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CASO CLINICO 6 – HEMATOLOGIA Hemostasia primaria. A hemostasia é um processo fisiológico que tem como objetivo manter o sangue em estado fluido dentro dos vasos sanguíneos, sem que haja hemorragia ou trombose. - É resultante do equilíbrio entre proteínas pró-coagulantes, anticoagulantes e fibrinolíticas. Participam deste processo: • Primeira fase: Vasos sanguíneos As plaquetas • Segunda fase: Fatores pró-coagulantes plasmáticos • Terceira fase: Agentes fibrinolíticos Hemostasia primária formação do trombo plaquetário Hemostasia secundária formação do coágulo de fibrina Hemostasia primária: - Após lesão endotelial ocorre uma vasoconstrição imediata, responsável pela redução inicial do fluxo sanguíneo na região lesada. - A diminuição do fluxo sanguíneo permite ativação de contato de plaquetas e fatores de coagulação. - As aminas vasoativas e tomboxano A2 liberados das plaquetas, além dos fibrinopeptídeos liberados durante a formação de fibrina, também tem atividade vasoconstritora. - Após ruptura do revestimento endotelial ocorre aderência inicial de plaquetas, via receptores de glicoproteínas 1a e glicoproteínas 1b, ao tecido exposto, mediada pelo fator de von Willebrand (liberado pelo endotélio devido estresse de cisalhamento). - A exposição de colágeno e a geração de trombina pela ativação do fator tecidual produzida no sitio da lesão fazem as plaquetas aderentes liberarem o conteúdo dos grânulos (ADP, prostaglandinas, TXA2 e serotonina) e ativarem a síntese se prostaglandina, levando a formação de TXA2. - O ADP liberado provoca ingurgitamento e agregação das plaquetas. - Plaquetas rolando no sentido do fluxo sobre VWF exposto, com ativação dos receptores de GPIIb/IIIa, aderem mais firmemente. - Plaquetas adicionais do sangue circulante são atraídas para a região da lesão (secreções dos grânulos plaquetarios são responsáveis por maior vasoconstrição, adesão, ativação e agregação plaquetaria). - Essa agregação continua de plaquetas promove crescimento do tampão hemostático, que cobre o tecido conectivo exposto. - O tampão hemostático primário instável, produzido por essas reações das plaquetas já ao fim do primeiro minuto depois da lesão, costuma ser suficiente para controle temporário do sangramento. - O aumento da atividade plaquetaria por ADP e TXA resulta em uma massa plaquetaria suficiente para cobrir a área de lesão endotelial. ADP: Altera morfologia plaquetária promovendo emissão de espículos – Promove a ativação/alteração dos receptores GpIIb/IIIa que passam a interagir fortemente com o fibrinogênio circulante, permitindo a agregação e formação do trombo plaquetário Fosfolipase C: Aumentam os níveis de proteína quinase C elevando as concentrações de cálcio importante para o processo de emissão de espículos e pesudópodes, bem como liberação dos grânulos. Tromboxano A2: Amplifica a ativação plaquetária e auxilia a agregação – feedback positivo. Serotonina: Vasoconstritor – Recrutamento e ativação plaquetária. Fator III plaquetário: Participa da ativação da cascata de coagulação – via instrínseca Estabilização do coágulo: Liberação de fator V dos grânulos alfa e exposição de fator 3 plaquetário para acelerar a cascata de coagulação e formar uma rede estável de fibrina. Morfologia das plaquetas. • Produção plaquetas: - Plaquetas são produzidas na medula óssea por fragmentação do citoplasma dos megacarioticos. - Formam-se pela fragmentação das extremidades das extensões do citoplasma do megacariocito, cada megacariocito dando origem a 1000 a 5000 plaquetas. - processo de geração de plaquetas circulantes pelas células hematopoiética pode ser dividido em megacariopoiese e trombopoiese: Megacariocitopoiese: processo pelo qual os megacariócitos sofrem proliferação e maturação a partir da célula progenitora da medula óssea, e ocorre em tecidos hematopotiéticos, sobretudo a medula óssea. Os processos de proliferação e maturação que se iniciam na célula progenitora mielóide ocorrem devido à multiplicação clonal, fatores de transcrição e por citocinas, principalmente trombopoietina, culminando na produção de megacariócitos maduros. Trombopoiese: processo de formação de plaquetas a partir de megacariócitos maduros e sua liberação para a circulação, sendo mediada principalmente pela trombopoietina a qual, sozinha, é a citocina responsável pelas modificações que ocorrem no citoplasma do megacariócito maduro permitindo a liberação de plaquetas na corrente sanguínea. - Intervalo entre diferenciação da célula tronco humana e a produção de plaquetas é de 10 dias. - Principal regulador da produção de plaquetas trombopoietina (produzida pelo fígado e pelos rins). - Trombopoietina aumenta o numero e o ritmo de maturação dos megacariocitos vis receptor c-MPL. - Há agentes trombomiméticos que se ligam a c-MLP e que são usados para aumentar contagem de plaquetas (que começa a subir 6 dias após inicio tratamento). - Plaquetas tem receptores para c-MPL para trombopoietina e removem-na da circulação. - Valor de referência plaquetas: 250.000 a 400.000. - sobrevida plaquetaria: 7 a 10 dias. - Do total das plaquetas presentes no organismo humano, 70% estão presentes na circulação e 30% no baço, permanecendo na circulação durante uma média de dez dias, quando são retiradas pelas células reticuloendoteliais do baço e do fígado. • Estrutura plaquetas: - Pequenas e discoides (diâmetro de 3x0,5 micrometro; e volume médio de 7 a 11 fL). - Glicoproteinas de revestimento da superfície são importantes na adesão e agregação de plaquetas, que levam a formação do tampão plaquetario durante hemostasia. - Adesao ao colágeno facilitada pela GPIa. - GPIb e IIb/IIIa importantes na ligação de plaquetas ao fator de von Willebrand e em seguida ao aubendotelio vascular. - Membrana plasmática invagina-se na plaqueta para formar um sistema de membra que constitui uma superfície reativa, na qual podem ser absorvidas as proteínas plasmáticas da coagulação. - Fosfolipidios na memb conversão do fator X da coagulação em Xa e da protrombina em trombina. - Plaquetas contem 3 tipos de grânulos de armazenamento: Densos: menos numerosos, contem ADP, ATP, serotonina e Ca. Alfa: mais numerosos, contem fatores de coagulação, VWF, fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), beta-tromboglobulina, fibrinogênio e proteínas. Lisossomos: contem enzimas hidroliticas - Plaquetas também são ricas em proteínas sinalizadoras e proteínas do citoesqueleto, que suportam a rápida modificação de quiescentes para ativadas que segue qualquer dano vascular. - Várias proteínas da superfície das plaquetas são antígenos importantes na autoimunidade antígenos plaquetarios humanos (HPA). Há 2 alelos diferentes a ou b. - Plaquetas também expressam antígenos ABO e antígenos leucocitários humanos (HLA) classe I, apenas. Estrutura interna é dividida em quatro zonas: Zona periférica: - inclui as membranas externa e interna (trilaminar) e estruturas estreitamente associadas, como o sistema de canais conectados à superfície, denominado sistema canicular aberto (SCA). - SCA é responsável pela troca de moléculas com o meio externo, na qual ocorre uma significativa liberação de diversas moléculas após a ativação das plaquetas. - membrana da plaqueta é rica em glicoproteínas (adesão). - encontram-se também os fosfolipídios de membrana, importantes para a coagulação. Esses fosfolipídios servem também como substrato para produção de ácido araquidônico e consequentemente de tromboxano A2 (TXA2), potente agonista da agregação plaquetária e da vasoconstrição. Zona sol-gel: - se encontra abaixo da zona periférica. - composição: Citoesqueleto fornece a sustentação para a forma discóide da plaqueta; Sistema contrátil sob ativação, permite a mudança da forma discóide, o prolongamento de pseudópodos, a contração interna e a liberação dos constituintes granulares. Zona de organelas: - Consiste em: Grânulos alfa, que contêm proteínas adesivas, fator de von Willebrand (FvW), trombospondina, vitronectina,fator de crescimento derivado de plaquetas, fator IV plaquetário, fatores da coagulação e inibidor do ativador plasminogênio; Grânulos densos, que contêm ATP, ADP, serotonina, cálcio; Componentes celulares, tais como lisossomos e mitocôndria, que além de conter ATP e ADP também participam dos processos metabólicos da plaqueta e armazenam enzimas. Sistema membranar: - inclui o sistema tubular denso, onde se encontra concentrado o cálcio, importante para desencadear os eventos contráteis, e os sistemas enzimáticos, envolvidos na produção de síntese de prostaglandinas. Função das plaquetas. Principal função: formação do tampão mecânico durante a resposta hemostática normal a lesão vascular. - Desempenham funções hemostáticas e não hemostáticas: Não hemostáticas: as plaquetas são importantes na inflamação e na cicatrização de feridas. Elas interagem com leucócitos e liberam aminas vasoativas, citocinas, mitógenos e fatores de crescimento. Os fatores de crescimento, contidos nos α-grânulos plaquetários, promovem quimiotaxia, proliferação e diferenciação celular, neovascularização e deposição de matriz extracelular. Hemostáticas: consiste em auxiliar na reparação da lesão vascular e impedir a ocorrência de hemorragia por participação na formação do tampão hemostático primário. - Função pode dividir-se em reações de adesão, agregação e liberação. Também há a amplificação. - Elas aderem ao colágeno da membrana basal e do estroma extravascular por intermédio de um receptor de superfície (glicoproteína Ib), que se liga ao fator von Willebrand (vWF) da glicoproteína plasmática que, por sua vez, se liga ao colágeno. - Após a adesão, as plaquetas se unem umas as outras pela interação do fibrinogênio com os receptores de superfície (IIb e IIIa), induzida pelo ADP. - À medida que ocorre essa aderência, elas se dilatam, centralizam suas organelas e, em seguida, formam pseudópodos e expressam receptores que promovem agregação de plaquetas adicionais. - A agregação plaquetária e o recrutamento de plaquetas adicionais são induzidos pela reação de liberação, que esvazia o conteúdo de grânulos plaquetários, transferindo-os ao plasma e produz outros mediadores da coagulação. - Os fatores de coagulação armazenados nos grânulos asseguram a formação de fibrina, necessária para a estabilização do tampão de plaquetas. - As plaquetas disponibilizam um fosfolipídeo (fator plaquetário III), que atua como receptor do fator de coagulação. A superfície fosfolipídica das membranas das plaquetas agregadas também serve para fornecer uma superfície usada pelos fatores de coagulação ativados concentrados para promover a coagulação. - Os grânulos plaquetários liberam seu conteúdo no sistema canicular aberto, que se comunica com o exterior. Não há lise de plaquetas durante sua agregação. Principais alterações plaquetárias (PTI, PTT, SHu). Púrpura Trombocitopênica Imunológica (autoimune ou idiopática) - Aumento de destruição de plaquetas. - Pode apresentar-se como uma forma crônica ou uma forma aguda. Purpura Trombocitopenica crônica: - Relativamente comum. - Maior incidência: mulheres entre 15 e 50 anos. - Causa mais comum de trombocitopenia sem anemia ou neutropenia. - Em geral é idiopática (PTI), mas pode ser associada a outras doenças: LES, infecção por vírus (HIV, HCV) ou helicobacter pylori, leucemia linfocitica crônica, linfoma de Hodkin e anemia hemolítica autoimune. Patogênese: - Autoanticorpos antiplaquetas (IgG) removem prematuramente plaquetas da circulação pelos macrófagos do sistema reticuloendotelial, no baço. - Ac é dirigido contra Ag nos complexos glicoproteína IIb-IIIa ou Ib. - A sobrevida normal das plaquetas é de 7 a 10 dias, mas na PTI diminui para poucas horas. - Massa de megacariocitos e reciclagem de plaquetas aumentam cerca de 5x. Clínica: - Inicio insidioso, com petéquias, equimoses fáceis, e em mulheres menorragia. - Sangramento das mucosas, como epistaxe ou sangramento gengival, ocorre em casos severos, mas hemorragia intracraniana é rara. - Gravidade do sangramento na PTI é menor do que nos pacientes com trombocitopenia de insuficiência da medula óssea. Devido circulação de plaquetas jovens e funcionantes superiores na PTI. - PTI crônica tende a recidivar e a regredir de forma espontânea, dificultando a previsão da evolução. - Muitos casos assintomáticos são descobertos em hemogramas de rotina. - Baço não é palpável, salvo se houver doença associada causando esplenomegalia. Diagnostico: - Contagem de plaquetas >10.000 a 100.000 micro litros, e volume plaquetario médio um pouco aumentado. - Hemoglobina e leucograma normais, a menos que haja anemia ferropenica causada por perda de sangue. - Distensão de sangue mostra diminuição do numero de plaquetas e plaquetas grandes. - medula óssea em número normal ou aumentado de megacariocitos. - Presença de Ac específicos antiglicoproteinas GPIIb/IIIa ou GPIb na superfície das plaquetas ou no soro da maioria dos pacientes. Tratamento: - Objetivo: manter contagem de plaquetas acima do nível no qual ocorrem equimoses ou sangramento espontâneo com um mínimo de intervenção. - Paciente com contagem de plaquetas >50.000 micro litros não requer tratamento. Corticosteroides: - 80% dos pacientes entram em remissão com tratamento com corticosteroides em alta dose. - Prednisolona ou prednisona, 1mg/kg/d tratamento inicial em adultos, reduzindo a dose gradualmente depois de 10 a 14d. - Indivíduos que respondem mal, dose é diminuída mais lentamente, e tratamentos alternativos, como esplenectomia ou imunossupressão são considerados. Altas doses de imunoglobulina por via IV: - Aumento rápido na contagem de plaquetas. - 400mg/kg/a durante 5 dias ou 1g/kg/d por 2 dias. - Útil em pacientes com hemorragias que colocam a vida em risco, na PTI refrataria a corticosteroides, durante a gravidez e antes de cirurgia. - Mec de ação: bloqueio dos receptores Fc dos macrófagos ou mudança na produção de autoanticorpos. Imunossupressores: - Vincristina, ciclofosfamida, azatioprina, micofenolato de mofetil ou ciclosporina, isoladamente ou em associação reservados para pacientes que não respondem satisfatoriamente ao tratamento com corticosteroides, rituximabe ou esplenectomia. Ac monoclonais: - Rituximabe antes de indicar-se esplenectomia. - respostas duradouras, em cerca de 50% dos casos. Agonistas da trombopoietina: - Romiplostim (subcutâneo) e eltrombopag (oral). - Estimulam trombopoese e são indicados para pacientes com contraindicação ou refratários a corticoides. Esplenectomia: - Feito com menor frequência. - Bons resultados na maioria dos pacientes, mas naqueles com PTI refrataria esteroides e imunossupressores, benefício é pequeno. Outros tratamentos: - Podem promover remissão. - Danazol e imunoglobulina anti-D IV. Transfusão de plaquetas: - concentrados de plaquetas indicados para pacientes com sangramento agudo que coloque a vida em risco. - Efeitos benéficos duram apenas algumas horas. Transplante de células-tronco: - alguns casos especialmente graves. Purpura trombocitopenia aguda: - Mais comum em crianças. - 75% dos pacientes, episodio ocorre após vacinação ou infecção, como varicela ou mononucleose infecciosa. - Maioria dos casos deve-se a ligação de imunocomplexos inespecíficos as plaquetas. - Remissões espontâneas são usuais, mas em 5 a 10% dos casos, doença torna-se crônica. - Morbidade e mortalidade na PTI aguda são muito baixas. Diagnóstico: - De exclusão. Tratamento: - Se contagem de plaquetas for >30.000 micro litro, não há necessidade de tratamento, salvo se houver sangramento relevante. - Pacientes com contagem <20.000 microlitro são tratados com esteroides e/ou imunoglobulina IV se houver sangramento significativo. Púrpura trombocitopênica trombótica - Microangiopatia trombótica disseminada, caracterizada pela oclusao difusa da microcirculação por microtrombos plaquetarios. - Esses microtrombos causam anemia hemolítica microangiopatica com formação de esquizocitos. - Pode resultarem isquemia do SNC e IRA, e alta chance de mortalidade se não tratada rapidamente e adequadamente. - Mec: deficiência ou inibição da metaloproteinase ADAMTS13, responsável fisiologicamente pela degradação dos polímeros de alto peso do FVW em polímeros de baixo peso. - Disfunçao endotelial é o elemento desencadeante da microangiopatia, em que haverá a adesão plaquetaria persistente pela presença constante dos multimeros de alto peso do FvW, originando direta e indiretamente a trombose microvascular e promovendo a formação de um trombo primariamente plaquetario na microcirculação. As hemácias, ao tentar vencer o trombo plaquetario, chocam-se, o que resulta em hemólise e formação dos esquizocitos. - predomina na idade adulta, com pico de incidência na 3ª década de vida, mais comum nas mulheres. - A PTT ocorre nas formas hereditária e adquirida. - Há deficiência da metaloprotease ADAMTS13 que cliva multímeros de peso molecular do fator von Willebrand. - As formas adquiridas decorrem do desenvolvimento de um autoanticorpo IgG inibidor, cuja presença pode ser estimulada por infecções, doenças autoimunes e do tecido conectivo, certos fármacos, transplante de células-tronco ou cirurgia cardíaca. Cadeias multimericas do fator von Willebrand, secretadas pelos corpos de Weibel-Palade, fixam-se nas células endoteliais e as plaquetas em fluxo aderem por meio de seus receptores GPIb. O aumento progressivo da agregação plaquetaria sobre essas correntes multimericas do fator de von Willebrand tem potencial para formar trombos plaquetarios grandes, oclusivos, capazes de embolizar para microcirculação a jusante, causando isquemia em órgãos. - PTT descrita como um quinteto composto de trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopatica, alterações neurológicas, insuficiência renal e febre. - Tromboses microvasculares causam grau variável de isquemia tecidual e infarto e são responsáveis pela hemólise e pela trombocitopenia. Clinica: - Trombocitopenia e esquizocitos no hemograma e uma elevação expressiva de desidrogenase láctica (LDH) são suficientes para sugerir diagnostico. - LDH origina-se tanto das células teciduais isquêmicas ou necróticas como nas da hemólise. - Testes de coagulabilidade são normais. ADAMTS13 esta ausente ou significamente reduzida no plasma. - Quadro clinico: pentade trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopatica, febre, disfunções neurológica e renal. - purpura é o sinal clinico inicial em 90% dos pacientes, sendo a trombocitopenia inferior a 20.000 plaquetas. Diagnostico: - analise do sangue periférico é fundamental para o diagnostico na PTT. - encontro de esquizocitos >1% do total de glóbulos vermelhos, resultado da fragmentação mecânica das hemacias na microcirculação, é fator determinante da presença da microangiopatia. - Diagnostico é clinico. - Em qualquer plaquetopenia associada a presença de esquizocitos em sangue periférico, o diagn de PTT deve ser lembrado, em especial se associado ao achado de anemia microangiopatica e DHL alta. Tratamento: - Troca de plasma, usando-se plasma fresco congelado ou criossobrenadante. Removendo os multimeros de alto peso molecular e o Ac e supre ADAMTS13. - Contagem de plaquetas são uteis para monitorização da resposta ao tratamento. - Rituximabe (anto-CD20) é eficaz, usado em conjunto com infusões ou troca de plasma. - Em casos refratários e casos crônicos, recidivantes, são usados corticosteroides em altas doses, vincristina, imunoglobulina IV, rituximabe e tratamento imunossupressor não tratados, a mortalidade aproxima-se de 90%. - recidivas são frequentes. SÍNDROME HEMOLÍTICO-URÊMICA - Forma de microangiopatia trombótica disseminada com anemia hemolítica microangiopatica. - afeta principalmente crianças (95% casos) - Formaçao de microtrombos em circulação que atingem principalmente os rins, podendo causar IR oligoanurica. - SHU típica: associada a febre, disenteria e infecção pela E. coli produtora de verotoxina. - subtipo O157:H7 esta presente aproximadamente 80% dos casos, mas pode ser causada ainda por outros sorotipos de E. coli produtores de toxina ou por Shigella dysenteriae tipo I. - Demais tipos de SHU não são associados a verotoxina, podendo se correlacionar com uso de medicamentos, em especial ciclosporina, quinidina, quimioterápicos, ticlopidina e interferona. - Maioria dos casos se apresenta com plaquetopenia, porem em níveis não tao baixos como na PTT. - sintomas neurológicos menor comuns e menos severos: consulsoes, coma e AVC. - Níveis de ADAMTS13 são normais. Tratamento: - Objetivo: manter perfusão renal com fluidos IV, ao mesmo tempo em que se evita a congestão pelo excesso de líquidos. - hemodiálise e controle da hipertensão e das convulsões. - Transfusão de plaquetas é contraindicada na síndrome hemolítico-uremica e na PTT.
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