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HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO CAPITULO 02 – ESCOLA MERCANTILISTA Conhecido como uma das facetas do antigo regime, levando em consideração a comparação deste regime a uma moeda com duas faces, sendo uma delas a sua face política, que é absolutismo, que trata da concentração de poderes nas mãos de uma pessoa. E a outra face desta moeda, que é a face econômica, que trata do mercantilismo, também conhecido como capitalismo comercial. Em definição, o mercantilismo trata-se da política econômica dos estados modernos Europeus. Datado, aproximadamente, entre 1500 e 1776. Essas datas variam, no entanto, em diferentes Países e regiões. O mercantilismo apresentava uma série de características e dentre elas, os principais princípios dessa escola são: - Ouro e prata como a forma mais desejável de riqueza. O metalismo, caracterizou- se por quantificar a riqueza de uma nação pela quantidade destes metais preciosos anteriormente citados. - Nacionalismo, onde buscavam uma balança comercial favorável, ou seja, o esforço para vender (exportar) mais do que comprar (importar), pois assim a nação não perderia reserva de metais preciosos. - Adotavam-se medidas de protecionismo, utilizadas pelo Estado para diminuir as importações, geralmente através do incentivo a produção industrial interna e taxas alfandegárias. - Havia a intervenção do estado na economia, representado pelo rei absolutista. Este determinava a quantidade de impostos e controlava o comercio e o mercado. Colonização e monopolização do comercio colonial. - A conquista de novas terras estimulou o pacto colonial, que era caracterizado pelo controle de um determinado pais europeu – chamado de metrópole – sobre uma região conquistada – chamada de colônia. Ou seja, Oposição a pedágios, impostos e outras restrições internas sobre o transporte de bens. Essa doutrina mercantilista, beneficiou os capitalistas mercadores, os reis e os funcionários do governo. Ela beneficiou principalmente aqueles que eram mais poderosos e radicais e tinham os monopólios e privilégios mais favoráveis. No longo prazo, a economia clássica atendeu a toda a sociedade porque a aplicação de suas teorias promovia o acumulo de capital e o crescimento econômico. Ela dava respeitabilidade aos empresários, em um mundo que anteriormente tinha direcionado as honras e a renda para a nobreza e os abastados. Os mercadores e os industriais obtiveram um novo status e dignidade, como promotores da riqueza da nação, e os empresários estavam seguros de que, ao procurar o lucro, estavam atendendo a sociedade. Alguns mercantilistas argumentavam que os salários baixos eram necessários para reduzir a ociosidade e promover a participação da força de trabalho. Na terminologia moderna os mercantilistas enfatizaram o efeito renda de um aumento no salário. Os argumentos a favor da acumulação metalista, embora exagerados, tiveram certo sentido em um período de transição entre a economia predominantemente autossuficiente da Idade Média e a economia monetária e de crédito dos tempos modernos. O rápido crescimento do comércio exigiu maior circulação de moeda, e o sistema bancário era insuficientemente desenvolvido para produzi-la. As guerras eram realizadas em bases "pague como puder", e a acumulação metalista fornecia uma reserva que poderia ser empregada para contratar soldados e pagar ou custear sua manutenção, a construção de navios, a compra de aliados e o suborno de inimigos. São os dogmas da escola mercantilista que se tornaram contribuições duradouras, abaixo relacionados. Entretanto é importante reconhecer que, embora essas ideias e políticas se assemelhem às doutrinas mercantilistas, estão sendo aplicadas atualmente em circunstâncias diferentes, por motivos diferentes e em um contexto de políticas sociais diferentes das vigentes na era mercantilista. • Ouro e prata como a forma mais desejável de riqueza • Nacionalismo, cada um deveria promover exportações e acumular riqueza à custa dos vizinhos. • Importação isenta de taxas de matérias-primas que não podiam ser produzidas internamente, proteção para bens manufaturados e matérias-primas. • Colonização e monopolização do comercio colonial ou bilateralidade. • Oposição a pedágios, impostos e outras restrições internas sobre o transporte de bens. • Forte controle central. • Importância de uma população numerosa e trabalhadora. • Os mercantilistas deram uma contribuição duradoura para a economia ao enfatizar a importância do comércio internacional • Primeiro influenciaram permanentemente as atitudes em relação ao mercador. • Em segundo lugar, o mercantilismo teve um impacto na economia, promovendo o nacionalismo, uma força que está bem viva hoje. O mercantilismo foi finalmente desafiado pelos defensores do “laissez-faire” que argumentaram que os comércios internacionais e domésticos eram importantes e que não era o caso que um país devesse se tornar rico em detrimento de outro. À medida que esta e outras ideias econômicas surgiram ao longo do século XIX, a visão mercantilista foi substituída. No entanto, muitas das ideias e políticas não foram esquecidas, emergindo novamente à medida que as circunstâncias mudaram. Por exemplo, a Grande Depressão do início do século XX criou dúvidas sobre a eficácia e estabilidade das economias de mercado livres, proporcionando um novo papel aos governos no controle dos assuntos econômicos. O PASSADO COM PREAMBULO – O MERCANTILISMO TARDIO Os mercantilistas deram uma contribuição duradoura para a economia ao enfatizar a importância do comércio internacional. Primeiramente influenciaram permanentemente as atitudes em relação ao mercador. E em segundo lugar, o mercantilismo teve um impacto na economia, promovendo o nacionalismo, uma força que podemos acreditar que está bem viva hoje. THOMAS MUN Resumindo, livrais-nos de produtos estrangeiros. Protecionismo e comércio. Seu pensamento consistia em que a riqueza de um país é o seu ouro, e que as exportações trazem essa riqueza e que do contrário causam a perda desse ouro. Devendo assim, restringir importações. Ainda, de acordo com ele, a resposta não estava nem na produção nem no acúmulo de bens de capital, mas em um excedente de exportações. Thomas Mun argumentou em favor de um comercio multilateral, em vez de bilateral. Ele incluiu no balanço de pagamento o valor do frete para o envio de bens; navios perdidos no mar; seguro; dinheiro gasto para apoiar guerras externas; pagamento internacional de propinas e fundos para espionagem; despesas dos viajantes entre outras coisas. CHARLIE DAVENANT Charlie Davenante passou boa parte de sua vida em vários postos do governo que trabalhavam com impostos e exportações. Também foi membro do parlamento. Davenate é considerado um mercantilista e crítico por ter tentado misturar o novo e o velho, mas que em alguns aspectos ele indicava ser um mercantilista ortodoxo. Afirmava que um reino poderia colher todo o benefício ou o lucro integral de um produto exportado se ele for feito de matérias primas domésticas, ele também preferia guerras entre o mesmo país, pois de acordo com ele guerras exteriores causavam mais prejuízos ao reino do que lucro devido a exportação de tesouros por exemplo, afetando assim a economia. JEAN BAPTISTE COLBERT Jean Colbert representa o coração e a alma do mercantilismo, que na França é clamado de Colbertismob, ele foi ministro da fazenda na França de 1661 a 1683 no reinado de Luis XIV, Jean ganhou poder por meios inescrupulosos. Colbert era um Bulionista e acreditava que a força do estado depende de suas finanças, e essasfinanças estão ligadas a arrecadação de impostos, ele era a favor da expansão das exportações, da redenção de importações e de leis que proibissem a saída de ouro e prata do país. Para Colbert a agricultura começou a guerra por terra, mas que eram essenciais para o enriquecimento, ele afirmava que as colônias eram ótimos mercados para os franceses e fontes de matérias-primas. Jean era a favor de uma população grande, trabalhadora e mal paga e que nenhuma criança era jovem demais para trabalhar, ele também tentou restringir o sentimento religioso e cancelou 17 feriados santos deixando apenas 24. SIR WILLIAM PETTY Foi um economista cientista e filosofo britânico. Primeiro no estudo da economia política, Petty propôs a utilização dos métodos quantitativos, por ele chamados de aritmética política como meio de análise de riqueza de um país. Obteve grande fortuna com sua visão mercantilista que lhes forneceram ideias novas que interviam a economia clássica. Dentre suas principais ideias estão: A defesa de um comercio exterior mais livre; Uma grande população. Além disso Petty achava que o estado deveria empregar pessoas desempregadas. Nesse sentido ele foi um precursor dos economistas contemporâneos. Como um precursor da economia clássica expos, em fragmentos, várias outras ideias que os economistas clássicos posteriormente desenvolveram em detalhes. Essas ideias incluíam a noção de velocidade, a divisão do trabalho, o rendimento como o excedente da terra, a importância de bens de capital e a teoria de valor do trabalho.