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REVISÃO EMRPESARIAL III

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REVISÃO EMRPESARIAL III
Negociabilidade: É a possibilidade de transmitir o título por endosso ou tradição.
Executividade: Art. 784 CPC O título é considerado um título executivo judicial e poderá ser executado independente de ação de conhecimento. Vale como sentença declaratória.
Inoponibilidade das Exceções Cartorárias : Art 17 Lei Uniforme de Genebra. Não poderá ser imposta a outra pessoa o vício da cadeia do título. Os outros poderão ser executados. 
Obs: Em caso da presença do avalista, este poderá ser executado.
Características dos Títulos de Crédito:
1)Formalismo – Requisitos em Lei.
2) Executividade – São títulos executivos
3)Negociabilidade – Possibilidade de transferência do título
4)Inoponibilidade das Exceções Cartorárias
Em que consiste o princípio da Literalidade? R: O título vale o que está escrito no teor dele.
4)O que é autonomia do título de crédito? R: É um documento que possui valor independentemente da causa que lhe deu origem.
5)O que é a negociabilidade dos títulos de Crédito? R: Possibilidade de transferir o título de crédito por Endosso ou Tradição.
6)Quanto à natureza jurídica, os títulos poderão ser abstratos ou causais, explique cada um deles.
Abstratos – : cheque por exemplo poder ser emitido em razão de uma locação, prestação de serviço, compra e venda de um bem à vista ou a prazo entre outros.
Causais- negócio jurídico específico . duplicata que só pode ser emitida por decorrência de uma venda ou prestação de serviço nunca por outra razão já 
7) Uma das características do título de crédito é a força executiva. Explique:
R: Art 784 CPC. Significa que o título de crédito dá possibilidade de ser executado a qualquer momento mesmo que não haja ação de conhecimento.
8) Título ao portador – É aquele que não possui o nome beneficiário.
Título à Ordem – É aquele que possui o nome do beneficiário.
Título Nominativo - É aquele que tem o nome do beneficiário.
9) Explique oq é letra de câmbio:
R: Título de crédito pelo qual o emitente (sacador) dá ao aceitante (sacado), ordem de pagar, ao beneficiário investidor (tomador), determinada quantia, no tempo e nos lugares fixados na cambial (letra de câmbio)
Nota promissória:
R: Uma nota promissória é um documento que constitui uma promessa incondicional de pagamento.
10) Quem são os participantes da letra de câmbio:
Sacador – Obrigado principal até o sacado aceitar
Sacado - Aceitante
Beneficiário – 
Avalista – Garantidor (terceiro)
12) Requisitos essenciais da letra de câmbio: art. 1 Lei Uniforme de Genebra
R: O nome do emitente, o nome da pessoa a quem a ordem deve ser paga, data de vencimento.
15) Quais são as finalidades do Endosso?
R: Transferência de crédito e garantia.
16) Quais as Consequências Jurídicas do Endosso?
R: O beneficiário Transfere o direito Literal e Autônomo para outra pessoa.
17) Explique a Diferença entre endosso em branco e endosso em preto?
R; O endosso em branco consiste na assinatura do endossante, fazendo com que o título nominal passe a circular como se fosse título ao portador. Esse endosso deve ser conferido na parte de trás do título. Endosso em preto é aquele em que o endossante identifica expressamente o nome do endossatário.
18) As modalidades do endosso são:
Endosso Mandato: Quando a pessoa escolhe um procurador para representar. O valor do endosso continua pertencendo à ele.
Endosso Calção; Endosso feito no título para dar uma garantia por alguma prestação de serviço.
Endosso Póstumo : Endosso feito após a data de vencimento.
19) Qual a finalidade do Aceite?
R: Quando o sacado aceita cumprir a ordem de pagamento. Aceita através da assinatura do título.
20) Conceitue aceitante:
R:O Aceitante é o sacado quando aceita a ordem do sacador.
21) Existe Aceite Obrigatório? Explique.
R: Em princípio não, Aceite é facultativo. Porém, nos casos em que o vencimento é a certo termo de vista o vencimento depende da data do aceite.
22) Do que se trata o aval dos títulos de crédito?
R: Obrigação cambiária assumida por alguém no intuito de garantir o pagamento da letra de câmbio.
23) Qual a finalidade do Aval? 
R: Garantia por um terceiro do pagamento do título.
24) Quando o avalista não indica o avalizado seu aval se torna nulo?
25) Quais as modalidades de vencimento que vc conhece?
R; Vencimento à certo termo de vista; Vencimento à certo termo de data; Vencimento a certo termo de dia fixado. Art 33
26) Qual modalidade de vencimento o aceite-se torna obrigatório?
R:O vencimento acerto termo (tempo) de vista (no momento em que o sacado aceita)
REVISÃO AV2:
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
LETRA DE CÂMBIO
NOTA PROMISSÓRIA
CHEQUE 
DUPLICATA
AVAL
ACEITE
ENDOSSO
LETRA DE CÂMBIO
Trata-se de um título de crédito que contém uma ordem de pagamento dada por escrito a uma pessoa para que esta pague a um beneficiário indicado no título ou a ordem deste, determinada importância em dinheiro. A letra de câmbio utiliza o mesmo mecanismo do cheque.
OBS: a letra de cambio pode ser à ordem do próprio sacador, ou seja, o sacador emite uma letra para seu benefício.
OBS: O sacado pode indicar ao beneficiário onde receber a ordem de pagamento (LC), desde que seja dentro do mesmo município.
OBS: A LC no momento de sua emissão o sacado aponta se será pago à vista (Na data da emissão da LC) ou a certo termo de vista (Nesse caso, o tempo começa a contar a partir do aceite do sacado) a taxa de juros tem que ser estipulada na LC.
OBS: se a LC contiver a indicação da quantia por mais de uma vez, quer por extenso, quer em algarismos e houver divergência, prevalece à quantia inferior.
OBS: No caso de LC apresentar vícios referentes a algumas pessoas que assinaram as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser validas, ou seja, sua validade não pode ser discutida.
OBS: O sacador sempre será o obrigado principal, mesmo que o sacado aceite é não pague ao beneficiário, devido a isso o sacador volta a ser o obrigado principal.
OBS: No caso de o beneficiário completar os dados faltantes da LC com os valores acordados, agindo de boa-fé a LC será válida, conforme súmula 387 do STF
a. Sacador: a parte que faz o saque, oportunidade em que fica criada a letra de câmbio como documento. Esta pessoa é quem dá a ordem de pagamento.
b. Sacado: representa a parte a quem a ordem é data. É quem deve efetuar o pagamento. 
c. Beneficiário: também chamado de tomador, é a pessoa que receberá o pagamento. É o beneficiário da ordem.
OBS: Na LC o sacado pode ser qualquer pessoa e não uma instituição financeira. Além disso, o sacado na LC pode se negar a pagar o beneficiário, podendo não aceitar pagar. Nesse caso, o obrigado principal continua sendo o sacador.
1. Características:
a. É um título formalmente livre, de emissão limitada, que circula por endosso e pode ser garantida por aval. 
b. A definição do devedor principal depende da prática ou não do aceite. Ou seja, havendo aceite, o devedor principal é o sacado.
c. Este título não pode conter a condição.
d. O nome do Título de Crédito;
e. Esse título só pode ter quantia determinada, no caso de conter uma quantia em reais e outra escrita por extenso é válida a por extenso.
OBS.: o vencimento é um requisito, mas não indispensável, no caso da letra não conter a data de vencimento, considera-se seu vencimento À VISTA.
2. Vencimento
a. Vencimento: 2 dias após a vista (vencimento certo termo de vista = dois dias após a apresentação)
b. No vencimento pagará por esta única via de letra de câmbio a “A” (tomador).
OBS: Na prática, o aceite é obrigatório, porque normalmente o título é vinculado a um contrato. É se garantida por aval, passando o avalista a ser responsável pelo pagamento da mesma forma que o avalizado.
3. Requisitos Essenciais:
a. A palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;
b. O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
c. O nome daquele que deve pagar (sacado);
d. A época do pagamento;
e. A indicaçãodo lugar em que se deve efetuar o pagamento;
f. O nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;	
g. A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
h. A assinatura de quem passa a letra (sacador).
3.1. Requisitos Supríveis => O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
a. A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
b. Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado.
c. A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
NOTA PROMISSÓRIA
1. Conceito: 
É um título de crédito que representa uma promessa de pagamento.
2. Sujeitos
Na promessa de pagamento gera-se duas situações jurídicas, quem faz a promessa (Sacador ou Emitente) e quem recebe a promessa (Beneficiário), ou seja, o devedor é aquele que promete e é chamado de subscritor ou emitente ou sacador, e o credor é chamado de beneficiário.
OBS: Na nota promissória não tem ACEITE.
OBS: O credor pode passar o direito que ele possui para outra pessoa (Endosso).
3. Requisitos Essenciais
a. Denominação "nota promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;
b. A promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada;
c. A época do pagamento (Requisito suprível);
d. A indicação do lugar em que se efetuar o pagamento (Requisito suprível);
e. O nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
f. A indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada (Requisito suprível);
g. A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor).
3.1. Requisitos Supríveis
a. A nota promissória em que se não indique a época do pagamento será considerada à vista.
b. Na falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota promissória. A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor.
Disposições aplicáveis as Notas Promissórias => São igualmente aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas:
a. Às letras pagáveis no domicílio de terceiro ou numa localidade diversa da do domicílio do sacado; 
b. A estipulação de juros;
c. As divergências das indicações da quantia a pagar;
d. As consequências da aposição de uma assinatura pessoas incapazes de se obrigarem por letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas;
e. As da assinatura de uma pessoa que age sem poderes ou excedendo os seus poderes;
f. A letra em branco. 
g. São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval;
h. no caso de o aval não indicar a pessoa por quem é dado, entender-se-á ser pelo subscritor da nota promissória.
CHEQUE
1. Conceito 
	O Cheque e uma ordem de pagamento a vista emitida pelo sacador contra o sacado (Banco ou Instituição Financeira), em favor do próprio emitente ou de terceiros, e com base suficiente sobre provisões de fundos disponíveis pelo sacador em poder do sacado.
2. Requisitos
a) Requisitos Essenciais: 
I - A denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido;
II - A ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III - O nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV - A indicação do lugar de pagamento;
V - A indicação da data e do lugar de emissão;
VI - A assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
OBS: A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente.
b) Requisitos Supríveis: o título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados a cima não vale como cheque, salvo nos casos determinados a seguir:
I - Na falta de indicação especial, é considerado lugar de pagamento o lugar designado junto ao nome do sacado; se designados vários lugares, o cheque é pagável no primeiro deles; não existindo qualquer indicação, o cheque é pagável no lugar de sua emissão;
II - Não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar indicado junto ao nome do emitente.
OBS: o pagamento realizado através do cheque tem efeito em regra Clausula Pro solvendo, ou seja, até a sua liquidação não se extingue a obrigação a que se refere.
Clausula Pro Soluto: quando a coisa dada em pagamento quita definitivamente a dívida.
Clausula Pro Solvendo: quando a coisa dada em pagamento somente extingue a obrigação
4. Figuras Intervenientes
a) A sacador ou emitente: É aquele que dá a ordem de pagamento pode ser emitido por um mandatário especial com poderes expressos 
O emitente tem que ter capacidade, não podendo se obrigar os absolutamente e os relativamente incapazes.
Só poderão se obrigar se constituírem mandatário através de instrumento público com poderes especiais para o ato, se o analfabeto souber “desenhar” seu nome ele responde pela obrigação.
O falido não pode se obrigar, pois perde o direito de administrar seus bens e deles dispor a partir do momento da abertura da falência.
OBS: O devedor principal é o emitente (Sacador). A empresa de Factoring: é uma atividade comercial, mista e atípica, que soma prestação de serviços à compra de ativos financeiros. A operação de Factoring é um mecanismo de fomento mercantil que possibilita à empresa fomentada vender seus créditos, gerados por suas vendas a prazo, a uma empresa de Factoring. 
b) Sacado: E aquele contra quem a ordem foi dada (Banco ou instituição financeira). O Sacado não tem nenhuma obrigação cambial, uma vez que inexiste a figura do aceite, não podendo ser sujeito de ação cambial como também não podendo ser responsabilizado pelo credor por ausência ou insuficiência de fundos.
OBS: Exceção a esta regra ocorre quando o banco emite um cheque (Cheque Administrativo), já que ao mesmo tempo o banco é o sacado e o sacador.
O sacado não garante o pagamento do cheque, não podendo ser considerado como aceitante, sendo que o banco só se responsabilizará pelo descumprimento de algum preceito legal.
O sacado funciona como depositário de provisão do sacador.
c) Beneficiário: Aquele a favor de quem a ordem foi dada.
5. Cheque em Branco ou incompleto: A emissão ocorre quando o sacador assina o cheque. É também pode ser completado pelo portador de boa-fé. 
6. Forma
a) Cheque Nominativo: O cheque deve ser necessariamente de forma nominativa, salvo permissão legal de cheques ao portador, até o valor de R$100,00 (cem reais).
b) Cláusula não a Ordem: o cheque só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária, neste caso só será válida diante de terceiros se for celebrado por instrumento público ou particular revestido das formalidades legais.
c) Forma Cartular: modelo vinculado (O Banco do Brasil editou a resolução 1976/91 para tratar sobre o modelo do cheque).
OBS: o cheque é uma ordem de pagamento (pago à vista), seus elementos são: sacador, sacado (Instituição financeira → Banco) e beneficiário, mas no cheque não há o Aceite o que tem que haver são fundos na conta do sacador.
OBS: o cheque devolvido por falta de fundos pode ser protestado ou pode ser utilizado como um título executivo extrajudicial.
7. Provisão de Fundos 
a) Regra: O emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacado e estar autorizado a sobre eles emitir cheque, em virtude de contrato expresso ou tácito. A infraçãodesses preceitos não prejudica a validade do título como cheque
b) Cheque sem fundos: ele não é considerado nulo, só não havendo o pagamento pelo sacado.
c) Verificação dos Fundos: no momento da apresentação é não da emissão.
d) Pagamento de cheque sem fundos até o recebimento da denúncia: se o sacador fizer o pagamento de cheque sem fundos até o recebimento da denúncia importa na extinção de punibilidade.
e) Conhecimento da Vítima (Beneficiário) da Insuficiência de Fundos: descaracteriza a fraude. Ex.: Cheque pré-datado.
d) Cheque pós-datado (Emissão presente para uma data futura): a emissão antecipada para a apresentação futura, transforma o cheque em mera garantia de dívida, estando assim, desvirtuado de sua função própria não configurando delito (STF).
8. Modalidades de Cheque
a) Cheque Visado: é aquele em que o banco sacado lança declaração de suficiência de fundos a pedido do emitente ou portador legitimado. 
Nesse tipo de cheque o sacado separa a importância devida sendo a mesma debitada de imediato da conta do sacador, sendo que o débito não é em caráter definitivo. Neste sentido, o visamento significa que o sacador tem fundos disponíveis em poder do sacado, ou seja, é uma mera certificação de fundos do emitente. 
O valor do cheque é reservado previamente e ficará a disposição durante o prazo de apresentação. O visamento do cheque não vincula o sacado como aceitante.
Descumprimento da obrigação por parte do sacado, quanto a reserva de numerário suficiente: o banco responde pelo pagamento do cheque ao credor se os fundos não existiam ou deixaram de existir, uma vez condenado o banco ele tem direito de regresso contra o emitente (Sacador), isto não significa que o banco tenha obrigação cambial, trata-se de responsabilidade decorrente da inobservância de determinação legal. 
c) Cheque Cruzado: Cruzamento especial: quando o cheque possui o nome do sacado (Banco) cruzado na cártula. Hoje em dia não mais existe o cheque com vários cruzamentos.
b) Cheque administrativo: pode ser chamado de cheque bancário, cheque de tesouraria ou cheque comprado. Ex.: compra e venda de bens imóveis.
Tipos de Cheque que é sacado por um banco contra um de seus estabelecimentos, filial ou sucursal: o cheque é sacado contra a filial onde foi efetuada a compra.
O cheque e pagável em qualquer agência, neste sentido o banco é o sacado e ao mesmo tempo o sacador, ou seja, emitente e sacado se confundem. Sá poderá ser emitido nominativamente.
c) Cheque Viagem (Travel Cheque): são cheques vendidos por bancos com previa autorização do Banco Central do Brasil para serem pagos em sucursais ou filiais, situadas dentro do território nacional ou estrangeiro. São de importância fixa contidas no seu texto, contendo duas assinaturas do comprador uma no ato da compra e outra no ato da venda ou desconto.
d) Cheque Fiscal: é o tipo de cheque emitido por autoridade fiscal em razão de restituição de um tributo pago a maior. O cheque fiscal é nominal, não a ordem e não endossável. Refere-se a devolução de excesso de arrecadação.
e) Cheque para se levantar em conta: O emitente ou o portador podem proibir que o cheque seja pago em dinheiro mediante a inscrição transversal, no anverso do título, da cláusula ‘’para ser creditado em conta’’, ou outra equivalente. Nesse caso, o sacado só pode proceder lançamento contábil (crédito em conta, transferência ou compensação), que vale como pagamento. O depósito do cheque em conta de seu beneficiário dispensa o respectivo endosso.
9. Aceite do Cheque: o cheque não admite o aceite. O banco não assume nenhuma obrigação cambial, pois se obriga a pagar certa importância retirada dos próprios fundos do sacador.
10. Protesto: Deve ser sempre feito no lugar do pagamento ou no domicilio do emitente. Além disso, o protesto é um meio de prova que significa que o cheque não foi pago.
A execução independe do protesto e das declarações previstas neste artigo, se a apresentação ou o pagamento do cheque são obstados pelo fato de o sacado ter sido submetido a intervenção, liquidação extrajudicial ou falência.
11. Execução do Cheque: A execução do cheque ocorre quando se entra no processo de execução para receber o valor do título. Pode o portador promover a execução do cheque: contra o emitente e seu avalista; contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação.
12. Revogação ou Contra Ordem: O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior. Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação de regresso que é assegurada ao portador. A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado.
13. Oposição: É a mesma coisa que sustar o cheque, pode ser feito a qualquer momento e por qualquer pessoa legitimada.
14. Emissão de Cheque sem Provisão de Fundos: Esse tipo de emissão é caracterizado como um ilícito penal.
15. Juros: A lei do cheque não admite juros, somente, na execução, pois o cheque é uma ordem de pagamento à vista.
16. Assinatura Falsa: Mesmo que a assinatura seja falsa o título continua a valer.
17. Conta Conjunta: No caso de conta conjunta cobra-se apenas de quem o emitiu, ou seja, apenas 1 dos 2.
18. Pós Datação: A lei não permite esse tipo de emissão, mas é um uso e costume que foi adquirido pela sociedade.
OBS: o cheque só pode ser sustado em casos graves e com fundos para que não caracterize má fé.
OBS: O cheque pós-datado mesmo que não houvesse fundo, há um acordo entre as partes, diante disso não há a pratica de um ilícito penal.
PRESCRIÇÃO
	A inobservância do prazo prescricional acarreta a perda da executoriedade do cheque, só podendo ser cobrado a partir daí, por ação ordinária, transformando o cheque em mero documento de confissão de dívida.
Prazo Prescricional: O prazo prescricional é de 6 meses, sendo contado da data de expiração da data da apresentação; O prazo para apresentação é contado da data da emissão (30 dias);
Ação de Enriquecimento Ilícito: O prazo de 2 anos para proposição da ação de enriquecimento ilícito.
OBS: Novação => novo acordo decorrente daquele que não foi cumprido anteriormente.
Endosso Póstumo: Quando termina o prazo de apresentação, vencimento, posterior ao protesto.
•Cessão de crédito: Consiste na transmissão pelo credor do seu direito de credito a um terceiro, independentemente do consentimento do devedor, desde que não seja contrária à lei ou a convenção estabelecida entre as partes e desde que o crédito não possa ser desligado da pessoa do credor.
Consequências da Inobservância do prazo:
Perda do Direito de Regresso em Relação aos Coobrigados: perda do direito creditício contra o sacador, se durante o prazo para apresentação havia fundos e eles deixaram de existir, em seguida ao termino desse prazo por culpa não imputável ao sacador.
Apresentação do Cheque Fora do Prazo - pode ser pago pelo sacado desde que não seja prescrito e haja suficiente provisão de fundos.
- No processo de execução pode-se cobrar os juros;
- Cheque não cabe juros;
- O cheque acima de R$100,00, precisa ser nominativo;
Endosso Mandato: Quando o endosso contiver a cláusula ‘’valor em cobrança’’, ‘’para cobrança’’, ‘’por procuração’’, ou qualquer outra que implique apenas mandato, o portador pode exercer todos os direitos resultantes do cheque, mas só pode lançar no cheque endosso-mandato. Neste caso, os obrigados somente podem invocar contra o portador as exceções oponíveis ao endossante. O mandato contido no endosso não se extinguepor morte do endossante ou por superveniência de sua incapacidade.
DUPLICATA
Conceito: A duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e venda comercial ou prestação de certos serviços. 
Vejamos um exemplo de como surge uma duplicata: 
• Na venda de uma mercadoria, com prazo não inferior a 30 dias, o vendedor deverá extrair a respectiva fatura para apresentá-la ao comprador. 
• No momento da emissão da futura, ou após a venda, o comerciante poderá extrair uma duplicata que, sendo assinada pelo comprador, servirá como documento de comprovação da dívida. 
Requisitos essenciais: A duplicata, sendo titulo formal, apresenta os seguintes requisitos previstos em Lei: 
• A denominação duplicata, a data de sua emissão e o número de ordem. 
• O número da fatura. 
• A data do vencimento ou a declaração de ser duplicata à vista. 
• O nome e o domicílio do vendedor e do comprador. 
• A importância a pagar, em algarismos e por extenso. 
• A praça de pagamento. 
• A clausula à ordem. 
• A declaração do recebimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial. 
• A assinatura do emitente. 
Classificação: A duplicata é título de modelo vinculado e o comerciante que a adotar deve manter um livro de registro de duplicatas. A duplicata deve ser de uma única fatura. 
• A duplicata é título causal pois somente pode representar crédito decorrente de um determinada causa. A emissão e aceite de duplicata simulada é crime pela lei 8137/90. 
• Duplicata Simulada, que um é titulo cuja existência depende de um contrato de compra e venda comercial ou de prestação de serviço. Em outras palavras, toda duplicata deve corresponder a uma efetiva venda de bens ou prestação de serviços. A emissão de duplicatas que não tenham como origem essas atividades é considerada infração penal. Trata-se da chamada "duplicata fria" ou duplicata simulada. 
Vencimento: 
- À vista: Pagável à apresentação. 
- À um certo termo de vista. 
Remessa: 
• Remessa pelo credor: 30 dias, na praça do devedor. 
• Remessa por instituição financeira: 10 dias. 
Devolução: Em 10 dias, contados da apresentação, assinada ou acompanhada de declaração contendo razões recusa de aceite. 
Aceite: O vendedor tem prazo para enviar a duplicata, que é título de aceite obrigatório e sua recusa somente poderá ocorrer em determinados casos legalmente previstos (avaria ou não recebimento de mercadorias quando enviadas por conta e risco do vendedor, vícios na qualidade e quantidade, divergência nos prazos ou preços). 
Protesto: A duplicata pode ser protestada, até 30 dias após o seu vencimento, por falta de pagamento, aceite ou devolução. A perda do prazo implica somente na perda do direito contra os co-obrigados. A triplicata pode ser emitida no caso de perda ou extravio da duplicata. 
O protesto acontece quando: 
• Por falta de aceite. 
• Por falta de pagamento. 
• Por falta de devolução. 
Prazo prescricional: 
• Contra o sacado/avalistas: 3 anos, a contar do vencimento. 
• Contra o endossante/avalistas: 1 ano, a contar da data do protesto. 
• Dos coobrigados contra outros e contra o sacador: 1 ano, a contar do pagamento do título.
ENDOSSO
	É o meio pelo qual se processa a transferência de um Título de Crédito (TC) é, consequentemente, de todos os direitos a ele inerentes, representados por título a Ordem. O endosso além da transferência constitui uma garantia de pagamento e aceitação, já que o endossante é o responsável pelo pagamento do Título.
	O endossante é devedor solidário, no caso de pagar o título, tem o endossante ação de regresso contra os coobrigados anteriores.
OBS: O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento às pessoas a quem a letra for posteriormente endossada.
1. Características do Endosso:
O endosso transfere os direitos inerentes ao título;
O endosso é puro e simples;
O endosso parcial é nulo (Ex: o cheque vale R$100 é o endossante endossa R$50), mas o título ainda é valido para a cadeia anterior;
O endosso ao portador é valido (Endosso em Branco -> Lei 8021/90);
O endosso deverá ser escrito na lei;
O endosso tem que ser feito no verso do título (Endosso Simples do Beneficiário: Endossante);
O endosso poderá ser em Branco (Não inca o próximo beneficiário) ou em Preto (Indica o próximo beneficiário);
2. Tipos de Endosso
a. Endosso Mandato ou Endosso Procuratório ou Endosso por Procuração: É aquele que não vincula cambialmente o endossante ao título, não transfere o título, somente outorga o endossatário agir em nome do endossante, como objetivo de cobrar ou executar o título.
b. Endosso Garantia ou Endosso Caução ou Pignoratício: O endossatário não se torna proprietário do título, mas mero detentor precário. Esse tipo de endosso é pouco usado nas letras de câmbio e notas promissórias, atualmente é vedado ao cheque, pois o cheque e meio de pagamento e não garantia. O endossante fica vinculado à outra obrigação, conferindo ao endossatário o direito de retenção até aquela obrigação seja solvida. 
c. Endosso Póstumo ou Endosso Cessão: É o endosso feito depois de protestado o título ou de expirado o prazo de vencimento da (Letra de Cambio e Nota Promissória) ou de apresentação (Cheque) produz apenas os efeitos de uma cessão de credito e o endossador/endossante não se obriga pelo pagamento, mas, tão somente, pela validade da obrigação quando da transferência do Título. A boa ou má fé transfere a liquidação do título corre por conta do cessionário.
AVAL
1. Efeitos do Aval
Aval quer dizer confiança, quer dizer apoio. Quem avaliza um título de crédito está dizendo que irá pagar o título, caso o devedor não o faça. Sendo vedado o aval parcial.
2. Características do Aval
a. O aval se dá num título de crédito;
b. O prestador do aval pode ser acionado para pagar antes do avalizado;
c. No aval, o avalista não pode alegar perante terceiros de boa fé exceções pessoais que teria contra o avalizado;
d. O aval é garantia autônoma, de forma que quem lança sua assinatura num título na qualidade de avalista vincula-se diretamente ao credor, independente da obrigação a que avalizou. A consequência é que, mesmo que a obrigação principal seja nula, o aval é válido e deve ser honrado por quem avalizou.
e. O Aval não tem prazo de validade;
f. O Aval pode ter garantia de um único ou vários garantidores da obrigação do devedor principal;
g. O credor poderá executar diretamente o avalista, antes mesmo do devedor principal.
3. Forma de avalizar: 
O aval não exige fórmula sacramental. Pode se prestar o aval apenas lançando sua assinatura no título. Embora não esteja previsto no texto legal, recomenda-se que o aval seja lançado no verso do título para não se confundir com aceite ou com o endosso. Não será inválido, porém, se lançado na face do título.
4. Aval simultâneo e aval sucessivo
O aval é simultâneo quando todos os avalistas garantem o mesmo avalizado. 
Ex.: Numa nota promissória 'A' é emitente e 'B' o beneficiário. No verso há assinaturas de 'C' e 'D', 'E' e 'F'. Não há restrição alguma, apenas assinaturas; portanto, avais em branco. Presume-se que todos avalizaram 'A'.
Em se tratando de aval simultâneo, pode o avalista que pagar o total da obrigação, cobrar dos avalistas anteriores a quota-parte que cada um teria obrigação, podendo se valer, para tanto, da via executiva.
Ex.: se D pagar o título no lugar do emitente, poderá exercer direito de regresso contra o emitente pelo total da dívida ou cobrar dos outros avalistas a quota- parte devida (a quota-parte de cada avalista, no exemplo dado, corresponde apenas a 25% do total pago). O aval é dito sucessivo quando o avalista posterior avaliza o anterior. Por exemplo: A é o emitente e C, D, E, F assinam no verso. Antes da assinatura de D está escrito: "por aval de 'C'", e antes da assinatura de E, está escrito: "por aval de 'E'".
Nesse caso,o avalista que assina, e avaliza o avalista, garante apenas e tão somente este avalista (aval em preto), não havendo nenhuma responsabilidade quanto aos demais avalistas.
5. Forma e tipo de aval
O aval em branco é aquele que não identifica o avalizado. Quando o aval é em branco, por consequência, é sempre prestado em favor do emitente.
O aval em preto é aquele que identifica o avalizado. Contém o nome de quem está sendo garantido pelo aval.
MODALIDADES DE VENCIMENTO
1. Formas
a) Vencimento à Vista: o vencimento à vista vence no dia certo de sua apresentação ao sacado, que poderá pagar ou recusar. O prazo para apresentação é de um ano (1 ano), caso não o faça perdera o direito de ação cambial (ação de execução) contra todos os coobrigados. O sacador pode reduzir este prazo de 1 ano ou estipular um outro mais longo. Estes prazos podem ser encurtados pelos endossantes. O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista não deverá ser apresentada a pagamento antes de uma certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação conta-se dessa data.
b) Vencimento a um Certo Termo de Vista: é um vencimento que se conta a partir do aceite do sacado. O vencimento de uma letra a um certo termo de vista ocorre pela data do aceito, ato esse obrigatório para contar esse prazo, mas no caso do sacado não indicar a data do aceite o beneficiário do título faz o protesto (Protesto por falta de aceite ou protesto por falta de data).
OBS: Se o vencimento for fixado para o principio, meado ou fim do mês entende-se que a letra será vencível no primeiro, no dia 15 (quinze), ou no último dia desse mês. As expressões "oito dias" ou "quinze dias" entendem-se não como 1 (uma) ou 2 (duas) semanas, mas como um prazo de 8 (oito) ou 15 (quinze) dias efetivos. A expressão "meio mês" indica um prazo de 15 (quinze) dias.
c) A um Certo Termo de Data Pagável num Dia Fixado: Trata-se do vencimento com uma data prefixada apenas a partir desse momento o beneficiário poderá exigir o direito mencionado.
OBS: Quando uma letra é pagável num dia fixo num lugar em que o calendário é diferente do lugar de emissão, a data do vencimento é considerada como fixada segundo o calendário do lugar de pagamento. Quando uma letra sacada entre duas praças que em calendários diferentes é pagável a certo termo de vista, o dia da emissão é referido ao dia correspondente do calendário do lugar de pagamento, para o efeito da determinação da data do vencimento.

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