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Faculdade Mineira de Direito Lógica Aplicada ao Direito – Segunda Avaliação Prof. Luiz A. L. de Ávila Nome: ___________________________________________________ Nota: _________ ORIENTAÇÃO: 1. As normas da língua culta e a estruturação do raciocínio lógico estão implicados como pressupostos primários para a inteligibilidade das questões propostas e constituem critérios básicos para a avaliação das respostas (fundamentadas) que à elas forem dadas. Por isso, não deixe de reler as questões e as respostas dadas; 2. As respostas deverão obedecer, em um exercício de síntese, o limite de uma só folha, considerados o anverso e o verso da mesma; 3. A prova deve ser digitada e sem rasuras; 4. Excetuada A CÓPIA, a consulta é ampla e irrestrita; PRIMEIRO QUESTÃO: A partir das oposições, contrária, contraditória e por alternação, e das equivalências por conversão, por obversão e por contraposição, determine a validade e a estratégia argumentativa no silogismo abaixo transcrito: B é A (e também não é não-A) C, que é não-C, é B e não-B C é A (e não é também não-A) [An. Post. A, 11, 77a 10-22] E se de uma proposição A podemos obter a sua contrapositiva aplicando-lhe a obversão, em seguida a conversão e outra vez a obversão. Ou seja, começando com a proposição “Todo S é P.”, obvertemo-la e obtemos “Nenhum S é não-P.”, que, por conversão, obtemos “Nenhum não-P é S.” e cuja obversa é Todo não-P é não-S. Deste modo, a contrapositiva de qualquer proposição A é a obversa da proposição convertida da obversa daquela proposição tanto quanto a contrapositiva da conclusão no silogismo acima é a obversa da proposição convertida da obversa dessa referida proposição? SEGUNDA QUESTÃO: Sujeito (SN) Predicado (SV) [Todo homem] [é inocente [até que se prove o contrário]]. (Sintagma Preposicional) Se o sintagma preposicional é “até que se prove o contrário”, então podemos inferir que se tratar- se-ia da proposição “Todo homem não é inocente” como objeto de prova. No entanto, se uma proposição negativa não pode ser provada ou não é passível de prova ou demonstração (“ei incumbit probatio qui dicit, non qui negat”, de Paulus, Libro 69 ad edictum 22.3.2 do Digesto Justiniano, é o fundamento para “a prova das alegações1 incumbe à parte que as fizer”), então, como o argumento ad ignorantium ou 1 Alegar (latim allego, -are); Alegação (latim allegatio, -onis,); Alegado (particípio de alegar). Emitir (razões) para autorizar um fato; citar, fazer referência a; argumentar, expor em defesa, apresentar como argumento, razão ou prova; arrazoar ou justificar; expor ou apresentar como prova; explicação que justifica ou procura justificar alguma coisa; aquilo que foi criado ou referido como argumento ou prova em favor de algo. Em defesa, como prova ou justificativa, alegou circunstâncias que o inocentavam; que é admitido como hipótese. Referente (latim referens, -entis, particípio presente de refero, -ferre, remeter, levar, dar, responder, referir, relatar) 1. Que se refere. 2. Que diz respeito a. = CONCERNENTE, RELATIVO. 3. [Linguística] Qualquer entidade, real ou não, para a qual remete o signo linguístico.( https://www.priberam.pt/DLPO/) Faculdade Mineira de Direito Lógica Aplicada ao Direito – Segunda Avaliação Prof. Luiz A. L. de Ávila próprio das falácias materiais ou não formais pode ser explicado a partir das equivalências por conversão (Todo inocente é homem. - por limitação: Algum inocente é homem), por contraposição (Todo não inocente é não homem.) ou por obversão (Todo homem não é não inocente.)? Se sim ou não, considere ainda a definição do termo inocente como “que ou quem não tem culpa”2 e de culpa com “Falta voluntária contra o dever; omissão; desleixo”3. TERCEIRA QUESTÃO: Consideradas as oposições e equivalências a partir dos quadros sugeridos, determine a fundamentação lógica para os três casos apontoados por BOBBIO, Norberto, em Teoria do Ordenamento Jurídico, páginas 85 e 86, abaixo indicados. Quadro 01 1. Que é de necessidade. 2. Que não pode deixar de ser ou de se fazer. 3. Que é preciso; de que não se pode abdicar. = ESSENCIAL, IMPRESCINDÍVEL 4. Subsistente por si mesmo. Não é CONTINGENTE 5. Aquilo de que não se pode prescindir; o que não pode deixar de ser ou de se fazer. Adjetivo/Substantivo necessário [ser] 1. Não possível. 2. Irrealizável. 3. Incrível. 4. Intolerável. 5. O que é ou se considera impossível. Adjetivo/Substantivo impossível [ser] A E I O possível [ser] Adjetivo/Substantivo 1. Que pode ser, que pode existir, que pode acontecer. 2. Que se pode fazer. 3. O que pode ser, existir, acontecer. fazer o possível: esforçar-se. possível [não ser] Adjetivo/Substantivo 1. Que pode não ser, que pode não existir, que pode não acontecer. 2. Que se pode não fazer. 3. O que pode não ser, não existir, não acontecer. fazer o possível: esforçar-se. 2 "inocente", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/inocente [consultado em 08-10-2017]. 3 "culpa", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/culpa [consultado em 08-10-2017].. Faculdade Mineira de Direito Lógica Aplicada ao Direito – Segunda Avaliação Prof. Luiz A. L. de Ávila Quadro 02 O [O]brigatório [ser] Adjetivo/Substantivo necessário [ser] O Não [O]brigatório não [ser] Adjetivo/Substantivo impossível [ser] A E I O possível [ser] Adjetivo/Substantivo Não [O]brigatório não [ser] Não O Não possível [não ser] Adjetivo/Substantivo Não [O]brigatório [ser] Não O Quadro 03 (OBVERSÃO) Nenhum S é não-P. (CONTRAPOSIÇÃO) Todo não-P é não-S. (CONVERSÃO por limitação) Alguns P são S. Todo S é P. Todo S é não-P. (OBVERSÃO) Algum não-P não é não-S. (CONTRAPOSIÇÃO por limitação) Nenhum P é S. (CONVERSÃO) Nenhum S é P. Algum S é P. (CONVERSÃO) Alguns P são S. (CONTRAPOSIÇÃO) (em geral, não há equivalentes) (OBVERSÃO) Alguns S não são não-P. Algum S não é P. (em geral, não há equivalentes) (CONVERSÃO) Algum não-P não é não-S. (CONTRAPOSIÇÃO) Alguns S são não-P. (OBVERSÃO) Faculdade Mineira de Direito Lógica Aplicada ao Direito – Segunda Avaliação Prof. Luiz A. L. de Ávila Faculdade Mineira de Direito Lógica Aplicada ao Direito – Segunda Avaliação Prof. Luiz A. L. de Ávila Faculdade Mineira de Direito Lógica Aplicada ao Direito – Segunda Avaliação Prof. Luiz A. L. de Ávila Faculdade Mineira de Direito Lógica Aplicada ao Direito – Segunda Avaliação Prof. Luiz A. L. de Ávila Faculdade Mineira de Direito Lógica Aplicada ao Direito – Segunda Avaliação Prof. Luiz A. L. de Ávila (BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico. Editora UNB. São Paulo, SP. 1995. P. 82 – 86)
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