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1 Curso de Farmácia SISTEMA DE COMPLEMENTO Complemento na Inflamação e Imunidade Fernanda Soares Professor: Adolfo Haruo Koga São José 12 abril de 2018 2 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................03 2 SISTEMA DE COMPLEMENTO..................................................................................................................................04 2.1 Ativações clássicas do complemento......................................................................................................................04 2,2 Ativações de C1......................................................................................................................................05 2.3 Ativações de C4 e C2 (geração de C3 onvertase)...................................................................................05 2.4 Ativações de C3 (geração de C5 convertase).........................................................................................05 2.5 Tabela 1. Atividade Biológica dos produtos da via clássica...................................................................05 2.6 Tabela 2. Regulação da Via clássica.......................................................................................................06 3.0 Ativação Alternativa de complemento .......................................................................................................06 4.o Ativação da via das lectinas........................................................................................................................07 5.0 Funções biológicas......................................................................................................................................07 6.0 Estímulo de Resposta Imune Humoral ......................................................................................................08 7.0 Conclusão ...................................................................................................................................................09 8.0 Referência...................................................................................................................................................10 3 Introdução Neste trabalho irei relatar que o sistema de complemento e formado por um conjunto de proteinas séricas que quando ativadas apresentam a função de opsonização de microrganismo, recrutamento de células fagocíticas e destruição de microrganismo. Ativadas desencadeiam lise de microrganismo e inflamação. Podendo ser ativadas três vias distintas: a via clássica, alternativa e lectina. Iremos relatar sobre resposta Imune humoral, funções biológicas do complemento. 4 Historicamente, o termo complemento C era usado para mencionar um componente termo lábil do soro que era capaz de Lisar bactéria, atividade destruída. inativada pelo aquecimento do soro a 56 graus C por 30 minutos. Hoje consiste em um sistema em media 30 proteínas do soro e da superfície celular cercada na inflamação e na imunidade, dado ao nome de cascata enzimática que ajuda na defesa contra infecções. Junto com os anticorpos específicos, os componentes do complemento realizam como o sistema de defesa humoral primário contra infecções bacterianas e virais. São produzidas por uma variedade de células incluindo, hepatócitos, macrófagos e células epiteliais do intestino. A grande maioria das proteínas séricas que são encontradas no plasma, como a albumina, globulina, lipoproteínas enfim outras proteínas implicadas na coagulação sanguínea são produzidas no hepatócito do fígado e algumas proteínas do complemento ligam-se também na imunoglobulina ou a componente de membrana da célula. Outras são proenzimas que, quando ativadas, clivam uma ou mais outras proteínas do complemento. Com a clivagem algumas das proteínas do complemento liberam fragmentos que ativam células, aumentam a permeabilidade vascular ou opsonizam bactéria. Alguns componentes são proteínas em fase aguda e podem aumentar ate três vezes. Essa sequência compartilhada aponta que elas estão envolvidas na duplicação gênica e na recombinação. Muitas proteínas do sistema complemento ocorrem no soro como precursores enzimáticos inativos (zimógenos); outros são encontrados nas superfícies celulares. Esse sistema faz uma “ponte” entre a imunidade inata e a adquirida por aumentar a resposta por anticorpos (Ac) e a memória imunológica, lisar células estranhas e remover imunocomplexos e células apoptóticas. As proteínas do sistema complemento possuem várias funções biológicas como exemplo, estimulam a quimiotaxia e a de granulação dos mastócitos independente da IgE). Há três vias de ativação do complemento: Clássica: pela presença de complexos antígeno-anticorpo; Lectina: ou via ligante de manose, que reconhece a manose nos organismos patogênicos. Alternativa: é pelo reconhecimento de superfícies de células estranhas; Ambas as vias clássica e alternativa que levam à ativação da C5 convertase e resulta na produção de C5b que é essencial para a ativação da via do ataque à membrana. Ativação Clássica do Complemento É iniciada por imunocomplexos de antígenos e anticorpos. A ativação envolve a ativação sequencial de proteínas do complemento tanto por meio de interações proteína-proteína como pela clivagem proteolítica sendo que a cada nível ira aumentar de moléculas de proteínas ativadas, ampliando a reação. Muitas 5 proteínas do complemento estão presentes como os zimogênios, que são ativados tanto pela mudança conformacionais como pela clivagem proteolítica. É dependente de Ac, ocorrendo quando C1 interage com Ag-IgM, ou agrega os complexos Ag-IgG, ou independentes de Ac, ocorrendo quando poliânions exemplos heparina, protamina, DNA e RNA das células apoptóticas, bactérias Gram-negativas ou ligada a proteína C reativa reagem diretamente com C1. Essa via é regulada pelo inibidor de C1 (C1-INH). A via clássica do complemento pode também ser ativada por um complexo de lectina ligante MBL (manose-binding lectin) de manose plasmática. Ativação de C1 A ligação de C1 a anticorpo é via C1q e esta proteína deve realizar ligação cruzada com pelo menos duas moléculas de anticorpo para ser firmemente fixada. Ativação de C4 e C2 (geração de C3 convertase) O fragmento C4b liga-se à membrana e o fragmento C4a é liberado no microambiente. Ativação de C3 (geração de C5 convertase) C3b liga-se à membrana em associação com C4b e C2a, e C3a é liberada no Microambiente. Alguns dos produtos da via clássica têm atividades biológicas potentes que contribuem para as defesas do hospedeiro. Alguns desses produtos também têm efeitos detrimentais se produzidos de maneira não regulada. Se a via clássica não for regulada poderá haver produção contínua de C2b, C3a, e C4a. Dessa forma, deve haver uma maneira de regular a atividade da via clássica. Tabela 1. Atividade Biológica dos produtos da via clássica Componente Atividade Biológica C2b Procinina; clivada pela plasmina para liberar cinina, que resulta em edema C3a Anafilotoxina; pode ativar basófilo e mastócitos induzindo sua degranulação resultando no aumento da permeabilidade vascular e contração dascélulas da musculatura lisa, levando à anafilaxia C3b Opsonina; promove fagocitose pela ligação a receptores do complemento Ativação de células fagocitárias C4a Anafilotoxina (mais fraca que C3a) C4b Opsonina; promove fagocitose pela ligação a receptores do complemento 6 Se a via clássica não for regulada poderá haver produção contínua de C2b, C3a, e C4a. Dessa forma, deve haver uma maneira de regular a atividade da via clássica. A tabela seguinte sumariza as maneiras pelas quais a via clássica é regulada. Tabela 2. Regulação da Via Clássica Componente Regulação Todos C1-INH; dissocia C1r e C1s de C1q C3a CInativador C3a (C3a-INA; Carboxipeptidase B); inactiva C3a C3b Fatores H e I; Fator H facilita a degradação de C3b pelo Fator I C4a C3-INA C4b Proteína ligadora de C4 (C4-BP) e Fator I; C4-BP facilita a degradação de C4b pelo Fator I; C4-BP também previne a associação de C2a com C4b bloqueando assim a formação da C3 convertase Ativação Alternativa de complemento Na via alternativa, os componentes são geralmente classificados por letras por exemplo, fator B, fator D ou por nome. C3 é o ponto de inicio para a via alternativa. Ocorre quando componentes da superfície celular de microrganismos, paredes celulares de leveduras, lipopolissacarídeo e bacteriano ou até Ig quebram pequenas quantidades do componente C3. Essa via é regulada por properdina, fator H e fator acelerador de degradação. As três vias de ativação convergem para uma via B do C3bBb(C3 convertase) e posteriormente comum quando a C3 convertase cliva o componente C3 em C3a e C3b fator desloca clivagem de C3 pode resultar na formação de MAC, o componente citotóxico do sistema complemento. O MAC causa lise de células estranhas, o C3a pode também se ligar aos mastócitos para causar a liberação da histamina. O iC3b age ativando os neutrófilos e macrófagos via receptores C3R na ausência de anticorpo Lembrem-se de que a via alternativa proporciona um meio de resistência não específica contra infecção sem a participação de anticorpos e, portanto fornece a primeira linha de defesa contra uma variedade de agentes infecciosos. Muitas bactérias gram negativas e algumas gram positivas, certos vírus, parasitas, células vermelhas heterólogas, agregados de imunoglobulinas particularmente IgA e algumas outras proteínas como por exemplo produtos da via de coagulação pode ativar a via alternativa. Uma proteína, o fator do veneno da cobra (CVF), tem sido extensivamente estudada pela sua habilidade de ativar esta via. Ativação da via das lectinas Reconhece a manose nos organismo patogênicos e é independente de Ac e ocorre quando a MBL, uma proteína sérica, se liga a grupos de manose ou frutose na parede celular bacteriana, parede de leveduras ou vírus. Essa via, por outro lado, lembra estrutural e funcionalmente a via clássica. Ela é iniciada pela 7 ligação da lectina ligadora a manose (MBL) a superfícies bacterianas com polissacarídeos (mananas) contendo manose. Funções biológicas. Resulta na produção de múltiplos diferentes fragmentos polipeptídicos clivados que estão envolvidos nas cinco funções biológicas primariam da inflamação e imunidade. Os componentes do complemento têm outras funções imunomediadas pelos CR presentes em várias células. CR1 (CD35) estimula a fagocitose e ajuda na eliminação de imunocomplexos CR2 (CD21) regula a produção de Ac pela célula B e serve como receptor do vírus Epstein-Barr; CR3 (CD11b/CD18), CR4 (CD11c/CD18) e o receptor para C1q possuem papel importante na fagocitose; C3a, C5a e C4a (fracamente) tem atividade anafilatoxina: causam a degranulação dos mastócitos, aumentando assim a permeabilidade vascular e a contração da musculatura lisa; C3b atua como uma opsonina codificando microrganismos e, portanto aumentando sua fagocitose; C3d aumenta a produção de Ac pelas células B; C5a regula as atividades dos neutrófilos e monócitos podendo causar maior aderência das células, degranulação e liberação das enzimas intracelulares dos granulócitos, produção de metabólitos tóxicos derivados do oxigênio e iniciar outros eventos metabólicos celulares. 8 Estímulo de Resposta Imune Humoral Cobrindo os antígenos com o C3d um produto de quebra de C3 ajuda a sua chegada ao centro germinativo rico em células B e células dendríticas foliculares. 9 Conclusão Neste trabalho foi realizada a pesquisa sobre sistema de complemento e consegui entender que o sistema corresponde a um conjunto de proteinas que participam da imunidade, além de ser essencial para imunidade humoral. Foi possível compreender que as atividades incluem citólise de organismo estranhos, opsonização e fagocitose de organismo estranho, a ativação da inflamação e migração direta de leucócitos e os estímulos de resposta imune humoral, os importantes mediadores da inflamação são C3a, C4a e C5a, causando o recrutamento e ativação de neutrófilos, macrófagos e outros tipos celulares. 10 Referências ACTOR, Jeffrey. K. Imunologia e Microbiologia Série Elsevier de formação básica integrada.- Rio de Janeiro: 2007 ,p 51 -54
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