Buscar

Vias de administração

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Vias de administração 
 
Entre os profissionais de saúde, via de administração é o caminho pelo qual uma substância 
interage com o organismo. Em toxicologia usa-se o termo inoculação em vez de 
administração. 
Sem dúvida, dita a substância tem de ser transportada do ponto de entrada à parte do corpo 
onde se deseja que ocorra sua ação (a menos que esse local seja na superfície do corpo). 
Todavia, o uso dos mecanismos de transporte do organismo para tal fim está longe de ser 
trivial. As propriedades farmacocinéticas de uma droga (isto é, as propriedades relacionadas 
a absorção, distribuição e eliminação) são bastante influenciadas pela via de administração. 
 
VIA ENTERAL 
Oral: A administração de medicamentos por via oral é a mais utilizada, segura e 
econômica, além de ser bastante confortável, sem apresentação de dor, por exemplo. No 
uso dessa via, os medicamentos podem ter apresentação em comprimidos, cápsulas, pós ou 
líquidos; eles se espalham pelo corpo principalmente através do intestino, assim como os 
alimentos, quando comemos. Porém, a administração de medicamento por via oral não é 
indicada em pacientes que apresentem náuseas, vômitos, que tenham dificuldade de engolir 
ou desacordados, pois poderiam engasgar ou o medicamento não chegar ao intestino para 
ser absorvido. A via oral pode ser utilizada para um efeito local (trato gastrointestinal) ou 
sistêmico (após ser absorvida pela mucosa do intestino e atingir o sangue). 
 
 
Via sublingual: Via sublingual ou (SL) é uma via de administração que consiste na 
absorção de fármacos por debaixo da língua. Esta via de administração evita o efeito de 
primeira passagem hepático pois a drenagem venosa é para a veia cava superior. 
As mucosas situadas na região sublingual são altamente vascularizadas por capilares 
sanguíneos, motivo pelo qual sua absorção é altamente eficaz. Em comparação com a via 
oral, sua absorção se dá de uma forma muito mais rápida, devido ao contato quase que 
direto com os capilares sanguíneos situados nessa região. Mas, devido a essa rápida 
absorção, torna-se também uma via com riscos consideráveis. Sua utilização também 
depende da ionização e lipossolubilidade do fármaco. 
 
Via retal: Via retal, ou PR é uma via de administração onde o fármaco é aplicado na 
região retal. Sua indicação é impopular e desconfortável. O fármaco é formulado em um 
supositório ou enema retal, aplicados acima do esfíncter anal interno e do anel anorretal. 
Caracterização: A lentidão desta via de administração pode ser explicada pela 
ausência de vilosidades intestinais no reto. As vantagens de sua utilização é o desvio do 
sistema porta hepático. 
Vantagens: Protege os fármacos suscetíveis da inativação gastrointestinal e hepática, 
pois somente 50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta. 
Desvantagens: A absorção pode ser errática ou incompleta, especialmente em 
pacientes com motilidade intestinal aumentada. Além disso, pode irritar a mucosa retal. 
Indicações: Estados de coma, inconsciência, náuseas e vômitos. 
Exemplos de fármacos: Muitos fármacos podem ser absorvidos pela mucosa retal 
tais como o diazepam e o metronidazol, e alguns anti-inflamatórios, anti-eméticos e anti-
convulsivos. 
 
VIA PARENTERAL DIRETA 
Intravenosa: é uma via de administração que consiste na administração ou injeção de 
agulha ou cateter contendo princípios ativos, vacinas ou hemoderivados nas veias 
periféricas, tipicamente nos membros superiores ou inferiores. 
Não existe absorção nesta via de administração, pois a droga cai diretamente na corrente 
sanguínea, não podendo assim ser revertida. É um ótimo meio de administrar 
medicamentos, pela velocidade e eficiência. 
É a via de preferência para fármacos que não podem ser aplicados por via intramuscular ou 
subcutânea, quando o objetivo é o início rápido de ação ou quando a via oral não é possível 
por intolerância à medicação (como vômitos e dor de estômago) ou por condição que reduza 
a absorção do medicamento (como diarreia). 
Intramuscular: Injeção intramuscular é a injeção de uma substância diretamente 
dentro de um músculo, onde a substância fica armazenada em profundidade. 
Na injeção no glúteo, a localização da picada é exatamente dois dedos acima da prega glútea 
(divisão entre as duas partes das nádegas), no quadrante superior externo, evitando assim o 
risco de acertar o nervo ciático. O músculo deltoide pode ser utilizado para pequenas doses 
de até 6 ML. Em lactantes e crianças é comum a utilização do músculo vasto lateral da coxa. 
Subcutânea: Via subcutânea (SC) é uma via de administração de medicamentos por 
meio da injeção subcutânea. Esta via só pode ser utilizada para fármacos que não irritam o 
tecido, caso contrário, pode sobrevir dor intensa, necrose e descamação. 
Esta via de administração, serve para manter um fluxo mais lento de medicamento pelos 
capilares sanguíneos no organismo do que a via endovenosa. A via subcutânea é apropriada 
para a administração de soluções não irritantes, em um volume máximo de 1,5 ml como é o 
caso das vacinas contra o sarampo, a tríplice viral, contra a febre amarela e contra a rubéola. 
As injeções subcutâneas são altamente eficazes na administração de vacinas e 
medicamentos como a insulina, morfina, diacetilmorfina e goserelina. 
Pequenas quantidades de adrenalina são, às vezes, associadas com um fármaco de modo a 
restringi-lo a sua área de atuação. A adrenalina atua como vasoconstritor local e diminui a 
remoção de fármaco, como a lidocaína, do seu local de administração. Outros fármacos que 
utilizam a administração subcutânea incluem sólidos, tais como cápsulas silásticas e bombas 
mecânicas programáveis. 
Locais de aplicação 
Parte superior do deltoide; 
Face superior externa do braço; 
Face anterior da coxa; 
Face anterior do antebraço; 
Gordura abdominal. 
A agulha com bisel para cima deve ser inserida com rapidez e firmeza, utilizando ângulo 
aproximadamente de 30º para indivíduos magros, 45º para indivíduos normais e 90º para 
indivíduos obesos. 
Intradérmica: via Intradérmica é uma via de administração de medicamentos. Os 
princípios ativos são administrados entre a derme e a epiderme. O tecido é pouco 
distensível, sendo assim o volume a ser aplicado varia de 0,1ml a 0,5 ml. 
É usada para testes de sensibilidade e vacinas, como por exemplo o teste da tuberculose. 
Intra-arterial: via intra-arterial é uma via de administração, que corresponde à injeção 
da droga na corrente sanguínea, através de uma artéria. É utilizada para obter efeito em 
órgãos específicos, como no tratamento de carcinomas. 
Intra-articular: intra-articular é uma via de administração em que princípios ativos são 
aplicados na região articular num processo de infiltração do liquido. 
Peridural: via epidural, também conhecida por injeção ou via peridural, é uma via de 
administração que consiste na injeção de substâncias no espaço entre a dura-máter e a 
parede do canal raquideano. 
Intratecal: via intratecal ou via subaracnóidea, é uma via de administração que consiste 
na injeção de substâncias no canal raquideano, diretamente no espaço subaracnoide, 
evitando assim a barreira hematoencefálica atuando assim no sistema nervoso. É usada 
apenas caso não haja outras vias disponíveis por ser muito dolorosa. 
Por exemplo, uma injeção na coluna vertebral de pacientes com dor neuropática e dor 
neurogênica crônica. Muito usada no tratamento de câncer como as leucemias. 
Anestesia regional pode ser produzida por esta via, por exemplo usando-se bupivacaína. 
Baclofeno é utilizado em espasmos incapacitantes, para evitar os efeitos adversos. 
Intracardíaca: via intracardíaca é uma via de administração reservada ao ventrículo 
esquerdo onde aplica-se adrenalina.Por ser um procedimento de alto risco (riscos de 
perfuração pulmonar com pneumotórax, injeção na própria parede cardíaca e distribuição 
de vasos coronarianos) só é indicada em casos extremos, como uma ressuscitação. 
 
Vias parenterais indiretas 
Via respiratória: Vias respiratórias são assim denominadas as estruturas responsáveis 
pelo transporte do ar aos pulmões no organismo humano. Essas estruturas são 
anatomicamente separadas em: 
Cavidade Nasal (nasofaringe) 
Faringe 
Laringe 
Traqueia 
Brônquios 
Bronquíolos (respiratórios e terminais) 
Alvéolos 
O epitélio respiratório (pseudoestratificado, ciliado, não-queratinizado) é a mucosa que 
reveste boa parte do trato respiratório, estendendo-se das Cavidade Nasal até os brônquios. 
Esse muco é responsável pela filtração, aquecimento, e umidificação do ar inspirado. A 
filtração é possível graças à presença de muco secretado pelas células caliciformes e dos 
cílios que orientam seus batimentos em direção à faringe, impedindo a entrada de partículas 
estranhas no pulmão; enquanto o aquecimento é garantido pela rica vascularização do 
tecido, principalmente nas fossas nasais. 
A traqueia é formada por anéis incompletos de cartilagem em forma de "C", feixes 
musculares lisos, uma capa interna de epitélio respiratório, e mais externamente de tecido 
conjuntivo que envolve todas essas estruturas. Inferiormente se subdivide e dá origem a 
dois brônquios que penetram no pulmão pelo hilo do pulmão. 
Os brônquios, à medida que penetram no pulmão, vão sofrendo sucessivas ramificações até 
virarem bronquíolos terminais. 
A via respiratória é uma via de administração de medicamentos pelo sistema respiratório, 
por inalação do fármaco sob a forma de gás ou em pequenas partículas líquidas ou sólidas, 
geradas por nebulização ou aerossóis. 
As maiores vantagens desta via são a rápida absorção de pequenas doses, e efeitos adversos 
sistêmicos mínimos. 
Via ocular ou conjuntival: Via ocular ou via conjuntival é uma via de 
administração pela aplicação de fármacos sobre a conjuntiva do olho. 
Via geniturinária: As drogas introduzidas diretamente nesse aparelho destinam-se a 
exercer apenas atividade local. No entanto, por se tratar também de uma mucosa, é possível 
que haja absorção do medicamento e consequentes efeitos sistêmicos desse no organismo, 
que poderão ser nocivos, principalmente nos casos de inflamação que facilitam 
sobremaneira a absorção. No aparelho genital feminino em particular, essa via é muito 
utilizada nos tratamentos das infecções vaginais, principalmente aquela causada por 
cândidas e trichomonas.

Outros materiais