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Antibioticoterapia Princípios de Controle de Infecção Icaro Oliveira Stefania Tchmola Vanilsse Negrão Toledo Introdução Antibióticos são substâncias produzidas por várias espécies de micro-organismos (bactérias, fungos, actinomicetes) que impedem o crescimento de outros micro-organismos. Exceção : sintéticos , sulfonamidas e quinolonas. Tem por finalidade combater micro-organismos causadores de infecões no organismo. História O pesquisador inglês Alexander Fleming foi quem desenvolveu o primeiro antibiótico, a penicilina. Ao fazer pesquisas com uma colônia de bactérias, por acaso, estas entraram em contato com uma espécie de fungo. O pesquisador percebeu que as bactérias não se desenvolviam na presença daqueles fungos. Grupos de Antibióticos 16 cefalosporinas 12 penicilinas 10 quinolonas 06 macrolídeos 05 aminoglicosídeos 05 tetraciclinas 05 nitroimidazólicos Grupos de Antibióticos 04 carbapenêmicos 03 antissépticos urinários 03 sulfas 02 lincosaminas 02 polimixinas 02 fenicóis 01 fosfomicina 01 monobactâmico Como atuam os antibióticos? Os antibióticos podem ter ação bactericida ou bacteriostática. No caso de pessoas com o sistema imunológico debilitado e incapaz de destruir os agentes bacterianos, são usados preferencialmente os antibióticos de ação bactericida, enquanto que os de ação bacteriostática são para os casos em que o hospedeiro infectado consegue ativar a resposta imunitária e eliminar as bactérias do organismo. Excreção de Antibióticos Os antibióticos são excretados de duas maneiras: Excreção Renal: A excreção renal compõe a principal forma de eliminação de medicamentos, especialmente os polares ou pouco lipossolúveis em pH fisiológico. Contudo, é válido ressaltar que, excluindo estes fatores intrínsecos ao medicamento, outros fatores podem interferir com sua excreção, como, por exemplo, alta ligação com proteínas plasmáticas (acima de 80%), que inviabiliza ao medicamento ligado atravessar os poros das membranas glomerulares. Excreção de Antibióticos Excreção Biliar: Alguns medicamentos e seus metabólitos são excretados pela via hepática, por intermédio da bile. Fatores que definem esta forma de eliminação incluem tamanho e polaridade da molécula do medicamento a ser excretado. Medicamentos com peso molecular alto apresentam grande probabilidade de serem eliminados pela bile. A excreção biliar possui importância também na eliminação de substâncias orgânicas polares que não são reabsorvidas pelo intestino. Vias de Administração Via oral Comodidade, economia, e facilidade de uso Reservada para tratamento de casos leves a moderados Via endovenosa Via de escolha para infecções graves Nível terapêutico imediato Comodidade para administrar doses elevadas Biodisponibilidade é integral (sem perda na absorção ou inativação gástrica) Via Intramuscular Tópica Resistência Bacteriana Algumas bactérias são normalmente resistentes a determinado antibiótico, enquanto outras são sensíveis. As bactérias podem ser classificadas como sensíveis ou resistentes aos antimicrobianos. A resistência pode ser natural ou adquirida. Possíveis Causas de Resistência 1- O fármaco não atinge o local de ação; 2- O fármaco se tornou inativo para esta bactéria, (exs.: ß lactâmicos desativados por ß lactamases). 3- O local de ação foi modificado (exs.: baixa sensibilidade do receptor bacteriano do estafilococos na interação com meticilina). 4- Mutação gênica altera síntese protéica na linhagem bacteriana (ex.: estreptomicina M.tuberculosis ) 5- Incapacidade do antibiótico de penetrar na superfície das células bacterianas; Possíveis Causas de Resistência Causas de Resistência mais acometida Mecanismo de Ação dos Antibióticos Antibióticos que atuam no nível da parede Celular A parede celular bacteriana constitui-se em um alvo óbvio para os antibióticos. Micoplasmas, clamídias e riquétsias são agentes desprovidos de parede celular e, portanto, resistente aos antibióticos inibidores da síntese da parede celular. As duas classes mais importantes de inibidores da síntese da parede celular são os β – lactâmicos e os glicopeptídeos. PENICILINAS NATURAIS - BENZILPENICILINA Intervalo curto entre as doses (meia-vida curta) Indisponível por via oral (85% inativa em meio ácido) Atinge infecções da grande maioria dos tecidos, exceto do SNC Formas = cristalina / procaína e benzatina Dosagem: Cristalina = 12 a 24.000.000 UI/dia Procaína = 600.000 UI Benzatina = 1.200.000 UI PENICILINAS NATURAIS – Espectro de ação PENICILINAS SINTÉTICAS - OXACILINA AMINOPENICILINA CARBOXIPENICILINAS / UREIDOPENICILINAS INIBIDORES DE BETA-LACTÂMICOS CEFALOSPORINAS – 1ª GERAÇÃO CEFALOSPORINAS – 2ª GERAÇÃO CEFALOSPORINAS – 3ª GERAÇÃO CEFALOSPORINAS – 4ª GERAÇÃO CEFALOSPORINAS – 5ª GERAÇÃO Antibióticos que atuam a nível dos ribossomos Quinolonas 1ª geração: ácido nalidíxico, flumequina e o ácido axonílico. Enterobacteriaceae Infecções urinárias 2ª geração: fluorquinolonas (enrofloxacina, orbifloxacina, difloxacina e marboflocaxina) Enterobacteriaceae, Pseudomonas aeruginosa; a ciprofloxacina e a ofloxacina, Chlamydia sp., Micoplasma sp. e Legionella sp. 3ª geração: levofloxacina e a esparfloxacina Além de todas as de segunda geração, atuam também contra o Streptococcus penumoniae Escolha do Antibiótico Adequado Para determinar o tratamento antibiótico adequado devemos primeiro realizar alguns testes para identificar o tipo e a gravidade da infecção. Alguns Testes diretos: Coloração de Gram; Culturas; Imunológicos; Moleculares; Concentração inibitória mínima; Difusão em disco; Detecção de fatores de resistência; Bactérias Gram + e Gram - Bactérias Gram positivas: São bactérias com uma estrutura de parede celular bastante simples com somente uma camada de lipídeos associados aos polissacarídeos. Os principais antibióticos indicados para o tratamento dessas bactérias são as Penicilinas G, Penicilinas V, rifamicina e vancomicina. Bactérias Gram Negativas : As bactérias Gram negativas são aquelas que após a Coloração de Gram ganham uma tonalidade próxima ao vermelho ou rosa, sendo consideradas bactérias com a estrutura da parede celular complexa. Essas bactérias apresentam entre suas camadas uma membrana de lipopolissacarídeos, que impede a fixação do corante na camada de peptideoglicana. Para o tratamento dessas bactérias, é indicado aminoglicosideos e polimixinas. Referências http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo3/grampositivos.htm http://www.cremesp.org.br/pdfs/eventos/Antimicrobianos%20para%20tratamento%20de%20bact%E9rias%20gram%20positivas.pdf http://www.cremesp.org.br/pdfs/eventos/eve_20082013_190111_Penicilinas%20e%20Cefalosporinas.pdf http://www.unifesp.br/hsp/protocolo%20assistencial%20-%20HSP%20contra%20a%20sepse%2021-2-2011.pdf
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