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Aulas Anotações Gerais Direito Civil I

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DIREITO CIVIL I – Part e Geral
AULA 1 – 20.02.2018
Professor: WAYNEL MENDES – waynelrmm@gmail.com
Código Privado
Dignidade da Pessoa Humana
Diálogo das fontes
Criar o hábito de ler doutrinas 
Civil – Profissional (grande ruptura ocorreu em 1988)
Código Civil Publicado em 2002 –> 1916 - 1917
Indicada pelo professor:
Pablo Stolze Gagliano + Rodolgo Pamplona
Nelson Rosenvald + Cristiano Chaves FARIA
Flávio Murilo Tertuce
Christiano Cassetari
Carlos Roberto Gonçalves
Direito Civil é um direito Privado – Essencial para a regulamentação da relação entre as pessoas
Trata de relações privadas
Primeiro código civil – 1916 -> 2002
Tutela dos direitos difusos coletivos
CODIGO PRIVADO
O Código Civil – CC de 2002, reflete os princípios e postulados da Constituição da República – CR/1988, demonstrando enorme evolução face ao CC/1916 (mesmo considerando que o código civil vigente - 2002 é fruto de um anteprojeto da década de 70).
Constituição da Republica – CR (Termo mais adequado devido a abrangência) e Constituição Federal - CF
No CC/16 bem como no período das Ordenações Filipinas, Manoelinas e Afonsinas, as relações privadas se destacavam pela sua natureza individualista.
O código civil de 2002 apresenta como princípios norteadores: QUESTÃO DE PROVA
SOCIALIDADE – O ordenamento, mesmo nas relações privadas, deve tutelar e resguardar o interesse coletivo; Vide Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
ETICIDADE – Agir com ética, com probidade; Vide Art. 422 - Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Boa fé objetiva.
OPERABILIDADE – O legislador visou distribuir as matérias em títulos e capítulos de modo que facilitasse o estudo e manuseio do código civil – CC - pelo operador do direito.
Antes o direito era individualista, hoje não mais principalmente pelos princípios norteadores.
O que é Boa Fé Objetiva? -> Simboliza o exercício de condutas éticas; manifesta-se pelo dever de informação, transparência, lisura.
Lado outro, a boa fé subjetiva reflete o exercício pessoal de condutas, muitas vezes com ligações culturais que demonstram uma boa intenção pessoal. 
Entendida como exigência de comportamento leal dos contratantes
CODIGO CIVIL - 10.406 /2002 Art 1 a 232
O que é dignidade da pessoa humana? -> Para muitos é um postulado, está acima do principio. 
Dignidade da Pessoa Humana – Respeito a estes princípios
Integridade física;
Integridade Psiquica (não dano moral);
Isonomia;
Solidariedade.
Ordenamento Jurídico – Os princípios constitucionais realizam o alicerce, que traz o equilíbrio, a base entre os Códigos:
Constituição da República de 88 (sempre mais importante)
Código Civil
Consolidação das Leis do Trabalho
Direito Administrativo
Código Processo Penal
Código Penal
Código Tesouro Nacional
Desenho das moléculas
Diálogos das fontes: (Cláudia Lima Marques)
Trata-se de relação interdisciplinar consubstanciada no ordenamento jurídico sustentado pela CR/88, principalmente por seus princípios.
Código Civil Francês – Napoleão – 1804 (o que influenciou nosso código civil de 1916)
Burguesia no poder;
Liberalismo;
Liberdade nas relações privadas (Não interferência do Estado);
Valor da propriedade (o latifundiário tinha privilégios);
Desigualdade entre homens e mulheres – Privilégios para os Homens;
(O mais forte sempre sobressaia sobre o mais fraco)
Código Alemão – 1896 – BGB (o que influenciou nosso código civil de 1916)
Sistematização da matéria (tentar prever todas as situações);
Presença de princípios abstratos (princípios gerais);
CC 1916 (Clóvis Bevilaqua)
Valorização da propriedade
Pátrio Poder;
DIREITO CIVIL I – Part e Geral
AULA 2 – 27.02.2018
Professor: WAYNEL MENDES – waynelrmm@gmail.com
Continuação – Direito Civil
Capacidade de Direito (Todo mundo que nasce com vida) + Capacidade de Fato (exercício) -> Capacidade Plena (Vide Art.1º - Art. 1.º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.)
Diferente de Capacidade Postulatória
Plena – Mais que 18 anos – 16-18 – Relativamente Incapaz
CAPACIDADE DE DIREITO - trata-se da capacidade para o exercício de direitos (no mundo jurídico), bem como o cumprimento de deveres a ele inerentes. Ex: preservação dos direitos fundamentai, cumprimento de deveres tributários.
CAPACIDADE DE FATO (Exercício) refere-se aptidão para o exercício dos atos da vida civil. Atinge-se a capacidade plena aos 18 anos, entre 16-18 é considerado relativamente incapaz, abaixo dos 16 anos é considerado absolutamente incapaz.
Capacidade Ausência de C.I. (Carteira de Identidade)
Capacidade limitada - refere-se aqueles que têm a capacidade de direito mas não tem a de fato
Aquele que não tem identificação (C.I. - carteira de identidade)
(Dica de Prova )
Capacidade Etária
18+ = Capacidade Plena
16-18 = Relativamente incapaz – Assistida (Vide art.3º) – (Ato anuláveis)
Menor de 16 anos = Absolutamente incapaz - Representação – (Ato Nulo)
(marcar na prova opção) Despersonalização da pessoa jurídica
O QUE É POSTULADO?
Trata de uma capacidade especifica reservada ao advogado, em regra.
Existem exceções: Juizado, Acionar a justiça do trabalho.
AQUELE QUE NÃO TEM IDENTIFICAÇÃO TEM CAPACIDADE DE DIREITO?
Sim; No que pertinho a capacidade de fato deverá ser analisado por outro meio probatório.
NATIMORTO – Nasceu morto; feto que morreu dentro do útero
NASCITURO – Embrião/Feto; Gestação antes do nascimento
SILVICULA – Índio (A capacidade ou incapacidade será regulamentada por legislação especial, através de lei própria).
A incapacidade absoluta dos termos do CC/02 será unicamente a etária. Observa-se que o legislador (lei 13.146/2015 §Lei que trata do deficiente físico e mental) pautou-se pela inserção na sociedade daqueles que apresentam certa debilidade. Necessário um tratamento ponderado, vez que a intenção de inclusão social pode, muitas vezes, expor incoerências e gerar danos (cita-se a distorção entre um absolutamente capaz de 15 anos e um enfermo internado em tratamento intensivo).
	
Vide Flávio da Cruz artigo sobre inclusão social e deficiente mental
Personalidade Jurídica = Capacidade de Direito
CAPACIDADE DO DIREITO - DIREITOS DA PERSONALIDADE
Conceito: São direitos inerentes a pessoa e a sua dignidade. Maria Helena Diniz defende os direitos da personalidade como sendo:
“o que pensamos internamente e visamos proteger;
“o que os outros pensam de nós”.
A PERSONALIDADE DE DIREITO É UM VÍNCULO EXCLUSIVAMENTE DA PESSOA NATURAL? Não, inclui-se também as pessoas jurídicas. Artigo 52
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
DIREITOS FUNDAMENTAIS - Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, ...
Brasil é um estado laico – Não há nenhuma religião determinada 
Porém ...
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (*) - PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgados, sob a proteção de Deus, a
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Art 11/21CC
Teorias:
NATALISTA – Nascimento da personalidade jurídica se dá com o nascimento com vida;
NATALISTA MODERADA OU CONDICIONAL – Reitera a corrente anterior possibilitandoa expectativa de direitos do nascituro;
CONCEPCIONISTA – A personalidade terá o seu inicio desde a concepção.
Alimentos gravídicos – São os alimentos destinados para sustento e manutenção do nascituro.
(Exemplo: subsídios para mulher que está em gestação tais como alimentos, tratamento médico, junto ao pai)
Existem situações peculiares que demandam ponderação jurídica, tais como: células tronco-embrionárias, alimentos gravídicos.
Majoritariamente a doutrina civil constitucionalista adota a doutrina Concepcionista. Já o código civil Art 2º adotou a teoria Natalista moderada. Vide Art 2º - Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Dano moral In Ricochete ou Indireto – Não é causado diretamente, mas é consequência 
(Exemplo atropelamento de mãe e filho que o filho pode morrer ou ficar tetraplégico. Danos da mãe e filho direito e indiretos).
EMANCIPAÇÃO:
Voluntária
Judicial
Legal
AULA 06.03.2018
CIVIL I - PARTE GERAL
waynelrmm@gmail.com
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Os direitos da personalidade refletem os direitos fundamentais (Vide Art. 5 Constituição)
CONCEITO: Tratam-se dos direitos próprios do ser humano; os quais devem resguardar o mínimo de dignidade para a vida em sociedade.
PRINCIPIO LEGAL: At 11-21 CC
Rol Exemplificado: Significa que as situações elencadas pelo legislador não esgota todas as possibilidades (apenas elenca exemplos). Vide artigo 1.225 
O Rol Taxativo: por sua vez esgota as situações elencadas.
Os direitos da personalidade estão descritos no CC/02 com um rol exemplificativo.
HIPOTESE
Vida
Integridade Física
Integridade Psíquica
Nome 
Honra
Imagem
Intimidade/Privacidade
A investigação de paternidade, Direito constitucionalmente resguardado, esbarra em direitos da personalidade antagônicos; exigindo a técnica da ponderação para sua solução.
PROVALÊNCIA
Técnica Ponderação (Ementa 274 Jornada D. Civil)
Direito a verdade biológica <Diferente> Direito a intimidade
CARACTERÍSTICA
Intransmissíveis
Irreversíveis
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE, CONSIDERANDO AS CARACTERISTIVAS DECLINADAS, É UM DIREITO ABSOLUTO?
OBS: Não existe Direito absoluto – (EM 4. Jornada Direito Civil)
O enunciado 04 da Jornada de Direito Civil justifica, em parte, a possibilidade do programa de Reality Show (BBB), vez que: 
Não sendo permanente e nem geral é possível a limitação voluntária;
A existência de clausulas de renuncias aos danos morais, em caráter permanente, será tida como uma clausula nula.
TUTELA
Preventiva: Visa cessar a perpetuação do dano.
Repressiva: Ressarcimento financeiro pela dor moral sofrida.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
A inclusão indevida de uma pessoa no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) gera tutela preventiva e repressiva? SIM, vez que os direitos da personalidade (Nome, Honra) restaram violados.
E a inclusão do nome de um falecido no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito)?
Existe a tutela, por existência da proteção dos direitos da personalidade dos demais familiares. (vide paragrafo único do Art. 12)
Art. 12. Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
GRAU:
1º grau – Pais e filhos
2º grau – Irmão
3º grau – Tios/Sobrinho
4º grau – Primos
Nora/Cunhado – Afinidade
DANO
Material
Moral 
Estético
Hoje se mostra pacifico acumulação entre dano moral, material e estético.
O dano material se divide em Dano emergente e Lucros Cessantes.
DANO MATERIAL 
Dano emergente: Refere-se ao dano patente / Latente (de fácil assimilação) com prejuízo ocasionado 
Lucro Cessante: Refere-se a tudo aquilo que razoavelmente, de forma lícita, a parte deixou de ganhar.
No domingo de sol último, o proficiente estudante Edenir, foi filmado na arquibancada do estádio ao lado de uma “namorada”, desconhecida da atual namorada. Foi filmado pela câmera em caráter geral para divulgar o grande numero de torcedores ali presentes. Diante do ocorrido, Edenir se tornou um estudante ordinário e amargou diversos dissabores. Terá ele direito a alguma indenização? Houve afronta a algum direito da personalidade?
DIREITO CIVIL I – Part e Geral
AULA 13.03.2018 
Professor: WAYNEL MENDES – waynelrmm@gmail.com
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Direito ao Esquecimento: refere-se a tese doutrinária que defende o direito de não ser lembrado por fatos anteriores que possam denegrir a honra e a imagem de alguma pessoa (quando esta citada pessoa já tiver cumprido a sua pena
Direito do Morto (Tutela): Art. 12 Paragrafo 1
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Legitimidade: O companheiro de acordo com os preceitos do Direito Civil Constitucional (direitos fundamentais) terá direito na tutelar ofensas a morto. 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Mutilação: 
Lei 9434/97
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
É POSSIVEL A MULTIÇÃO DO PROPRIO CORPO? Em regra NÃO, ressalvando o disposto no Art. 13 e na Lei 9434/97 – Transplantes. Patologia Psíquica (transgenitalização).
Vide Enunciado 06 Jornada Direito Civil - 6. Art. 13: a expressão “exigência médica” contida no art. 13 refere-se tanto ao bem-estar físico quanto ao bem-estar psíquico do disponente.
Enunciado 276 - 276. Art. 13. O art. 13 do CC, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil.
A cirurgia de Trangenitalização autoriza a mudança do nome e do sexo do registro civil.
Disposição do próprio corpo após a morte.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Direito do Paciente < Diferente > Tratamento médico – Art. 15.
OBS: Direito ao tratamento consentido.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Transfusão sanguínea “Sem vida não existem Deuses”
Vide Enunciados n. 403 e 533 das Jornadas de Direito Civil.
403. Art. 15. O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5.º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes
critérios:
a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente;
b) manifestação de vontade livre, consciente e informada;
c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante.
Direito ao tratamento consentido
Intimidade < Diferente > Privacidade
A intimidade se refere a um caráter absoluto, próprio de cada umsem qualquer possiblidade de ponderação. (Exemplo vedação de apresentação de exame de gravidez na admissão/rescisão do contrato)
A privacidade, por sua vez, admite a ponderação com outros direitos; privacidade significa a “forma” em que o individuo é visto pela sociedade.
NOME – Trata-se de instituto jurídico que tem como escopo a identificação de certa pessoa física ou jurídica, no âmago da sociedade. A proteção do nome inclui o prenome, o sobrenome e o pseudônimo utilizado para atividades lícitas.
OBS: O artigo 18 veda a utilização do nome alheio sem a autorização.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
• Vide Súmula 221 do ST J.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
• Vide Enunciado n. 278 da IV Jornada de Direito Civil.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Direito da Personalidade
En. 278, IV Jornada Direito Civil
278. Art. 18. A publicidade que venha a divulgar, sem autorização, qualidades inerentes a determinada pessoa, ainda que sem mencionar seu nome, mas sendo capaz de identificá-la, constitui violação a direito da personalidade.
 
Princípio – Imutabilidade do nome, exceções:
Correção registro;
Nome – Exposição ao ridículo;
Nome registrado diferente do conhecimento da sociedade;
Inclusão de apelido público;
Proteção à vítima e testemunhas;
Cônjuge/Companheiro;
Inclusão sobrenome padrasto;
Homônimos;
Modificação prenome adotado;
Tradução nome estrangeiro;
Transgenitalização (N . 42 I, Jornada Saúde CNJ).
TRABALHO EM SALA – 0,5 ponto
Na hipótese de modificação do nome, existe alguma regra especial para aqueles com idade entre 18 a 19 anos?
Entre os 18 e 19 anos a lei de registro público faculta a inclusão de sobrenome familiar. O procedimento pode se dar por instrumento público.
Permite, desde que tenha idade entre 18 e 19 anos desde que não haja prejuízo ao sobrenome de família. 
Defina capacidade plena.
Capacidade plena é quando o individuo tem a capacidade de fato e de direito.
A capacidade plena cumula a capacidade de fato e a capacidade de direito; Capacidade de Fato: aptidão para exercícios dos atos da vida civil; Capacidade de Direito: reflexo dos deveres e direitos inerentes a personalidade de direito; Capacidade limitada portanto é a existência da incapacidade de direito. Vide artigo 5º - Emancipação.
Capacidade jurídica de uma pessoa física ou jurídica é a possibilidade de ela exercer pessoalmente os atos da vida civil - isto é, adquirir direitos e contrair deveres em nome próprio (sendo que todos possuem direitos, mas nem todos possuem deveres). A legislação brasileira prevê três estados de capacidade jurídica:
Capacidade plena - é a possibilidade plena de exercer pessoalmente os atos da vida civil.
Incapacidade relativa - situação legal de impossibilidade parcial de realização pessoal dos atos da vida civil, exigindo alguém que o auxilie (assistente). Exemplos: maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, ébrios habituais ou viciados em drogas, excepcionais etc).
Incapacidade absoluta - situação legalmente imposta de impossibilidade de realização pessoal dos atos da vida civil senão por representante. Exemplos: menores de dezesseis anos. Com a inserção do "estatuto da pessoa com deficiência", a incapacidade absoluta se resume apenas à faixa etária".
Com relação ao inicio da capacidade de direito qual a teoria adotada pelo código civil?
Teoria Natalista.
	
Em uma situação concreta, houve a publicação, em meio jornalístico do nome identificação de determinada pessoa sem autorização da mesma. Observa-se que os atributos foram todos positivos gerando uma repercussão favorável. Neste caso, cabe indenização de dano moral?
A invasão dos direitos da personalidade, mesmo não gerando caráter pejorativo, faz gerar a pretensão ao ressarcimento.
É possível que uma pessoa em sua capacidade plena doe a integralidade dos seus bens?
Se doar for igual a gastar – Pode doar tudo.
Se doar for por testamento – Não, é preciso fazer reserva.
Exista a tutela do patrimônio mínimo – Renda/Patrimônio mínima para sobrevivência.
Herdeiros legítimos (filhos, pais e cônjuge) – Deve reservar 50% do patrimônio em vida quando trata-se de doação em vida através de testamento.
DIREITO CIVIL
Aula 20.03.2018
ALIMENTOS GRAVÍDICOS: Trata-se de alimentos que visa atender as necessidades biológicas, físicas e sociais da mãe em gestação. Diante da peculiaridade um juiz adota um procedimento sumário para a sua gestação, levando-se em conta intermitentemente o principio da proporcionalidade.
PERDA DE UMA CHANCE: Trata-se de instituto jurídico, oriundo comparado europeu em que se estipula a condenação por danos materiais com base no percentual do êxito. (Exemplo: Jogo do Milhão)
ESTADO CIVIL
Conceito: Refere-se ao complexo de atributos com efeitos jurídicos que determina a condição da pessoa perante a sociedade.
Filiações, idade, existência de casamento
Emancipação Art 5º CC
Menor Impúbere (0 a 16 anos)
Menor púbere – (16 a 18 anos)
Emancipação: Instituto jurídico que possibilita a atribuição da capacidade plena ao menor púbere.
Art. 5.º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
(questão de prova – Sempre pública, não privado )
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
	
Ocorrendo a emancipação nas hipóteses do art. 5º cessação da condição faz com que a pessoa natural perca a capacidade plena? NÃO, de acordo com a segurança jurídica uma vez emancipado, não existe retrocesso. 
DOMICÍLIO
Conceito: Art 7º CC
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
Residência + “ânimus” definitivo
Ânimo – Caracteriza habitualidade cita-se como exemplo a indicação de endereço para recebimento de correspondências
Residência (requisito objetivo) é o local sem o animo (demonstrar vontade), sem a necessidade de estar.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que nãotenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: (Artigo muito cobrado em provas)
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1.º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2.º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. (Artigo muito cobrado em provas)
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
O político não possui domicilio necessário de acordo com a legislação civil.
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
FIM DA PERSONALIDADE JURÍDICA
“Doutrina do Além” 
Morte Real: Refere-se aquela em que há identificação física do cadáver (dos restos mortais)
Morte Presumido: A situação fática demonstra a probabilidade de ocorrência da morte. Referido instituto não tinha previsão no CC/2016
Renúncia
Morte Presumida <diferente> da Declaração de Ausência
Art. 7.º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
É possível a morte presumida ser a declaração de ausência? SIM.
Artigo 22 ao 39
COMONIÊNCIA 
Conceito: Trata-se de uma presunção jurídica de morte simultânea; para efeito sucessório.
Art. 8.º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
DIREITO CIVIL I – Part e Geral
AULA 27.03.2018
Professor: WAYNEL MENDES – waynelrmm@gmail.com
SUCESSÃO PROVISÓRIA – DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA
Art 22/36 CC
OBS: O legislador, ao disciplinar o instituto da sucessão provisória/definitiva visa resguardar os bens do ausente e, de forma concomitante, garantir o direito sucessórios dos herdeiros.
Ausência -> Desaparecimento:
Sem mandatário ou com mandatário que não possa ou não queira exercer oficio
Com mandatário
Em caso de impossibilidade (não possa ou não queira) ou sem mandatário -> Juiz – Nomeação de curador – Ref. Art. 25 CC
OBS: Rol de Curatela Art. 25 § 1º ao 3º. - Com quanto não tenha sido citado a pessoa do Companheiro no rol do artigo 25, a doutrina é pacífica em admitir o seu tratamento em identidade com a do cônjuge.
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1.º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2.º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3.º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
OBS: Morte sem decretação de ausência – Art 7º CC/02 – Declaração / Exceção
Art. 7.º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
O que é a ausência. Uma pessoa que não retorna ao seu domicilio, não dá noticia a seus familiares.
Sucessão Provisória: Art. 26 CC
1 ano – Arrecadação dos bens (curador)
3 anos – Ausente: Constituiu procurador
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Interessados da Sucessão Provisória – Art 27 CC/02
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:
I - o cônjuge não separado judicialmente;
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
Sentença: Sucessão provisória - Efeitos após 180 dias Abertura testamentos: Art 28 CC
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
§ 1.º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente.
§ 2.º Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.
Herança Jacente / Vacante
	
Bens Móveis: Possibilidade de deterioração – Art 29 CC
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.
Herdeiros – Posse – Garantia – Art 30 CC
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§ 1.º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.
 Sucessão provisória
Morte: Sucessão definitiva
Reaparecimento: Entrega dos bens e dos sub-rogados
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representandoativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.
Sucessão definitiva - Art 37 / 39
5 anos – Ausente com mais de 80 anos
10 anos
- Art 39CC
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
PESSOA JURÍDICA ou PESSOA MORAL
Teorias
FICÇÃO: Segundo esta teoria a Pessoa Jurídica é uma ficção legal; onde a lei cria um ente para suprir lacunas e proporcionar o exercício de direito e deveres.
REALIDADE ORGÂNICA: Estabelece a existência da pessoa jurídica distinta do seu representante, ou seja, admite a existência da pessoa jurídica quando se admite a existência da pessoa natural na sua condução.
REALIDADE TÉCNICA: Junção das teorias anteriores sendo essas a teoria adotada no Brasil.
Art 44 CC / 02
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos;
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
§ 1.º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
§ 2.º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. 
§ 3.º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
O ROL DO ART. 44/ CC É TAXATIVO OU EXEMPLIFICATIVO? PARA SERPA LOPES O ROL É CONSIDERADO TAXATIVO; JÁ A DOUTRINA MAJORITÁRIA, DEFENDE O ROL COMO EXEMPLIFICATIVO.
Rol Taxativo ou Rol Exemplificativo
EN 144 Jornada Direito Civil
144. Art. 44: A relação das pessoas jurídicas de Direito Privado, constante do art. 44, I a V, do CC, não é exaustiva.
EN 90 Jornada Direito Civil
90. Art. 1.331: Deve ser reconhecida personalidade jurídica ao condomínio edilício.
Indicação de doutrinadores 
Serpa Lopes
Mauricio de Souza 
Critela Jr
Mauricio Godinho
EUTANÁSIA
DIREITO CIVIL I – Part e Geral
AULA – 03.0242018
Professor: WAYNEL MENDES – waynelrmm@gmail.com
Vocabulário jurídico - MANDADO DE SEGURANÇA – SIGNIFICA ORDEM
PESSOA JURÍDICA
Associação: Trata-se de um conjunto de pessoas que se unem sem finalidade lucrativa.
OBS: 
Não existem direitos e deveres.
O fato de ter receita não descaracteriza natureza da associação (a vedação contra e finalidade lucrativa)
EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: Significa que as normas de direito fundamental têm aplicação imediata e irrestrita nas relações privadas.
EFICÁCIA VERTICAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: Ocorre quando figura o cidadão em um dos polos e a Administração Pública / Estado em outro Polo. Refere-se, portanto, ao respeito aos direitos fundamentais constitucionais.
Sociedade: Trata-Se de conjunto de pessoas físicas que se reúnem na formação da pessoa jurídica que almeja a finalidade lucrativa.
- Art. 966 e seguintes
Fundação: Vide Art. 62 CC.
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a
maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação; 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional;
 VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX – atividades religiosas; divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
VIII - promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias,findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
OBS: O Ministério Público responsável pela tutela da Fundação será o MP Estadual.
Partidos Políticos: Trata-se de um grupo organizado, legalmente formado, voluntariamente com o ensejo de participar, influenciar e ocupar o poder público; 
Organização Religiosa: Refere-se a pessoa jurídica destinada a abrigar as instituições de cunho religioso; visam arrecadar contribuições para a manutenção dos templos e de seus entes participativos. Nutrem proximidade com as Associações por não visarem finalidade lucrativa. Possui imunidade fiscal.
PESSOA JURÍDICA SOFRE DANO MORAL? A incidência do dano moral da pessoa jurídica já foi motivo de divergência doutrinária e posicionamentos contraditórios (vide EN Jornada Civil 189 e 286). 
Hodiernamente o posicionamento prevalecente é no sentido de se admitir o dano moral (Vide Art 52 CC e Súmula 227 STJ)
Merece respeito o posicionamento de Nelson Rosenvald pela significância da sua doutrina que defende que todo dano a pessoa jurídica necessariamente é patrimonial.
EN Jornada Civil 286. Art. 52. Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos.
EN Jornada Civil 189. Art. 927: Na responsabilidade civil por dano moral causado à pessoa jurídica, o fato lesivo, como dano eventual, deve ser devidamente demonstrado.
CC - Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Súmula 227 STJ - 227. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
DIREITOS DA PERSONALIDADE / PESSOA JURÍDICA
Proteção do nome
Proteção honra objetiva
Proteção da privacidade
Não há proteção da vida;
Não há proteção física psíquica;
DICA DE PROVA – O que significa honra objetiva? Refere-se ao que “os outros” pensam da empresa.
Honra objetiva pode ser compreendida como o juízo que terceiros fazem acerca dos atributos de alguém. Reputação social / Imagem. 
Honra subjetiva, o juízo que determinada pessoa faz acerca de seus próprios atributos. A calúnia e a difamação atingem a honra objetiva. A injúria atinge à honra subjetiva.
DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA: Trata-se de instituto jurídico pelo qual os bens da pessoa física respondem pelos atos da pessoa jurídica.
TEORIA MAIOR: Requisitos - Abuso do Direito + Prejuízo do credor
CC/02 adota esta teoria.
Art. 50 CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
TEORIA MENOR: Requisitos - Prejuízo ao credor
Art. 28 85 Código Direito do Consumidor
 Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
 § 1° (Vetado).
 § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
 § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
 § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
 § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
Fábio Ulhoa defende que a desconsideração da pessoa jurídica deve ser tratado como sendo “o levantamento do véu da noiva”.
PROVA AV1 – ATÉ WEBAULA 6

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