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Da segurança e medicina no trabalho DA SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas (não regulamentada), insalubres ou perigosas, na forma da lei; Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA (art. 163 a 165, CLT) A CIPA tem por finalidade a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de forma a tornar compatível o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Art. 163 – Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único – O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA (s). Art. 164 – Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. § 1º – Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. § 2º – Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. § 3º – O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. § 4º – O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA. § 5º – O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente. Art. 165 – Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único – Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. – Caracterização e classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo o MTE, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do trabalho (art. 195, CLT). Atividades Perigosas – Periculosidade (Morre derepente) Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: a) Inflamáveis (art. 193, I, CLT + NR 16); b) Explosivos (art. 193, I, CLT + NR 16); c) Eletricidade (art. 193, I, CLT + NR 16); d) Roubos / Espécies de violência física atividades de segurança – VIGILANTE (art. 193, II, CLT + NR 16). e) Radiação Ionizante (OJ 345 SDI-1/TST) – Para fazer jus ao adicional, o empregado deve ter contato permanente ou intermitente com os agentes perigosos (Súmula 364, TST). – O adicional é de 30% sobre o salário básico, não sendo considerados prêmios, gratificações e participação nos lucros. Integra o cálculo das indenizações, horas extras e adicional noturno. Súmula nº 39 do TST – PERICULOSIDADE Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). Atividades Insalubres – Insalubridades (art. 189 a 192 da CLT) (Morre aos poucos) Situação do ambiente q expõe o empregado a agentes químicos, físicos e biológicos acima dos limites de tolerância implicando pagamento de adicional conforme o grau de insalubridade. – As atividades ou operações insalubres são aquelas definidas em quadro aprovado pelo MTE (NR 15), o qual contempla também os limites de tolerância. – Ainda que a perícia judicial constate a existência de agente nocivo, é necessário que este esteja enquadrado pelo MTE para ensejar o adicional de insalubridade (Súmula 460, STF). OJ 278 (SDI-1) – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO (DJ 11.08.2003) A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. Súmula nº 293 do TST – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Súmula nº 47 do TST – INSALUBRIDADE O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. OJ 4 (SDI-1) – LIXO URBANO – Necessário laudo pericial mais classificação pelo MTE. A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres (…) – O adicional será concedido nos percentuais de 40%, 20%, 10% do salário- mínimo da região, segundo se classifique nos graus máximo, médios e mínimos (art. 192, CLT). – Integra o salário para todos os fins, exceto: DSR e feriados (OJ 103 da SDI- 1/TST); – Suprida a causa que lhe deu origem, cessa o pagamento da insalubridade; – O Simples fornecimento de EPI não exime o empregador do pagamento de adicional, apenas se eliminar o agente agressivo (Súmulas 289 e 80 do TST); – Não é possível a cumulação dos adicionais de periculosidade e insalubridade, podendo o empregado optar pelo mais favorável.
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