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DIREITO COMERCIAL 5º SEMESTRE 2013 Versão Alunos 5º Semestre ADM

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ADMINISTRAÇÃO 
A Livre Iniciativa – Art. 170 Constituição 
Regime Jurídico da Livre Iniciativa: É o regime jurídico em que 
a exploração de atividades econômicas, ou seja, a produção dos 
bens e serviços necessários à vida das pessoas em sociedade, é 
desenvolvida pelos particulares ou à iniciativa privada. 
 
“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do 
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a 
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios”: ( . . . ) - IV - livre 
concorrência 
 . 
Livre Iniciativa: Conceito: Eros Grau 
 
 Podemos definir a "livre iniciativa" , como “não só expressão 
de liberdade da empresa como também do trabalho, 
abrangendo todas as formas de produção, individuais ou 
coletivas, como por exemplo as iniciativas cooperativa, 
autogestionária e pública – no que diz respeito à iniciativa 
pública, esclareça-se que a "livre iniciativa" não consistirá na 
livre atuação da empresa privada no serviço público, mas sim 
que o Estado não deverá opor empecilhos à liberdade 
humana. (Eros Roberto Grau, "A ordem econômica na 
constituição de 1988", 5ª ed., São Paulo, Malheiros, 2000, p. 
232.). 
 
Livre Iniciativa. 
 O Estado no regime da livre iniciativa tem função apenas 
supletiva, ou complementar naquilo que a iniciativa privada 
não tem recursos financeiros para implementar ou nas 
atividades consideradas estratégicas, como na indústria 
militar, produção de energia, etc. 
 
 O regime da livre iniciativa é característico dos estados 
liberais, onde o regime da livre concorrência, da competição 
é o praticado e garantido pelas leis. Sem um regime 
econômico de livre iniciativa, de livre competição, não há 
direito comercial. 
 
Livre Iniciativa: Art. 170 Constituição. 
 Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do 
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a 
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios: 
 
 I - soberania nacional; 
 II - propriedade privada; 
 III - função social da propriedade; 
 IV - livre concorrência; 
 V - defesa do consumidor; 
 
 
Livre Iniciativa: Art. 170 Constituição. 
 Art. 170 – ( . . . ) 
 VI - defesa do meio ambiente; 
 VII - redução das desigualdades regionais e sociais; 
 VIII - busca do pleno emprego; 
 IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital 
nacional de pequeno porte. 
 IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e 
administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 6, de 1995) 
 
 Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade 
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos 
previstos em lei. 
 
 
 
Livre Iniciativa: Proteção 
 
 A proteção da ordem econômica e da concorrência é 
realizada por meio da Lei n. 12.529/2011 que reestruturou o 
Conselho Administrativo de Defesa do Consumidor. 
 
 O CADE é uma autarquia federal. 
 
 As infrações contra a ordem econômica estão previstas no 
art. 36 da Lei 12.529/2011. 
 
 
Livre Iniciativa: concorrência desleal. 
 Entende-se como concorrência desleal o conjunto de condutas do 
empresário que, fraudulenta ou desonestamente, busca afastar a 
freguesia do concorrente. A concorrência desleal tem 
característica instrumental, à medida que se caracteriza pelos 
meios ilícitos adotados pelo empresário para angariar clientes em 
detrimento dos demais concorrentes. (FAZZIO JUNIOR, 2000, 
p. 140) 
 A concorrência desleal traduz-se, portanto, em um desvio de 
conduta moral, com violação dos princípios da honestidade 
comercial, da lealdade, dos bons costumes e da boa fé, e não está 
presente no simples alcance dos consumidores, mas sim na 
maneira como se busca esse fim (ALMEIDA, 2004, p.125). 
 
Livre iniciativa: concorrência desleal. 
 A doutrina tem considerado como definição de concorrência 
desleal, todo ato de concorrente que, valendo-se de força 
econômica de outrem, procura atrair indevidamente sua 
clientela. 
 
 Na fórmula da Convenção de Paris (art. 10 bis), é 
concorrência desleal todo ato de competência contrária aos 
usos honrados, devendo merecer sanção especial: 
 os que criem confusão, por qualquer meio, com o 
estabelecimento, os produtos, ou a atividade industrial ou 
comercial, de um concorrente; 
 
Livre iniciativa: concorrência desleal. 
 as alegações falsas, no exercício do comércio, que desacreditem 
o estabelecimento, os produtos ou a atividade industrial ou 
comercial do concorrente; 
 
 as indicações ou alegações cujo uso, no exercício do comércio, 
sejam suscetíveis de induzir o público a erro sobre a natureza, o 
modo de fabricação, as características, a aptidão no emprego ou 
na quantidade de mercadorias. 
 
 A Lei n. 9279/1996 – Código de Propriedade Industrial, no 
artigo 195 dispõe sobre as condutas consistentes em 
concorrência desleal. 
Administração 
Atividade Empresarial 
• A Importância do Direito Empresarial para o Administrador de 
Empresas. 
 
• Nos negócios você não consegue o que deseja, você consegue o 
que você negocia (autor desconhecido). 
• 
• Na atividade mercantil e empresarial, existem inúmeros fatos e 
fenômenos que provocaram, provocam e continuarão a provocar 
grandes consequências na estrutura jurídica das sociedades 
existentes, interferindo sobremaneira em seu desenvolvimento. 
• 
Avidade Empresarial 
• 
• Daí, podermos, entender o quanto as ações empresariais e 
econômicas são importantes no universo do Direito e o quanto o 
Direito é importante no cenário empresarial. 
 
• A globalização vem produzindo sensíveis efeitos em todo o 
mundo. 
 
• Deste modo, o conhecimento das diversas implicações jurídicas 
oriundas do processo de globalização e que afetam diretamente o 
cotidiano das empresas, faz-se mister na gestão e dos negócios em 
todo o mundo. 
 
 
Atividade Empresarial 
 Os inúmeros ramos do Direito que tem reflexo direto sobre as 
atividades empresariais tais como: Direito do Trabalho, Direito 
Tributário, Direito Administrativo, Direito Ambiental, Direito 
Econômico, Direito do Consumidor, Direito Penal, Direito 
Comercial, Direito Civil, Direito Internacional fora outros ramos 
que direta ou indiretamente produzem efeitos ou de controle e 
fiscalização ou de imposição de condutas a serem observadas pelas 
empresas e, por ordem, por seus administradores. 
 
Atividade Empresarial 
 Atividade Empresarial - Objeto do Direito Empresarial ou 
Comercial. 
 
 “A atividade dos empresários pode ser vista como a de 
articular os fatores de produção, que no sistema capitalista 
são quatro: capital, mão de obra, insumo e tecnologia. As 
organizações em que se produzem os bens e serviços 
necessários ou úteis à vida humana são resultado da ação dos 
empresários, ou seja, nascem do aporte de capital – próprio 
ou alheio – compra de insumos, contratação de mão de obra 
e desenvolvimento ou aquisição de tecnologia que realizam”. 
 
Atividade Empresarial 
 Atividade Empresarial - Objeto do Direito Empresarial ou 
Comercial. 
 
 “A atividade dos empresários pode ser vista como a de 
articular os fatores de produção, que no sistema capitalista 
são quatro: capital, mão de obra, insumo e tecnologia. As 
organizações em que se produzem os bens e serviços 
necessários ou úteis à vida humana são resultado da ação dos 
empresários, ou seja,nascem do aporte de capital – próprio 
ou alheio – compra de insumos, contratação de mão de obra 
e desenvolvimento ou aquisição de tecnologia que realizam”. 
 
Atividade Empresarial 
 
 “Estruturar a produção ou circulação de bens ou 
serviços significa reunir os recursos financeiros (capital), 
humanos (mão de obra), materiais (insumo) e tecnológicos 
que viabilizem oferecê-los ao mercado consumidor com 
preços e qualidade competitivos”. 
 
 “A atividade empresarial é uma atividade de risco e o 
empresário deve ser competente e vocacionado na capacidade 
de mensurar e atenuar os riscos”. 
 
 
Direito Empresarial ou Comercial 
 
 
• “O Direito Comercial cuida do exercício dessa atividade 
econômica organizada de fornecimento de bens ou serviços, 
denominada empresa. Seu objeto é o estudo dos meios 
socialmente estruturados de superação dos conflitos de 
interesses envolvendo empresários ou relacionados às empresas 
que exploram. As leis e a forma pela qual são interpretadas pela 
jurisprudência e doutrina, os valores prestigiados pela 
sociedade, bem assim o funcionamento dos aparatos estatal e 
paraestatal, na superação desses conflitos de interesse, formam o 
objeto da disciplina. A designação Direito Comercial é 
consagrada no Brasil, embora não cuide apenas do comércio”. 
Conceito de Empresário 
 
• Conceito de Empresário: “é quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços. (art. 966, CC). 
• Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, 
de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso 
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa (§ único art. 966, CC). 
 
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DIREITO COMERCIAL 
 Comércio e Empresa. 
 
 “Os primórdios do comércio”. “Dos fenícios aos romanos. 
A Idade Média e o nascimento dos títulos de crédito. As 
navegações. Os Estados Nacionais. A evolução do comércio 
acompanha a evolução das sociedades e do 
desenvolvimento tecnológico do homem nos últimos 
séculos, com significativo crescimento a partir do Século 
XVIII, com a Revolução Industrial”. 
 
 No início do século XIX, em França, Napoleão patrocina a 
edição de dois diplomas jurídicos: O Código Civil (1804) e 
o Código Comercial (1808). 
 
Antecedentes Históricos do Direito Comercial. 
 
• O Código Comercial Francês irá irradiar sua influência por todo o 
mundo, especialmente nos países de tradição romana, como no Brasil. 
É a base para a edição do Código Comercial Brasileiro, de 1850. 
 
• “O Código Comercial Francês adotou a “Teoria dos Atos de 
Comércio”, onde sempre que alguém explorava atividade econômica 
que o direito considera ato de comércio (mercancia), submetia-se às 
obrigações do Código Comercial, passando a usufruir da proteção por 
ele liberada, como por exemplo, o direito à prorrogação dos prazos de 
vencimento das obrigações em caso de necessidade, instituto 
denominado concordata 
Antecedentes Históricos do Direito Empresarial  
 
 “A evolução do comércio mundial levou ao nascimento de outras atividades 
econômicas, como por exemplo a atividade bancária, seguro, indústria, 
negociação de imóveis, agricultura, extrativismo, agroindústria, que foram 
deixadas de fora da proteção do Direito Comercial, por isso, era necessário 
uma nova teoria, que abarcasse todas as atividades econômicas que estavam se 
desenvolvendo em uma economia mundial em expansão, especialmente após 
a Segunda Guerra Mundial”. 
 
 “A insuficiência da teoria dos atos de comércio forçou o surgimento de outro 
critério identificador do âmbito de incidência do Direito Comercial: a teoria 
da empresa”. 
 
Antecedentes Históricos do Direito Comercial. 
 
• “A evolução do comércio mundial levou ao nascimento de outras 
atividades econômicas, como por exemplo a atividade bancária, 
seguro, indústria, negociação de imóveis, agricultura, 
extrativismo, agroindústria, que foram deixadas de fora da 
proteção do Direito Comercial, por isso, era necessário uma 
nova teoria, que abarcasse todas as atividades econômicas que 
estavam se desenvolvendo em uma economia mundial em 
expansão, especialmente após a Segunda Guerra Mundial”. 
 
• “A insuficiência da teoria dos atos de comércio forçou o 
surgimento de outro critério identificador do âmbito de 
incidência do Direito Comercial: a teoria da empresa”. 
 
Antecedentes Históricos - Teoria da Empresa. 
 A Teoria da Empresa. 
 “A Teoria da Empresa surgiu na Itália, em 1942, nela, se 
alarga o âmbito da incidência do Direito Comercial, passando 
as atividades de prestações de serviço e ligadas à terra a se 
submeterem às mesmas normas aplicáveis às comerciais, 
bancárias, securitárias e industriais”. 
 
 “O Direito Comercial, em sua etapa evolutiva, deixa de 
cuidar de determinadas atividades (as da mercancia) e passa a 
disciplinar uma forma específica de produzir ou circular bens 
ou serviços, a empresarial”. 
 
Antecedentes Históricos Direito Empresa. 
• “A Teoria de Empresa é adequada aos objetivos da disciplina da 
exploração de atividades econômicas por particulares no nosso 
tempo, a teoria da empresa inspirou a reforma da legislação 
comercial de outros países de tradição jurídica romana, como a 
Espanha em 1989 e o Código Civil Brasileiro, de 2002”. 
• “Antes mesmo do Brasil adotar a teoria da empresa em sua 
codificação comercial, a doutrina, a jurisprudência e várias leis de 
interesse do direito comercial passaram a se inspirar na Teoria 
Italiana, como são exemplos o Código de Defesa do Consumidor 
(Lei n. 8.078/90), a Lei de Locação Predial Urbana (Lei n. 
8.245/91) e a Lei do Registro de Empresas (Lei n. 8.934/94)”. 
 
Direito de Empresa – Código Civil 2002. 
 Conceito de Empresário. 
 Definição do artigo 966 do Código Civil: 
 
 Art. 966 – É o “profissional exercente de atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou serviços.” 
 
 “O conceito traz insertas as seguintes noções: 
“profissionalismo”, “atividade econômica organizada”, 
“produção ou circulação de bens ou serviços”“. 
 
Direito de Empresa – Código Civil 2002. 
 
• “O conceito de profissionalismo irá distinguir o empresário do não 
empresário. O profissional deve exercer com habitualidade e contratar 
empregado, pois é o empregado que materialmente produz ou faz circular 
bens ou serviços. O empresário possui o monopólio das informações sobre o 
produto ou serviço objeto de sua empresa. Esta característica é a que o 
distingue, porque o profissional empresário tem o dever de conhecer os 
aspectos dos bens ou serviços por ele fornecidos, bem como o de informar 
amplamente os consumidores e usuários”. 
Empresário: Profissionalismo. 
“O conceito de profissionalismo irá distinguir o empresário do não 
empresário. 
 
O profissional deve exercer com habitualidade e contratar 
empregado, pois é o empregado que materialmente produz ou faz 
circular bens ou serviços. 
 
O empresário possui o monopólio das informações sobre o produto 
ou serviço objeto de sua empresa. Esta característica é a que o 
distingue, porque o profissional empresário tem o dever de conhecer 
os aspectos dos bens ou serviços por ele fornecidos, bem como o de 
informar amplamente os consumidores e usuários”. 
 
Empresário: Atividade Econômica Organizada. 
• “Atividade econômica organizada”, a empresa é uma atividade de 
produção ou circulação de bens ou serviços. “Enquanto que o 
empresário é o exercente profissional de uma atividade econômica 
organizada”. 
 
• “É importanteanotar: a empresa não se confunde com quem a 
explora, o empresário. Os bens da empresa são “os bens sociais”. O 
local onde a empresa está instalada recebe a denominação de 
“estabelecimento empresarial”. O princípio da preservação da empresa se 
refere à conservação da atividade, do emprego ou postos de trabalho, 
dos consumidores em relação aos bens ou serviços de que necessitam, 
do fisco, voltado à arrecadação e outros”. 
 
Empresário: Atividade Econômica Organizada. 
 
 “Econômica” – a atividade empresarial é econômica no sentido 
de que busca gerar lucro para quem a explora. Pode haver 
atividade empresarial onde o lucro seja reinvestido na própria 
atividade, por exemplo escolas ou universidades religiosas”. 
 
 “Organizada” – na empresa se encontram articuladas, pelo 
empresário, os quatro fatores de produção: o capital, mão de 
obra, insumos e tecnologia. Na falta de algum desses fatores, 
não existirá a figura do empresário”. 
 
Empresário: Produção e Circulação. 
 
• “Produção de bens ou serviços” – é a fabricação de produtos ou 
mercadorias e a produção de serviços é a prestação de serviços. 
Exemplos: montadoras, metalúrgicas, como exemplo de indústrias e 
bancos, hospitais, escolas, como exemplo de prestação de serviços”. 
 
• “Circulação de bens ou serviços” – é a atividade de intermediação na 
cadeia de escoamento de mercadorias, compreende o empresário 
atacadista ou varejista, comerciante de insumos ou o que vende 
mercadorias prontas para o consumo. Exemplo: supermercados, 
concessionárias de automóveis. Circular serviços é intermediar a 
prestação de serviços, por exemplo, agência de viagens e turismo, 
traslados e hospedagem”. 
 
Empresário: Bens e Serviços. 
 
 “Bens ou serviços” – os bens hoje são corpóreos como 
incorpóreos, como é o caso da música baixada pela internet; 
o serviço de assinatura de jornal virtual; são os chamados 
bens virtuais. Assim, tanto bens ou serviços deixaram de ser 
simplesmente divididos em corpóreos (bens) e incorpóreos 
(serviços), face à atividade empresarial voltada para o 
comércio eletrônico”. 
 
 
Atividades Empresariais CIVIS. 
• “Permanecem atividades econômicas predominantemente civis, 
reguladas pelo Código Civil e aquelas atividades econômicas alcançadas 
pelo Código Comercial ou Direito Empresarial. As atividades 
econômicas predominantemente civis são aquelas exploradas por 
quem não se enquadra no conceito legal de empresário”. 
 
• “Por exemplo: se alguém presta serviços diretamente, mas não 
organiza uma empresa (não tem empregados, por exemplo), mesmo 
que o faça profissionalmente (com intuito lucrativo e habitualidade), 
ele não é empresário e o seu regime será o civil”. 
• “Caracterizam como civis, ainda, os profissionais intelectuais, os 
empresários rurais não registrados na Junta Comercial e as 
Cooperativas”. 
 
Distinção atividade Empresarial e Civil. 
 
• Elemento distintivo entre atividade empresarial e atividade intelectual.(1) 
 
• “Os serviços de natureza intelectual, como produto do intelecto, são 
exercidos em regra pela pessoa do prestador, sem que se possa fazer 
substituir por qualquer outra pessoa; o vínculo que se forma entre os 
contratantes, por isso, costuma ser personalíssimo”. 
 
• “Ao ser encomendado um quadro a um pintor, está suposto que a pintura 
será feita por ele, e não por outro, mesmo que os trabalhos desse outro 
estejam mais valorizados no mercado. Tal já não ocorre quando se contrata a 
prestação de serviços desvinculados das qualidades pessoais do prestador, 
como os de pintura de um muro, de limpeza, de vigilância, que podem ser 
realizados sem qualquer qualificação técnica por qualquer daqueles 
selecionados e recrutados para tal fim.” 
 
Elemento Distintivo: 
Empresarial/Simples. 
 “Aí, o que prepondera é a estrutura, isto é, a empresa, porque o 
serviço é essencialmente fruto da conjugação dos diversos fatores 
de produção (capital, trabalho e tecnologia). Ao contratante dos 
serviços é proposta uma tarefa empresarial e a ele torna-se 
indiferente a pessoa que efetivamente os presta”. 
 “A sociedade celebrada entre quem exerce atividade intelectual 
ou entre profissionais liberais, tendo por objeto atividade que não 
é própria de empresário – ou por outra, não tendo por objeto o 
exercício de atividade própria de empresário -, deve ser 
classificada como sociedade simples”. 
 
Elemento distintivo: Sociedade Simples. 
 O elemento que irá distinguir uma sociedade simples de uma 
sociedade empresária é o objeto social: descrição da atividade da 
sociedade. (1 - Neto, Alfredo de Assis Gonçalves; “Sociedade para o Exercício de Trabalho Intelectual” – Revista 
Magister de Direito Empresarial, Concorrencial e do Consumidor; Ed. Magister, n. 39, 2011 ) 
 
 No Art. 966 encontramos o elemento distintivo entre sociedade 
simples e empresária: 
 
 Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
 
Exceções: sempre serão empresárias. 
 
 Constituir-se na forma de sociedade anônima ou comandita 
por ações. 
 
 A sociedade simples só obrigatoriamente terá que se revestir 
de empresária se adotar a forma de sociedade anônima ou 
comandita por ações (art. 982, § 2º CC). Nos demais casos, a 
adoção de qualquer dos tipos de sociedade, não irá alterar a 
sua condição de sociedade simples. 
 
 
 
Exceção: serão sempre empresárias. 
• Empresário Rural. 
 
• “O meio produtor rural no Brasil está dividido em duas 
grandes áreas: o grande produtor com sua agroindústria e o 
pequeno produtor rural, na chamada agricultura familiar. 
Art. 971 do CC”. 
 
• “O produtor rural que constituir empresa e registrá-la na 
Junta Comercial, fazendo opção pelo agronegócio, então será 
considerado empresário e seu regime é do Direito 
Comercial, caso contrário, será o regime do Código Civil”. 
 
Exceção: Cooperativa é sociedade simples. 
 Cooperativas. 
 “As cooperativas são sempre atividade civis ou simples, 
na linguagem do Código Civil, independentemente da 
atividade que explora – art. 982 CC”. 
 
 “Embora atendam aos requisitos da legislação: 
profissionalismo, atividade econômica organizada e produção 
ou circulação de bens ou serviços, não se submete ao regime 
jurídico-empresarial, em face da peculiaridade da Lei n. 
5.764/71 e os artigos 1093 a 1096 do Código Civil”. 
 
Proibidos de Exercer Empresas. 
 Liberdade de exercício de qualquer trabalho - Constituição 
Federal no artigo 5º dispõe no inciso XIII: 
 
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer; 
 
 A Constituição permite que a lei disponha sobre a 
qualificação profissional e as suas limitações. 
Proibidos de exercer empresa. 
• “Os proibidos de exercer empresa são plenamente capazes para a 
prática dos atos e negócios jurídicos, mas o ordenamento em vigor 
entendeu conveniente vedar-lhes o exercício dessa atividade 
profissional. É a própria Constituição, ao estabelecer que o 
exercício de profissão esteja sujeito ao atendimento de requisitos 
previstos em lei ordinária – art. 5º, XIII, CF – que fundamenta a 
validade das proibições ao exercício de empresa”. 
• 
• “Impedir alguém de acesso à prática comercial tem por 
fundamento a proteção ao interesse dos demais agentes 
econômicos que poderiam com este entabular negociações. 
Protege a atividade econômica e o consumidor”.Proibidos de exercer empresa. 
• Os membros do Ministério Público, para exercer o comércio 
individual ou participar de sociedade comercial (art.128, § 5º, II, 
"c", da CF), salvo se acionista ou cotista, obstada a função de 
administrador (art. 44, III, da Lei 8.625/1993); 
 
• Os magistrados (art. 36, I, Lei Complementar 35/1977 - Lei 
Orgânica da Magistratura), nos mesmos moldes da limitação 
imposta aos membros do Ministério Público; 
 
• Os empresários falidos, enquanto não forem reabilitados (Lei 
11.101/05, art. 195); 
 
 
Proibidos de exercer empresa. 
• Os leiloeiros (art.36 do Decreto n° 21.891/32); 
 
• Os corretores (art. 20 da Lei n° 6.530/78); 
 
• Os despachantes aduaneiros (art.10, inciso I, do Decreto nº 
646/92, de acordo com o qual eles não podem manter empresa de 
exportação ou importação de mercadorias nem podem 
comercializar mercadorias estrangeiras no país); 
 
• Os cônsules, nos seus distritos, salvo os não-remunerados 
(Decreto nº 4868/82, art. 11, e Decreto nº 3.529/89, art. 82); 
 
Proibidos de exercer empresa. 
• Os médicos, para o exercício simultâneo da farmácia, drogaria ou 
laboratórios farmacêuticos, e os farmacêuticos, para o exercício 
simultâneo da medicina (Decreto nº 19.606/31 c/c Decreto nº 
20.877/31 e Lei nº 5.991/73); 
 
• Devedores do INSS (art. 95, §2º, da Lei nº 8.212/91). 
 
• As pessoas condenadas à pena que vede, ainda que temporariamente, o 
acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita 
ou suborno, concussão, peculato ou contra a economia popular, contra o 
sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, 
contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto 
perdurarem os efeitos da condenação; 
• 
Proibidos de exercer empresa. 
• Os servidores públicos civis da ativa (Lei nº 1.711/52) e 
servidores federais (Lei nº 8.112/90, art. 117, X, inclusive 
Ministros de Estado e ocupantes de cargos públicos 
(comissionados em geral). Aqui é importante observar que o 
funcionário público pode participar como sócio cotista, 
comanditário ou acionista, sendo obstado o exercício da função de 
administrador; 
• Os servidores militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias 
Militares (Código Penal Militar, arts. 180 e 204, e Decreto-Lei nº 
1.029/69; arts. 29 e 35 da Lei nº 6.880/80). Observe-se que eles 
também poderão integrar sociedade empresária, na qualidade de 
cotista ou acionista, sendo obstado o exercício da função de 
administrador; 
 
 
Proibidos de exercer empresa. 
 Estrangeiros sem visto permanente estão impedidos de serem 
empresários individuais, porém não estarão impedidos de 
participar de sociedade empresária no país (art. 98 e 99 da 
Lei nº 6.815/80); 
 
 Os deputados e senadores não poderão ser proprietários, 
controladores ou diretores de empresa, que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito 
público, nem exercer nela função remunerada ou cargo de 
confiança, sob pena de perda do mandato - Arts. 54 e 55 da 
Constituição Federal). 
 
 
Proibidos de exercer empresa. 
• Conforme bem observa Ricardo Negrão, a lei não inclui alguns outros 
agentes políticos, como o Presidente da República, ministros de 
Estado, secretários de Estado e prefeitos municipais, no âmbito do 
Poder Executivo, mas menciona as mesmas restrições dos senadores e 
deputados federais aos deputados estaduais e vereadores (art.29, IX, 
da Constituição Federal). Ademais, o prestigiado autor também afirma 
que "por se tratar de norma de caráter restritivo, não há como 
estender a relação para englobar esses outros agentes políticos, quando 
a lei, podendo fazê-lo, não o fez. A esses membros do Executivo a lei 
não restringiu o exercício da atividade empresarial, e, assim, não cabe 
ao intérprete incluí-los na proibição, sob pena de estabelecer privação 
de direito não prevista em lei. Observa-se, contudo, que seus atos de 
administração deverão pautar-se pelos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e demais regras previstas no 
art. 37 da Constituição Federal. Ao contratar, portanto, aplicam-se-
lhes as mesmas restrições do art. 54, II, da Constituição Federal". 
 
Vedação aos Chefes dos Executivos. 
• Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
• I - desde a expedição do diploma: 
• a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, 
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço 
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
• b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que 
sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; 
• II - desde a posse: 
• a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer 
função remunerada; 
• b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades 
referidas no inciso I, "a"; 
• c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o 
inciso I, "a"; 
• d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 
Registro de Empresas. 
• A Lei n. 8.934/1994 dispõe sobre o registro de empresas mercantis e 
atividades afins. 
 
• Todo empresário está obrigado, quando do exercício de uma atividade 
empresarial, promover previamente o registro dos atos constitutivos no 
Registro das Empresas. 
 
• São Órgãos de Registro de Empresa: 
• 
• I – Departamento Nacional do Registro do Comércio (DNRC) – integra 
o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior. 
www.dnrc.gov.br. – www.mdic.gov.br – (comércio e serviços) 
• 
 
 
 
Registro de Empresas. 
 II – Junta Comercial dos Estados – no caso de São Paulo – 
Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) – 
www.jucesp.fazenda.sp.gov.br. 
 
 Guia prático de obrigações editado pelo Conselho Regional 
de Contabilidade. 
 
 Manual da Junta Comercial do Estado de São Paulo. 
 
Registro de Empresas: DNRC 
 O Departamento Nacional do Registro do Comércio integra o 
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 
 Atribuições: 
 Supervisionar e coordenar a execução do registro de empresas, 
expedindo, para isso, normas e instruções para todas as juntas 
comerciais no país. 
 Orientar e Fiscalizar as Juntas Comerciais. 
 Promover ou providenciar medidas correcionais do Registro de 
Empresa. 
 Organizar e manter atualizado o Cadastro Nacional das Empresas 
Mercantis. 
Registro de Empresas: Junta Comercial. 
 Atribuições: 
 
 Execução do registro de empresa. 
 Assentamento dos usos e práticas mercantis. 
 Habilitação e nomeação de tradutores públicos e intérpretes 
comerciais. 
 Expedição da carteira de exercício profissional de empresário 
e demais pessoas legalmente inscritas no registro de empresa. 
Registro de Empresas: Junta Comercial 
 O ato de registro de empresa consistem: na matrícula, no 
arquivamento e na autenticação. 
 A matrícula é o ato de inscrição dos tradutores públicos, 
intérpretes comerciais, leiloeiros, trapicheiro ou 
administrador de armazéns gerais. 
 O arquivamento é o ato de registro dos atos constitutivos das 
empresas. 
 A autenticação se dá nos livros comerciais e fichas escriturais. 
A autenticação é condição de regularidade do documento. 
 
Registro de empresas: Empresa inativa. 
• O mais comum a um contador é encontrar empresas que são 
paralisadas pelos empresários, sem baixa no registro. 
 
•Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder a 
qualquer arquivamento no período de dez anos consecutivos 
deverá comunicar à junta comercial que deseja manter-se em 
funcionamento. 
• § 1º Na ausência dessa comunicação, a empresa mercantil será 
considerada inativa, promovendo a junta comercial o 
cancelamento do registro, com a perda automática da proteção ao 
nome empresarial. 
• § 2º A empresa mercantil deverá ser notificada previamente pela 
junta comercial, mediante comunicação direta ou por edital, para 
os fins deste artigo. 
 
Registro de empresa: Empresa Inativa. 
• § 3º A junta comercial fará comunicação do cancelamento às 
autoridades arrecadadoras, no prazo de até dez dias. 
 
• § 4º A reativação da empresa obedecerá aos mesmos 
procedimentos requeridos para sua constituição. 
 
• O cancelamento do registro não impõe o cancelamento ou 
distrato da empresa, que deverá ser realizado nos moldes próprios 
da legislação. No entanto, se a empresa permanecer exercendo sua 
atividade, será considerada empresa irregular para todos os efeitos 
legais. 
• 
• 
Empresa irregular: repercussão. 
 O empresário irregular não tem legitimidade ativa para o pedido 
de falência de seu devedor, embora possa ser objeto do pedido de 
falência, como prescreve o art. 97, § 1º da Lei Falências: 
 Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: 
 
 ( . . . ) 
 
 § 1o O credor empresário apresentará certidão do Registro 
Público de Empresas que comprove a regularidade de 
suas atividades. 
 
 
Empresa irregular: repercussão. 
• “O empresário irregular não tem legitimidade para pedir a 
recuperação judicial, na medida em que a lei elege a inscrição no 
Registro de Empresa como condição para ter acesso ao favor 
legal”. – Art. 51, V, Lei n. 8.934/94. 
 
• “O empresário irregular não pode ter os seus livros autenticados 
no Registro de Empresa, em virtude da falta de inscrição, 
perdendo a eficácia probatória que a legislação processual atribui a 
esses instrumentos, no art. 379 do Código de Processo Civil; 
outrossim, se for decretada a sua falência, está será, 
necessariamente, fraudulenta, incorrendo o empresário no crime 
falimentar previsto no art. 178, da Lei 11.101/2005. 
• 
 
Registro de Empresas: Art. 1150 a 1154 
 O Código Civil trata do Registro nos artigos 1.150 ao 1.154. 
 As normas deste Capítulo está destinada ao exame da 
legalidade dos instrumentos contratuais que serão levados à 
registro no Registro Público de Empresas – Junta Comercial do 
Estado de São Paulo. 
 O profissional encarregado de elaborar os instrumentos 
pertinentes a cada sociedade empresária deverá observar o 
comando destes artigos, para evitar a superveniência de 
exigências ou mesmo responsabilidade para os sócios ou mesmo 
para os profissionais encarregados da elaboração e guarda dos 
documentos da empresa. 
 Recomendamos a leitura dos artigos 1150 a 1154 do C.C. 
Sociedade Empresária. 
 A sociedade empresária é a pessoa jurídica de direito privado não 
estatal, que explora empresarialmente seu objeto social ou a 
forma de sociedade por ações. (Fábio Ulhoa Coelho). 
 
 A característica da sociedade empresária é dada pelo modo de 
exploração do objeto social. 
 
 O artigo 966 do Código Civil define a sociedade empresária 
como sendo aquela onde se exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou 
de serviços. 
 
Sociedade Empresária 
 Ainda, além de exercer atividade econômica organizada para 
a produção ou a circulação de bens ou de serviços, terá que 
registrar os seus atos constitutivos na Junta Comercial, como 
determina o art. 1.150 do Código Civil. 
 
 As sociedades não empresárias terão o seu registro no 
Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas. 
 
 As sociedades não empresárias são aquelas que se enquadram 
na definição do parágrafo único do art. 966 do Código Civil 
 
Personalização: consequências. 
 § Titularidade negocial: a sociedade é o sujeito de direito, 
autônomo e personalizado, que assume um dos polos da relação 
negocial. O sócio é seu representante, não é a sociedade. 
 
 § Titularidade processual: a sociedade pode demandar e ser 
demandada em juízo, tem assim capacidade processual. 
 
 § Responsabilidade patrimonial: o patrimônio da sociedade 
não se confunde com o patrimônio pessoal dos sócios. Os bens 
sociais responderão pelas dívidas da empresa. 
Responsabilidade dos sócios 
 ILIMITADA: todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais: 
sociedade em comum (CC, art. 990) e sociedade em nome coletivo 
 (CC, art. 1.039) . 
 
 LIMITADA: todos os sócios respondem limitadamente pelas obrigações sociais: 
sociedade limitada (CC , art. 1.052) e sociedade anônima (CC , art. 1.088). 
 
 Mista: uma categoria de sócios responde ilimitadamente e outra categoria responde 
limitadamente: sociedade em comandita simples (CC, art. 1.045)e sociedade em 
comandita por ações (CC, art. 1.091). 
Constituição e Dissolução das sociedades empresárias. 
 
 Sociedades contratuais – o ato constitutivo é o contrato 
social: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita 
simples e sociedade limitada (Ltda.). 
 
 Sociedades institucionais ou estatutárias - o ato 
constitutivo é o estatuto social: sociedade anônima e 
sociedade em comandita por ações (Lei 6.404/76). 
Quanto a participação e alienação societária. 
 
 Sociedades de pessoas - o ingresso de terceiros depende 
de anuência dos demais sócios (CC, art. 1.003). Ocorre nas 
sociedades contratuais. 
 
 Sociedades de Capital - há plena liberdade na circulação 
das ações. Ocorre nas sociedades por ações. 
 
 A sociedade limitada pode optar pelo regime de uma ou 
outra (CC, art. 1.053). 
Desconsideração da personalidade jurídica. 
 Conceito: teoria que autoriza o Poder Judiciário a ignorar, 
episodicamente, a autonomia patrimonial da pessoa jurídica. 
 
 Pressuposto: fraude ou mau uso da pessoa jurídica (não é 
suficiente a sua simples insolvência). 
 
 Amparo legal: CDC, art.28, Lei nº 8.884/94 (Antitruste), 
art.18, Lei nº 9.605/98 (Meio Ambiente), art.4º e CC art. 
50. 
Sociedades contratuais: constituição. 
 
 
 Natureza – contrato plurilateral – em princípio, a vontade 
dos contratantes (sócios) converge para o mesmo objetivo 
comum. Do contrato social surge uma nova pessoa 
(sociedade), perante a qual os sócios se obrigam. 
Requisitos de validade. 
 Requisitos genéricos – CC, art. 104: agente capaz, objeto 
lícito e possível (sociedade empresária ou sociedade simples) 
e forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
 Requisitos específicos – todos os sócios devem contribuir 
para a formação do capital social (CC, art. 981), bem como 
participar dos lucros e prejuízos (CC, art. 1.008). 
 
 Pressupostos de existência – affectio societatis e 
pluralidade de sócios (exceções: subsidiária integral e 
unipessoalidade incidental temporária CC, art. 1.033, IV). 
Cláusulas essenciais: Art. 997 CC. 
 1. Qualificação dos sócios; 
 2. Nome empresarial 
 3. Objeto social 
 4. Sede e foro 
 5. Prazo de duração 
 6. Exercício fiscal 
 7. Capital social: valor, distribuição e forma de integralização. 
 8. Nomeação do administrador 
 9. Participação dos sócios nos lucros e perdas 
 10. Responsabilidade dos sócios. 
Cláusulas contratuais. 
 Cláusulas especiais e alternativas. 
 
 1. Retirada ou sucessão: ingresso de terceiros, apuração de 
haveres, forma de reembolso, prazo, procedimentos, etc. 
 2. Cláusula arbitral: modo de eleição do árbitroe condições 
da arbitragem. 
 3. Justa causa para exclusão de sócios. 
 4. Funções e poderes dos administradores 
 5. Outras de interesse dos sócios. 
Forma do contrato. 
 Forma escrita (CC, art. 997): por instrumento público ou 
particular. 
 
 Hipóteses especiais: 
 
 1. Sócio que não sabe ou não pode assinar. 
 
 2. Integralização de capital com bens imóveis: descrição do 
imóvel como exigido para o registro imobiliário e outorga do 
cônjuge (LRE – Lei nº 8.934/94, art.35, V II). 
Alteração contratual. Limitada. 
 
 Ltda.: 3/4 do capital para modificação do contrato social 
(CC, art. 1076, I). 
 
 Sócios dissidentes: direito de retirada e reembolso pela valor 
patrimonial das quotas. O contrato pode prever 
unanimidade, para todas ou algumas cláusulas, de acordo com 
o interesse dos sócios. 
 
 Por decisão judicial: obrigação de fazer determinada por 
autoridade judicial 
Alteração contratual. 
 
 A alteração contratual não está vinculada à forma do ato 
constitutivo (LRE, art. 53). 
 
 Assinatura da alteração: desde que seja juntado o instrumento 
de deliberação (ata de reunião ou de assembléia) ou, ainda, 
juntada a decisão judicial, bastará a assinatura de sócio ou 
sócios que representam a maioria do capital social, salvo 
cláusula proibitiva no contrato social. (LRE, art. 35, VI) 
Sociedade contratual: sócio. 
 
 REGIME JURÍDICO DO SÓCIO DA SOCIEDADE 
CONTRATUAL 
 
 Conceito: É a pessoa física ou pessoa jurídica que se une a 
uma ou mais pessoas para exploração de determinada 
atividade empresária, submetendo-se a um regime jurídico 
próprio composto por um conjunto de direitos e obrigações 
Direitos dos sócios. 
 Participação nos resultados sociais(lucros). Obs.: vedada a 
distribuição de lucros se a sociedade é devedora do INSS – 
Lei 8.212/91 art.52. 
 
 Participação patrimonial (retirada ou extinção da sociedade) 
 
 Participação na deliberações sociais: escolha do(s) 
administrador(es), estratégia de negócios, etc. 
Direitos dos sócios. 
 Fiscalização da sociedade: exame de livros, prestação de 
contas, etc. 
 
 Direito de retirada: na sociedade de prazo indeterminado não 
há necessidade de motivação e o sócio tem direito de 
restituição do capital social +apuração de haveres; na de 
prazo determinado, se não houver justa causa, o sócio, 
embora tenha o mesmo direito patrimonial, poderá arcar 
com multa e prejuízos decorrentes de sua retirada antes do 
prazo (CC, art.1029). 
Obrigações dos sócios. 
 
 Participação na formação do capital social (subscrição e 
integralização conforme condições do contrato social). 
 
 Participação das perdas (prejuízos) – sempre de forma 
subsidiária(CC, ar t. 1024). 
 
 Dever de lealdade. (concorrência desleal, quebra do affectio 
societatis). 
Exclusão sócios. 
 Mora na integralização: sócio remisso, CC 1004,(demais 
sócios podem optar pela execução ou exclusão). 
 
 Justa causa: descumprimento do dever de lealdade, CC 1030 
(judicial) e CC 1085 (Na Ltda., judicial ou extrajudicial, desde 
que haja previsão contratual e depende da maioria) 
 
 Obs.: Em ambos os casos, o sócio terá direito da participação 
patrimonial, proporcional à sua integralização, sem prejuízo de 
arcar com prejuízos por danos materiais e morais, no caso da justa 
causa. 
Exclusão e Responsabilidade Patrimonial 
 Exclusão de pleno direito. CC, art. 1030, § único c/c CC, art. 1026: 
liquidação da participação societária no caso de penhora dos lucros ou 
das quotas sociais por dívida particular do sócio ou declaração de 
falência do sócio. 
 
 RESPONSABILIDADE PA TRIMONIAL 
 
 CC, art. 1001 – início 
 CC, art. 1003, § único – responsabilidade do cedente: 2 anos. 
 CC, art. 1009 – distribuição de lucros ilícitos ou fictícios. 
 CC, art. 1025 – obrigações anteriores à admissão. 
 CC, art. 1032 – 2 anos após retirada, exclusão ou morte 
Empresa Individual 
 
 Código Civil no art.. 966. Considera-se 
empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
 
 Parágrafo único. Não se considera empresário 
quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso 
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício 
da profissão constituir elemento de empresa. 
 
Empresário Individual - Conceito 
 
 
 “O empresário individual é aquele que trabalha por 
conta própria, geralmente explora atividades de menor 
importância econômica, de pequeno vulto. O 
empresário individual geralmente explora as seguintes 
categorias de atividades: comércio e indústria em geral, e 
serviços de natureza não intelectual, sem regulamentação 
legal”. 
 
Empresa Individual – atividades comuns 
 
 “Exemplos de serviços desempenhados por 
empresários individuais:, ambulante, camelô, lavanderia, 
salão de beleza, artesão, costureira, lava-jato, reparação, 
manutenção, instalação, autoescolas, chaveiros, 
organização de festas, encanadores, borracheiros, 
digitação, usinagem, solda, transporte municipal de 
passageiros, agências de viagem, dentre inúmeros 
outros”. 
Empresa Individual – atividades comuns 
 
 “Ainda encontramos escritórios de serviços contábeis, prestação 
de serviços de creche, pré-escola, estabelecimentos de ensino 
fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de 
línguas estrangeiras, de artes, preparatórios para concursos, 
gerenciais e escolas livres; agência terceirizada de correios; agência 
de viagem e turismo; centro de formação de condutores de 
veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de 
carga; agência lotérica e serviços de instalação, de reparos e de 
manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento 
e revestimento em metais”. 
 
Empresa Individual – atividade não permitida. 
 
 “Não podem exercer atividade empresarial a 
prestação de serviços intelectuais, de natureza técnica, 
científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua 
profissão regulamentada ou não, bem como serviços de 
instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer 
tipo de intermediação de negócios”. 
Empresa Individual – profissões. 
 O empresário individual também é encontrado no exercício de 
profissões não regulamentadas, como por exemplo: ambulante, 
lavanderia, salão de beleza, borracheiros, usinagem, solda, 
transporte municipal de passageiros, agências de viagem. 
Também encontramos em lotéricas, agências terceirizadas dos 
correios, reparos e manutenção em geral, etc. 
 A Lei Complementar 128, de 19/12/2008 legalizou o 
empreendedor individual e fixou as atividades permitidas, além 
de criar benefício fiscal para sua viabilização, reduzindo a carga 
de impostos. 
 www.portaldoempreendedor.gov.br. - você poderá 
formalizar o empreendedor individual, legalizando sua 
atividade. 
Empresa Individual 
 
 O empresário individual exerce sua atividade 
pessoalmente, formando pequena indústria, comércio 
ou serviço. 
 
 As empresas individuais são maioria no universo 
das pequenas empresas, face a sua facilidade de 
constituição, pequeno investimento, adotando 
geralmente o regime da Microempresa ou Empresa de 
Pequeno Porte. 
 
Empresa Individual 
 
 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. 
 
 Criada pela Lei n. 12.441, de 12 de julho de 2011, 
instituiu a “Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada”, acrescentando o inciso VI no art. 44, acrescenta 
o art. 980-A ao LivroII da Parte Especial e altera o 
parágrafo único do art. 1033, todos do Código Civil – Lei 
n. 10.406/2002. 
 Permite seja constituída uma empresa individual, cujo 
patrimônio destinado ao exercício da atividade econômica, 
em valor, não seja superior a cem vezes o maior salário 
mínimo vigente no Brasil. 
Empresa Individual Responsabilidade Limitada 
 Elementos distintivos principais: 
- Nome empresaria acrescido da expressão EIRELI. 
- Capital social igual ao equivalente a cem salários mínimos 
nacional. 
- Aplicação subsidiária das normas da sociedade por quotas de 
responsabilidade limitada. 
- Poderá ser constituída como resultado de transformação de 
sociedade limitada quando essa se torna unipessoal – apenas um 
sócio em seu quadro societário. 
- Não alterou a responsabilidade do titular da empresa individual 
de responsabilidade limitada para com os débitos tributários, 
trabalhistas e previdenciários, que responde com seu patrimônio 
pessoal. 
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
 TÍTULO I-A 
(Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 
 Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será 
constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital 
social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) 
vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (Incluído pela Lei nº 
12.441, de 2011) (Vigência) 
 § 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da 
expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa 
individual de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, 
de 2011) (Vigência) 
 § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de 
responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única 
empresa dessa modalidade. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 
2011) (Vigência) 
 
Empresa Individual Responsabilidade Limitada 
 
 § 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também 
poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade 
societária num único sócio, independentemente das razões que 
motivaram tal concentração. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 
2011) (Vigência) 
 § 4º ( VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 § 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade 
limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza 
a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor 
ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da 
pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. (Incluído pela Lei 
nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 § 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no 
que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. (Incluído 
pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
 
Microempresa. Empresa Pequeno Porte. 
 
 A Lei Complementar 123/2006 estabelece normas gerais 
relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser 
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte 
no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
 
 É também chamada de “Lei Complementar do Estatuto 
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte” 
(LCMEPP). 
 
Microempresa. Empresa Pequeno Porte. 
 Consideram-se microempresa ou empresas de pequeno porte, a 
sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se 
refere o art. 966 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código 
Civil Brasileiro), devidamente registrados no registro de empresas 
mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o 
caso, desde que: 
 - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, 
receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. 
 II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada 
ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou 
inferior a R$ 3.600.000,00. 
 
Vantagens da Opção. 
 RECOLHIMENTO UNIFICADO DE TRIBUTOS 
 O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, 
mediante documento único de arrecadação, dos seguintes 
impostos e contribuições: 
 
 I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); 
 
 II - Imposto sobre Produtos industrializados (IPI); 
 
 III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 
 
Vantagens da Opção. 
 IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
(COFINS): 
 V - Contribuição para o PIS/PASEP; 
 VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa 
jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 
1991, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às 
atividades de prestação de serviços previstas especificamente; 
 VII - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços e 
sobre Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal 
(ICMS); 
 
Vantagens da Opção. 
 
 VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 
 
 Estima-se que em 90% dos casos, haja vantagem tributária 
(menor pagamento de tributos) para as empresas optantes 
pelo Simples Nacional. A vantagem é maior para as empresas 
comerciais ou industriais. 
 
Vantagem da Opção. 
 
 TRIBUTAÇÃO PELO REGIME DE CAIXA 
 
 A partir de 1° de janeiro de 2009, opcionalmente, as 
empresas optantes pelo Simples poderão utilizar a receita 
bruta total recebida no mês - regime de caixa -, em 
substituição à receita bruta auferida - regime de 
competência, conforme estabelecido na Resolução CGSN 
38/2008. 
 
Vantagem da Opção. 
 FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA 
 A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, 
metrológico, sanitário, ambienta1 e de segurança, das 
microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza 
prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, por 
sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse 
procedimento. 
 Será observado o critério de dupla visita para lavratura de autos de 
infração, salvo quando for constatada infração por falta de registro 
de empregado ou anotação da Carteira de Trabalho e Previdência 
Social - CTPS, ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, 
resistência ou embaraço á fiscalização. 
 
Vantagens da Opção. 
 LICITAÇÕES - PREFERÊNCIA 
 O artigo 48, inciso I, da Lei Complementar 123/2006 estabelece 
que a Administração Pública poderá realizar processo licitatório 
destinado exclusivamente à participação de microempresas e 
empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até 
R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
 O Decreto 6.204/2007 regulamenta o tratamento favorecido, 
diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de 
pequeno porte nas contratações públicas de bens, serviços e obras, 
no âmbito da administração pública federal. 
 
Vantagens da Opção. 
 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS: As microempresas o as 
empresas de pequeno porte são dispensadas: 
 
 1 - da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências; 
 2 - da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou 
fichas de registro: 
 3 - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos 
Serviços Nacionais de Aprendizagem; 
 4 - da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho” e 
 5 - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a 
concessão de férias coletivas. 
 
Vantagens da Opção. 
 
 REPRESENTAÇÃO – JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
 É facultadoao empregador de microempresa ou de empresa 
de pequeno porte fazer-se substituir ou representar junto à 
justiça do trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, 
ainda que não possuam vinculo trabalhista ou societário. 
 
Vantagens da Opção. 
 DELIBERAÇÕES SOCIAIS E DA ESTRUTURA 
ORGANIZACIONAL 
 
 As microempresas e as empresas de pequeno porte são 
desobrigadas da realização de reuniões e assembléias em 
qualquer das situações previstas na legislação civil, as quais 
serão substituídas por deliberação representativa do primeiro 
numero inteiro superior a metade do capital social. 
 
Vantagens da Opção. 
 ACESSO AOS JUIZADOS ESPECIAIS 
 
 As empresas enquadradas na LCMEPP, assim como as pessoas 
físicas capazes, também são admitidas como proponentes de 
ação perante o Juizado Especial, excluídos os casos de 
transferência de direitos de uma pessoa jurídica para outra 
que seja ME ou EPP, ou seja, os casos de cessionários de 
direito de pessoas jurídicas. 
 
 
Vantagens da Opção. 
 
 BAIXA DOS REGISTROS PÚBLICOS 
 
 As microempresas e as empresas de pequeno porte que se 
encontrem sem movimento há mais de três anos poderão dar 
baixa nos registros dos órgãos públicos federais, estaduais e 
municipais, independentemente do pagamento de débitos 
tributários, taxas ou multas devidas pelo atraso na entrega das 
respectivas declarações nesses períodos 
 
 
 
 Administração 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 Estabelecimento Empresarial. 
 
 Conceito: É o complexo de bens reunidos pelo empresário para 
o desenvolvimento de sua atividade econômica. Os bens podem 
ser de variada natureza, como mercadorias, máquinas, 
instalações, tecnologia, prédio, segundo cada atividade. Esse 
conjunto de bens é chamado por alguns autores de “aviamento” 
– é o patrimônio da empresa – corpóreo e incorpóreo. 
 
 Os bens corpóreos são, por exemplo máquinas, equipamentos, 
mercadorias e os incorpóreos são as marcas, patentes, direitos, 
ponto comercial. 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 O estabelecimento comercial ou empresarial é a soma dos bens 
corpóreos e incorpóreos que formam o estabelecimento 
comercial, portanto, não só os bens materiais formam o 
estabelecimento comercial, mas o imaterial, consistindo como 
no caso das marcas, do ponto comercial. 
 O direito comercial protege os bens incorpóreos do 
estabelecimento comercial, enquanto que o direito das coisas e 
o penal, protege os bens corpóreos. 
 O Estabelecimento empresarial no momento de sua avaliação 
deverá observar não só o valor dos bens materiais ou corpóreos, 
mas, também, dos incorpóreos, como o valor das marcas, 
patentes, direitos, ponto comercial. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 O Estabelecimento empresarial , por integrar o patrimônio do 
empresário, é também garantia dos seus credores. Disso decorre 
a obrigação de arquivar o contrato de alienação da empresa na 
Junta Comercial e publicar na imprensa oficial – art. 1144 CC. 
Na falta desta formalidade, a alienação não produzirá efeitos 
perante terceiros. 
 
 A venda do estabelecimento comercial está sujeita à anuência 
dos credores. A anuência poderá ser expressa, no caso do credor 
após notificado se manifestar ou tácita, quando o credor, passado 
30 dias da notificação ou publicação, não se manifestar por 
escrito sobre a alienação – art. 1145 CC. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 É importante ao adquirente de um estabelecimento comercial que atente 
para a existência da anuência dos eventuais credores da empresa 
 
 Se o empresário ao alienar sua empresa não observar tais cautelas poderá ter 
sua falência decretada, com fundamento no art. 94, III, c, da Lei de Falências 
e, vindo a falir, a alienação será considerada ineficaz, perante a massa falida, 
nos termos do art. 129, VI, da LF e o adquirente poderá perder a empresa. 
 
 Na venda de empresas é importante observar que o alienante ficará 
responsável pelo passivo durante 12 meses após a publicação do contrato de 
alienação, para as obrigações vencidas antes do negócio e, contado da data do 
vencimento, para as demais. 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 A alienação da empresa transforma o adquirente em sucessor do alienante. 
 
 Na qualidade de sucessor, o adquirente responde pelas dívidas do alienante, 
podendo obter ressarcimento em ação regressiva. 
 
 É comum nos contratos de alienação de empresa ocorrerem algumas situações: 
i) a reserva de créditos não transferidos pelo alienante ao adquirente, por estar 
sub judice, o que obriga o adquirente a respeitar, no caso da decisão favorável à 
empresa; geralmente no contrato de alienação da empresa devem constar esses 
créditos. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 Quando o alienante não vende o passivo da empresa, assumindo-o 
integralmente, o adquirente se demandado a pagar pelo passivo, terá ação 
regressiva para reaver o que eventualmente pagou. 
 
 O credor do alienante só perde o direito de reclamar do sucessor, se 
expressamente renunciou ao direito quando anuiu ao contrato, no 
momento da alienação do estabelecimento. 
 
 O funcionário da empresa é credor privilegiado, nos termos do art. 448 
da CLT, os contratos de trabalho são imunes às alterações na propriedade 
ou estrutura jurídica da empresa. O funcionário poderá demandar o 
alienante ou o adquirente. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 O credor trabalhista (funcionário) e o credor tributário não estão sujeitos 
às regras da alienação do estabelecimento comercial com relação ao prazo 
anual do Código Civil. 
 
 No caso do credor tributário, o art. 133 do Código Tributário Nacional 
estabelece a responsabilidade subsidiária ou integral das obrigações fiscais 
pelo adquirente, caso este continue ou não a explorar a atividade 
econômica. 
 
 Se a empresa foi vendida através de leilão judicial promovido em processo 
de recuperação judicial ou falência (art. 60, § único e art. 141, II, da LF), 
o adquirente não responde pelas dívidas trabalhistas ou tributárias 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 E não responderá porque a lei não o considera sucessor do antigo titular do 
estabelecimento empresarial. 
 
 A imunidade neste caso visa atrair interesse de potenciais licitantes no leilão, 
como propiciar maiores lances no pagamento do ativo do devedor em 
recuperação ou falido. 
 
 E nos casos de venda do estabelecimento comercial, se fixado no contrato, o 
alienante fica proibido de restabelecer-se em idêntico ramo de atividade 
empresarial, concorrendo com o adquirente, por cinco anos, exceto se 
autorizado no contrato de alienação. 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 Resumo: A venda do Estabelecimento exige formalidades essenciais: 
 
 Elaborar contrato escrito; 
 Registrar na Junta Comercial – para dar publicidade. 
 Notificar os credores – prazo 30 dias para responder: 
 1. – Concordar ou não. 
 2. – Não responder. Concordância tácita. 
 A notificação só poderá ser dispensada, se na venda da empresa, 
permanecer bens suficientes em seu patrimônio para pagar os 
credores. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 Caso não tenham sido tomadas nenhuma das providências acima 
indicadas, poderá qualquer credor pedir a falência da empresa, tornando 
ineficaz a venda da empresa. 
 
 Situações possíveis de serem enfrentadas nos casos de alienação da 
empresa: 
 
 Responsabilidade do alienante (vendedor), considerando os créditos 
vencidos e a vencer até a data da confirmação da venda (publicação do 
contrato de alienação registradona Junta Comercial): 
 Prazo de 1 ano contado a partir das obrigações vencidas: termo inicial a 
partir da publicação do contrato de alienação. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 Obrigações a vencer: termo inicial a partir do vencimento da obrigação. 
 Obrigações que estão sendo discutidas no Judiciário: 
 - Neste caso deverá ser previsto no contrato de alienação a quem 
caberá o crédito no final do processo, se ao alienante ou ao adquirente. 
 - No caso do passivo ser transferido na venda do estabelecimento 
ao adquirente, sem a concordância do credor ou caso não tenha sido 
previsto no contrato: 
 - O credor poderá demandar contra o alienante ou adquirente. Se 
o adquirente pagar, terá ação de regresso para receber do alienante o que 
foi obrigado a pagar ao credor daquele. 
 - No caso do passivo ser transferido na venda do estabelecimento 
ao adquirente, com a concordância dos credores, estando também 
previsto no contrato. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 - Neste caso o alienante responderá perante os credores, afastando o 
 adquirente dessa obrigação. 
 
 Crédito trabalhista: 
 
 Se na alienação da empresa existir “passivo trabalhista”, com créditos à 
favor dos empregados, a obrigação de pagar será do “alienante” ou do 
“adquirente”. Neste caso, os empregados podem escolher contra quem reclamar 
os créditos; do antigo ou do novo patrão. 
 
 Nesta situação, a prescrição trabalhista de 2 anos deverá ser considerada 
para efeito de ajuizar a reclamação trabalhista para reaver qualquer crédito 
trabalhista – constituído ou não. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 No caso de já ter ultrapassado o prazo de responsabilidade de 1 ano do 
alienante para os demais créditos, ainda sim, permanecerá a 
responsabilidade, porque neste caso, a prescrição, como norma de ordem 
pública, terá prevalência sobre o prazo do Código Civil, que é uma 
obrigação de natureza privada. 
 
 Exceção: no caso da empresa ter sido adquirida em leilão público. Neste 
caso, os créditos trabalhistas não são transferidos para os novos 
adquirentes da empresa. Eles recebem a empresa livre e desonerada de 
qualquer débito tributário. 
 
 Crédito Tributário: o adquirente é o sucessor e nesta qualidade, sua 
responsabilidade é subsidiária ou integral, ou seja, responderá pelas 
dívidas tributárias, como dispõe o art. 133 do CTN. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 Exceção: os casos de aquisição de empresa em leilão público. Neste 
caso, as dívidas fiscais não são transferidas ou suportadas pelo novo 
proprietário da empresa. O adquirente recebe a empresa livre de 
qualquer dívida tributária anterior ao leilão. 
 
 A finalidade desta norma é permitir que nos leilões se possam 
buscar interessados em comprar as empresas, ofertando melhores 
preços e obtendo melhores condições nas alienações públicas. 
 
 As dívidas neste caso se transferidas, seriam obstáculos na 
venda, pois as mais das vezes, o valor dos débitos pode superar em 
muito o valor de mercado da empresa. Exemplo: Varig. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 Cláusula de não restabelecimento do alienante no mesmo ramo de 
negócio pelo prazo de 5 anos. Aqui interessa proteger o 
adquirente. A regra é de que toda alienação de empresa impede 
que os empresários alienantes não possam restabelecer nova 
empresa no mesmo ramo daquele anterior. Só se eximem dessa 
obrigação se no contrato de venda da empresa constar cláusula 
liberando os sócios da empresa alienada dessa obrigação. 
 
 Consultar os artigos 1.142 ao 1.149 do Código Civil. 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
 Proteção ao Ponto – Locação Empresarial. 
 
 O ponto comercial é o local específico em que se encontra a empresa. 
 
 Quando o imóvel é do próprio empresário, a tutela imobiliária é do 
direito civil. 
 
 Quando o imóvel não é do empresário, mas decorre de locação, o 
direito comercial protege o valor agregado pelo estabelecimento ao 
imóvel e atenderá ao disposto no art. 51 da Lei Locação Empresarial. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 A LOCAÇÃO – RENOVAÇÃO COMPULSÓRIA. REQUISITOS 
 
 O locatário deve ser empresário. 
 
 O prazo deve ser por tempo determinado – 5 anos. Admitida soma 
dos prazos sucessivamente contratados. 
 
 A atividade deve ser a mesma, por pelo menos 3 anos consecutivos. 
 
 O direito compulsório na renovação tem por finalidade garantir o 
direito ao ponto comercial, que é o uso do mesmo ponto durante 
certo tempo. “É a denominada tutela de garantia de inerência no 
ponto – ou o interesse do empresário de continuar estabelecido 
exatamente no local daquele imóvel locado”. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 A ação judicial indicada é a Ação Renovatória. Deve ser promovida entre 
1 ano e 6 meses antes de vencer o prazo do contrato. – Art. 51, § 5º da 
Lei Locação. 
 Quando a renovação compulsória não poderá ser oposta ao locador: 
1) Insuficiência da proposta de renovação. 
 2) Proposta de locação melhor por parte de terceiro. 
 3) Reforma substancial no prédio locado. 
 4) Uso próprio. 
 5) Transferência de estabelecimento empresarial existente a mais de 
um ano e titularizado por ascendente, descendente ou cônjuge ou 
sociedade controlada pelo locador, desde que não desenvolva a mesma 
atividade da empresa locatária. 
 Tem a finalidade de proteger o direito de propriedade. 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 No caso da proposta de locação maior por terceiro, se o locatário não 
cobrir o valor da locação, terá direito à indenização pela perda do 
ponto. 
 No caso da reforma substancial do prédio e essa não ocorrer no prazo 
máximo de 3 meses, o locatário terá direito à indenização. 
 No caso de uso próprio e ocorrer o estabelecimento de uma outra 
empresa no local, o locatário será indenizado pela perda do ponto, 
para que não caracterize o enriquecimento indevido do locador. 
Ocorre quando se da transferência de estabelecimento empresarial 
para ascendente, descendente ou cônjuge. 
 No caso de locação-gerência, quando o ponto foi constituído pelo 
próprio locador e não pelo locatário, não é devida qualquer 
indenização. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 Exemplo: o Locador tinha uma empresa no local explorando o 
comércio de calçados e pela sua localização e espaço interior, alugou o 
imóvel para uma empresa que explorava o mesmo ramo comercial. 
 SHOPPING CENTER. 
 O empreendedor de shopping center exerce uma atividade 
peculiar, o seu objeto não é apenas locar o espaço e tampouco reunir 
aleatoriamente as empresas em um determinado local. 
 A idéia básica do negócio é colocar à disposição dos 
consumidores, em um mesmo local, de cômodo acesso e seguro, a 
mais ampla gama de produtos e serviços. É necessário um 
planejamento da distribuição da oferta, uma relativa organização da 
competição interna. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL – Shopping Centers 
 O local deve colocar a disposição vários tipos de serviços 
(banco, correio, cinema, lazer, etc.) e comércio (restaurante, 
farmácia, etc.). 
 No caso do ponto comercial em shopping center admite-se a 
peculiaridade deste contrato, onde o direito à renovação depende de 
prova de que a empresa que pretende renovar o contrato atende ao 
interesse das demais empresas que lá estão estabelecidas, segundo o 
interesse do empresário proprietário do shopping center. 
 O contrato de locação em shopping center prevê parcelas fixas e 
outras variáveis. A variável geralmente é um percentual sobre o 
faturamento da empresa instalada no local. Na fiscalização desse 
faturamento o locador poderáauditar as contas do locatário, vistorias 
instalações ou fiscalizar o seu movimento econômico. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL – Shopping Centers 
 Existem ainda obrigações secundárias: 
 Pagamento de uma prestação – a “res sperata”, que é a vantagem 
de se estabelecer em um complexo comercial com clientela fixa. 
 Obrigação de filiar-se à associação de lojistas, pagando 
mensalidade correspondente. Esta associação suporta despesas de 
interesse comum e publicidade. 
 Pagamento de aluguel em dobro em dezembro. 
 É proibido cobranças extraordinárias e gastos com obras ou 
substituição de equipamentos modificativos do projeto originário, bem 
como as despesas não previstas em orçamento prévio. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL – Outlet Centers 
 
 OUTLET CENTERS 
 
 “Outlet centers” são estabelecimentos em que os próprios 
fabricantes, grandes distribuidores e, por vezes, alguns varejistas 
instalam-se em pequenos stands, para a venda de seus produtos por 
preços atrativos, com vistas a propiciar o escoamento de estoque. A 
locação é por curtíssimo prazo e os locatários assumem a obrigação 
contratual de praticar preços inferiores ao de mercado. 
 
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO - PROTEÇÃO 
 
 O título do estabelecimento não representa, necessariamente, o 
nome comercial e tampouco a marca. Pode ocorrer identidade, mas 
não necessariamente. 
 O título do estabelecimento, o nome comercial e a marca são 
protegidas, cada uma, por legislação específica. O título do 
estabelecimento é protegido pelo direito civil e pena. O nome 
comercial pela Lei de Registro de Empresas e o Código Civil e a 
Marca, pela Lei de Propriedade Industrial. 
 A identidade de título de estabelecimento que promover o 
desvio de clientela é punida com a legislação que caracteriza a 
concorrência desleal – art. 195, inciso V e art. 209, da Lei de 
Propriedade Industrial. 
 
COMÉRCIO ELETRÔNICO - INTERNET 
 
 
O comércio virtual é aquele celebrado com o envio e recepção 
eletrônica de dados via rede mundial de computadores, considerando-se 
realizado num estabelecimento virtual. 
 
Comércio eletrônico, assim, significa os atos de circulação de bens, 
prestação ou intermediação de serviços em que as tratativas pré-
contratuais e a celebração do contrato se fazem por transmissão e 
recebimento de dados por via eletrônica, normalmente no ambiente da 
internet. 
 
ESTABELECIMENTOS VIRTUAIS 
 B2B – “business to business” – internautas e compradores são 
empresários, visa negociar insumos. É regido pelo direito 
comercial. 
 B2C – “business to consumer” – internautas são 
consumidores na verdadeira acepção do termo. É regido pelo 
direito do consumidor. 
 C2C – “consumer to consumer” – os negócios são realizados 
entre o empresário titular do estabelecimento virtual e os 
internautas consumidores, cumprindo o empresário do site apenas 
a função de intermediação. Exemplo: leilões virtuais. Rege o 
direito do consumidor entre o empresário e o internauta e o 
direito comercial entre os internautas consumidores se dá pelo 
direito civil. 
 
 
 
 ADMINISTRAÇÃO 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
 A Lei n. 9.279/96 estabeleceu as normas sobre a 
Propriedade Industrial no Brasil e o INPI – Instituto de Propriedade 
Industrial O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), 
criado em 1970 pela Lei n. 5.648, de 11 de dezembro de 1970, é 
uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior, de acordo com a Lei da Propriedade 
Industrial (Lei nº 9.279/96), a Lei de Software (Lei nº 9.609/98) e a 
Lei nº 11.484/07, responsável por: 
 - Registro de Marcas. Concessão de Patentes. Registro de 
Programas de Computador. Registro de Desenho Industrial. 
Registro de Indicações Geográficas. 
 - Registro de Topografia de circuitos integrados. Averbação 
de contratos de transferência de tecnologia e de franquia 
empresarial. 
 
 
 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL - PATENTE 
 
 A pesquisa e o desenvolvimento para elaboração de novos 
produtos (no sentido mais abrangente) requerem, a maioria das 
vezes, grandes investimentos. Proteger esse produto através de 
uma patente significa prevenir-se de que competidores copiem e 
vendam esse produto a um preço mais baixo, uma vez que eles não 
foram onerados com os custos da pesquisa e desenvolvimento do 
produto. A proteção conferida pela patente é, portanto, um valioso 
e imprescindível instrumento para que a invenção e a criação 
industrializável se torne um investimento rentável. 
 
PATENTES 
 
 Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção 
ou modelo de utilidade, outorgados pelo Estado aos inventores ou 
autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos 
sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar 
detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela 
patente. 
 
Durante o prazo de vigência da patente, o titular tem o direito de 
excluir terceiros, sem sua prévia autorização, de atos relativos à 
matéria protegida, tais como fabricação, comercialização, 
importação, uso, venda, etc. 
 
PATENTES 
 Patente de Invenção (PI) 
 Produtos ou processos que atendam aos requisitos de 
atividade inventiva, novidade e aplicação industrial. 
 Sua validade é de 20 anos a partir da data do depósito 
 Modelo de Utilidade (MU) 
 Objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de 
aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, 
envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional 
no seu uso ou em sua fabricação. 
 Sua validade é de 15 anos a partir da data do depósito. 
 
PATENTES 
 As invenções e modelos de utilidade devem apresentar os seguintes 
requisitos: 
 
- Novidade: não basta, para obtenção do direito industrial, que a 
invenção ou modelo de utilidade sejam originais, características de 
natureza subjetiva. É necessário que a criação seja desconhecida 
pela comunidade científica, técnica ou industrial. Art. 11 – “a 
criação não pode estar compreendida no estado da técnica”. 
 
- Atividade inventiva – a lei define que a invenção apresenta 
inventividade quando não é decorrência óbvia do estado da técnica 
(art. 13 LPI), ou seja, a invenção deve despertar no espírito dos 
técnicos da área o sentido de um real progresso. No modelo de 
utilidade não deve ser comum ou vulgar. (art. 14 LPI). 
PATENTE 
 
- Aplicação industrial: somente a invenção ou modelo de utilidade 
suscetível de aproveitamento industrial pode ser patenteado. (Art. 15 
LPI). 
 
- Não impedimento: a lei proíbe por razões de ordem técnica 
ou de atendimento ao interesse público, a patenteabilidade 
de determinadas invenções ou modelos. 
 
PATENTE 
 Exemplo: afronta à moral e aos bons costumes, substâncias 
resultantes de transformação do núcleo atômico. Art. 18 LPI. 
 
 O Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI - é o único 
órgão autorizado a expedir a patente, única prova admissível no 
direito brasileiro para demonstração da concessão do direito de 
exploração exclusiva da invenção ou modelo de utilidade. 
 
 DESENHO INDUSTRIAL – “DESIGN”. 
 
 Em alguns negócios, tão importante quanto a marca ou a 
tecnologia é o design (forma ornamental) que o produto apresenta. 
Nestes casos, você não pode se esquecer do registro de Desenho 
Industrial, pois ele é essencial para evitar a cópia. O registro é válido 
por dez anos, prorrogável por três períodos de cinco anos. 
 
PATENTE 
 Requisitos

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