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Novo resumo dir. penal I

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RESUMO DIREITO PENAL I AV1 
Fontes do Direito Penal
Fonte => nascedouro, origem, causa primeira, de onde emana
Fonte material ou de produção=> O Art. 22 CF, I diz que: compete a União legislar sobre direito penal, portanto, a regra é, a União é a única fonte material de direito penal.
Fonte formal ou de cognição subdividem-se em:
Mediata ou indireta => O art. 4 da LINDB diz que "a doutrina, a jurisprudência, os costumes, a analogia e os princípios gerais de direito também são fontes do direito penal.
Imediatas ou diretas => A própria lei, a lei é a única fonte imediata de direito penal, e subdivide-se em:
Incriminadora => cria crimes e estabelece penas. Está estruturada em:
Preceito Primário, descreve a atitude proibitiva, o ato ilícito
Preceito Secundário, prevê a pena para o respectivo crime.
Não Incriminadora => Cuida do direito penal, mas não estabelece crimes nem penas, dividem-se em:
Permissivas: que podem ser justificantes (Art. 23 CP) e Exculpantes (Art. 26 CP)
Explicativas: esclarecer determinados conceitos (Art. 327 CP)
Complementares: Fornecer princípios gerais para a aplicação da lei (Art. 64 CP), complementar o que ficou faltando.
Normas penais em branco => são aquelas normas que tem a necessidade de complementação para que se possa entender o âmbito de aplicação do preceito primário, divide-se em:
Homogênea => quando encontra-se numa fonte formal de mesma hierarquia, ou seja, emana do próprio legislador. Ex: Art. 312 CP e a complementação no Art. 327 CP (funcionário público).
Heterogênea => quando o complemento encontra-se descrito em fonte formal distinta daquela do tipo penal incriminador, Ex. Lei de trafico de drogas ilícitas, não indica quais são drogas são ilícitas, será complementada pela portaria da ANVISA editada pelo poder executivo.
Norma penal em branco ou avesso ou inversa => o complemento refere-se a sanção, o preceito secundário, não ao conteúdo proibitivo - preceito primário - Ex: Lei de genocídio.
Princípio da legalidade => "não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal" - Art. 5º CF, XXXIX e Art. 1º CP. Demanda a existência de uma lei definindo a conduta criminosa e também que seja anterior ao ato, vedando a analogia e que tenha conteúdo determinado. Divide-se em três sub-princípios:
Anterioridade => A lei não sobrevive sem que exista a edição de uma lei anterior ao fato praticado.
Taxatividade => A lei penal deve ser taxativa, de fácil compreensão pelo cidadão. Não pode haver crime vago e indeterminado. A lei deve ser precisa e determinada.
Reserva legal => Trata-se da lei em sentido formal podendo ser lei ordinária, lei complementar, CF, emendas constitucionais.
Conflito aparente de normas => quando, aparentemente, o fato se enquadrar em mais de um tipo legal. Para tanto, é necessário preencher alguns requisitos: Unidade do fato, pluralidade de tipos em que o fato se enquadra e a vigência simultânea das leis. A matéria é dividida por meio de princípios:
Princípio do "ne bis in idem": ninguém pode ser processado nem punido duas vezes pelo mesmo fato.
Princípio da especialidade => é aquele em que um fato descrito numa norma genérica, também encontra-se previsto em outra norma que lhe agrega novos elementos. Exemplo, tipo de pena do artigo 121 "matar alguém" Homicídio pena - detenção de 6 a 20 anos, mas se a autora for a mãe durante o parto, ou logo após, sob influência do estado puerperal, o tipo não será o do art. 121 , mas o do Art. 123 "Infanticídio" pena - detenção de 2 a seis anos. 
Princípio da subsidiariedade => Funcionará como um soldado de reserva, ou seja, quando duas ou mais normas incriminarem um comportamento que irá ofender o mesmo bem jurídico protegido, prevalece, neste caso, a norma mais grave. divide-se em:
Expressa => a norma expressamente declarar que só terá aplicação “se o fato não constituir crime mais grave” (a norma se auto-proclama “soldado de reserva”) — ex.: art. 132 do CP "expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente".
Tácita => verifica-se quando o crime definido por uma norma é elemento ou circunstância legal de outro crime — ex.: art. 304 do CTB (omissão de socorro em acidente de trânsito) em relação ao homicídio culposo na direção de veículo automotor, qualificado pela omissão de socorro (art. 302 c/c o art. 303, parágrafo único, do CTB).
Princípio da consunção ou absorção => Ocorre a relação consuntiva, ou de absorção, quando um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal fase de preparação ou execução de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, cometida com a mesma finalidade prática atinente àquele crime.
Princípio da alternatividade => este princípio tem lugar nas infrações penais de ação múltipla ou conteúdo variado, são aqueles tipos penais que possuem diversos núcleos (verbos).
Lei penal no tempo => Aplica-se a lei vigente à época da conduta- ação ou omissão - não importando o momento do resultado - TEORIA DA ATIVIDADE - Art. 4º CP.
Vigência => a lei estará vigente quando começar a produzir os seus efeitos, após a promulgação.
Validade => a lei terá validade quando estiver em consonância com a CF.
Conflito de leis penais no tempo
Abolotio criminis => quando lei posterior deixa de considerar crime em conduta prevista na lei anterior. Afastará todas as consequências penais do fato: RETROAGE
Novatio legis incriminadora => quando a lei passa a considerar crime uma conduta que antes não era considerada criminosa: NÃO RETROAGE
novatio legis in pejus => quando lei posterior mantém a conduta como sendo criminosa; alem disso, aumenta a pena, ou traz uma nova situação maléfica ao agente: NÃO RETROAGE
leis excepcionais => são aquelas que terão vigência durante uma situação transitória emergencial, durará enquanto não cessar a situação que a determinou. São leis autorrevogáveis. Ex: Guerra, catástrofe, calamidade, epidemias
Leis temporárias => é aquela que possui vigência previamente determinada, tendo prazo fixado por tempo determinado. Ex: lei geral da copa
Lei penal no tempo
teoria da atividade => considera o tempo de crime o momento da ação(ex: roubo/furto) ou omissão (socorro). Art. 4º CP.
Teoria do resultado => Considerar-se-á praticado o crime no momento da ocorrência do resultado, não importa o momento da ação. Não adotado no CP.
Teoria ubiquidade ou mista => considera-se praticado o crime no momento da conduta do agente, bem como no momento do resutado.
Territorialidade
Dá-se o fenômeno da territorialidade quando a lei penal se aplica ao fato cometido dentro do território nacional. Conforme dispõe o art. 5º do CP, a lei penal brasileira aplica-se em todo o território nacional, ressalvado o disposto em tratados, convenções ou regras de direito internacional. Trata-se do princípio da territorialidade temperada ou mitigada. 
Por território, no sentido jurídico, deve-se compreender todo o espaço em que o Brasil exerce sua soberania, que abrange: 
os limites compreendidos pelas fronteiras nacionais; 
o mar territorial brasileiro (faixa que compreende o espaço de 12 milhas contadas da faixa litorânea média — art. 1º da Lei n. 8.617/93); 
todo o espaço aéreo subjacente ao nosso território físico e ao mar territorial nacional (princípio da absoluta soberania do país subjacente — Código Brasileiro de Aeronáutica, art. 11, e Lei n. 8.617/93, art. 2º); 
as aeronaves e embarcações: — brasileiras privadas, em qualquer lugar que se encontrem, salvo em mar territorial estrangeiro ou sobrevoando território estrangeiro; — brasileiras públicas, onde quer que se encontrem; — estrangeiras privadas, no mar territorial brasileiro. 
Como se viu inicialmente, há crimes que, embora praticados dentro do território nacional, não se sujeitam à lei brasileira (em função de ressalvas previstas em tratados ou convenções internacionais): isso se dá nos casos de imunidade diplomática. Note-se que a embaixada de um país no Brasil não é considerada território estrangeiro, de modo que, se um crimeali for praticado, a ele será aplicável a nossa lei, a não ser que ocorra um caso de imunidade diplomática.
Extraterritorialidade da lei penal (CP, art. 7º) 
Extraterritorialidade é o fenômeno pelo qual a lei penal brasileira se aplica a fatos ocorridos fora do território nacional. Subdivide-se em extraterritorialidade condicionada ou incondicionada. 
Fala-se em extraterritorialidade incondicionada nas seguintes hipóteses: 
crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
crime contra o patrimônio ou contra a fé pública da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios ou dos Territórios, ou suas autarquias, das empresas públicas, das sociedades de economia mista ou das fundações instituídas pelo Poder Público; 
crime contra a administração pública brasileira por quem está a seu serviço; 
crime de genocídio, se o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
A extraterritorialidade condicionada ocorre em relação às seguintes infrações: 
crimes previstos em tratado ou convenção internacional que o Brasil se obrigou a reprimir;
crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro, fora do nosso território (se não foi pedida ou se foi negada a extradição e se houve requisição do Ministro da Justiça); 
crimes praticados por brasileiro; 
crimes praticados a bordo de navio ou aeronave brasileiros privados, quando praticados no exterior e ali não forem julgados.

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