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Aula 03 – Granulometria do Solo Prof. Paula Sant'Anna Moreira Pais paula.pais@prof.unibh.br 1. Introdução Todos os solos, em sua fase sólida, contêm partículas de diferentes tamanhos em proporções as mais variadas. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Pode afetar o comportamento do solo!! Por isso é importante classificar um solo quanto à sua granulometria, ou seja, quanto ao tamanho e porcentagens de ocorrência. 1. Introdução Tamanho das partículas constituintes Solos grossos ou granularesSolos finos 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Solos grossos ou granulares Pedregulhos Areias Solos finos SiltesArgilas 1. Introdução PEDREGULHOS Acumulações de fragmentos de rocha. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 rocha. Sem coesão. Sem plasticidade. Mais comumente encontrados em margens de rios e depressões preenchidas por materiais transportados pelos rios. 1. Introdução AREIAS Ásperas ao tato; Não se contraem quando secas; Sem plasticidade e pegajosidade; 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Sem plasticidade e pegajosidade; Não coesa; Formadas por cristais de quartzo e minerais primários. 1. Introdução SILTES Granulação fina; Pouca ou nenhuma plasticidade; 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Pouca ou nenhuma plasticidade; Ligeira coesão (forma torrões de fácil desagregação) ; Min. primários + secundários 1. Introdução ARGILAS: Granulação muito fina; Plasticidade e pegajosidade , quando úmidas; 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Dura e muito coesa, quando seca; Superfície específica alta; Expansão e contração; Minerais secundários (1:1 e 2:1) e óxidos. 1. Introdução Escalas granulométricas. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 1. Introdução Escalas granulométricas ABNT NBR 6502/1995. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 1. Introdução Silte 0,06 - 0,002 mm Representação esquemática do tamanho das partículas. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Argila < 0,002 mm Areia 2 - 0,06 mm A análise granulométrica dos solos é um estudo da distribuição das dimensões dos grãos de um solo. Ou seja, É a determinação das dimensões das partículas do agregado e de 2. Análise Granulométrica do Solo 06/03/2016 determinação das dimensões das partículas do agregado e de suas respectivas porcentagens de ocorrência. Mecânica dos Solos - Aula 3 O ensaio de análise granulométrica do solo está normatizado pela ABNT/NBR 7181. 2. Análise Granulométrica do Solo A análise granulométrica pode ser realizada: Por peneiramento, quando temos solos granulares (solos grossos) como as areias e os pedregulhos; Por sedimentação, no caso de solos finos (siltes e 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Por sedimentação, no caso de solos finos (siltes e argilas); Pela combinação de ambos os processos; Por difração de laser. 3. Coleta e preparo do solo 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Amostras deformadas; Coleta-se a amostra e armazena em um saco plástico devidamente identificado. 3. Coleta e preparo do solo Deixe as amostras secarem ao ar (evitando o contato direto com 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 ar (evitando o contato direto com o sol), até que cheguem à umidade higroscópica. 3. Coleta e preparo do solo Destorroe a amostra a fim de evitar agregados do solo. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 evitar agregados do solo. Após estes processos, a amostra do solo estará pronta para ser analisada!!! 4. Peneiramento Procedimento utilizado para solos grossos (solos granulares). Objetivo: separação dos sólidos de um solo em diversas frações. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 diversas frações. Uso: para partículas (sólidos) com ø > 0,075 mm (P#200). Material: uma série de peneiras de abertura de malhas conhecidas. 4. Peneiramento Agitador de peneiras Peneiras para a análise granulométrica dos solos 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 4. Peneiramento 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 4. Peneiramento Tipos de Peneiramento: Peneiramento Grosso: separa partículas > 2 mm Peneiramento Fino: separa partículas < 2 mm Procedimento: P#10 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Procedimento: Uso de equipamento que permite a vibração; Obtem-se a massa de solo retida ou passante; Com isso calcula-se a porcentagem em peso retida ou passante em cada peneira. 4. Peneiramento Exemplo de resultado da granulometria por peneiramento. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 5. Sedimentação Como não existem peneiras para os solos finos (partículas menores que 0,075 mm – P#200), para avaliar a sua distribuição granulométrica utiliza-se o processo da sedimentação. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 sedimentação. Este processo é baseado na Lei de Stokes: “A velocidade de queda de uma partícula esférica, de peso específico conhecido, em um meio líquido rapidamente atinge um valor constante que é proporcional ao quadrado do diâmetro da partícula.” 5. Sedimentação t z Dxv ws 2 18 )( A Lei de Stokes relaciona o 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 diâmetro equivalente das partículas (D) com a velocidade de sedimentação (v) em um meio líquido de viscosidade (μ) e peso específico (γ) conhecidos 5. Sedimentação Esquema do ensaio de sedimentação: 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 5. Sedimentação 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 5. Sedimentação t z Dxv ws 2 18 )( 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 t z xD ws 1800 6. Granulometria Conjunta Para solos, que tem partículas tanto na fração grossa (areia e 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 tanto na fração grossa (areia e pedregulho) quanto na fração fina (silte e argila). 8. Representação do Ensaio de Granulometria Após obtidos os resultados no ensaio granulométrico do solo, traça-se a curva granulométrica. A curva granulométrica apresenta: Nas abscissas: 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Nas abscissas: Diâmetros equivalentes (em escala semi-logarítmica). Nas ordenadas: porcentagens acumuladas retidas, à esquerda; as porcentagens que passam, à direita. 9. Curva Granulométrica do Solo Curva granulométrica em uma amostra de solo residual. 97% 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 42% 2% 9. Curva Granulométrica do Solo Curva granulométrica em uma amostra de solo residual. 97% Pedregulho: 100 – 97= 3% Areia: 97 – 42 = 55% Silte: 42 – 2 = 40% 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 42% 2% Silte: 42 – 2 = 40% Argila: 2% Com base na granulometria e observado na curva granulométrica, os solos podem ser: mal graduados: solos que tem seus grãos variando 9. Curva Granulométrica do Solo 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 mal graduados: solos que tem seus grãos variando dentro de pequenos intervalos. bem graduados: solos que tem várias frações de diâmetro diferentes misturadas. 9. Curva Granulométrica do Solo 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Solos mal graduados 9. Curva Granulométrica do Solo 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 10. Coeficientes Granulométricos do Solo Diâmetro efetivo (D10): É o ponto característico da curva granulométrica para medir a finura do solo, que corresponde ao ponto de 10%, tal que 10% das partículas do solo possuem diâmetro inferiores a ele. 10DDef 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 Coeficiente de uniformidade (Cu): Dáuma idéia da distribuição do tamanho das partículas do solo. Indica, na verdade, a falta de uniformidade, pois quanto maior o seu valor, mais desuniforme o solo. 10 60 D D Cu Cu<5 – solo uniforme; 5<Cu<15 – solo de uniformidade média; Cu>15 – solo desuniforme. 10. Coeficientes Granulométricos do Solo Coeficiente Curvatura (Cc): Dá a idéia do formato da curva permitindo detectar descontinuidades no conjunto. 1<Cc<3 – solo bem graduado Cc<1 ou Cc>3 – solo mal graduado. 06/03/2016Mecânica dos Solos - Aula 3 )()( )( 6010 2 30 DxD D Cc Cc<1 ou Cc>3 – solo mal graduado. Exemplo Mecânica dos Solos - Aula 3 06/03/2016 9 0,60,02 Solução : Coeficiente de não uniformidade Exemplo 450 02,0 9 10 60 D D Cu Cu<5 – solo uniforme; 5<Cu<15 – solo de uniformidade média; Mecânica dos Solos - Aula 3 06/03/2016 Coeficiente de curvatura 02,010D 2 )9)(02,0( )6,0( )()( )( 2 6010 2 30 DxD D Cc média; Cu>15 – solo desuniforme. 1<Cc<3 – solo bem graduado Cc<1 ou Cc>3 – solo mal graduado. Classificação: Solo bem graduado
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