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RESUMO PENAL FINALIZADO

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Os textos em análise, tratam-se de crimes contra administração pública. Tanto a corrupção passiva, quanto a concussão e o peculato ferem sobretudo, a moralidade do Estado. Entretanto, é importante compreender que o direito penal é abrangente, não se resume a letra da lei e tipificação de crime, cabe ao operador do direito, além disso, se atentar ao caso concreto, as interpretações aplicáveis, a execução penal. Existem pontos de relevância que precisam ser debatidos. Tais como a impunidade nos crimes de corrupção passiva, o cabimento da prisão em flagrante na concussão e a tipificação do peculato de uso. O objetivo desse texto é discorrer a respeito dessas questões
A cifra negra da corrupção, é o nome denominado para o conjunto de atos criminosos que não alcança o conhecimento policial devido à falta de denúncia entre números de crimes praticados e numero de crimes conhecidos. É definida por alguns teóricos como genitora de todos os crimes e praticado por diversos tipos de pessoas de alto e baixo-escalão, por não ser registrados pelos órgãos especiais não chega até o processo ou ação penal.
Esse fenômeno cifra negra que evidencia o número de crimes efetivamente praticados e não aparecem nas estatísticas oficiais, demonstra que apesar de todos nós já termos praticado algum crime na vida (ameaça, crime contra a honra, apropriação indébita de um cd ou livro etc.) observa-se que apenas uma pequena parcela dos delitos será investigada e levarão a um processo judicial que repercute em uma condenação criminal. Como já constatado, a maior parte dos crimes não são descobertos ou ficam impunes e, ainda assim, a sociedade sobrevive.
Contudo, os maus resultados causados por um sistema penal seletivo recaem com todo o seu peso sobre um resultado fracassado, que sofrerá como um bode expiatório,, uma vez que tal violência não trará qualquer benefício para a coletividade, pelo contrário, apenas aumentará a exclusão. Com isto, o risco de ser etiquetado, ou seja, aparecer no claro das estatísticas, não depende da conduta, mas da situação do indivíduo na pirâmide social, por isso o sistema penal é seletivo, pois funciona segundo os estereótipos do criminoso, que são confirmados pelo próprio sistema.
Segundo Augusto Thompson a seletividade penal quanto ao status social do sujeito, a vida dos mais desafortunados é mais exposta no transporte coletivo, andando nas ruas, na praia, nos botecos, estando mais visíveis quando praticam algo ilícito. Não há identidade entre a autoridade pública e ele, que geralmente vem das camadas mais pobres e não possui condições de ter uma boa defesa técnica, face às dificuldades materiais das defensorias públicas.
A corrupção tem as mesmas razões de todos os demais crimes não famélicos, oportunidade de escolha pessoal, riscos de ser descoberto em conjunto com proporcionalidade da sanção. As soluções também são as mesmas, pois gera descrédito para o Estado, impunidade aos bandidos e uma sensação de injustiça às vítimas.
Ademais, existe uma imensa dificuldade da punibilidade desse tipo penal, visto que a maior parte ocorre de forma oculta e silenciosa, e assim permanecem. Existe uma inviabilidade da aplicação da prisão em flagrante nos crimes de corrupção passiva que ocorre justamente devido à falta de denúncia e dificuldade de provar o alegado.
Por ora, é de tamanha importância que haja o entendimento sobre o cabimento e possibilidade da prisão em flagrante. O auto de prisão em flagrante não é cabível em determinadas situações, e se usado de forma equivocada, constitui-se como ilegal. Há tipos penais que a letra da lei traz a conduta e o resultado, mas que este último serve para mero exaurimento do crime, e são nesses casos que merecem atenção quanto a aplicação do APF.
O delito de Concussão por exemplo, tipificado no artigo 316, do Código Penal Brasileiro, é um crime formal, ou seja, a sua consumação ocorre quando se pratica o núcleo do tipo penal independente de resultado. Desta forma, é cabível a prisão em flagrante quando o agente exigir a vantagem indevida e não no momento do recebimento dessa vantagem, pois este é apenas o exaurimento do crime em questão.
Portanto, não se fala em prisão em flagrante na concussão quando não se exige, pois para a consumação da concussão é preciso “exigir”, pois quando o agente está a receber a “vantagem” isso é considerado mero exaurimento, o crime já se consumou lá atrás, então não há flagrante. Com efeito, a prisão em 
flagrante nos crimes formais deve ter como referência a prática do verbo descrito no tipo penal, e não a ocorrência do resultado.
Observa-se se há flagrante quando atende algumas hipóteses previstas no artigo 302, do CPPB caso não esteja enquadrado nesse artigo o delegado deverá instaurar uma portaria, ou se necessário decretar a prisão preventiva. Já no Peculato de uso, que é um crime com sua previsão no artigo 312 do CP, discorre da previsão do funcionário publico cometer crimes de uso, que nada mais é do que o funcionário público manusear um bem infungível em seu próprio benefício ou de outrem, mas com a intenção de devolvê-lo sem a possiblidade de se apossar do que não é seu. Portanto, o peculato de uso não se configura como atitude criminosa, pois é inexistente a ideia de se apropriar do bem.
No artigo 312 do código penal, menciona que a partir do momento que o funcionário público se apropriar ou desviar em proveito próprio ou alheio dinheiro ou qualquer tipo de bem móvel se configura como atitude criminosa. É importante salientar que o enriquecimento ilícito sem causa do funcionário público está previsto na lei 8429/92 do inciso 7º qual aborda que o funcionário público que possui patrimônio que não são compatíveis com sua renda declarada, o Ministério Público irá disponibilizar os bens do indiciado e ao longo dos incisos decorrem em até punições, multas e perdas de cargos.
Observamos que o peculato é um tipo de crime que possui leis rigorosas com finalidade de evitar a corrupção no nosso país, o que a maioria das vezes era utopia, mas o sentimento de lutar por um país sem corrupção é maior, e estas leis hoje tem o intuito de acabar definitivamente com a corrupção.
Através do entendimento desses três temas que a princípio se parecem distintos, o que depois de leituras e estudos percebe-se que não são tão distintos assim, é possível entende-los e correlacioná-los. Visto que se referem sempre à corrupção, prática de condutas duvidosas, uso indevido de bens públicos, práticas voltadas sempre à administração pública, temas estes tão atuais em nosso dia a dia, temas de verdadeiro repúdio, onde se vê sua prática sem as suas devidas punições.
Este breve relato sobre esses temas, tem por escopo precípuo trazer de forma clara conhecimentos preliminares acerca de alguns delitos praticados contra a Administração Pública, sempre na busca do conhecimento para melhor entendimento dos fatos com responsabilidade, ética e compromisso. É importante essa abordagem sobre assuntos que a todo o momento é notícia na mídia, dado o envolvimento de agentes públicos que se homiziam, no seu lado bandido e imundo, na Administração Pública, camuflados em ternos, gravatas ou fardas, praticando crimes altamente prejudiciais ao povo, quando, por exemplo, um agente público comete um delito de corrupção passiva, apropriando-se de dinheiro, desviando recursos, “roubando” com o superfaturamento de obras e serviços, causando um verdadeiro extermínio da população, pois o Estado deixa de cumprir suas atividades sociais e essenciais que lhe são constitucionalmente atribuídas, para engordar as empresas de corruptos e bandidos desalmados. Assim, o Código Penal Brasileiro dedica, exclusivamente, o Título XI, com a rubrica “Dos Crimes contra a Administração Pública”, com o fito de proteger a Administração Pública das condutas lesivas de seus servidores, bem assim, de particulares que se relacionam com a Administração, possuindo como objetividade jurídica, “o interesse da normalidade funcional, probidade, prestígio, incolumidade e decoro”da Administração Pública. Não custa nada acreditar que um dia teremos uma Administração Pública livre e longe desses indivíduos que utilizam-se do cargo para locupletar-se com o dinheiro do povo. Mais cedo ou mais tarde possamos acreditar que tudo isso possa acabar, porque um dia a sociedade será mais vigilante, haverá mais cobranças e o mundo será mais justo.
REFERÊNCIAS
( BRASIL. Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Vade mecum. São Paulo: Saraiva)
( BRASIL. Direito Penal parte especial V.3, Masson , Kleber , editora Metodo)
 
FACULDADE DO SUL MANTIDA PELA UNIC EDUCACIONAL UNIME/ITABUNA
DOS CRIMES CONTRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Dissertação do Curso de Direito da Faculdade do Sul mantida pela UNIC educacional UNIME/ITABUNA tem como requisito para obtenção da nota parcial e oficial do 2º bimestre da disciplina de Direito Penal Crimes contra a dignidade sexual e contra a administração publica.
Docente. Dr. Manoel Messias Neto
Discentes : Alessandra Morais, Danielle Dias, Kaliane Araujo , Maria Clara Castro , Claúdia Pellegrini e Marcela Santiago. 
2017.2

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