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Resposta Preliminar em Processo Criminal

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AULA-03
EXCELENTÍSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA _____ DO ESTADO.
PRCESSO Nº_______
MATEUS, já qualificado na denúncia oferecida pelo membro do MINISTÉRIO PÚBLICO, por seu advogado que a esta subscreve (instrumento de mandato incluso – doc. 1), na forma do artigo 396 do Código de Processo Penal, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, pelo rito ordinário, apresentar
RESPOSTA PRELIMINAR OBRIGATÓRIA
Com fulcro no artigo 396-A, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
O réu é acusado pelo suposto crime de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A §1º, por ter constrangido a vítima a manter conjunção carnal, deflorando-a e culminando em gravidez, conforme consta atestado em laudo de exame de corpo de delito.
Embora não tenha tido violência real ou de grave ameaça, o réu aproveitou-se do fato de a vítima ser incapaz de oferecer resistência ou validar o seu consentimento, visto que é deficiente mental.
DO MÉRITO – 
II a) Do fato atípico – 
  Não há que falar em crime de estupro de vulnerável, pois o mesmo é cometido de forma dolosa, conforme artigo 217 A . Uma vez que houve consentimento da vítima, não existe dolo, assim sendo, há atipicidade por ausência de dolo. 
II b) Da irregularidade das provas:
Conforme versa o artigo 400, “ Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 dias (...) as provas serão produzidas em uma só audiência ( §1º)...” As provas apresentadas pelo Ministério Público aconteceram na fase de inquérito , o que impossibilita a ampla defesa, dessa feita, são inválidas.
II c) Da ausência das condições da ação:
O réu afirma que namorava a vítima havia algum tempo, que ela não era deficiente mental e que sua avó materna e sua mãe, as quais moravam com ele, sabiam do namoro. Afirma ainda que todas as relações mantidas com a vítima, eram consentidas.
Se a vítima não era deficiente mental, não há provas que demonstrem o crime de estupro, perdura ausência de justa causa e impossibilidade jurídica do pedido.
III) DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer a V. Exa.:
que o réu seja absolvido sumariamente, na forma do artigo 397,III CPP;
que as provas apresentadas sejam invalidadas, uma vez que foram produzidas fora da A.I.J, conforme artigo 400, do CPP;
caso V. Exa. indefira os pedidos anteriores, deverá rejeitar a denúncia, com base no artigo 395,III.
Por fim, requer que sejam intimadas as testemunhas ao final arroladas, para que sejam ouvidas na audiência de instrução e julgamento.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, 28 de novembro de 2016
Advogado
OAB/Nº

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