl quando tem alimento no estômago; e as células 
tronco indiferenciadas que estão na junção entre fosseta e glândula 
gástrica, ficam renovando o epitélio de revestimento de 3 a 7 dias. 
 
1. Como o revestimento epitelial muda do esôfago para o 
estômago? O que se pode considerar exclusivo da muscular do 
estômago? Muda de um epitélio estratificado pavimentoso para um 
epitélio simples cilíndrico; a camada obliqua é exclusiva do 
estômago. 
 
2. Descreva a localização do estômago tomando como referência as 
nove regiões abdominais. Está localizado no hipocôndrio esquerdo, 
epigástrio e umbilical. 
 
3. O que as células zimogênicas produzem? O que as células 
oxínticas produzem? O que produzem as células superficiais que 
revestem o estômago? Zimogênicas produzem pepsinogênio e 
lipase gástricas; oxínticas produzem HCl; células superficiais 
produzem muco com bicarbonato. 
 
 
INTESTINO DELGADO 
Atuação enzimática é proveniente do pâncreas, passa por movimentos de 
segmentação ativa e o peristaltismo impele o quimo pelo ID entre 3 a 6 
horas. Inicia no óstio pilórico, no epigástrio, e termina na primeira parte do 
IG, na região ilíaca direita. 
Possui três divisões: duodeno (menor comprimento), jejuno e íleo 
(maior comprimento). Apesar do duodeno ser mais curto, tem a maior 
importância enzimática, pois nele desembocam ducto pancreático e ducto 
colédoco. Eles formam uma ampola hepatopancreática (bulbo na parede 
do duodeno – controlada por esfíncteres) que se abre numa saliência 
chamada papila maior do duodeno. 
Ele é altamente especializado para a absorção. Possui três modificações 
que auxiliam nessa função: pregas circulares, vilosidades e amplas 
microvilosidades. As pregas circulares são cristas transversas na mucosa e 
submucosa. Elas retardam o movimento do quimo e aumentam o tempo 
para a absorção. As vilosidades são projeções na mucosa. São cobertas por 
epitélio cilíndrico simples feito de células absortivas conhecidas como 
enterócitos. Dentro da lâmina própria de cada vilosidade, existe um cerne 
com vasos sanguíneos (drenam os nutrientes para a veia porta) e linfáticos 
(absorvem a gordura e drenam no sistema venoso próximo à veia 
braquiocefálica). A muscular da mucosa é mais espessa, permitindo que a 
vilosidade se mova durante a digestão, melhorando a absorção. Na 
superfície das vilosidades, existem microvilosidades, numerosas e 
alongadas. 
 
HISTOLOGIA: 
Camada Mucosa  As Células absortivas (enterócitos) contêm muitas 
mitocôndrias, forma os quilomícrons (complexos lipoproteicos) que entram 
nos capilares linfáticos. As Células caliciformes liberam muco que 
lubrifica o quimo e protege a parede do intestino. As células 
enteroendócrinas, presentes no duodeno, secretam hormônios que 
sinalizam para a vesícula biliar secretar a bile e para o pâncreas liberar 
enzimas e bicarbonato. Entre as vilosidades, a mucosa tem invaginações 
chamadas glândulas ou criptas intestinais que contêm células secretoras 
de suco intestinal. Além dessas, outras células podem ser encontradas, 
como: células epiteliais indiferenciadas que servem para renovar o epitélio 
intestinal e células de Paneth que são encontradas na base da glândula, 
secretam enzimas antibacterianas seletivas, pois determinam a flora 
intestinal, uma vez que ela produz vitamina K. Ao longo de todo o tecido 
intestinal, na camada mucosa, existem MALT; os nódulos linfáticos ou 
Placas de Peyer são encontrados na submucosa do íleo. 
Camada Submucosa  é tecido conjuntivo típico, mas apenas no 
duodeno, contém um conjunto de glândulas duodenais tubulares 
compostas, cujos ductos se abrem para as criptas intestinais. 
Camada Muscular e Serosa  comuns 
 
 
INTESTINO GROSSO 
Função principal: absorver água e eletrólitos. Peristalse é lenta e fraca, 
chamada de movimentos peristálticos de massa, que passam pelo colo para 
forçar as fezes em direção ao reto. Possui as seguintes subdivisões: ceco, 
apêndice vermiforme, colo, reto e canal anal. 
Ao longo de todo seu comprimento, exibe tênias do colo, saculações do 
colo e apêndices omentais do colo (epiplóico). As tênias do colo são fitas 
longitudinais, espessamentos da camada muscular longitudinal, mantém o 
tônus muscular e faz com que o IG fique franzido em saculações. Os 
apêndices omentais do colo são bolsas de gordura do peritônio visceral. 
CECO E APÊNDICE VERMIFORME: O IG começa no ceco, na face 
ilíaca direita, com a abertura do íleo para a parede medial do ceco no óstio 
ileal. Um esfíncter mantém o óstio fechado até que entre alimento no 
estômago e quando o ceco está cheio, ele é fechadoreflexivamente para não 
haver refluxo. O apêndice vermiforme se abre na parede posterior do ceco 
e tem grandes massas de tecido linfático na parede. 
COLO: a partir do ceco, o colo ascendente sobe ao longo do lado direito 
numa posição retroperitoneal até chegar ao rim direito, onde faz a flexura 
direita do colo ou flexura hepática. A partir de então, o colo transverso 
segue intraperitonealmente. Anteriormente ao baço, ele faz a flexura 
esquerda do colo ou flexura esplênica, descendo ao longo do lado 
esquerdo retroperitonealmente, chamado de colo descendente. 
Inferiormente, o colo se torna intraperitoneal e entra na pelve como colo 
sigmóide. 
RETO: se une ao colo sigmóide, retroperitoneal. Não possui tênias e sua 
camada muscular é completa e desenvolvida, realizando fortes contrações 
no momento da defecação. No seu interior, apresenta três pregas 
transversas do reto. 
CANAL ANAL: começa onde o reto atravessa o músculo levantador do 
ânus, que forma o assoalho da pelve. Internamente, apresenta pregas 
longitudinais, as colunas anais, que se juntam transversalmente na porção 
inferior pra formar as válvulas anais, cujos bolsos imediatamente 
superiores são os seios anais, que liberam muco quando em contato com as 
fezes. As válvula formam uma linha pectinada. A parede do canal anal 
contém dois músculos esfíncteres: externo (esquelético) e interno (liso). 
Durante a defecação, a musculatura do reto contrai para expelir as fezes, 
somado ao aumento da pressão intra-abdominal e à contração voluntária do 
músculo levantador do ânus. 
Na mucosa, as células caliciformes são mais abundantes e os colonócitos 
absorvem água e eletrólitos. A lâmina própria e a submucosa têm mais 
tecido linfático que qualquer outra parte do TGI. 
 
 
 
1. Qual é a expectativa de vida típica de uma célula epitelial do 
intestino? De que modo as células do epitélio são substituídas? 
3 a 6 dias, células indiferenciadas renovam o epitélio 
continuadamente. 
 
2. Mencione todas as partes do intestino grosso, começando pela 
sua junção com o íleo. Ceco (óstio ileal), flexura direita, colo 
transverso, flexura esquerda, colo descendente, reto, canal anal e 
ânus. 
 
3. Cite os nomes das estruturas internas da vilosidade que recebem 
os nutrientes absorvidos. Que tipos de nutrientes são absorvidos 
em cada estrutura? Cerne de vasos sanguíneos e linfáticos, os 
sanguíneos absorvem carboidratos e proteínas, enquanto os 
linfáticos absorvem gordura em quilomícrons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÍGADO 
Tem duas faces: diafragmática e a visceral. Maior parte é coberta por 
peritônio visceral, mas a parte superior é fundida ao diafragma e se chama 
área nua. 
Possui um lobo hepático direito e um esquerdo, divididos pelo 
ligamento falciforme (liga à parede anterior do abdômen) e pela fissura do 
ligamento redondo. Além disso, o lobo caudado e o lobo quadrado (partes 
do lobo esquerdo) são vistos do lado direito da fissura na face visceral. 
 
 
Possui um milhão de lóbulos, cada qual composto por muito 
hepatócitos que se enfileiram em direção a uma veia centrolobular . Em 
cada canto dos lóbulos existe uma tríade portal (arteríola hepática, vênula 
portal e um ducto colédoco), ou seja, sangue arterial e venoso é levado para 
o fígado. Entre as fileiras de hepatócitos existem capilares sinusóides, eles 
recebem sangue arterial e venoso, levam para o interior do lóbulo até chegar 
à veia centrolobular. A partir daí, drenam para veias interlobulares, que 
drenam para veias hepáticas e , por fim, para a veia cava inferior fora do 
fígado. Nas paredes dos sinusóides existem os macrófagos estrelados que 
eliminam microorganismos e hemácias defeituosas. 
Coletivamente os hepatócitos produzem de 500 ml a 1000 ml de bile 
por dia, a qual entra nos canalículos biliares, situados ao lado dos 
hepatócitos e conduzem a bile ate o ducto colédoco da tríade portal. 
 
 
 
 
VESÍCULA BILIAR 
Saco muscular com uma cabeça arredondada, o fundo. O ducto 
cístico se une ao ducto hepático comum e forma o ducto colédoco que 
desemboca no duodeno. Quando não há alimento, os esfíncteres no final do 
ducto colédoco e na ampola hepatopancreática estão contraídos e a 
produção continuada de bile pelo fígado é armazenada na vesícula biliar, 
mas quando alimento gorduroso chega ao duodeno, as células 
enteroendócrinas liberam colecistoquinina, a qual relaxa os esfíncteres e a 
bile é lançada. 
 
PÂNCREAS 
 É um órgão retroperitoneal, apresenta cabeça, corpo e cauda e situa-
se no epigástrio e hipocôndrio esquerdo. O ducto pancreático se estende por 
todo o órgão até se unir na ampola hepatopancreática com o ducto colédoco. 
O ducto pancreático acessório drena no principal ou no próprio duodeno. 
 
1. Cite os nomes dos vasos e ductos que passam pela porta 
hepática. Indique o que se encontra em cada estrutura e se o seu 
conteúdo segue para o fígado ou para fora do fígado. As arterias 
hepáticas direita e esquerda levam o sangue oxigenado para o 
figado, a veia porta carrega sangue rico em nutrientes para o figado, 
e os ductos hepaticos direito e esquerdo levam a bile para fora do 
figado. 
2. Trace o caminho do sangue drenado do trato digestório através 
de um lóbulo hepático. O percurso do sangue a partir do trato 
digestório através do lóbulo do figado ocorre como se segue: a partir 
da veia porta para as vênulas portais na tríade portal na periferia de 
um lóbulo do figado, através dos sinusóides do figado, que 
convergem para a veia central do lóbulo (centrolobular). 
3. Quais células no pâncreas produzem e secretam enzimas 
digestórias? Em que ponto do tubo digestório essas secreções são 
lançadas? As celulas acinares do pancreas produzem e secretam 
enzimas digestorias. Essas secrecoes sao lancadas no duodeno.

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