Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Tecnologia em Sistemas de Computac¸a˜o Disciplina : A´lgebra Linear AD1 - Primeiro Semestre de 2006 Professores: Ma´rcia Fampa & Mauro Rincon Nome - Assinatura - 1 1.(5.0) O item (g) vale 1.0 ponto e o restante valem 0.5 ponto cada. Considere a matriz formada pelos vetores colunas: A = [v1, v2, v3] = 2 −1 3 1 1 0 4 3 1 1 0 1 (a) Calcule o mo´dulo (comprimento) de cada vetor da matriz A. (b) A partir dos vetores vi ∈ A, determine uma matriz U cujos vetores colunas ui, i = 1, 2, 3 sa˜o unita´rios. (c) Calcule a distaˆncia d(v1, v2) = |v1 − v2| (d) Verifique se existem vetores de A, dois a dois, que sa˜o ortogonais ou paralelos. (e) Calcule o aˆngulo formado pelos vetores {v2, v3} de A. (f) Mostre que o conjunto de vetores {v1, v2, v3} sa˜o linearmente dependentes (LD). (g) Seja V = IR4. Mostre que S e´ um subespac¸o vetorial de V gerado pelo conjunto de vetores {v1, v2, v3} se e somente se S = { (x, y, z, w) ∈ IR4; z = (x+ 10y)/3 ∧ w = (x+ y)/3 } e determine uma base B para S. (h) Usando o processo de Gram-Schmidt, determine a partir da base B, uma base ortogonal de S. (i) Determine a partir de B uma base ortonormal de S. 2.(1.0) Determinar os subespac¸os de P2 (espac¸o vetorial dos polinoˆmios de grau ≤ 2) gerados pelos seguintes vetores: { 2 + 2x, 3 + x− x2, 2x+ x2 } e verifique se os vetores sa˜o LI ou LD. 3.(1.0) Prove que se u e v sa˜o vetores LI enta˜o u+v e u-v tambe´m o sa˜o. 2 4.(1.0) Seja V = M3×2 um espac¸o vetorial das matrizes reais e S ⊂ V um subconjunto definido por: S = a −a−b b c −c , onde a, b, c ∈ IR . Mostre que S e´ um subespac¸o vetorial de V . 5.(2.0) Considere o seguinte sistema linear: 2x1 + 4x2 + 6x3 = −6 3x1 − 2x2 − 4x3 = −38 x1 + 2x2 + 3x3 = −3 a.(1.0) Resolva-o, se poss´ıvel, me´todo de Gauss-Jordan. b.(1.0) O que podemos afirmar se substituirmos somente a terceira com- ponente do vetor dos termos independentes b = (−6,−38,−3) pelo vetor b̂ = (−6,−38, 1). 3 Gabarito A´lgebra Linear: AD1 - CEDERJ Mauro Rincon & Ma´rcia Fampa - 2006 Tutores: Rodrigo Olimpio e Cristina Lopes 1a Questa˜o) Soluc¸a˜o: Considere o conjunto B = {v1, v2, v3}, onde v1 = (2, 1, 4, 1), v2 = (−1, 1, 3, 0) e v3 = (3, 0, 1, 1). a) |v1| = √ (22 + 12 + 42 + 12) = √ 22. |v2| = √ ((−1)2 + 12 + 32 + 02) = √11. |v3| = √ (32 + 02 + 12 + 12) = √ 11. b) V = 2 √ 22 22 −√11 11 3 √ 11 11√ 22 22 √ 11 11 0 2 √ 22 11 3 √ 11 11 √ 11 11√ 22 22 0 √ 11 11 c) Por definic¸a˜o, para vetores v1 = (x1, y1, z1) e v2 = (x2, y2, z2), temos que d(v1, v2) = √ (x2 − x1)2 + (y2 − y1)2 + (z2 − z1)2 + (w2 − w1). Assim, d(v1, v2) = √ (−1− 2)2 + (1− 1)2 + (3− 4)2 + (0− 1)2 = √9 + 0 + 1 + 1 = √11. Logo d(v1, v2) = |v1 − v2| = √ 11. d) i) v1 e v2 v1.v2 = 2× (−1) + 1× 1 + 4× 3 + 0 = −2 + 1 + 12 = 11 =⇒ v1 na˜o e´ perpendicular a v2. Sa˜o paralelos? −1 2 6= 1 6= 3 4 6= 0 . Logo na˜o sa˜o paralelos, pois as coordenadas na˜o sa˜o proporcionais. ii) v1 e v3 v1.v3 = 2× 3 + 0 + 4× 1 + 1× 1 = 11 6= 0 =⇒ v1 e v3 na˜o sa˜o ortogonais. Verifiquemos se sa˜o paralelos: 3 2 6= 0 6= 1 4 6= 1 Logo na˜o sa˜o paralelos. iii) v2 e v3 v2.v3 = −1× 3 + 1× 0 + 3× 1 + 0 = 0 =⇒ v2 ⊥ v3 e) Seja θ o aˆngulo entre os vetores v1 e v2. cos(θ) = v1.v2|v1|.|v2| . Usando resultados dos itens anteriores, temos: Sabemos do item anterior que v2 ⊥ v3. Logo θ = 90◦. Para os outros vetores, usando a fo´rmula temos: Seja α o aˆngulo entre os vetores v1 e v2. cos(α) = 11√ 22. √ 11 ≈ 0, 7 =⇒ α ≈ 45◦ . Seja β o aˆngulo entre os vetores v1 e v3. cos(β) = 11√ 22. √ 11 ≈ 0, 7 =⇒ ≈ 45◦ . f) v1, v2, v3 sa˜o linearmente independentes ? Sejam α1, α2, α3 ∈ <. α1(2, 1, 4, 1)+α2(−1, 1, 3, 0)+α3(3, 0, 1, 1) = 0. Assim, temos o sistema linear abaixo: 2α1 − α2 + 3α3 = 0 α1 + α2 = 0 4α1 + 3α2 + α3 = 0 α1 + α3 = 0 ii Pela segunda e quarta equac¸o˜es temos que −α2 = −α3. Logo o sistema tem infinitas soluc¸o˜es, o que implica que o conjunto e´ L.D. g) ∈ S ? Sim, pois x, y = 0 =⇒ z, w = 0. Seja: v1 = (x1, y1, x1 + 10y1 3 , x1 + y1 3 ) e v1 = (x2, y2, x2 + 10y2 3 , x2 + y2 3 ) Assim temos que: v1 + λv2 = (x1 + λx2, y1 + λy2, x1 + λx2 + 10y1 + λ10y2 3 , x1 + λx2 + y1 + λy2 3 ) ∈ S Logo e´ subespac¸o de <4. Agora consideremos o sistema: α1v1 + α2v2 + α3v3 = 0 2α1 − α2 + 3α3 = x α1 + α2 = y 4α1 + 3α2 + α3 = x+10y 3 α1 + α3 = x+y 3 Pela segunda e quarta equac¸o˜es temos que α2 = y − α1 e α3 = x+y3 − α1. Logo para qualquer α1 ∈ < com α2 = y − α1 e α3 = x+y3 − α1, o sistema tem soluc¸a˜o. Reciprocamente, se fizermos: 2α1 − α2 + 3α3 = x α1 + α2 = y 4α1 + 3α2 + α3 = z α1 + α3 = w Temos pela segunda e quarta equac¸o˜es do sistema anterior que α2 = y − α1 e α3 = w − α1. Substituindo esses valores na primeira equac¸a˜o temos: 2α1 − y + α1 + 3w − 3α1 = x =⇒ w = x+y3 . Agora fazendo as mesmas substituic¸o˜es na terceira equac¸a˜o temos: 4α1 + 3y − 3α1 + w − α1 = z =⇒ z = x+10y3 . como quer´ıamos demonstrar. Agora vamos determinar uma base β para S. S = (x, y, z, w) = (x, y, x+10y 3 , x+y 3 ). Logo podemos tomar β = {(1, 0, 1 3 , 1 3 ), (0, 1, 10 3 , 1 3 )} como base,pois e´ LI e gera S. iii h) Seja w1 = (1, 0, 1 3 , 1 3 ). Agora temos : w2 = v2 − ( v2.w1 w1.w1 ) .w1 = (0, 1, 10 3 , 1 3 )− ((0, 1, 10 3 , 1 3 ).(1, 0, 1 3 , 1 3 ) (1, 0, 1 3 , 1 3 ).(1, 0, 1 3 , 1 3 ) ) (1, 0, 1 3 , 1 3 ) = (−1, 1, 3, 0) Logo uma base ortogonal e´ {(1, 0, 1 3 , 1 3 ), (−1, 1, 3, 0)}. i) ‖w1‖ = √ 12 + 02 + (1 3 )2 + (1 3 )2 = √ 11 3 . ‖w2‖ = √ 1 + 1 + 9 = √ 11. Logo basta dividirmos os vetores da base ortogonal pela sua respectiva norma. Assim teremos a seguinte base ortonormal: {(3 √ 11 11 , 0, √ 11 11 , √ 11 11 }, (− √ 11 11 , √ 11 11 3 √ 11 11 , 0)}. 2a Questa˜o) Soluc¸a˜o: Para que os vetores {2 + 2x, 3 + x− x2, 2x+ x2} gerem subespac¸os de P2, a combinac¸a˜o linear desses vetores tem que ser um polinoˆmio de grau 2. Sejam u = 2 + 2x , v = 3 + x− x2 e w = 2x+ x2. Assim temos: ax2 + bx+ c = αu+ βv + γw ax2 + bx+ c = α(2 + 2x) + β(3 + x− x2) + γ(2x+ x2) ax2 + bx+ c = 2α+ 2αx+ 3β + βx− βx2 + 2γx+ γx2 ax2 + bx+ c = (γ − β)x2 + (2α + β + 2γ)x+ (2α + 3β) E portanto: a = γ − β b = 2(α + γ) + β =⇒ b = 2a+ c c = 2α + 3β Assim os subespac¸os de P2 gerados pelos vetores {2 + 2x, 3 + x − x2, 2x + x2} sa˜o da iv forma {ax2 + bx+ c / b = 2a+ c}. Verificaremos agora se os vetores sa˜o linearmente independentes ou linearmente de- pendentes: αu+ βv + γw = 0 Da etapa anterior temos que: (γ − β)x2 + (2α+ β + 2γ)x+ (2α + 3β) = 0 O polinoˆmio de grau 2 acima so´ sera´ o polinoˆmio nulo se seus coeficientes forem nulos. Enta˜o: γ − β = 0 =⇒ γ = β 2α + β + 2γ = 0 2α + 3β = 0 =⇒ 2α = −3β Assim, temos: 2α + β + 2γ = 0 − 3β + β + 2β = 0 0 = 0 Logo o sistema tem infinitas soluc¸o˜es e portanto os vetores {2 + 2x, 3 + x− x2, 2x+ x2} sa˜o linearmente dependentes (L. D.). 3a Questa˜o) Soluc¸a˜o: Demonstrac¸a˜o: Temos por hipo´tese que u e v sa˜o L. I., ou seja, sempre que au+bv = 0, temos a = b = 0. Queremos mostrar que: c(u+ v) + d(u− v) = 0 =⇒ c = d = 0. De fato: c(u+ v) + d(u− v) = 0 cu+ cv + du− dv = 0 (c+ d)u+ (c− d)v = 0 v Como por hipo´tese u e v sa˜o L. I. enta˜o: c+ d = 0 c− d = 0 sistema que admite somente a soluc¸a˜o c = d = 0. Logo, u+ v e u− v sa˜o L. I.. 4a Questa˜o) Soluc¸a˜o: S = a −a −b b c −c , onde a, b, c ∈ IR S e´ subespac¸o. S na˜o e´ vazio: 0 0 0 0 0 0 pertence a` S, se tomarmos a = b = c = 0. E as duas condic¸o˜es abaixo sa˜o satisfeitas: i) SejaM1 = a1 −a1 −b1 b1 c1 −c1 ∈ S eM2 = a2 −a2 −b2 b2 c2 −c2 ∈ S, onde a1, a2, b1, b2, c1, c2 ∈ IR. Enta˜o: M1 +M2 = a1 + a2 −a1 − a2 −b1 − b2 b1 + b2 c1 + c2 −c1 − c2 = a1 + a2 −(a1 + a2) −(b1 + b2) b1 + b2 c1 + c2 −(c1 + c2) = = a3 −a3 −b3 b3 c3 −c3 ∈ S , onde a3 = a1 + a2 , b3 = b1 + b2 , c3 = c1 + c2 (a3, b3, c3 ∈ IR). ii) Seja α ∈ IR eM = a −a −b b c −c ∈ S , a, b, c ∈ IR. vi αM = αa −αa −αb αb αc −αc = d −d −e e f −f ∈ S , onde d = αa, e = αb, f = αc. 5a Questa˜o) Soluc¸a˜o: Considere o sistema 2x1 + 4x2 + 6x3 = −6 3x1 − 2x2 − 4x3 = −38 x1 + 2x2 + 3x3 = −3 (1) a) Me´todo de Gauss-Jordan O sistema linear acima pode ser representado por: 2 4 6 3 −2 −4 1 2 3 x1 x2 x3 = −6 −38 −3 1a Etapa) Formaremos a matriz aumentada [A|b]. A matriz aumentada e´ dada por: [A|b] = 2 4 6 | −6 3 −2 −4 | −38 1 2 3 | −3 2a Etapa) Transformaremos a matriz aumentada a` sua forma escada reduzida por linhas, usando operac¸o˜es elementares em suas linhas. vii [A|b] = 2 4 6 | −6 3 −2 −4 | −38 1 2 3 | −3 Dividindo a primeira linha por 2 obtemos: 1 2 3 | −3 3 −2 −4 | −38 1 2 3 | −3 Fazendo L2 ↔ L2 − 3L1 , L3 ↔ L3 − L1, obtemos 1 2 3 | −3 0 −8 −13 | −29 0 0 0 | 0 Multiplicando L2 por −1/8, encontramos 1 2 3 | −3 0 1 13/8 | 29/8 0 0 0 | 0 E finalmente, fazendo L1 ↔ L1 − 2L2, obtemos 1 0 −1/4 | −41/4 0 1 13/8 | 29/8 0 0 0 | 0 (2) viii O sistema linear correspondente a` matriz (2) na forma escada reduzida por linhas e´ dado por: x1 − 1 4 x3 = −41 4 x2 + 13 8 x3 = 29 8 (3) e tem exatamente as mesmas soluc¸o˜es do sistema original (1). 3a Etapa) Resolver o sistema linear obtido na Etapa 2. Resolvendo cada equac¸a˜o para a inco´gnita correspondente ao primeiro elemento na˜o-nulo de cada linha na˜o-nula do sistema linear (3), temos: x1 = −41 + r 4 x2 = 29− 13r 8 x3 = r (4) onde r e´ um nu´mero real arbitra´rio. Logo (4) e´ a soluc¸a˜o do sistema linear dado (1). Como r pode assumir qualquer valor real, o sistema dado (1) e tem uma infinidade de soluc¸o˜es (o sistema e´ compat´ıvel e indeterminado). b) Trocando o termo independente temos: 2 4 6 −6 3 −2 −4 −38 1 2 3 1 ix Fazendo L1 × 12 temos 1 2 3 −3 3 −2 −4 −38 1 2 3 1 Agora se fizermos L2 ← L2 − 3× L1 e L3 ← L3 − L1 temos 1 2 3 −3 0 −8 −13 −29 0 0 0 4 Ou seja, na terceira linha temos 0 = 4, o que torna o sistema imposs´ıvel. x AD1_Algebra_Linear_2006-1_Questões.pdf AD1_Algebra_Linear_2006-1_Respostas.pdf
Compartilhar