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Introdução à Lógica Jurídica

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Faculdade de Direito do Recife 
Lógica Jurídica - Torquato da Silva Castro Junior - 2020.3 
Discente: Rafael Arruda Arraes de Alencar 
 
 
1) As frases "todo ser humano é mortal" e "se é ser humano, é mortal" são logicamente 
distintas? Um silogismo categórico é em que diferente de um silogismo hipotético? 
 
R: .O silogismo categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual duas premissas 
estão presentes, além de uma conclusão, que é diferente dessas premissas. Todas essas 
proposições, presentes nesse tipo de silogismo, são categóricas ou singulares. Já o silogismo 
hipotético, permite que faça uma conclusão baseado em proposições complementares, como 
por exemplo: (1) se eu não acordar, não irei comer; (2) se eu não puder comer, então ficarei 
ruim de saúde; (3) logo, se eu não acordar, ficarei ruim de saúde. O diferencial do silogismo 
hipotético é que suas premissas podem ser contrafactuais, isto é, suas premissas podem ser 
verdadeiras se suas proposições são falsas. No silogismo hipotético, a premissa maior não 
afirma nem nega de forma categórica ou absoluta, mas sim sob condição, ou então oferece 
uma alternativa. 
Quanto à frase proposta, não são logicamente distintas, uma vez que, através das 
proposições, tem se a mesma conclusão (de que o ser humano é mortal), mesmo que se tratem 
de silogismos diferentes. 
 
2) Que critica lógica se pode fazer ao enunciado "viver mata"? 
 
R: ​Segundo os princípios lógicos, vida e morte são conceitos distintos, isto é, vida 
não pode ser vida e não-vida ao mesmo tempo, assim sendo, este enunciado não possui 
sentido lógico. 
 
3) Que significa dizer que um termo está "distribuído" numa proposição? 
 
R: ​Na lógica, uma proposição categórica afirma ou nega que todos ou alguns dos 
membros de uma categoria estão incluídos em outro. De tal forma, chama-se de silogismo o 
estudo dos argumentos utilizando a proposição categórica. Uma das características da 
proposição categórica é Distributividade, podendo os dois termos (sujeito e predicado), em 
uma proposição categórica, serem classificados como distribuídos ou não distribuídos. Assim 
sendo, quanto todos os membros da classe do termo abrangerem a proposição, essa classe 
será distribuída, e o caso oposto, significa a não distribuída. 
 
4) Como se explica que as proposições negativas distribuam seu predicado? 
 
R: As proposições negativas se encontram na forma E e O. Sendo assim, a forma E 
faz a distribuição de maneira bidirecionada, entre o sujeito e o predicado. Na proposição 
nenhuma noite faz sol, pode-se inferir que nenhum sol tem na noite, visto que todo sol é 
definido por estar de dia, e não de noite. Assim, ambas as classes estão distribuídas. 
 
5) Que diferença há entre proposições contrárias e contraditórias? 
 
R: ​Proposições contraditórias acontecem quando se compara uma proposição 
universal afirmativa com uma particular negativa (I e O). Já as proposições contrárias 
acontecem quando se compara uma universal negativa com uma universal positiva (A e E). 
Nas proposições contraditórias, se uma delas for falsa, a outra será verdadeira. Já nas 
proposições contrárias, ambas não podem ser simultaneamente verdadeiras (poderão ser 
ambas falsas). 
 
6)Há outras formas de inferência, afora o silogismo, na lógica aristotélica? 
 
R: A inferência trivial, ora chamada de tautológica, a partir do mudança de 
enunciado de uma premissa única, que diverge da inferência pelo silogismo. 
 
7) Quando é possível a conversão de uma proposição? 
 
R: ​A conversão de uma proposição acontece quando há transposição dos seus termos, 
de modo que o sujeito se torne predicado e o predicado se torne sujeito. Quando há a 
conversão, não se pode afirmar ou negar nada mais do que a proposição convertida. 
 
8) Que é o princípio dictum de omni et nullum? 
 
R: ​dictum de omni et nullo do latim, “a máxima de todos e de nenhum” é o princípio 
de que tudo o que é negado ou afirmado pode ser afirmado ou negado de qualquer 
subespécie. ​dictum de omni é um princípio em que tudo que pode ser universalmente 
afirmado de uma forma pode ser afirmado para alguma subespécie desse tipo, como por 
exemplo (1) folhas são verdes; (2) árvores têm folhas; algumas árvores possuem a cor verde. 
Dictum de nullo é o princípio oposto ao primeiramente citado, fazendo com que tudo o que é 
negado de uma espécie é igualmente negado a qualquer subespécie desta espécie, como no 
exemplo: (1) homens são humanos; (2) humanos não voam; (3) homens não voam.

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