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EDUCAÇÃO NO BRASIL

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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
Lucas Lelis Silva
EDUCAÇÃO NO BRASIL
GOIÂNIA
2018
As Capitanias Hereditárias
As Capitanias hereditárias foram um sistema de administração do território criado pelo então rei de Portugal, D. João III, em 1534. O sistema consistia em repartir territorialmente o Brasil em grandes faixas e entregar a administração para nobres que tinham relações coma coroa Portuguesa. Esse sistema foi criado com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras e estabelecer o cultivo de cana-de-açúcar. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois elas eram passadas de pai para filho. As pessoas que recebiam essas faixas de terra ficaram conhecidas como donatários. Tinham como missão administrar, proteger e colonizar o território. Em contrapartida, recebiam o direito de explorar os recursos naturais da terra.
O sistema não funcionou como esperado. Apenas duas capitanias se sobressaíram sobre as demais, a de São Vicente e a de Pernambuco. Os motivos do fracasso da iniciativa das capitanias são variados, podemos destacar a grande extensão territorial para se administrar, os constantes ataques indígenas e a falta de recursos econômicos. O Sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.
Governo de Tomé de Sousa (1549-1553)
Características Gerais: 
Após o fracasso do sistema de capitanias hereditárias no Brasil no século XVI, o rei de Portugal, D. João III, estabeleceu em 1559 outro tipo de sistema de administração, o de Governo-geral. Foi escolhido, então, Tomé de Sousa para exercer a função de governador-geral, chegou então na Baía de Todos os Santos acompanhado de uma expedição com cerca de mil homens. Tomé de Sousa formou Salvador, a primeira cidade do Brasil, que acabou se tornando posteriormente a capital do país por sua localização estratégica entre o sul e o norte da colônia.
A principal função de uma governador-geral era cuidar da administração do território e impedir que os franceses ocupassem o litoral brasileiro. Para auxiliar na tarefa, Tomé de Sousa criou os seguintes cargos: O de ouvidor-mor, que ficaria responsável pela parte jurídica do governo, o provedor-mor, que seria responsável pela parte tributária e por fim, o cargo de capitão-mor, responsável pela defesa do território.
Durante sua gestão, que durou de até 1553, Tomé de Sousa manteve uma relação pacífica com os nativos indígenas. Ele nomeou o primeiro bispo, D. Pero Fernandes Sardinha, para comandar a missão de catequizar os índios com a intenção de obter o consenso entre eles e ampliar o domínio lusitano no território brasileiro.
Medidas Educacionais:
O primeiro grupo de jesuítas chegou à Colônia brasileira em 1549, na mesma época em que desembarcou o Governador-Geral Tomé de Sousa. Eram chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega, que se tornou o primeiro Provincial com a fundação da província jesuítica brasileira em 1553, permanecendo no cargo entre 1549-1559 e sendo substituído por Luís de Grã (1559-69). O padre Manuel da Nóbrega e seus companheiros da Companhia de Jesus fundaram na Bahia, em agosto de 1549, a primeira “escola de ler e escrever” brasileira. Ao desembarcar no Brasil, o padre Manuel da Nóbrega faz a nomeação de seus ajudantes para algumas funções essenciais. Desse modo, com a nomeação e atribuição de funções aos demais padres jesuítas, é redigido o primeiro status ou catálogo da missão brasileira. A utilização de um método de ensino para conversão do índio ao catolicismo deve-se à seguinte questão: e, como iriam os padres jesuítas pregar a fé católica se não conseguiam se comunicar com os indígenas? O plano de estudos organizado pelo padre Manuel da Nóbrega consistia em duas fases: na primeira fase, considerada como do ensinamento dos estudos elementares, era constituída pelo aprendizado de português, do ensinamento da doutrina cristã e da alfabetização. Para a segunda fase do processo de aprendizagem idealizado por Manuel da Nóbrega, o aluno teria a opção para escolher entre o ensino profissionalizante e o ensino médio, segundo suas aptidões e dotes intelectuais revelados durante o ensino elementar. Como prêmio para os alunos que se destacassem nos estudos da gramática latina, previa-se o envio em viagem de estudos aos grandes colégios de Coimbra ou da Espanha.
Uma das estratégias adotadas por Manuel da Nóbrega na conversão dos gentios foi a construção de aldeias de catequização, que se situavam próximas das vilas e cidades portuguesas. Essas aldeias eram habitadas pelos padres jesuítas e pelos índios a serem convertidos e destinavam se a atingir três objetivos:
• objetivo doutrinário – que visava ensinar a religião e a prática cristã aos índios; 
• objetivo econômico – visava a instituir o hábito do trabalho como princípio fundamental na formação da sociedade brasileira;
• objetivo político – visava a utilizar os índios convertidos contra os ataques dos índios selvagens e, também, dos inimigos externos.
Governo de Duarte da Costa (1553-1558)
Características Gerais:
Duarte da Costa desembarcou na Bahia em 1553, com uma comitiva de 250 pessoas, entre elas estava o noviço José de Anchieta, que seria responsável juntamente com o padre Manuel de Nobréga, pela fundação do colégio jesuíta na vila de São Paulo. Durante sua gestão, Duarte da Costa organizou entradas no sertão para procurar as desejadas riquezas minerais, riquezas essas que eram abundantes nas colônias espanholas na região andina.
Combateu também ataques de tribos indígenas do Recôncavo da Bahia, que impediam o progresso das povoações de colonos. Como já citado, houve a criação do colégio dos jesuítas na vila de São Paulo. Durante seu governo houve o incidente entre o seu filho, D.Álvaro da Costa e o bispo D. Pero Fernandes Sardinha, onde diante das críticas do bispo à agressividade e tentativa de de D.Álvaro de usar índios catequizados como mão-de-obra escravos, a população de Salvador se dividiu em das facções. Uma favorável a D.Álvaro e ao governador e outra, favorável ao bispo D. Pero Fernandes. O bispo foi chamado a Portugal para conceder explicações, mas o seu navio naufragou no litoral de Alagoas, tendo os sobreviventes sido mortos e devorados pelos Caetés.
Os franceses pretendiam estabelecer uma colônia na Baía de Guanabara, a França Antártica, em 1555. Duarte da Costa não dispunha de recursos para expulsa-los da região, foi preciso esperar a chegada do próximo governador-geral, Mem de Sá.
Medidas Educacionais:
Em 1551 desembarca no Brasil o segundo grupo de padres jesuítas oriundos de Lisboa, e juntamente com os padres vem um grupo de vinte meninos órfãos de Lisboa. Esses meninos já haviam sido orientados e treinados para desempenharem suas funções, auxiliar os jesuítas em sua obra de evangelização. Assim, logo que desembarcaram, foram distribuídos e enviados para os colégios jesuítas existentes nas terras brasileiras. Nesse mesmo ano, a escola da Bahia foi transformada em Colégio dos Meninos de Jesus. O padre Manuel da Nóbrega, conhecido como o grande defensor dos índios, em suas décadas à frente dos jesuítas no Brasil, teve papel ativo no processo de colonização e catequização dos índios. Coube a ele colaborar ativamente na fundação da aldeia de Piratininga (1553), que tornar-se posteriormente a cidade de São Paulo, no Colégio de São Paulo (1554) e na cidade do Rio de Janeiro (1565). Entretanto, a maior contribuição ocorreu na área educacional, sendo sua contribuição ainda maior, pois sob seu comando foram fundadas cinco escolas de instrução elementar em Porto Seguro, Ilhéus, Espírito Santo, São Vicente e São Paulo de Piratininga e três colégios no Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia.
A fundação da aldeia de Piratininga representa um fato importante das atividades jesuíticas na Colônia brasileira, pois sua localização privilegiada o capacita para tornar-se muito mais que um núcleo de catequese, mas um centro irradiador de povoamento. A fundaçãode Piratininga data de 25 de janeiro de 1554 e somente foi possível graças à desobediência do padre Manuel da Nóbrega ao Regimento de Tomé de Sousa, que restringia a colonização apenas ao litoral da colônia, proibindo assim a colonização do interior. Em 13 de julho de 1553 chega à Bahia um novo grupo de padre jesuítas, o terceiro grupo a vir para o Brasil, composto de seis padres sob o comando de Luiz de Grã.
Governo de Mem de Sá (1558-1572)
Características Gerais:
Os conflitos internos e as invasões francesas incentivaram a coroa portuguesa a nomear Mem de Sá como o novo governador-geral. Depois dos problemas deixados pelo governo de Duarte da Costa, Mem de Sá tomou posse em 1556 da difícil tarefa de assumir a liderança lusitana em território brasileiro. Aliou-se a tribos indígenas para lutar contra a invasão dos franceses no futuro estado do Rio de Janeiro, que inclusive foi fundada pelo seu sobrinho, Estácio de Sá. Para contornar as guerras entre índios e colonos, ele procurou incentivar a catequização indígena através da fundação de novas missões. Incentivou a produção de açúcar na colônia, estimulou o tráfico de escravos africanos para o território brasileiro e decretou leis que protegia da escravidão os indígenas já catequizados. Foi um combatente da antropofagia, que era a pratica indígena de comer carne humana.
Medidas Educacionais:
Leonardo do Vale, padre de Bragança que esteve com Mem de Sá na Guanabara, residiu um tempo em Porto Seguro e outro em Piratininga. Era professor no Colégio da Bahia em 1567 e deixou um vocabulário da língua tupi. Também por Porto Seguro esteve em 1568 o padre Inácio de Azevedo, beatificado em 1854 pelo Papa Pio IX como um dos Quarenta Mártires do Brasil. Durante esses quase 300 anos da história do Brasil, o panorama não mudaria muito. A população do período colonial formada além dos nativos e dos colonizadores brancos, tivera o acréscimo da numerosa mão de obra escrava oriunda da África. Mas os escravos negros não conseguiram qualquer direito à educação e os homens brancos (as mulheres estavam excluídas) estudavam nos colégios religiosos ou iam para a Europa. Apenas os mulatos procuravam a escola, o que provocou incidentes tais como o da "questão dos moços pardos" em 1689: Os colégios de jesuítas negavam as matrículas de mestiços, mas tiveram que ceder tendo em vista os subsídios de "escolas públicas" que recebiam.
Vinda da Família Real Portuguesa (1808-1822)
A transferência da corte portuguesa para o Brasil foi o episódio da história de Portugal e da história do Brasil em que a família real portuguesa, a sua corte de nobres e mais servos e demais empregados domésticos e inclusive uma biblioteca com mais de 60.000 livros, radicaram-se no Brasil, entre 1808 e 1821. Tendo a leva inicial de 15.000 pessoas. Posteriormente, após 1821, muitos destes voltaram a Portugal.
A capital do Reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, registrando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da colônia passou a ser exercida a soberania e a governação do império ultramarino português. Pela primeira e única vez na história uma colônia passava a sediar uma corte europeia.
Medidas Educacionais:
Não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real no início do século XIX permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua estada no Brasil Dom João VI abriu Academias Militares, como por exemplo a Academia Real da Marinha (1808) e a Academia Real Militar (1810), Escolas de Medicina, a partir de 1808, na Bahia e no Rio de Janeiro, o Museu Real (1818), a Biblioteca Real (1810), o Jardim Botânico (1810) e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia (1808). Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior. Em 1816 foram convidados artistas franceses como Lebreton, Debret, Taunay, Montigny que influenciariam a criação da Escola Nacional de Belas Artes.
A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária. Basta ver que enquanto nas colônias espanholas já existiam muitas universidades, sendo que em 1538 já existia a Universidade de São Domingos e em 1551 a do México e a de Lima, a Universidade Federal do Amazonas, considerada a mais antiga universidade brasileira, foi fundada em 1909.
Império do Brasil (1822-1889)
O Império do Brasil foi um Estado que existiu durante o século XIX e que compreendia grande parte dos territórios que formam o Brasil e o Uruguai atuais. De uma colônia do Reino de Portugal, o Brasil tornou-se a sede do governo do Império Português em 1808, quando o então príncipe regente de Portugal fugiu da invasão do território português pelas tropas de Napoleão Bonaparte e estabeleceu-se com a família real e a corte na cidade do Rio de Janeiro. D. João VI elevaria o Brasil à condição de reino unido com Portugal, sua ex-metrópole. Mais tarde, D. João VI retornou para Portugal, deixando seu herdeiro e filho mais velho, D. Pedro, na condição de Príncipe Regente do Brasil.
O Reino do Brasil desmembrou-se do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves com sua Independência, a 7 de setembro de 1822, proclamada por D. Pedro, Príncipe Real, que antes da independência era o herdeiro do trono como Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. O Reino do Brasil, independente em 1822, e, por conseguinte, desmembrado do império ultramarino português, torna-se Império do Brasil em 12 de outubro de 1822, com a aclamação do imperador D. Pedro I, confirmado em 25 de março de 1824, com a outorga da Constituição brasileira de 1824. D. Pedro I abdicou do trono imperial do Brasil em 7 de abril de 1831 e imediatamente partiu para a Europa para se envolver na Guerra Civil Portuguesa.
Medidas Educacionais:
A Constituição de 1824 manteve o princípio da liberdade de ensino, sem restrições, e a intenção de "instrução primária gratuita a todos os cidadãos".
Em 15 de outubro de 1827 foi aprovada a primeira lei sobre o Ensino Elementar e a mesma vigoraria até 1946. Essa lei determinou a criação de "escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugarejos" e "escolas de meninas nas cidades e vilas mais populosas". A lei fracassou por várias causas econômicas, técnicas e políticas. O relatório Liberato Barroso apontou que, em 1867, apenas 10% da população em idade escolar se matriculara nas escolas elementares.
Em 1834 houve a reforma que deixava o ensino elementar, secundário e de formação dos professores a cargo das províncias, enquanto o poder central cuidaria do Ensino Superior. Assim foi criado o Imperial Colégio de Pedro II, em 1837, e os primeiros liceus provinciais. O Colégio era o único autorizado a realizar exames para a obtenção do grau de bacharel, indispensável para o acesso a cursos superiores.
Em 1879 houve a reforma de Leôncio de Carvalho, que propunha dentre outras coisas o fim da proibição da matrícula para escravos, mas que vigorou por pouco tempo. No século XIX ainda havia no Brasil a tendência da criação de escolas religiosas, o que já não acontecia no resto do mundo receptível ao ensino laico. Até mesmo por parte dos jesuítas, que retornaram após 80 anos. Dentre essas instituições figuram o Colégio São Luís (1867), o Colégio Caraça em Minas Gerais (1820), Liceu Pernambuco (1825), Colégio Mackenzie (1870), Colégio Metodista Piracicabano (1881), Colégio Americano (1885), Colégio Internacional (1873), entre outros.
A República (1889-1960)
Com o golpe militar de 15 de novembro de 1889, que depôs Dom Pedro II, o Brasil deixa de ser um Império. A partir do ato simbólico da Proclamação da República do Brasil pelo Marechal Deodoro da Fonseca, formalizado em 15 de novembro de 1889, um novo tipo de regime é estabelecido e, assim, surgindo um novo período da história brasileira denominado Brasil República que perdura até hoje.
Com o início do governo republicano,sendo pouco mais do que uma ditadura militar, a então nova constituição de 1891 previa eleições diretas apenas para 1894 e, embora abolisse a restrição do período monárquico que estabelecia direito ao voto apenas aos que tivessem determinado nível de renda, mantinha o exercício do voto em caráter aberto (não secreto) e, entre outras restrições, circunscrito apenas aos homens, alfabetizados, numa época em que a população do país era majoritariamente analfabeta.
Medidas Educacionais:
Em 1889 iniciou-se novo período da educação e da história brasileira: a República, que adotou o modelo político americano baseado no sistema presidencialista, e as mudanças sofridas na educação seguiram os princípios do novo regime, ou seja; centralização, autoritarismo e formalização. Portanto, as reformas nacionais de educação seguiram as ideias e matrizes ideológicos correspondentes às ideias que prevaleciam no poder central. 
Ocorreram, durante a Primeira República, cinco reformas do ensino, essas reformas buscaram a implantação de um currículo unificado para todo o país. A primeira reforma aconteceu por meio de Benjamin Constant, Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos de 1890 a 1891, o ministro realizou a reforma do ensino primário e secundário, este tido apenas como preparatório para o Ensino Superior. A Reforma de Benjamin Constant tinha por princípios orientadores a liberdade e a laicidade do ensino e, também, a escola primária gratuita. Uma das intenções dessa Reforma era transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores; intencionava ainda substituir a predominância literária, até então dominante, pela científica, com a implantação de matérias científicas. Uma curiosidade é o fato de que, para ser professor, bastava não ter dívidas com a justiça. A educação, na década de 1920, passou por um período de grandes iniciativas, pois essa década foi a das reformas educacionais. O principal motivo para que ocorressem as reformas foi por não haver, ainda, um sistema organizado de educação pública, o que abriu espaço para propostas em prol dessa educação. Assim, a defesa de uma escola pública, universal e gratuita tornou-se o estandarte de um dos movimentos mais importantes da época, conhecido pelo nome de Escola Nova. Entre os educadores que lideraram o movimento Escola Nova estavam Anísio Teixeira, da Bahia; Fernando de Azevedo e Manuel Lourenço Filho, de São Paulo. No “Escolanovismo” a educação deveria ser proporcionada a todos de forma igualitária, com isso o movimento pretendia criar uma igualdade de oportunidades para formar um cidadão livre e consciente que pudesse incorporar-se ao Estado Nacional em que o Brasil estava se transformando.
Já no Período da Segunda República, a crise econômica mundial de 1929 repercutiu sobre a economia brasileira. Assim, mudanças econômicas ocorreram e essas induziram as transformações, também, na educação. Devido a isso, grandes modificações aconteceram na década de 30 do século XX, essas transformações, que abrangeram as áreas política, econômica e social, ocorreram no Brasil e no mundo, e a educação brasileira, acompanhando as mudanças que ocorriam, sofreu alterações.
Foi no início da Era Vargas, a partir de 1930, que apareceram as reformas educacionais mais modernas. As questões educacionais, devido à “emergência do mundo urbano-industrial”, passaram a ocupar o centro do interesse dos intelectuais. Esses intelectuais atentaram, mais especificamente, para a educação, essa atenção especial ocorreu devido ao interesse em alicerçar uma melhora no processo de estabilização social. O então ministro Francisco Campos promoveu reforma no Ensino Secundário, tal reforma ficou conhecida por “Reforma Campos”, que criou, entre outras ações, os Exames de Madureza, esse exame era prestado por alunos nos estabelecimentos escolares estaduais ou federais, para adquirirem certificado de primeiro ou segundo grau.
 O fim do Estado Novo foi consolidado pela elaboração de uma nova constituição, de cunho liberal e democrático. Quanto à educação, a Constituição de 1946 determinava a obrigatoriedade da conclusão do ensino primário e firmava a competência do Estado para legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional.
Com base nas doutrinas constantes na Constituição de 1946, o Ministro Clemente Mariani institui uma comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral da educação. Essa comissão dividia-se em três subcomissões, sendo uma delas encarregada do Ensino Primário, outra do Ensino Médio e a uma terceira designada ao Ensino Superior. O anteprojeto desenvolvido foi encaminhado à Câmara Federal em novembro de 1948, dando início a uma luta ideológica em torno da interpretação das propostas constitucionais, as discussões mais destacadas foram sobre a responsabilidade do Estado quanto à educação e quanto à participação das instituições particulares de ensino. Deste modo, no ano de 1948 iniciou-se a discussão sobre uma Lei de Diretrizes Básicas. Os debates sobre a LDB estenderam-se por treze anos e depois desse tempo decorrido foi sancionada a Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961, durante o governo João Goulart. A aprovação da LDB de 1961 representou um avanço para a educação, já que a legislação anterior era centralizadora e não deixava nada sob a competência dos estados e municípios. 
31 de março de 1964 é a data da rebelião de parte das Forças Armadas contra o governo de João Goulart, então presidente do Brasil, que marca o início do movimento que originou o Regime Militar. Assim, em 1964 iniciou-se o militarismo e com ele ocorreu o aumento do autoritarismo, o que atingiu, também, a área da educação.

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