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www.cers.com.br OAB XXI DE EXAME DE ORDEM – 1ª FASE ECA – Aulas 01 e 02 Cristiane Dupret 1 www.direitopenalbrasileiro.com.br Insta: @cristiane_dupret Facebook e Periscope: Cristiane Dupret DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: A GARANTIA DE PRIORIDADE compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públi- cos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. INTERPRETAÇÃO DO ECA: Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos no ECA forem ameaçados ou violados: I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou respon- sável; III - em razão de sua conduta. CONSELHO TUTELAR Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: Lei municipal disporá sobre local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, remuneração de seus membros. O exercício efetivo da função de conselheiro consti- tuirá serviço público relevante e estabelecerá pre- sunção de idoneidade moral. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse. São impedidos de servir no mesmo Conselho mari- do e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e www.cers.com.br OAB XXI DE EXAME DE ORDEM – 1ª FASE ECA – Aulas 01 e 02 Cristiane Dupret 2 genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunha- dio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital. JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE COMPETÊNCIA TERRITORIAL A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residência dos pais ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou adolescente. COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA Art. 149 - Compete à autoridade judiciária discipli- nar, através de portaria, ou autorizar, mediante alva- rá: I - a entrada e permanência de criança ou adoles- cente, desacompanhado dos pais ou responsável, em: a) estádio, ginásio e campo desportivo; b) bailes ou promoções dançantes; c) boate ou congêneres; d) casa que explore comercialmente diversões ele- trônicas; e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e tele- visão. II - a participação de criança e adolescente em: a) espetáculos públicos e seus ensaios; b) certames de beleza. MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM ESPÉCIE Importância da distinção entre família substituta (medida protetiva) e família natural, extensa ou am- pliada. Recentes alterações. www.cers.com.br OAB XXI DE EXAME DE ORDEM – 1ª FASE ECA – Aulas 01 e 02 Cristiane Dupret 3 OUTRAS DISPOSIÇÕES IMPORTANTES: - Adoção póstuma - Cadastro prévio de adoção - Estágio de convivência - Adoção internacional - Direito à ciência da origem biológica PREVENÇÃO ESPECIAL É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: I - armas, munições e explosivos; II - bebidas alcoólicas; III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utili- zação indevida; IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aque- les que pelo seu reduzido potencial sejam incapa- zes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida; V - revistas e publicações a que alude o art. 78; VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congê- nere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável. VIAGEM DE CRIANÇA E ADOLESCENTE Nenhuma criança poderá viajar para fora da comar- ca onde reside, desacompanhada dos pais ou res- ponsável, sem expressa autorização judicial. A autorização não será exigida quando: a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; b) a criança estiver acompanhada: 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autoriza- ção é dispensável, se a criança ou adolescente: I - estiver acompanhado de ambos os pais ou res- ponsável; II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida. ATO INFRACIONAL www.cers.com.br OAB XXI DE EXAME DE ORDEM – 1ª FASE ECA – Aulas 01 e 02 Cristiane Dupret 4 MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO A internação deverá ser cumprida em entidade ex- clusiva para adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração. Durante o período de internação, inclusive provisó- ria, serão obrigatórias atividades pedagógicas. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes: I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público; II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; III - avistar-se reservadamente com seu defensor; IV - ser informado de sua situação processual, sem- pre que solicitada; V - ser tratado com respeito e dignidade; VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou responsável; VII - receber visitas, ao menos, semanalmente; VIII - corresponder-se com seus familiares e ami- gos; IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal; X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade; XI - receber escolarização e profissionalização; XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: XIII - ter acesso aos meios de comunicação social; XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje; XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade; XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à vida em sociedade. Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. A autoridade judiciária poderá suspender temporari- amente a visita, inclusive de pais ou responsável, se existirem motivos sérios e fundados de sua prejudi- cialidade aos interesses do adolescente. www.cers.com.br OAB XXI DE EXAME DE ORDEM – 1ª FASE ECA – Aulas 01 e 02 Cristiane Dupret 5
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