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O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: DIFERENTES INTERPRETAÇÕES AO LONGO DA HISTÓRIA O RGANIZAÇÃO DE P O LÍTICAS DA SA ÚDE P ROF.ª. A DRIANA A LVES CONCEPÇÕES SOBRE SAÚDE -DOENÇA Estado de normalidade do organismo; Ausência de doença Conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo alterando seu estado normal de saúde. HISTÓRICO EVOLUTIVO Acompanhante da espécie humana; EGITO: Múmias egípcias (primeiros sinais de doença) DOENÇA Causalidade - é determinada pelas condições concretas de existência e pela capacidade intelectiva do homem em cada contexto histórico. A Questão da causalidade é central, permite compreender o processo de determinação da doença. Primeiras interpretações de causalidade : ANTIGUIDADE 1ª vertente = Concepção dos assírios, egípcios, caldeus, hebreus e outros povos: - O corpo humano como receptáculo de elemento externo; penetrando-o irá produzir a doença sem que o homem participe ativamente do processo; - Elementos tanto naturais como sobrenaturais MEDICINA GREGA: Os gregos procuraram uma explicação racional para as doenças, fundamentando a futura “MedicinaCientífica Sec. VI ao IV A.C.- os gregos descartam os elementos mágicos e religiosos como causadores de doenças; observação empírica (ambiente, sazonalidade, posição social dos indivíduos, entre outros influem no surgimento das doenças) Princípio básico – harmonia entre alma e corpo 2 linhas fundamentais : 1ª - doenças diferentes podem ter causas e sintomas iguais; terapêutica intervencionista localizada nos exames diretos dos doentes 2ª - valorizava mais o prognóstico, onde as doenças eram vistas dentro do quadro de cada indivíduo; terapêutica apoiada nas reações defensivas naturais; essa segunda linha e hipocrática Hipócrates – defendia a prática clínica com cuidadosa observação da natureza; Os inúmeros fatores do ambiente físico poderiam ser capazes de produzir doença quando agindo sobre o organismo humano; -identificação do fogo, água, terra e água.. -Humores do corpo que causam doenças e seus elementos = fogo (coração); ar (hipófise), terra ( bile amarela ) e água ( bile negra do estômago); a terapêutica baseava-se na aplicação dos elementos contrários; -importância do ambiente físico. O diagnóstico hipocrático seguia o roteiro da exploração sensorial, da comunicação oral e raciocínio. Povos do Oriente Médio – criação do hospital; Nos hospitais primitivos eram realizadas atividades cirúrgicas limitadas aos socorros ministrados a ferimentos e fraturas, circuncisão e castração. Advento do Cristianismo – redirecionamento das formas de pensar as doenças : - Consideração do pecado como responsável pelos males físicos; dominação de maus espíritos; - Apesar dessas concepções, os povos do Médio Oriente já desenvolviam um arsenal de observações e práticas empiristas 2ª vertente - representada pela Medicina Hindu e Medicina chinesa: •doença vista como desequilíbrio entre os elementos/humores que compõem o organismo humano; •causa buscada no ambiente físico influência dos astros, clima, insetos e outros animais; •sistema complexo de correspondência entre os cinco elementos(madeira, metal, terra, fogo e água) e orgãos-sede; Saúde para os chineses: equilíbrio entre os princípios Yang e Yin; causas externas causam o seu desequilíbrio = doença; recuperação= restabelecer o equilíbrio de energia(acupuntura, do-in, etc) O homem desempenha papel ativo no processo e as causas perdem o caráter mágico e religioso, são naturalizadas. IDADE MÉDIA = Período de consolidação do modo de produção feudal; praticamente não ocorrem avanços no estudo da causalidade. • Doença= contágio entre os homens; explicação desde a influência da conjugação de certos planetas até o envenamento de poços por “judeus, leprosos ou bruxarias de endemoniados”. •os princípios hipocráticos são conservados a nível de explicação teórica e a prática clínica é praticamente abandonada; •sob influência do cristianismo a medicina volta a se revestir do caráter de uma prática religiosa; •No final do período= com o crescente nº de epidemias que assolam a Europa retorna-se à questão da causalidade das doenças; RENASCIMENTO • A medicina volta a ser exercida predominantemente por leigos e são retomados experimentos e observações anatômicas. • A tentativa de explicar as doenças epidêmicas existência de partículas invisíveis que atingem o homem por contágio direto, por dejetos humanos ou outros veículos • A concepção hipocrática mais totalizadora fica relegada= organismo como receptáculo Final do sec. XVIII, após Revolução Francesa- contexto de crescente urbanização da Europa e consolidação do sistema fabril aparece com força crescente a concepção de causação social= relação entre as condições de vida e de trabalho das populações e o aparecimento das doenças. TEORIA MIÁSMÁTICA: A doença era causada por certos odores venenosos, gases ou resíduos nocivos. Ex: malária – maus + ares Descobertas bacteriológicas metade sec. XIX- irão deslocar de vez as concepções sociais, restabelecendo o primado das causas externas representadas agora por vírus e bactérias. VISÃO UNICAUSAL: • para cada doença um agente etiológico vacinas ou produtos químicos MULTICAUSALIDADE: • tentativa de redução do social e sua descaracterização através de visões da históricas e biologicistas. Modelo da balança (Gordon, dec. 20) Agente hospedeiro meio-ambiente Esse modelo faz uma simplificação exagerada do processo de causalidade. Críticas a esses modelos: Concepção de determinação social da doença. • Escondem as profundas diferenças resultantes da inserção produtiva do homem; EXERCÍCIOS 1- Como os conceitos de doença foram modificando ao longo da História da humanidade e quais os aspectos mais curiosos relacionados ao tema? 2- Com base na evolução do conceito doença, qual período da humanidade mais se aproxima dos conceitos atuais de doença? 3- De que forma o conhecimento empírico contribuiu na evolução dos conhecimentos e conceitos de saúde /doença? SAÚDE PÚBLICA X SAÚDE COLETIVA
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