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PRATICA SIMULADA III CCJ0047 PLANO DE AULA 03 - corrigido

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Mateus, de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como
incurso nas penas previstas no art. 213, c/c art. 224, alínea b, do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos:
“ No mês de agosto de 2010, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a só com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, deflorando-a, fato atestado em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciado aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, o laudo comprobatório da ocorrência de relação sexual entre Alessandro e Maísa, os depoimentos prestados na fase
do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu, para se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 18.11.2012. Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou lhe procuração “ad juditia” com a finalidade específica de ver-se defendido na ação penal em apreço. Disse, então, a seu advogado que não sabia que a vítima era deficiente mental, que já a namorava havia algum tempo, que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse ainda que nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a)
constituído(a) pelo acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa
de seu cliente. Em seu texto, não crie fatos novos, inclua a fundamentação legal e jurídica,
explore as teses defensivas e date o documento do ultimo dia do prazo para protocolo.
Obs:
Mateus=Alessandro :D, art.224 foi revogado pela lei 12.015/2009, caberia no caso concreto no art 217- A do CP (estupro de vulnerável).
Resposta:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE XX
Proc. Nº ...
                                               Mateus, já qualificado na denúncia oferecida pelo membro do Ministério Público, por seu Advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso – doc. 1), vem, respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
                                               DOS FATOS
                                              Alega o Ministério Público que no mês de agosto de 2010, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol e aproveitando-se do fato de estar a só com Maísa, mantiveram conjunção carnal. Fato atestado em laudo de exame de corpo de delito.
 Afirma também que Maísa possui deficiência mental, porém nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, o laudo comprobatório da ocorrência de relação sexual entre Mateus e Maísa, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. 
 Entretanto Mateus declarou não saber que Maísa, ora vítima, possuía deficiência mental e que já a namorava havia algum tempo, e que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. 
Nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. 
Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima.
                                               DA PRELIMINAR
                                               Há nulidade por falta de justa causa, ante a ausência de suporte mínimo probatório, com fundamento no art. 395, III e art. 158, ambos do Código de Processo Penal.
	 Ilegitimidade do Ministério Público, com fundamento no art.225, do código de processo penal.
 DO MÉRITO
                                               Atipicidade por ausência de dolo, pois agiu em erro de tipo, nos termos do art. 20 do Código Penal.
	 Absolvição sumária ao acusado, com fundamento no art.397, III, do código de processo penal. 
                                               DO PEDIDO
                                               Diante do exposto, requer que seja absolvido sumariamente o acusado nos termos do artigo 397, III, do Código de Processo Penal. 
                                               Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência requer seja anulado “ab initio” o processo nos termos do artigo 564, IV do Código de Processo Penal.
                                               Se não for o caso, requer  seja intimada as testemunhas ao final arroladas para que sejam ouvidas na audiência de instrução e julgamento.
                                               Requer a juntada de documentos com o presente pedido.
                                               Termos em que,
                                               Pede-se deferimento
                                               Local/data
                                               Advogado.
                                               OAB/UF
Rol de testemunhas:
Olinda (qualificação)
Alda (qualificação)

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