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Concepções do processo saúde-doença

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Integração Ensino Serviço Comunidade – Iesc 
Concepções do Processo Saúde / Doença 
Objetivos: refletir sobre as diferentes concepções do 
Processo Saúde/Doença; compreender a concepção de saúde 
nos diferentes períodos históricos até a constituinte de 1988 
Diversas visões sobre o processo saúde-
doença em distintos períodos da 
civilização 
 
 
A visão mágica – Primórdios da civilização 
A saúde era vista como algo natural. Não havia 
necessidade de explicas 
A doença era tida como duas hipóteses: 
1. Causa e o efeito, como em quedas ou 
ataques de animais; 
2. Causa “misteriosa”, sobrenatural. 
Acreditava-se nos castigos dos deuses 
sobre as pessoas e as populações que 
haviam falhado em cumprir suas 
obrigações morais e religiosas perante 
eles e sua comunidade 
Hipócrates, o pai da Medicina – 
Civilização grega ➟ Teoria humoral 
● Sangue (coração – quente e úmido) – 
temperamento sanguíneo – otimista, sensíveis, 
simpáticas e impulsivas 
● Fleuma (cérebro – fria e úmida) – 
temperamento fleumático – quem não sente 
nenhum tipo de emoção insensível à dor 
● Bílis Amarela (fígado – quente e seca) – 
temperamento colérico – raivosos, egocêntricos 
e impacientes 
● Bílis Negra (baço e estômago – fria e seca) – 
temperamento melancólico – detalhista, sensível, 
desconfiados 
 
A idade média – século V ao XV – 
Conhecida como Idade das Trevas. Esse período 
foi marcado pela presença onipotente da Igreja. 
Toda e qualquer teoria que explicasse a vida 
sem se referir a Deus era considerada blasfêmia, 
a doença passou a ser o foco das atenções: era 
considerada castigo divino, resultado da 
desobediência às normas da Igreja ou da 
impureza da alma, e só podia ser curada se 
houvesse vontade divina para tal. Como exemplo 
disso, pode-se citar o tratamento dado aos 
doentes mentais: considerados possuídos pelo 
demônio, eram queimados em praça publica, 
como parte do processo de “purificação” de 
suas almas. 
Quantas vezes não se fazem cultos, novenas e 
outros rituais pela preocupação de um membro 
da família? 
 
 
O Renascimento – Séculos XV e XVI – Os 
estudos biológicos passaram a crescer com 
maior rapidez, com o desenvolvimento de 
teorias e equipamentos que auxiliam na pesquisa 
de fenômenos naturais, entre eles o 
funcionamento do corpo humano. 
Códigos sanitários foram descritos – Atualmente 
Determinantes sociais de saúde. 
 
O Iluminismo – Segunda metade do século 
XVIII – baseada na produção em larga escala, 
no uso de tecnologia e no emprego de grande 
quantidade de trabalhadores. Relações entre 
empregadores e empregados: para os 
empregadores, gerou riqueza; para os 
empregados, péssimas condições de vida. 
Medicina social, responsável por discutir o 
processo de adoecimento a partir das condições 
de vida das pessoas – moradia e alimentação. 
Não recebeu apoio necessário, os proprietários 
dos meios de produção e os políticos tinham 
seus interesses financeiros 
 
Era bacteriológica – Últimas décadas do 
século XIX. Relação dos germes com algumas 
doenças, ou seja, a doença tem uma causa 
única, a infecção. Essa visão foi importante para 
a identificação de vários agentes patogênicos e 
o controle deles, mas reduziu o olhar sobre o 
processo de adoecimento ao desconsiderar a 
influencia dos fatores psicossociais (aqueles 
ligados ao funcionamento social e mental das 
pessoas, com forte influência no processo 
saúde-doença) 
 
Modelo Multicausal – História Natural da 
Doença, proposta pelos pesquisadores 
americanos Leavell e Clark, em 1965. Esse 
modelo explicativo do processo saúde-doença 
divide o adoecimento em duas fases: a pré-
patogênese, período anterior ao adoecimento, e 
a patogênese, que é o momento a partir do 
qual a doença já está instalada no ser vivo. A 
História Natural considera a interação entre 
agentes, fatores do ambiente e do individuo 
como partes integrantes do processo de 
adoecimento. 
 
Determinação social da doença – Fatores 
sociais, econômicos ou comportamentais que 
influenciam a saúde, positiva ou negativamente, 
e que podem ser influenciados por decisões 
politicas ou individuais, ao contrario da idade, 
sexo e fatores genéticos, que também 
influenciam a saúde, mas não são modificáveis 
por essas decisões. 
 
RELAÇÃO MÉDICO/PACIENTE PARADIGMA 
BIOMÉDICO FLEXNERIANO 
• Modelo exclusivamente biologista; 
• Negação da determinação social da 
saúde; 
• Estímulo à disciplinaridade; 
• Assumia um modelo hospitalocêntrico e 
individualista. 
 
MODELO BIOPSICOSSOCIAL E ESPIRITUAL 
• O corpo humano é um organismo 
biológico, psicológico, social e espiritual, 
ou seja, recebe informações, organiza, 
armazena, gera, atribui significados e os 
transmite, os quais produzem, por sua 
vez, maneiras de se comportar; 
• Saúde e doença são condições que 
estão em equilíbrio dinâmico; estão co-
determinadas por variáveis biológicas, 
psicológicas, sociais e espirituais, todas 
em constante interação; 
• O estudo, diagnóstico, prevenção e 
tratamento de varias doenças devem 
considerar as contribuições especiais e 
diferenciadas doas quatros conjuntos de 
variáveis citadas.

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