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Apostila de Direito do Trabalho II (1)

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1 
 
Direito do Trabalho 
Profº Adilson Sanchez 
 
PETIÇÃO INICIAL 
 É o ato introdutório do processo. 
 A lei que estrutura a reforma trabalhista (Lei nº 13.467/17) pontuou 
alterações pontuais no processo do trabalho, de modo que certos dispositivos 
maculam antigos elencados no artigo 319 do CPC ou do artigo 840 da CLT. 
 
(CPC) Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a 
existência de união estável, a profissão, o número de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro 
Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o 
domicílio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar 
a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de 
audiência de conciliação ou de mediação. 
§1º Caso não disponha das informações previstas 
no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao 
juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§2º A petição inicial não será indeferida se, a 
despeito da falta de informações a que se refere o inciso 
II, for possível a citação do réu. 
§3º A petição inicial não será indeferida pelo não 
atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a 
obtenção de tais informações tornar impossível ou 
excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
 
(CLT) Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou 
verbal. 
§1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a 
designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a 
quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do 
reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte 
o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante 
ou de seu representante. 
§2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, 
em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou 
secretário, observado, no que couber, o disposto no 
parágrafo anterior. 
2 
 
 Assim, analisados os dispositivos em sua originalidade, marcam-se aqui 
pontos prescritos pela nova lei: 
 O pedido deve ser certo e determinando (não pode ser vago ou 
inconclusivo) e deve constar junto ao respectivo valor da causa 
(independentemente do rito a ser adotado), sob pena de extinção da 
ação, ainda que seja possível aditar a petição inicial, aplicando-lhe 
supletivamente o CPC, em prazo de 15 dias. 
 De se referir que os prazos são contados em dias úteis e não mais 
corridos a partir da vigência da nova lei (11 de novembro). 
 Somente os pedidos ilíquidos não devem ter valor. 
 Haverá sucumbências no processo do trabalho, isto é, aquele que pediu 
e não saiu vencedor, pagará custas e honorários da parte contrária. 
 Oferecida a reclamação, o reclamante não poderá desistir da ação sem 
a concordância da parte contrária. 
 O preposto, aquele que representa a empresa, não precisa ser 
necessariamente empregado dela. 
 
AUDIÊNCIA 
 Espécies: 
o Inicial 
Se na audiência inicial o reclamante não comparece, há o 
arquivamento do processo. Com a reforma trabalhista, o 
reclamante também será condenado ao pagamento das custas, 
ainda que beneficiário da justiça gratuita1. 
Caso seja o reclamado que não apareça, lhe será aplicada a 
revelia (restrição ao de justiça) e confissão (presumida2). 
o Una 
Se na audiência una o reclamante ou o reclamado não aparece, 
aplicam os mesmos efeitos da audiência inicial. 
o Instrução 
Na audiência de instrução, se o reclamante não se faz presente, 
por já ter praticado o ato processual para se existir a ação, aplica-
se a confissão. Caso seja ausente o reclamado, também se aplica 
a pena de confissão3. 
o Julgamento 
Aqui, as partes não precisam comparecer, a não ser que o 
contrário será requerido pelo juiz. 
 
1
 A nova lei também aduz que o pagamento das custas é condição para entrar com nova ação, 
caso em que o seu valor será de 2% sobre o valor atribuído à causa. 
2
 Presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela parte contrária na petição inicial. 
3
 “I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não 
comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída 
nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta), não implicando 
cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. III- A vedação à produção de 
prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo 
magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.” 
 
3 
 
 
De se atentar, ao fim, que a revelia, segundo a nova lei, não produz os 
efeitos mencionados (fatos considerados verdadeiros) quando: 
 Havendo pluralidade de reclamados, um deles contestar o efeito, de 
maneira que a contestação de um aproveita a todos os outros. 
 Quando o litígio versar sobre direitos indisponíveis. 
 Petição inicial estiver desacompanhada de instrumento que a lei 
considere indispensável à prova do ato. 
 As alegações de fato formuladas pelos reclamantes forem inverossímeis 
ou estiverem em contradição com a prova dos autos. 
 
Atos da audiência 
 Pregão (chamamento das partes que serão qualificadas); 
 Qualificação das partes; 
 1ª tentativa conciliatória; 
 Apresentação da defesa 
 Oitiva das partes; 
 Oitiva das testemunhas; 
o Ordem de audição depende do ônus da prova 
 Encerrada a instrução; 
 Partes apresentam razões finais; 
 2ª tentativa conciliatória; 
 Julgamento. 
 
OBS: Se o juiz não checar esse trâmite, esse formalismo, a sentença será nula. 
OBS: A ata de audiência reflete o que nela ocorre (inclusive a temperatura). 
 
Defesa do réu 
 A defesa do reclamado pode ser direta ou indireta: 
 Contestação 
o Refere-se a uma defesa de mérito, na qual a parte se opõe ao 
que está aduzindo o reclamante. 
 Exceção 
o Aqui a defesa processual não ataca o mérito. Refere-se á 
incompetência em razão da pessoa ou em razão da matéria 
(ambas arguidas na peça de contestação); ou em razão do local, 
sendo que no último caso a exceção será feita em peça apartada, 
de acordo com a nova lei. 
Ademais, a redação reformada do artigo 800 da CLT 
dispõe que a apresentação da peça apartada deve ocorrer em até 
5 dias úteis após a notificação, senão preclui a exceção da 
incompetência, o processo fica suspenso e não haverá audiência 
até que a exceção seja decidida. 
 Reconvenção 
 
4 
 
SENTENÇA 
1. Conceito 
É o resultado de um posicionamento jurisdicional, ou seja, é o ato do juiz 
que dirime a controvérsia, decidindo o mérito ou extinguindo o feito sem 
exame de mérito (artigos 485 e 487, CPC; e artigo 832, CLT). 
1.1. Classificação 
1.1.1. Interlocutória 
Aplica-se às decisões no curso do processo de natureza incidental 
(é aquela que aprecia alguma questão de natureza processual, sem 
adentrar o mérito). Exemplo são uma liminar ou uma tutela 
antecipada. 
 
1.1.2. Definitiva de mérito 
Aprecia o bem da vida e dirime a controvérsia. 
 
1.1.3. Terminativa 
Coloca fim ao processo sem apreciar o mérito. Faz-se presente, por 
exemplo, quando há ilegitimidade das partes, incompetência ou 
inépcia da petição inicial. 
 
1.2. Pronunciamentos jurisdicionais 
Os despachos não são sentença, pois esta (1) causa prejuízo (em 
relação ao mérito), caso em que aquele não o faz, sendo apenas um 
pronunciamento jurisdicional. De outro modo, a sentença é (2) 
recorrível, ao passo que os despachos não o são. 
 
 Pontua-seque a sentença se difere de um acórdão. A primeira ocorre 
em primeiro grau e é proferida por juízo singular, ao passo que a segunda se 
refere a uma decisão colegiada. 
 O acórdão se difere também da decisão monocrática, posto que esta é 
proferida por um único julgador em um colegiado, não sendo assim 
caracterizável como um acórdão. Acrescenta-se que o recurso da decisão 
monocrática é o agravo regimental (súmula 214, TST). 
 
2. Natureza 
2.1. Declaratória 
Limita-se a declarar a existência ou não de uma relação jurídica. Não 
impõe cominação e não fica maculada pela decadência ou prescrição, 
bem como não se sujeita à execução. 
 
2.2. Condenatória 
Impõe uma sanção, uma cominação, e se sujeita à execução. 
 
2.3. Constitutiva 
É aquela que cria, modifica ou extingue uma relação jurídica. 
 
5 
 
3. Efeitos 
3.1. Devolutivo 
Terá efeito devolutivo a sentença que devolve a controvérsia ao 
Tribunal, transferindo-a ao órgão superior para que a matéria seja 
reexaminada. Porém, não se permite a reformatio in pejus. 
 O presente efeito permite também a execução que, com a reforma 
trabalhista, não pode mais ser declarada de ofício. 
 No cotidiano do processo do trabalho, a maioria das sentenças é 
devolutiva, por ser comum que as ações tenham natureza alimentar. 
3.2. Suspensivo 
Impede a produção dos efeitos da sentença, bem como sua execução, 
caso em que terá de aguardar o trânsito em julgado. 
 
4. Fundamentação 
Toda sentença deve estar fundamentada, caso em que se não o ser é nula 
de pleno direito (artigo 93, inciso IX, CF). 
 
(CPC) Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do 
Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas 
as decisões, sob pena de nulidade. 
(CPC) Art. 489. §1º Não se considera fundamentada 
qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença 
ou acórdão, que: 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à 
paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com 
a causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, 
sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar 
qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no 
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão 
adotada pelo julgador; 
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de 
súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes 
nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta 
àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, 
jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem 
demonstrar a existência de distinção no caso em 
julgamento ou a superação do entendimento. 
 
(CLT) Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho 
terão ampla liberdade na direção do processo e velarão 
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar 
qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
6 
 
5. Estrutura 
A sentença deve, necessariamente, ter um padrão contido em lei. Isso é a 
estrutura da sentença. 
Assim, segundo o artigo 8324 da CLT, deve-se constar: 
o Nome das partes 
o Resumo do pedido 
o Resumo da defesa 
o Apreciação das provas 
o Decisão 
o Conclusão 
 
Assim, se a sentença não segue o padrão, é nula de pleno direito em 
relação a sua forma. Dessa maneira, a estrutura se perfaz em: 
o Relatório 
 Acosta um resumo dos atos processuais praticados no 
processo, com a importância ao destaque da controvérsia 
feito pelo juiz. 
o Fundamentação 
 É a motivação da sentença. 
o Parte dispositiva (conclusão) 
 É a conclusão do texto. 
 
6. Sentença e Coisa Julgada 
A sentença leva à coisa julgada quando conferir a prestação jurisdicional. 
Assim, pode se definir a coisa julgada como a qualidade da sentença que a 
torna imutável, plena, revelando a prestação que não pode mais ser 
alterada. 
6.1. Formal 
É a coisa julgada que ataca um vício de natureza processual (exemplo 
é o vício de incompetência, uma vez que arguido faz coisa julgada. 
Porém, permite ingressar com uma nova ação). 
 
6.2. Material 
A coisa julgada material refere-se ao mérito da questão, sua própria 
eficácia. Aqui, assim, não admite uma nova ação. Contudo, cabe aqui a 
ação rescisória, entretanto, esta não ataca a coisa julgada, mas sim o 
mérito. 
 
7. Nulidades 
A sentença não poderá apreciar o que não faz parte do processo. Logo, 
será extra petita aquela que julga o que não foi pedido; infra petita a que 
 
4
 Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a 
apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. 
 §1º Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as 
condições para o seu cumprimento. 
 §2º A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida. 
7 
 
julga menos do que se pediu; ou será ultra petita quando julgar mais do que 
foi pedido. Portanto, os três itens acarretam na nulidade de pleno direito da 
sentença. 
(CPC) Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de 
natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte 
em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe 
foi demandado. 
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda 
que resolva relação jurídica condicional. 
 
Será nula também a sentença que for proferida por juiz absolutamente 
incompetente; se o juiz deixar de assiná-la; se a sentença condicionada 
não for certa; ou se a r. decisum não indicar o valor da condenação. 
 
8. Publicação 
As partes devem ser intimadas da sentença e esta deve ser publicada para 
que os litigantes tenham ciência do seu teor e possam, assim, recorrer. 
 
(CLT) Art. 852 - Da decisão serão os litigantes notificados, 
pessoalmente, ou por seu representante, na própria 
audiência. 
 
Existem várias formas de publicação: o Diário Oficial, o Diário Oficial 
Eletrônico, o julgamento em audiência ou pelo audiência em julgamento5. 
 
9. Rito Sumaríssimo 
Seu conceito está elencado no artigo 852-A da CLT: 
 
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda 
a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do 
ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao 
procedimento sumaríssimo. 
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento 
sumaríssimo as demandas em que é parte a 
Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
Anota-se que no artigo 852-B não cabe citação por edital e se determina 
uma única audiência. 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no 
procedimento sumaríssimo: 
 I - o pedido deverá ser certo ou determinado e 
indicará o valor correspondente; 
 
5
 Súmula 197, TST - O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência 
em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação. 
8 
 
 II - não se fará citação por edital, incumbindo ao 
autor a correta indicação do nome e endereço do 
reclamado; 
 III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no 
prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, 
podendo constar de pauta especial, se necessário, de 
acordo com o movimento judiciário da Junta de 
Conciliação e Julgamento. 
 §1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto 
nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento 
da reclamação e condenação ao pagamento de custas 
sobre o valor da causa. 
 §2º As partes e advogados comunicarão ao juízoas 
mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, 
reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local 
anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
 
O artigo 852-I perpetua que a dispensa do relatório e que as partes serão 
intimadas na própria audiência. 
 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de 
convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes 
ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
 §1º O juízo adotará em cada caso a decisão que 
reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais 
da lei e as exigências do bem comum. 
 §3º As partes serão intimadas da sentença na 
própria audiência em que prolatada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
RECURSOS 
 
 
1. Conceito 
Recurso é o meio processual estabelecido em lei para prorrogar o reexame 
de determinada decisão, visando à obtenção de sua reforma ou 
modificação. 
 
2. Princípios 
 Princípio do duplo grau de jurisdição 
o Significa que à toda sentença deve estar assegurada a 
possibilidade de uma reforma. 
 
 Princípio da unirrecorribilidade 
o Aduz que só se admite um recurso de cada vez, não podendo se 
interpor6 dois ao mesmo tempo. Se o fizer, um deles não será 
reconhecido. 
 
 Princípio da fungibilidade 
o É a aceitação de um recurso equivocadamente interposto. O juiz 
pode aceitá-lo para não prejudicar a parte, desde que não haja 
ocorrido um erro grosseiro7. 
 
3. Efeitos 
3.1. Devolutivo 
Efeito em que se devolve ao Tribunal a controvérsia para apreciar, por 
meio dele, todos os pontos de discussão do recurso. Aqui, já se 
permite a execução. 
 
 
 
6
 Recurso se interpõe; embargos se opõe; e a ação se move. 
7
 Grosseiro é aquilo que o juiz entender que o seja. 
Sentença 
Embargos 
declaratórios 
Decisão 
Modifica Mantém 
Recurso 
ordinário 
Despacho 
Admite 
TRT 
Denega 
? 
10 
 
3.2. Suspensivo 
É aquele em que os efeitos ficam suspensos, cessam, sem que haja a 
possibilidade de se dar continuidade à execução. 
3.3. Translativo 
É a possibilidade de o recurso oferecer ao Tribunal os pontos da 
sentença que não foram objeto de recurso. Só se admite quando há 
objeto de natureza pública8 e a prática não configura julgamento extra 
petita. 
3.4. Substitutivo 
É aquele no qual o recurso provoca nova decisão que irá substituir a 
sentença anterior. 
3.5. Extensivo 
É encontrado quando há litisconsórcio, caso em que o efeito estende a 
decisão ao outro litisconsorte, ainda que este não tenha recorrido, 
posto estarem no mesmo polo. 
3.6. Regressivo 
É aquele em que se admite ao juiz o seu juízo de retratação. 
 
4. Pressupostos recursais 
4.1. Juízo de admissibilidade 
É a incumbência do juiz que prolatou a sentença de verificar a 
existência dos pressupostos recursais. Nesse ponto, o magistrado 
realiza uma primeira análise para verificar a presença ou não dos 
pressupostos. No novo CPC, esse instituto só existe nos Tribunais, 
porém, na justiça do trabalho, esse juízo se mantém. 
 
4.2. Objetivos 
Os pressupostos são considerações acerca de alguma coisa para o fim 
que se pretende. Objetivamente, são vários os pressupostos no 
processo do trabalho: 
 Pressuposição de prescrição legal. 
 Adequação 
o O recurso deve ser adequado àquilo que se pretende 
reformar. 
 Tempestividade 
o Significa que deve haver respeito em relação ao prazo 
para interposição do recurso. 
 Preparo 
o É observar as despesas processuais. No processo do 
trabalho, se perfaz na atenção ao (1) depósito recursal e 
sobre (2) as custas processuais. 
 
 
 
8
 Exemplo é o caso do Tribunal reavaliar uma decisão do juízo de primeira instância que deferiu 
isenção de imposto de renda ao vencedor da ação. 
11 
 
 Regular representação 
o Só se pode recorrer se há poderes para tal. Assim, ainda 
que no processo do trabalho se impere o jus postulandi 
do reclamante, para recorrer este dever ter advogado 
constituído por procuração. 
 
4.3. Subjetivos 
o Legitimidade 
o Só quem possui legitimidade são as partes, o terceiro 
interessado ou a Procuradoria Geral. 
 
o Capacidade 
o Para recorrer, o sujeito deve estar no pleno gozos de 
suas faculdades mentais, de maneira que o interditado, 
portanto, não pode recorrer. 
o Interesse 
o Só tem interesse em recorrer quem é sucumbente, quem 
perde. 
 
5. Espécies 
o Embargos declaratórios (artigo 897-A, CLT) 
o Recurso ordinário (artigo 895, CLT) 
o Recurso de revista (artigo 896, CLT) 
o Agravo de instrumento (artigo 897-B, CLT) 
o Agravo de petição (artigo 897, alínea A, CLT) 
o Agravo regimental (artigo 235, Regimento do TST) 
o Embargos de divergência (Lei nº 7701/08) 
o Embargos infringentes (Lei nº 7701/08) 
o Agravo legal (artigo 994, CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
PREPARO 
Inicialmente, antes de descrever cada qual dos recursos, é preciso 
mencionar o Preparo, que é o ato pelo qual se procede à satisfação das 
despesas processuais ou de garantia do recurso para regular prosseguimento. 
Nesse ponto, dentre todas as espécies recursais, não será cabível 
Preparo apenas nos embargos declaratórios. 
 
Depósito recursal: artigo 899, §1º da CLT; 
Custas: artigos 789, 789-A, 789-B, 790, 790-A, 
790-B da CLT; 
Preparo: artigo 1007 do CPC. 
 
 No Preparo, as despesas a serem recolhidas são as custas e o 
depósito recursal. Nesse meio, não há necessidade de comprovação do 
pagamento dos honorários sucumbenciais, posto não ser necessário seu 
recolhimento para interposição de recursos. 
É válido mencionar que são dispensados do pagamento do Preparo os 
recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito 
Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos 
que gozam de isenção legal. Para os demais, no ato de interposição do 
recurso, devem comprovará o respectivo Preparo, sob pena de deserção, 
cabendo consequências do seu feito ou não: 
 
Não há comprovação do 
recolhimento 
Insuficiência no valor 
do Preparo 
Equívoco no 
preenchimento da guia 
de custas 
Aqui, o recorrente será 
intimado, na pessoa do 
seu advogado, para 
realizar o recolhimento 
em dobro, também sob 
pena de deserção. 
Porém, se comprar que 
houve justo impedimento 
para a realização do ato, 
o relator relevará referida 
pena, por decisão 
irrecorrível, fixando prazo 
de 5 dias para que efetue 
o Preparo. 
Somente será implicada a 
deserção se o recorrente, 
intimado na pessoa de 
seu advogado, não vier a 
supri-lo em até 5 dias. 
Porém, caso tenha sido 
inicialmente intimado o 
sucumbente para realizar 
o recolhimento em dobro, 
por não tê-lo comprovado 
quando da interposição, 
tal pagamento deverá ser 
feito de modo integral, 
não cabendo comple-
mentação em caso de 
insuficiência. 
O mero equívoco não 
ensejará pena de 
deserção, de modo que 
caberá ao relator, na 
hipótese de dúvida 
quanto ao recolhimento, 
intimar o recorrente para 
que este sane o vício em 
5 dias. 
 
 Ademais, o Preparo se divide em duas espécies: 
 Custas 
 Depósito Judicial 
 
 
13 
 
Custas 
Custas processuais são pagamentos feitos ao Estado para o exercício da 
função judiciária. 
 Segundo a súmula 667 do STF, a taxa judiciária calculada sem limite 
sobre o valor da causa viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição. Natureza 
Tem natureza tributária; imposta por lei. 
 Prazo 
O prazo de recolhimento das custas é o prazo próprio da interposição do 
recurso. 
 Em exemplo, se o recurso adotado é o Ordinário, este tem prazo 
de interposição de 8 dias. Logo, em até 8 dias devem ser recolhidas as 
custas. 
 Caso não sejam recolhidas, o recurso não será conhecido. Será 
tido por deserto, ainda que interposto no prazo. Não há como recorrer 
da deserção. 
 Se há recolhimento de valor errado, é possível ainda recorrer e o 
juiz, quando despachar o recurso, pode devolver a guia para que haja 
correção suplementar. Porém, o ideal é que se recolha a diferença 
antes, de imediato à constatação do erro, pois a ação do magistrado é 
excepcional e não tão segura. 
 Hipóteses 
o Há de recolhê-las o reclamante que teve ação julgada 
improcedente e irá dela recorrer, a não ser que seja beneficiário 
da justiça gratuita. 
o Se a ação é julgada procedente para uma parte, esta sequer tem 
interesse em recorrer, tampouco nada recolhe. 
o Se a ação for julgada parcialmente procedente para uma das 
partes e esta irá recorrer do que perdeu, não será necessário o 
recolhimento e custas. Contudo, se houver procedência em parte 
para a empresa, e esta recorrer, deverá pagar custas. Além de 
que, o fato de se recolher na saída da primeira instância não 
impede outro recolhimento de custas nas próximas escalas. 
 Valor 
o Havendo acordo judicial ou condenação, a base de cálculo das 
custa será o valor dessas. 
o Caso haja extinção do processo sem julgamento do mérito, ou se 
for julgado totalmente improcedente, a base será o valor dado a 
causa. 
o Quando houver procedência em ação declaratória ou constitutiva, 
a base de cálculo também será o valor dado a causa. 
o A alíquota é de 2% sobre os valores. Com a nova legislação 
trabalhista, o valor mínimo é de 10 reais, e o máximo será 4x o 
teto da previdência (+22 mil reais). 
 
14 
 
 Observações 
o O juiz poderá deferir a justiça gratuita àqueles que recebem 40% 
do teto máximo do benefício previdenciário (até cerca de 2 mil 
reais). 
o A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da 
parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que 
beneficiária da justiça gratuita (artigo 790-B, Lei nº 13.467). 
o Se o reclamante não aparecer à audiência, este será condenado 
ao pagamento das custas, ainda que beneficiário da justiça 
gratuita, salvo se comprovar, em 15 dias, que a ausência ocorreu 
por motivo legalmente justificável. 
 Procedimento 
O recolhimento das custas judiciais deverá ser realizado através da 
GRU Judicial (Guia de Recolhimento da União), em quatro vias, 
cabendo à parte interessada realizar seu correto preenchimento. 
 
Depósito Judicial 
É uma medida preparatória do recurso garantido mediante depósito de parte ou 
do valor total da condenação. 
 Prazo 
Assim como as custas, é fixado pelo prazo de interposição do respectivo 
recurso. 
 Hipóteses 
o Se não há condenação em pecúnia (dinheiro), não há depósito 
recursal. 
o O reclamante pessoa física não faz depósito recursal, em 
nenhuma hipótese. Caso seja reclamante a pessoa jurídica, esta 
paga. 
o Nas condenações sobre valor ilíquido, o juiz arbitrará o valor do 
depósito. 
o O depósito recursal é efetuado a cada recurso interposto, até o 
limite do valor da condenação. 
 Valor 
o No recurso ordinário: 
 9189 reais 
o No recurso de revista, embargos e recurso extraordinário: 
 18378 reais 
o No recurso em ação rescisória: 
 18378 reais 
o No agravo de instrumento: 
 Pagamento de 50% (1/2) do valor do recurso que se quer 
ver destrancado, sendo este ônus da empresa (vide Lei nº 
13.467). 
 
15 
 
Assim, “se uma empresa é condenada ao pagamento de R$15.000,00 
em 1ª instância e deseja recorrer da sentença de primeiro grau através 
de Recurso Ordinário, o valor do depósito recursal para recorrer ao TRT 
é de R$9.189,00. Porém, se a condenação em sentença fosse de 
R$3.250,00, o depósito recursal para recorrer da decisão ao TRT seria 
limitado ao valor da condenação, ou seja, os mesmos R$ 3.250,00”. 
 
 Procedimento 
O depósito deve ser feito necessariamente em instituição financeira 
oficial federal, estadual ou distrital (bancos públicos), em uma conta 
específica que fica sob custódia da Justiça. Na Justiça trabalhista, o 
depósito judicial é obrigatório quando uma empresa é condenada e opta 
por recorrer da sentença de primeiro grau. Nesse caso, é chamado de 
depósito recursal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
RECURSOS EM ESPÉCIE 
1. EMBARGOS DECLARATÓRIOS 
Constitui recurso de fundamentação vinculada (à sentença) por existência 
de vícios materiais ou processuais, na sentença integrando-se. 
 
1.1. Fundamento 
Seu fundamento é o artigo 897-A da CLT: “caberão embargos de 
declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo 
seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a 
sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo 
da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto 
equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso”. 
 
1.2. Cabimento 
1.2.1. Quanto à origem 
Cabe em todas as vezes em que há decisão que causa prejuízo 
(seja sentença ou decisão interlocutória). 
1.2.2. Quanto ao conteúdo 
Caberão embargos sempre que houver: 
o Omissão na sentença 
o Decisão que não aprecia parte da controvérsia. 
o Obscuridade 
o Decisão que não apresenta clareza. 
o Contradição 
o Quando a decisão é conflitante consigo mesma. 
o Erro material 
o É o caso, por exemplo, de erro no valor da 
condenação. 
 
1.3. Prazo 
Diferente da maioria dos outros recursos, cujo prazo é de 8 dias, os 
embargos declaratórios possuem prazo de 5 dias úteis. 
 
1.4. Efeito 
Os efeitos dos embargos declarativos podem ser modificativos 
(modificar a decisão), em relação à sentença; ou suspensivo, em 
relação ao recurso, caso em que o prazo fica aqui interrompido 
(contando-se, ao fim, novamente o prazo do início). 
 
1.5. Peça processual 
o Endereçamento (Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 15º Vara 
de São Paulo); 
o Número do processo; 
o Identificação das partes (ao menos do embargante), sem 
necessidade de qualificá-los; 
17 
 
o “Vem, respeitosamente, opor embargos declaratórios com o fim 
de modificar a r. decisão, conforme as razões a seguir 
mencionadas [...]”; 
o Não se precisa atribuir valor à causa nos embargos declaratórios. 
 
 
2. RECURSO ORDINÁRIO 
É um meio de impugnação da sentença dando continuidade ao processo. 
Sua característica maior é ser um recurso de sentença. 
 
2.1. Cabimento 
Cabe contra as decisões definitivas ou terminativas do juízo singular. 
Caso seja dissídio coletivo, será contra decisões colegiadas. 
O artigo 895 da CLT lista as hipóteses de cabimento: 
- Das decisões interlocutórias terminativas do feito; 
- Indeferimento da petição inicial; 
- Do arquivamento dos autos por não comparecimento do 
reclamante à audiência; 
- Da decisão que aplica pena ao empregado de não poder 
reclamar por seis meses; 
- Se houve abandono da causa por mais de trinta dias; 
- No caso do juiz acolher litispendência ou coisa julgada; 
- No caso de desistência da ação. 
- Etc. 
 
2.2. Prazo 
O prazo para sua interposição é de 8 dias corridos (atualmente – em 
breve serão úteis). 
 
2.3. Efeito 
Possui efeito devolutivo (permite a execução).2.4. Rito 
Não cabe recurso ordinário no rito sumário (até 2 salários mínimos), 
cabendo livremente nos demais. 
 
2.5. Pressupostos 
Os pressupostos do recurso ordinário são os mesmos dos demais 
recursos (prescrição legal, adequação, tempestividade, preparo, 
representação, legitimidade, capacidade e interesse). 
 Quanto ao juízo de admissibilidade, haverá este em primeira 
instância para aquele que prolatou a sentença. Daí, referido magistrado 
acolhe o recurso ou denega-o. Caso escolha a última opção, caberá 
agravo de instrumento. 
 
 
18 
 
3. AGRAVO DE INSTRUMENTO 
O juízo de admissibilidade é a prerrogativa do Juízo de verificação da 
presença dos requisitos de admissibilidade dos recursos. O juiz o faz 
quando envia o recurso para a instância superior, podendo admiti-lo ou não 
(quando não forem observados os pressupostos pela parte recorrente). Se 
admitido, cita-se a parte contrária para fazer as contrarrazões do recurso e 
segue-se para a instância superior. Caso o magistrado o negue, há um 
despacho (que não aprecia o mérito, somente verifica os pressupostos) que 
denega provimento ao recurso, ocasião em que ocorre o trancamento do 
feito. Para destrancá-lo, o remédio a ser adotado contra o despacho é o 
agravo de instrumento (artigo 897-B). 
 Assim, é possível conceituá-lo como o recurso contra o despacho que 
denega seguimento a um recurso principal, impedindo seu regular 
prosseguimento. Caso não seja agravado, o despacho faz coisa julgada. 
 
3.1. Cabimento 
É cabível contra os despachos que denegarem a interposição de 
recursos (ordinário, de revista, extraordinário etc), e das decisões do 
Juiz ou Presidente, nas execuções. 
 Não caberá agravo de instrumento sobre embargos declaratórios, 
pois esse não é principal, isto é, não aprecia o mérito, ainda que tenha 
efeito modificativo. 
 No processo do trabalho, não cabe essa espécie de agravo contra 
decisão interlocutória, mas sim somente contra despacho denegatório 
de prosseguimento de recurso. 
 
3.2. Efeito 
Tem efeito devolutivo. Isso significa que quem teve êxito na demanda 
pode executar a parte contrária. 
 
3.3. Pressupostos 
3.3.1. Prazo 
Deve ser interposto em 8 dias, contados da decisão. 
3.3.2. Preparo 
Há preparo para agravar de instrumento, mas somente para a 
reclamada, e apenas o depósito recursal, na metade do valor 
cobrado para o recurso principal que foi trancado. 
 
3.4. Procedimento 
O procedimento é justamente encaminhar o agravo de instrumento para 
o juiz originário, quem irá remetê-lo ao Tribunal, junto à contraminuta 
anexada pela parte contrária. 
 
 
 
 
19 
 
4. AGRAVO REGIMENTAL 
É um recurso interposto para o respectivo órgão colegiado contra decisão 
monocrática proferida pelo relator. Será regulado pelo regimento interno de 
cada Tribunal, que o regula conforme suas próprias indicações. 
 
4.1. Cabimento 
É cabível contra despacho de relator que denega recurso ou contra ato 
judicial praticado sem a presença do colegiado (decisão monocrática). 
 
4.2. Efeito 
O agravo regimental possui efeito devolutivo. 
 
4.3. Prazo 
O TST possui prazo de 8 dias (úteis, em breve), diferente dos Tribunais 
Regionais, nos quais são 5 dias. 
 
4.4. Pressupostos 
o Não há preparo; 
o Será dirigido para o próprio relator; 
o É cabível o juízo de retratação (o que tornaria sem efeito o 
agravo); 
o Deve atacar decisão monocrática e não a decisão de mérito. 
o Elucida o regulamento interno do TST (artigo 235) que não cabe 
agravo interno de decisão do colegiado. 
 
 
5. RECURSO DE REVISTA 
É o recurso que objetiva a uniformização da jurisprudência, estabelecendo 
uma interpretação consolidada acerca de determinada matéria trabalhista. 
 Veja bem, este se localiza no âmbito do TST, o qual apreciará as razoes 
de recursais emitidas contra decisão colegiada do TRT. 
 Assim, em caso de recurso (de revista), este será encaminhado ao 
Presidente do TRT, cabendo a este Tribunal realizar o juízo de 
admissibilidade. Caso denegue o recurso, caberá o agravo regimental 
(interno). 
 Apreciado o recurso, há um acórdão. Caso seja ele perdido, aí é que 
entra o recurso de revista, a ser julgado pelo TST, que deve ser interposto 
em até 8 dias corridos (e, após 11/11, úteis). 
 Em comparação com o recurso ordinário, ao passo que esse pode 
questionar toda matéria (de fato ou de direito) alocada na sentença, o 
recurso de revista, sendo uniformizador, só permite contrapor matéria de 
direito (súmula 291, TST). 
 A previsão desse recurso está no artigo 896 da CLT, que diz cabê-lo 
“para Turma do TST das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em 
dissídio individual, pelos TRTs”, quando: a) derem ao mesmo dispositivo de lei 
federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro TRT (por Pleno ou 
20 
 
Turma), por Seção de Dissídios Individuais do TST, ou contrariarem súmula de 
jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do STF; b) derem ao 
mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo 
Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância 
obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional 
prolator da decisão recorrida, interpretação divergente; c) proferidas com 
violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à 
Constituição Federal. 
 
5.1. Cabimento 
5.1.1. Quanto à fase processual 
- Cabe na 1ª ou na 2ª instância 
- Cabe na fase de conhecimento e de execução 
5.1.2. Quanto ao rito 
- Rito sumário não admite recurso de revista. 
- Sumaríssimo admite com restrição. Só quando há contrariedade à 
súmula ou orientação jurisprudencial do TST ou violar literalmente 
dispositivo da CF na decisão. 
 
5.2. Espécies 
5.2.1. Dissenso jurisprudencial 
É a primeira espécie que leva à possibilidade do recurso de revista. 
Aqui, só se pode interpô-lo se foi demonstrada que a decisão 
atacada está em desacordo com outra decisão de outro Tribunal do 
trabalho. Daí faz-se um cotejo analítico, isto é, analisam-se as 
decisões de modo comparativo, elencando a discordância. Se não 
for feito, o Tribunal denega o recurso. 
 Em outras palavras, deve ser demonstrado o dissenso em 
acórdãos do TRT ou da Seção de Dissídios Individuais do TST. 
Assim só se pode aproveitar – para interpor o recurso - a decisão 
da referida Seção e não as das Turmas (que é onde chega o 
recurso no TST). Se há negativa desta, cabe embargos divergentes 
para a Seção. Dessa forma, não cabe recurso da decisão das 
Turmas porque estas são uniformizadas apenas pela Seção de 
Dissídios Individuais. 
 Ao fim, se existem duas decisões diferentes do mesmo tribunal 
trabalhista, não cabe recurso de revista, pois este só é cabível em 
decisões de Tribunais diferentes. Aliás, não cabe tal recurso se tais 
decisões estão de acordo com súmula do TST. 
 
5.2.2. Dissenso legal 
Aqui, deve se apontar que a decisão contraria texto expresso de lei. 
Interpretação razoável de lei federal não enseja recurso de revista, 
pois a violação deve ser direta (súmula 221). 
 
21 
 
5.3. Efeitos 
O efeito do recurso de revista é devolutivo, em prol da rapidez 
processual, haja vista a natureza alimentar do processo. Tal efeito não 
o suspende, permitindo sua execução. 
 
5.4. Pressupostos 
5.4.1. Específicos 
5.4.1.1. Pré-questionamento 
A tese que merece uniformização deve ter sido efetivamente 
debatida. Se não o é feito, tal recurso não irá ser admitido. 
Válido mencionar que o debate deve ser feito por meio de 
embargos declaratórios.5.4.1.2. Matéria de direito 
Não devem ser alegadas matérias de fato ou provas, pois 
somente se aprecia matéria de direito. Aliás, “o fato de o juízo 
primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo 
cabível apenas quanto a parte das matérias veiculadas não 
impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior 
do Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo de 
instrumento” (súmula 285, TST). 
 
5.4.2. Genéricos 
5.4.2.1. Adequação 
É o cabimento do recurso de revista contra os itens elencados. 
5.4.2.2. Tempestividade 
Deve ser interposto o recurso de revista em 8 dias, contados a 
partir da publicação da decisão, não podendo ser arguido 
antes desta. 
 Em caso de embargos declaratórios, a serem interpostos 
em 5 dias, interrompe-se o prazo de interposição do recurso de 
revista. 
5.4.2.3. Preparo 
São as custas e despesas processuais. Se já foram recolhidas 
as primeiras nas instâncias anteriores, não será necessário 
recolhê-las. Se já feito o depósito judicial pela integralidade do 
valor da condenação, não há que fazê-lo novamente. 
5.4.2.4. Interesse processual 
Só tem interesse quem é parte vencida. 
5.4.2.5. Transcendência 
O recurso deve repercutir no interesse geral e não só das 
partes. Deve ser relevante social, econômico, político ou 
juridicamente. Assim, tem caráter similar ao da repercussão 
geral. Com a reforma trabalhista, esse item foi resgatado e 
aplicado. Logo, são indicadores da transcendência: 
 
22 
 
- Econômico 
Alto valor da causa. 
- Político 
Quando houver desrespeito à jurisprudência sumulada do TST 
ou do STF (não necessariamente vinculante). 
- Social 
A transcendência social se caracteriza pela busca de um 
direito social previsto na CF (artigo 7º). 
- Jurídico 
Existência de questão nova sobre interpretação da lei 
trabalhista. 
 
Apenas um dos indicadores já permite o recurso de revista, 
não sendo eles cumulativos. Logo, caso não haja 
transcendência, o relator pode denegar o recurso. Dessa 
decisão cabe o agravo regimental, pois é decisão monocrática. 
 Ademais, com a nova lei trabalhista, o juízo de 
admissibilidade do recurso de revista só irá verificar um 
requisito deste, exceto a transcendência, que será analisada 
pelo Tribunal. 
 
5.5. Procedimento 
Sua interposição se fará contra o acórdão do TRT. Caso contenha mera 
omissão, cabe em seu lugar embargos. 
 
6. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
É recurso de acórdão com a finalidade de uniformizar a jurisprudência 
produzida pelo próprio TST. 
 
6.1. Previsão legal 
Está concentrado no artigo 894 da CLT, o qual diz que de decisão não 
unânime de julgamento que (1) conciliar, julgar ou homologar 
conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência 
territorial dos TRTs e estender ou rever as sentenças normativas do 
TST, nos casos previstos em lei; (2) das decisões das Turmas que 
divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios 
Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do TST 
ou súmula vinculante do STF. 
 
6.2. Modalidades 
Embargos são: 
o Divergentes 
Aplica-se aos dissídios individuais. 
 
 
 
23 
 
o Infringentes 
Aplica-se aos dissídios coletivos (conflito entre sindicato patronal 
contra sindicato dos trabalhadores – convenção coletiva; ou 
sindicato profissional contra uma ou mais empresas – acordo 
coletivo). 
 O dissídio coletivo busca a produção de uma norma 
coletiva. Sua instância originária é o TRT, de onde busca uma 
sentença normatizante. Será instância originária o TST quando as 
entidades forem federativas. Há possibilidade de recurso para a 
Seção de Dissídios Coletivos. Tal recurso são os embargos 
infringentes contra decisão da Turma do TST. 
 
6.3. Cabimento 
Cabem os embargos de divergência das decisões conflitantes entre as 
Turmas do TST ou das decisões das Turmas do TST conflitantes com 
as decisões da Seção de Dissídios Individuais. 
 Também será cabível quando a decisão da Turma contraria 
súmula do TST ou súmula vinculante do STF. Por isso, os embargos 
divergentes são um recurso uniformizador. 
 
6.4. Efeito 
Efeito é sempre devolutivo, não podendo ser atribuído suspensão. 
 
6.5. Pressupostos 
6.5.1. Prazo 
Para interpor os embargos divergentes o prazo é de 8 dias. 
6.5.2. Preparo 
Não tem preparo, se já feito. 
 
6.6. Procedimento 
É a simples petição dirigida para o Presidente da Turma para que este 
encaminhe as razoes respectivas para a Seção de dissídios coletivos. 
 Memora-se, há juízo de admissibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
EXECUÇÃO 
A execução constitui em ato coativo para o cumprimento da sentença (certa 
e determinada), garantindo a prestação jurisdicional. Assim, pretende dar 
eficácia à decisão e encerrar o conflito. 
O processo de execução é autônomo, diverso do processo de 
conhecimento, quando no Processo do Trabalho, ainda que haja controvérsia 
elencadas no novo CPC. 
Está previsto nos artigos 876 a 892 da CLT, bem como em pontuais outras 
legislações (Lei de Execuções Fiscais, nº 6830/80; Lei de Custeio da 
Previdência Social, nº 8212/91; e aplicação subsidiária dos artigos 771 e s.s. 
do CPC). 
Uma vez transitada em julgada, será aplicado o efeito da imutabilidade 
sobre a decisão. Assim, esta se tornará imutável (artigo 879, CLT). Porém, 
existindo erros, antes da execução, poderá ser corrigidos, se admitindo, 
portanto, certa mutabilidade da decisão (artigo 873). 
 
 Fases 
o Liquidação 
É a fase na qual se torna exequível a sentença e se verifica qual 
o bem a ser satisfeito (seu valor). 
o Constrição 
É retirar do patrimônio do devedor executado, bens para a 
satisfação do débito trabalhista. 
o Expropriação 
É a alienação daqueles bens para que se satisfaça o débito. 
 
 Sujeitos 
São o exequente (quem promove a execução) e o executado (quem 
responde pelo débito – não precisando ser parte na lide, porém, até a 
vigência da reforma trabalhista), podendo responder solidária ou 
subsidiariamente o sócio ou qualquer empresa que integre o grupo 
econômico. 
 Há também a figura do terceiro interessado, que é aquele que não 
fez parte do processo, mas está sofrendo a constrição. 
 
 Título executivo 
Pode ser judicial ou extrajudicial. 
O primeiro é a sentença que transitou em julgado e tem 
determinação de satisfação do bem da vida requerido no processo. 
O título extrajudicial é o que se prevê em acordos também 
extrajudiciais (modalidade prevista na reforma trabalhista), como, por 
exemplo, o termo de ajuste da conduta firmado pelo Ministério Público 
do Trabalho. 
 
 
25 
 
 Espécies 
o Quanto ao título 
 Provisória 
Aplica-se toda vez que a sentença foi prolatada com efeito 
devolutivo. Aqui, é provisório o título, pois um eventual 
recurso faz com que a decisão não transite em julgado. 
Logo,vai até a constrição, ali parando, sem que o bem da 
vida seja dado ao exequente, sendo apenas uma forma de 
garantir seu direito. 
 Há essa celeridade, em maior índice, no processo do 
Trabalho, porque neste não se exige caução. 
 A execução provisória costuma se iniciar com uma 
carta de sentença, mas que, com os autos eletrônicos, não 
haja mais autos separados. Porém, a iniciativa é do 
exequente ou, até a vigência da reforma trabalhista, pelo 
juiz. 
 
 Definitiva 
É aquela em que há o fenômeno da coisa julgada da ação. 
 
 Competência 
É competente para julgar a execução o juízo originário, prolator da 
sentença. 
 
 Procedimento 
o Execuçãodecorrente de uma liquidação por cálculo (artigo 879) 
É, simplesmente, a apresentação de valores, cálculos 
matemáticos, para tornar exequível a sentença. Porém, isso 
requer que esta seja líquida e certa, para quantificar plenamente 
a execução. 
 
o Liquidação por arbitramento 
Ocorre quando há óbice ao conhecimento dos valores, de 
maneira que se permite às partes a efetivação de um acordo, ou 
o juiz se utiliza, geralmente, de um perito contábil. 
 Quando não se consegue fazer prova do salário (artigo 
460, CLT), se utiliza a comparação com um paradigma. 
 
o Liquidação por artigos 
Ocorre quando há necessidade de produzir prova para aferir o 
valor (exemplo é o cartão de ponto). Se não há a prova material, 
se utiliza até de testemunha, havendo uma espécie de audiência 
na fase de execução. 
 
26 
 
Uma vez apurados os valores, algo que cabe ao 
exequente, ao MP ou ao juiz [de ofício] fazer (podendo fazê-lo o 
último até a vigência da reforma), deverá (após a reforma) o 
magistrado abrir vista à executada para impugnação dos cálculos, 
do valor obtido (artigo 884, §3º). 
 No caso de divergência alta entre os valores, ou o juiz 
homologa um deles ou os envia ao perito contábil, ou homologa a 
perícia já existente. Daí surge uma sentença de homologação 
onde o juiz expede um mandado de penhora. Este determina a 
satisfação do débito em 48 horas, sob pena de constrição. 
 Se houver o depósito do valor, o processo termina. Porém, 
pode esse depósito ser de garantia ou de quitação. Caso seja o 
primeiro, encerra-se o processo, enquanto o segundo garante a 
possibilidade de recurso, configurando apenas a execução 
provisória. Contra a decisão que determinou a execução, 
caberá o embargo de execução. 
 
 Recursos 
o Embargos à execução 
Esse é o recurso oposto exclusivamente pelo executado (artigo 
884, CLT), no prazo de 5 dias. 
 Sua peça processual possui uma característica especial: 
atribuição de valor (como uma petição inicial), dando-lhe a monta 
apurada na liquidação. 
 A competência de seu julgamento é do juízo originário; não 
havendo preparo, pois o valor já está garantido. 
 
o Embargos de terceiros 
É o recurso de terceiro interessado para que não sofra ele a 
constrição (artigo 674, CLT). 
- Prazo: 15 dias úteis (a partir de 11/11); 
- Deve atribuir valor a peça; 
- Também é julgado pelo juiz originário; e da sua decisão cabe o 
agravo de petição. 
 
o Agravo de petição 
- Cabível contra os dois embargos supracitados (de execução e 
de terceiro – artigo 897, “a”, CLT); 
- Não se limita a atacar a decisão dos embargos. É cabível contra 
qualquer decisão do processo de execução; 
- Prazo: 8 dias; 
- É julgado pelo TRT, se a instância originária for a vara. Ou, se 
no TRT se inicia, será julgado pelo TST; 
- Especificidade da peça processual: para ser admitida (juízo de 
admissibilidade), deve delimitar os valores da execução, pois se o 
valor não tem natureza controversa, sua interposição é ilegítima. 
27 
 
 
SÍNTESE 
O processo é gestado na vara do trabalho (instância singular), quem irá dirimir 
o conflito e sentenciá-lo. Se a parte está descontente com tal sentença 
interporá um recurso. Este é, inicialmente, o recurso ordinário, que é o primeiro 
apelo e é um recurso de sentença, cabível em matéria ampla (de fato e de 
direito), bem como terá efeito devolutivo, devolvendo a discussão de primeiro 
grau ao Tribunal. Não sendo suspensivo o recurso, é cabível a execução 
provisória, até o trânsito em julgado da causa. O prazo para interposição do 
ordinário é de 8 dias, contendo preparo, em regra, mas pode não o ter se a 
ação for julgada totalmente improcedente e o recorrente gozar de gratuidade 
da justiça, bem como se for julgada parcialmente procedente (se não for o 
recorrente uma empresa). 
O órgão julgador do ordinário será o TRT, que é a segunda instância, e que 
se pronunciará por meio de uma Turma. Assim, esta decidir (de maneira 
revisional, pois é órgão revisor) e irá proferir um acórdão sobre o recurso da 
sentença. 
Se o acórdão do TRT não agradar, só se pode recorrer em alguns casos. 
Se for rito sumário, nem poderá fazê-lo, somente sendo possível no rito 
sumaríssimo e ordinário. Logo, só caberá recurso de revista em matéria de 
direito, além de ser preciso demonstrar uma divergência jurisprudencial, legal 
ou que fira norma de caráter coletivo, de maneira que este será um recurso 
uniformizador, posto haver a necessidade de uniformizar as decisões reinantes 
no país e, assim, trazer segurança jurídica. A divergência cabe nos casos de 
contradição, além de ser preciso mostrar, dentre outros pressupostos, sua 
transcendência. Será interposto em 8 dias e, quanto ao preparo, este existe, 
desde que o recurso não esteja garantido (isto é, se não houve o recolhimento 
em depósito anteriores até o máximo do valor da condenação). 
O recurso de revista irá para o TST, onde também será apreciado por uma 
Turma. Se não houve êxito aqui, cabe outro recurso: embargos de divergência. 
Com este, a discussão irá para uma Sessão de Dissídios Individuais. 
ETC... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES: 
Embargos interrompem ou suspendem o prazo do recurso principal? 
Interrompem. O prazo é recontado. 
 
Há juízo de admissibilidade nos embargos declaratórios? 
 
Quais são os recursos uniformizadores? Embargos de divergência e 
recurso de revista. 
 
Qual o recurso cabível contra decisões existentes no processo de 
execução?