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Eletroterapia Corrente Russa e Microcorrente

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AULA 14 - Eletroterapia
Corrente Russa e Microcorrente
Prof. Frederico Meirelles
Corrente Russa
2015 Prof. Frederico Meirelles 2
Conceito e Histórico
• No fim dos anos 70, as crescentes pesquisas na então 
União Soviética afirmam que a ativação elétrica regular 
do músculo era mais efetiva que o exercício no 
fortalecimento do músculo esquelético em atletas. 
• Isto acarretou melhorias no desenvolvimento e no 
design de uma classe de aparelhos para estimulação 
elétrica neuromuscular. 
• A corrente, originalmente, utilizada pelos 
pesquisadores soviéticos foi uma corrente alternada 
simétrica, sinusoidal, de 2500 Hz, que era modulada 
por burst a cada 10 ms para fornecer 50 burts por 
segundo, sendo então chamada de Estimulação russa. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 3
Conceito e Histórico
• A estimulação motora significa produção de 
contração muscular pelo uso do estímulo elétrico, 
podendo ser uma estimulação da via de 
inervação motora para obter uma contração 
muscular ou, se o músculo estiver desnervado, a 
estimulação direta das fibras musculares (neste 
caso o FES).
• Características da Corrente russa: 
o É uma corrente alternada, com frequência 
portadora entre 2500 Hz e 5000 Hz (média 
frequência), modulada em bursts.
2015 Prof. Frederico Meirelles 4
Revisão
• Unidade motora: é definida como único neurônio motor e todas as fibras 
musculares por ele inervadas. 
• Um músculo postural é constituído de muitas unidades motoras que podem 
apresentar alta ou baixa resistência à fadiga, proporcionando ao músculo essas 
características particulares. 
• Fibras de contração lenta – também chamadas de fibras tipo I, são vermelhas pois 
são altamente vascularizadas e predominam em músculos posturais como o sóleo. 
• O motoneurônio é constituído por um pequeno diâmetro e inerva um número 
pequeno de fibras musculares.
• Unidades motoras de contração lenta são também mais adequadas para a 
produção de contrações sustentadas de baixo nível. O nervo motor típico dispara, 
continuamente, a uma baixa frequência. São compostas de muitas enzimas 
oxidativas, possuem um bom suprimento sanguíneo e fadigam lentamente. 
• Fibras de contração rápida – também chamadas de fibras tipo II, são glicolíticas e 
brancas. 
• Possuem um nível baixo de mioglobina e capilares. 
• Os motoneurônios são constituídos por um largo diâmetro e inervam um grande 
número de fibras musculares, mais exigidas em contrações breves e vigorosas. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 5
Estimulação Elétrica
• A força de contração é graduada, geralmente, pelo: 
o (a) aumento do número de unidades motoras 
recrutadas (somação espacial) e 
o (b) pela frequência de potenciais de ação nervosos 
(somação temporal). 
• A estimulação elétrica aparece como um iniciador 
normal da contração; assim como a demanda de 
mudanças voluntárias num músculo inicia alterações 
fisiológicas no mesmo, a mudança de seus parâmetros 
elétricos pode, também, alterá -lo de diferentes 
maneiras.
2015 Prof. Frederico Meirelles 6
Plasticidade Muscular
• O músculo é essencialmente plástico e responde de 
acordo com demanda específica. 
• Esta é a base para se estabelecerem os parâmetros 
corretos, visando alcançar um objetivo específico.
• Plasticidade da fibra muscular – o tamanho da fibra 
muscular pode mudar e as fibras podem se converter 
em outro tipo. 
• Mudanças no tipo de músculo esquelético ocorrem em 
resposta à frequência de estimulação. 
• Isso tem sido demonstrado em estudos usando 
estimulação transcutânea. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 7
Plasticidade Muscular
• Uma estimulação contínua por mais de vinte semanas 
nas fibras musculares de contração rápida, com 
frequência de 10 Hz, produziu em coelhos e gatos 
aumento significativo no tempo de contração. 
• A estimulação muscular em coelhos (300 μs de pulsos, 
10 Hz de frequência) por 28 dias produziu 23% de 
redução da força durante um período de teste de dez 
minutos, comparada a 75% no começo do estudo. 
• Além disso, mudanças consistentes com alteração da 
resistência à fadiga também ocorreram no sistema 
capilar e em diferentes marcadores metabólicos da 
atividade muscular.
2015 Prof. Frederico Meirelles 8
Fortalecimento Muscular
• A estimulação elétrica intensa, como no exercício 
voluntário, também resulta em danos 
microscópicos das fibras ativadas, levando ao 
quadro de resposta dolorosa muscular tardia 
após a sua aplicação. 
• A estimulação de baixa frequência (30 Hz) por 
breves períodos é melhor para estimulação das 
fibras de contração rápida e rapidamente 
fatigáveis. 
• Também pode ser usada para aumentar a força 
muscular (pico de força) por promover a 
hipertrofia de fibras de contração rápida. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 9
Fortalecimento Muscular
• Princípio do Tamanho de Henneman:
• O comando do sistema nervoso central (SNC) 
para iniciar a contração muscular primeiro ativa 
os menores motoneurônios alfa (maior 
resistência interna). 
• Se mais força é requerida para, devidamente, 
executar uma atividade, os sinais do comando do 
SNC são aumentados; progressivamente, os 
motoneurônios maiores (baixa resistência 
interna) são ativados.
2015 Prof. Frederico Meirelles 10
Eletro x Exercício Voluntário
• Uma razão para a eletroestimulação ser mais 
eficaz aos pacientes do que, apenas, o exercício 
reside na diferença nos padrões de recrutamento 
e de acionamento entre a eletroestimulação e as 
contrações musculares voluntárias. 
• Em uma contração voluntária, o recrutamento 
das unidades motoras no músculo esquelético 
obedece a um padrão quando o influxo do SNC 
determina o início da contração em um músculo. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 11
Eletro x Exercício Voluntário
• No início da reabilitação, o treinamento típico 
com exercícios, normalmente, envolve um peso 
mais baixo, para evitar o estresse excessivo da 
articulação lesionada. 
• Portanto, as fibras de contração rápida seriam 
recrutadas apenas raramente, assim sendo, 
receberiam poucos efeitos de treinamento em 
virtude deste exercício. 
• Com a eletroestimulação a articulação pode ser 
estabilizada e as fibras de contração rápida 
podem ser recrutadas com cada contração.
2015 Prof. Frederico Meirelles 12
Efeitos Fisiológicos
• A estimulação elétrica do músculo via neurônio motor 
tem um efeito imediato e um efeito a longo prazo. 
• A contração muscular e os aumentos na produção de 
força como resultado da reprogramação do SNC são o 
efeito imediato. 
• Alterações vasculares, fortalecimento muscular e 
transformações do tipo fibra podem resultar da 
estimulação crônica em longo prazo. 
• Há tanto plasticidade neural como muscular. 
• A adaptação neural é rápida, e o ganho de força reflete 
mudanças de padrão e quantidade de ativação neural. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 13
Efeitos Fisiológicos
• Mudanças na plasticidade da fibra muscular 
são apenas notadas em longos períodos de 
estimulação elétrica. 
• Isso contrasta com os efeitos da inatividade 
relativa que promove a rápida hipotrofia. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 14
Aumento de Força
• Aumento da força muscular de 10% a 25% após 15 
sessões por três a seis semanas são típicos de sujeitos 
normais e jovens. 
• Resultados similares foram obtidos em sujeitos 
saudáveis com idade acima de 65 anos. 
• Ganhos de força de cerca de 25% ocorreram no tríceps 
sural daqueles indivíduos em que foi dada estimulação 
elétrica e naqueles em que se realizou exercício 
voluntário. 
• A estimulação elétrica pode ser usada como único 
tratamento, sobreposto a algum exercício ou em 
associação a exercícios em um programa de atividade 
física. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 15
Aumento de Força
• Amaioria dos programas de fortalecimento pretende 
obter resultados funcionais, sendo que a maior parte 
dessas atividades envolve movimentos complexos.
• Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, 
recebendo ventilação mecânica, obtêm grande ganho 
de força e habilidade de transferência da cama para a 
cadeira mais rapidamente com a estimulação elétrica 
do que se fizessem somente exercícios voluntários.
• Consegue-se ativar 30% a 40% a mais das unidades 
motoras com a corrente russa que nos exercícios 
comuns e nos tratamentos convencionais.
2015 Prof. Frederico Meirelles 16
Especificações
• Frequência portadora – 2500 Hz (e 4000 Hz) – é a 
corrente de média frequência.
• Ciclo – constitui a rajada (burst) de pulsos de 
média frequência mais o intervalo entre as 
rajadas; 
• Porcentagem do ciclo – corresponde à quantidade 
de corrente dentro da rajada. 
• Podem ser de 20% - 30% - 50%. 
• Quanto maior a porcentagem de corrente dentro 
do ciclo, mais agressiva ou com maior 
intensidade o paciente vai sentir a corrente.
2015 Prof. Frederico Meirelles 17
Especificações
• Frequência de modulação – é a frequência de 
ciclos por segundo, ou seja, é a corrente de baixa 
frequência que será utilizada para a estimulação 
muscular. 
• Normalmente, vai de 0 a 150 Hz, mas alguns 
aparelhos trazem um parâmetro fixo de 50 Hz. 
• A modulação da frequência vai obedecer à 
característica da fibra (fásica ou tônica), e a 
porcentagem do ciclo vai obedecer à situação do 
paciente.
2015 Prof. Frederico Meirelles 18
Especificações
• Intensidade – normalmente vai de 0 a 200 
mA. 
• Tempo de contração (Ton) – é a sustentação 
da estimulação. Normalmente, vai de 0 a 30 
segundos (quanto tempo vai ficar passando a 
corrente no paciente);
• Tempo de repouso (Toff) – quando não há 
contração, não passa corrente. Normalmente 
vai de 0 a 30 segundos.
2015 Prof. Frederico Meirelles 19
Especificações
• Tempo de subida (rise) e de descida (decay) –
é o tempo que leva para se estabelecer a 
sustentação e o tempo que leva para voltar ao 
repouso, respectivamente. Em torno de um a 
três segundos.
2015 Prof. Frederico Meirelles 20
Parâmetros de Utilização
• Determinar qual tipo de fibra predominante do 
músculo a ser tratado (tônico ou fásico);
• Exigir o máximo do paciente em todas as fases do 
tratamento;
• Não se pode produzir dor, não pode fascicular o 
músculo, e não pode haver sensação de fadiga; 
• Estudos relatam que deve -se encorajar o 
paciente a utilizar a mais alta intensidade 
tolerável, pois existe uma relação linear entre a 
força ganha e a intensidade da contração 
estimulada;
2015 Prof. Frederico Meirelles 21
Parâmetros de Utilização
• Observar o tipo de corrente; 
• Deve ser o mais agradável possível;
• Observar que o músculo que vai trabalhar deve estar 
normal e o nervo motor, intacto;
• Deve-se tomar cuidado com a amplitude articular, nas 
contrações isotônicas, nos casos de bloqueio articular;
• Certificar-se de que não há lesão em músculos, tendão, 
ligamento e fáscia;
• Evitar fadiga;
• Evitar modificações não desejadas na composição da 
fibra muscular.
2015 Prof. Frederico Meirelles 22
Indicações
• Fortalecimento do músculo normal;
• Fortalecimento pós -operatório e preventivo, ou 
recuperação da hipotrofia por desuso;
• Reeducação do controle muscular;
• Manutenção da amplitude de movimento articular;
• Aumento da resistência muscular;
• Mudanças na estrutura e na função muscular 
(alterações tróficas).
• Evitar a flacidez em abdômen, glúteos, membros 
inferiores, pós -parto.
2015 Prof. Frederico Meirelles 23
Contraindicações
• Lesões musculares, tendinosas, ligamentares e 
fasciais;
• Inflamações articulares em fase aguda;
• Fraturas não consolidadas;
• Espasticidade (exceto para técnica de inibição 
funcional);
• Miopatias que impeçam a contração muscular 
fisiológica.
2015 Prof. Frederico Meirelles 24
Aplicações Clínicas da Estimulação 
Russa
• Reeducação do controle muscular – geralmente 
precede o programa de fortalecimento muscular.
• Há duas razões para uso da estimulação elétrica 
na reeducação muscular que são, 
frequentemente, relatadas: 
o Primeiro, o músculo tem falta ou insuficiência de 
controle voluntário ou;
o Segundo, a ação muscular é extremamente fraca 
ou inibida. O número de contrações será 
tipicamente baixo, para encorajar a atividade 
voluntária durante o limite de extensão da fadiga.
2015 Prof. Frederico Meirelles 25
Exemplos de uso
• Após um acidente vascular encefálico, quando o 
paciente tem um pequeno controle voluntário do 
movimento; quando a contração do músculo 
voluntário é inibida pela dor ou lesão.
• Quando a pessoa desenvolveu osteoartrite no joelho, a 
estimulação elétrica pode auxiliar o controle da dor e o 
fortalecimento do quadríceps femoral; 
• Quando a ação muscular não está, prontamente, sob 
controle voluntário sem prática (músculos do assoalho 
pélvico); 
• Quando se deseja aprender uma nova ação 
(transposição nervosa ou muscular).
2015 Prof. Frederico Meirelles 26
Exemplos de uso
• Fortalecimento pós -operatório – no reparo do ligamento 
cruzado anterior do joelho, um estudo controlado e 
aleatório encontrou que o grupo de pacientes tratados com 
estimulação elétrica teve um aumento de força e função 
após 12 e 16 semanas de reabilitação, quando comparado 
aos que não foram tratados desta forma. 
• A estimulação elétrica tem se demonstrado importante na 
melhora da função após fraturas proximais do fêmur, na 
artroplastia total de joelho. 
• Manutenção ou aumento da amplitude de movimento –
pode ser utilizada para tratar ou melhorar a função por 
perda de movimento, devido à espasticidade dos músculos 
antagonistas em hemiparéticos e outras condições 
neurológicas; 
• Também devido à restrição de movimento articular após 
cirurgia.
2015 Prof. Frederico Meirelles 27
Microcorrentes
2015 Prof. Frederico Meirelles 28
Características
• Como o nome sugere, microcorrente é uma 
corrente aplicada a uma intensidade muito baixa. 
• Os estimuladores clínicos usuais têm saída de 
corrente tão altas quanto 80 -100 mA, porém 
com os estimuladores de microcorrente, uma 
característica diferenciadora é que a saída 
máxima é normalmente menor que 1 mA. 
• Os outros parâmetros comumente associados 
com a microcorrente variam de pulsos 
monofásicos ou bifásicos com uma frequência de 
até 10 Hz e um ciclo de trabalho de até 50%. 
2015 Prof. Frederico Meirelles 29
Características
• Algumas vezes, o termo microcorrente é usado para fazer 
referência à saída de um estimulador de corrente direta 
que consiste em um eletrodo ou membrana carregados 
que, lentamente, descarregam ao longo de um período de 
24 a 48 horas. 
• Os controles de intensidade normalmente permitem um 
ajuste de amplitude em torno de 10 a 900 mA. 
• Os controles de frequência geralmente permitem ajustá -la
de 0,5 Hz a 900 Hz. 
• O plano de atuação das microcorrentes pode ser profundo, 
podendo atingir um nível muscular, e apresenta-se com 
imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo. 
• As microcorrentes têm características subsensoriais, não 
causando desconforto ao paciente.
2015 Prof. Frederico Meirelles 30
Efeitos Fisiológicos
• Restabelecimento da bioeletricidade tecidual – a correta 
aplicação das microcorrentes em um local lesionado pode 
aumentar o fluxo de corrente endógena. 
• Isto permite à área traumatizada recuperar sua 
capacitância. 
• A resistência deste tecido lesionado é, então, reduzida, 
permitindo a bioeletricidade entrar para a área para 
restabelecer a homeostase.
• íntese de ATP – o processo de formação de ATP pode ser 
acelerado pela ação da microcorrente,que aumenta a 
formação do gradiente de prótons, fornecendo à 
membrana externa íons positivos e íons negativos para a 
membrana interna, aumentando, assim, a diferença elétrica 
entre as duas membranas aumenta, assim, a força próton 
motriz, força essa que leva à formação de ATP.2015 Prof. Frederico Meirelles 31
Cicatrização Tecidual
• “A cicatrização, crescimento e regeneração em todos os organismos 
vivos são mediados por um fluxo endógeno de corrente elétrica 
afirma Charman.
• Kahn conta que nos tecidos lesados, entretanto, uma “interrupção 
elétrica” toma lugar, ocorrendo um aumento na resistência ao fluxo 
elétrico (bioimpedância elétrica), o que impede a resolução de 
problemas crônicos e da dor.
• A terapia com estimulação por microcorrente pode, então, ser vista 
como catalisadora nos processos iniciais e de sustentação em 
numerosas reações químicas e elétricas que ocorrem no processo 
cicatricial. 
• A microcorrente acelera em até 500% a produção do trifosfato de 
adenosina (ATP), sendo essa molécula a grande responsável pela 
síntese protéica e regeneração tecidual devido a sua participação 
em todos os processos energéticos da célula relata Guirro”.
2015 Prof. Frederico Meirelles 32
Cicatrização e Dor
• Dados demonstram que o ATP nas células ajuda a 
promover a síntese protéica e cicatrização. 
• A necessidade de ATP durante o trauma nos 
tecidos resulta num decréscimo da produção de 
sódio e um aumento no lixo metabólico (H+), que 
é sentido como dor. 
• O uso de microcorrente na área lesada ajuda na 
normalização da corrente elétrica biológica, 
aumentando a produção de ATP, resultando 
numa maior cicatrização e recuperação bem 
como minimizando a percepção de dor.
2015 Prof. Frederico Meirelles 33
Efeitos Fisiológicos
• Transporte ativo de aminoácidos – favorecido pelo uso 
da microcorrente, que favorece a síntese de ATP.
• Síntese de proteínas – foi constatado que o uso da 
microcorrente aumentou a síntese proteica e a geração 
de ATP em cerca de 500%.
• Transporte ativo de membranas – favorecido pelo 
aumento da produção de ATP.
• Ação no sistema linfático – a microcorrente aumenta a 
mobilização de proteínas para o sistema linfático; a 
pressão osmótica dos canais linfáticos é, então, 
aumentada, acelerando a absorção de fluido do espaço 
intersticial.
2015 Prof. Frederico Meirelles 34
Efeitos Terapêuticos
• Analgesia – em consequência do restabelecimento da 
bioeletricidade tecidual;
• Aceleração do processo de reparo tecidual – o crescimento 
de fibroblastos e o alinhamento das fibras de colágeno 
foram incrementados com a estimulação de 
microcorrentes;
• Reparo de fraturas e aumento da osteogênese;
• Anti-inflamatório;
• Bactericida – alguns autores atribuem este efeito ao 
eletrodo do polo negativo da corrente contínua.
• Edema;
• Relaxamento muscular;
• Melhora da fadiga muscular após exercícios.
2015 Prof. Frederico Meirelles 35
Indicações
• Cicatrizes;
• Rupturas miotendinosas;
• Tendinites;
• Tenossinovites;
• Pós-operatório imediato;
• Úlceras de decúbito;
• Síndromes dolorosas;
• Fraturas;
• Recuperação de queimaduras;
• Estética.
2015 Prof. Frederico Meirelles 36
Contraindicações
• Alergia ou irritação à corrente elétrica;
• Sobre útero gravídico;
• Eixo de marcapasso.
2015 Prof. Frederico Meirelles 37
Técnicas de aplicação
• Os eletrodos devem ser colocados ao redor do 
tecido-alvo de uma maneira em X.
• Normalmente, utilizam-se intensidades mais 
baixas para situações agudas (em torno de 
100 mA) e intensidades mais altas para 
situações crônicas (em torno de 600 mA).
2015 Prof. Frederico Meirelles 38
2015 Prof. Frederico Meirelles 39

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