Aula 2 Cultura das Mídias

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Cultura das Mídias
Prof. Me.Wellington Lopes
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Já está se tornando lugar-comum afirmar que as novas tecnologias da informação e comunicação estão mudando não apenas as formas do entretenimento e do lazer, mas potencialmente todas as esferas da sociedade: o trabalho (robótica e tecnologias para escritórios), gerenciamento político, atividades militares e policiais (a guerra eletrônica), consumo (transferência de fundos eletrônicos), comunicação e educação (aprendizagem a distância), enfim, estão mudando toda a cultura em geral.
Santaella (2003, p. 23)
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Robótica
 
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Robótica
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Consumo
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Consumo
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Comunicação
 
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Comunicação
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Comunicação/relacionamento
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Educação
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Educação
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E, neste contexto tecnológico, a explosão das redes e a cultura do virtual:
o que é a cultura das mídias?
A cultura das mídias (termo cunhado em 1992 por Santaella) “não se confunde nem com a cultura de massas, de um lado, nem com a cultura virtual (ou cibercultura) de outro. É, isto sim, uma cultura intermediária, situada entre ambas. Quer dizer, a cultura virtual não brotou diretamente da cultura de massas, mas foi sendo semeada por processos de produção, distribuição e consumo comunicacionais a que chamo de ‘cultura mídias’. Esses processos são distintos da lógica massiva e vieram fertilizando gradativamente o terreno sociocultural para o surgimento da cultura virtual ora em curso”.
Santaella (2003, p. 24)
 
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 Cibercultura 
 
 Cultura das Mídias
Cultura de Massa
Para compreendermos melhor o histórico da comunicação, Santaella (2003), propôs uma divisão de seis eras culturais:
Cultura oral
Cultura escrita
Cultura impressa
Cultura de massa
Cultura das mídias
Cultura digital
Cultura oral 
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Nas sociedades antigas, antes da invenção da escrita, os acontecimentos e o saber eram compartilhados de
forma oral sempre dos mais velhos para os mais novos.
Cultura escrita
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Por exigir conhecimento, esse tipo de cultura era restrito a uma minoria nas sociedades antigas. Na cultura anterior, a fala, uma vez pronunciada, se esvaia no tempo; já a cultura escrita, sustentada por um suporte físico, passou a ser um registro de longa duração alcançando lugares antes inatingíveis.
Cultura impressa
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Em 1430, Johann Guttemberg, descobre uma forma de juntar caracteres móveis: a Tipografia para imprimir textos sobre o papel. Nasce a cultura impressa no mundo retirando à exclusividade de uma minoria dominante, mais precisamente, o clero e a nobreza, que detinham o poder da escrita e das ideias. Outra contribuição da cultura impressa foi a reprodução em série de uma mesma obra deixando-a popular e democrática.
Cultura de Massa
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É a produção intelectual e de entretenimento para a grande população através da tecnologia. Através dela, todos têm acesso ao que é produzido a um baixo custo. A televisão, o melhor exemplo desta era cultural, representa o consumo massivo do conteúdo que é gerado sem distinção do público diferenciado que compõe a grande massa.
Cultura das Mídias
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A cultura das mídias põe em declínio o domínio da cultura de massas que era produzida e imposta por uma minoria (classe dominante) para um público de massa. O novo cenário (a cultura do disponível) traz a grande massa o “poder” de escolha. Os primórdios da cultura das mídias são os equipamentos técnicos que propiciaram novos processos de comunicação, tais como a multiplicação dos canais de televisão a cabo, videocassete, jogos eletrônicos,etc, que trouxeram a escolha que a cultura de massa até então não ofertava.
Cultura digital
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É a cultura cuja palavra-chave é interatividade. A interatividade do homem com a máquina e as suas tecnologias de comunicação e informação. Também conhecida por cultura do acesso.
Considerações finais
Ainda em relação às seis eras culturais: oral, escrita, impressa, de massas, das mídias e digital, faz-se necessário o seguinte esclarecimento: “nenhuma era cultural desapareceu com a outra. Ela sofre reajustamentos no papel social que desempenha, mas continua presente. Não se trata, portanto, da passagem de um estado das coisas a outro, mas uma complexificação, do imbricamento de uma cultura na outra”. 
Santaella (2003, p.78).
Considerações finais
“Da cultura de Massas a Cultura das Mídias” e “Da cultura das Mídias à Cibercultura” a fim de nos contextualizar as duas transições culturais que tem o século XX como elemento de tempo central. A primeira: cultura das massas, tem o seu nascimento com o jornal, o telégrafo e a fotografia, oriundos diretamente da Revolução Industrial dos séculos anteriores, e o seu apogeu com o cinema e a televisão, especialmente no período do final dos anos 60 e início dos anos 70, quando a difusão televisiva atinge seu ponto máximo de maturação e, a partir daí, se satura com a segunda: com os diversos dispositivos que dão ao espectador um mínimo poder de escolha (videocassete, games).
Santaella (2003)
Considerações finais
Os microcomputadores dos anos 80 transformam o espectador também em usuário. “Na medida em que o usuário foi aprendendo a falar com as telas, […] seus hábitos exclusivos de consumismo automático passaram a conviver com hábitos mais autônomos [...] e de escolhas próprias. Nascia aí a terceira: a cultura da velocidade e das redes que veio trazendo consigo a necessidade de simultaneamente acelerar e humanizar a nossa interação com as máquinas”.
Santaella (2003, p. 82)
Referências
SANTAELLA, Lucia. Cultura e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.
_____. Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano. In: Revista FAMECOS. Porto Alegre: PUCRS, 2003.