Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Transcrição Dogma central O fluxo da informação é unidirecional Transcrição • O que é?: processo de cópia do DNA em RNA • Pra quê serve? – Para ativação e desativação diferencial de genes – Define o repertório de genes ativos a cada instante, o transcriptoma – Muda de acordo com o tecido, alimentação, estímulos ambientais – Um entendimento fino e preciso da regulação da transcrição gênica define a adaptação do indivíduo ao meio, diferenciação celular, embriogênese, etc... • Genoma “ativo” no tempo E onde fica o RNA? • É feito no núcleo e depois vai pro citoplasma • Mas procarioto não tem núcleo... – Por isso se diz que sua transcrição é acoplada com a tradução O acoplamento transcrição-tradução Atenção: só em procariotos Claro, eles não têm núcleo Eucariotos O RNA vai para o citoplasma E pra quê serve o RNA mesmo? • Ele é um intermediário do DNA (adaptador de Crick) para regular a produção de uma proteína – Quanto mais se “precisa” da proteína, mais RNA dela é produzido => Regulação da transcrição • Fatores de transcrição RNAs bem-conhecidos • mRNA • tRNA • rRNA A primazia do mRNA • Contém as instruções para a produção das proteínas que estão sendo necessárias em um determinado momento • O estudo de bibliotecas de cDNA (transcriptômica; genômica funcional) O RNA é “maior” que a proteína A sequência promotora ou O promotor O gene eucarioto • Genes partidos no genoma – Processamento: Exons (codifica), introns (não codifica). • Promotores O RNA eucariótico Fitas molde e codificadora Tradução / Síntese de Proteínas Código Genético • “Dicionário” → correspondência da seqüência de nucleotídeos levando à seqüência de aminoácidos; • Códon → 3 bases nucleotídicas no RNAm que codificam cada aminoácido (“palavra”); • Códon: • RNAm → A, G, C e U; • “escrita” da direção 5’ para 3’; • 64 combinações diferentes de bases; 1 códon 3 nucleotídeos no RNAm 7 códons 21 nucleotídeos Código Genético Código Genético 61 dos 64 códons possíveis codificam os 20 aminoácidos padrão Códons de terminação ou de parada ou sem sentido; não codificam AA. UAG / UGA / UAA Código Genético • Características: • Especificidade – um determinado códon sempre codifica o mesmo AA; • Universalidade – é conservado em todas as espécies; • Redundância ou Degeneração – um AA pode ter mais de 1 trinca que o codifica; • Contínuo – sempre lido de 3 em 3 bases. Degeneração do código Componentes da Tradução • AAs: • Dieta → AAs essenciais; • RNAt ou moléculas adaptadoras: • Em humanos existem em torno de 50 espécies de RNAt, enquanto bactérias possuem em torno de 30- 40 espécies; • Sítios de ligação ao AA – extremidade 3’ do RNAt se liga ao grupo carboxila do AA; • Anticódon → seqüência de 3 nucleotídeos que reconhece o códon específico do RNAm; • Pode estar carregado ou descarregado. AA é ligado aqui •RNAt: 50 tipos de RNAt para 20 aa: alguns aas possuem mais de um RNAt específico Estrutura secundária: folha de trevo O pareamento códon-anticódon é complementar e antiparalelo 1 anticódon pode reconhecer mais de um códon Componentes da Tradução Componentes da Tradução • Aminoacil-RNAt sintetase: • Família de enzimas que ligam AA aos seus RNAt → ↑ especificidade que aumenta a fidelidade da tradução da mensagem genética; Componentes da Tradução • RNAm (molde); • Ribossomos: Ribossomos: grandes complexos de RNAr e proteínas compostos por duas subunidades. São as estruturas responsáveis pela síntese protéica (local da síntese). Livres ou no RER. Ribossomo de eucariotos: subunidades 60S (5S, 5.8S e 28S/49 proteínas) + 40S (18S/33 proteínas) Em procariotos: subunidades 50S (5S e 23S/36 proteínas) + 30S (16S/21 proteínas) RNAr: responsáveis pela estabilização do complexo de iniciação e dos demais participantes da tradução Componentes da Tradução • Fatores protéicos: • Fatores de iniciação, alongamento e terminação ou liberação. • ATP e GTP. • Sítio P: neste sítio, o códon de iniciação é posicionado para seu pareamento com o anticódon do RNAt que transposta metionina – primeiro aa da tradução. • Sítio A: neste sítio, o códon adjacente é posicionado para seu pareamento com o anticódon do RNAt que transposta o próximo aa da cadeia polipeptídica. • Sítio E: depois de ser traduzido, o códon é posicionado no sítio E (ou sítio de saída) para seu desligamento com o RNAt, agora descarregado. Ribossomos: Reconhecimento dos Códons pelo RNAt • A ligação entre códon do RNAm e anticódon do RNAt é antiparalela; • O códon é lido de 5’ para 3’; o anticódon também deve ser lido de 5’ para 3’. Portanto a primeira base do códon pareia com a última base do anticódon; Reconhecimento dos Códons pelo RNAt • Hipótese da Oscilação: • Se a trinca do anticódon reconhecesse apenas 1 trinca do códon por pareamento, as células deveriam ter 1 RNAt para cada códon de AA → NÃO É O QUE OCORRE!; • As 2 primeiras bases do códon formam pares de bases Watson-Crick com fortes pontes de hidrogênio → dão especificidade da codificação; • A terceira base do códon que pareia com a primeira base do anticódon forma pontes de hidrogênio mais fracas e a primeira base do anticódon pode parear com mais de 1 base. Hipótese da Oscilação OBS: I (inosina) contém base hipoxantina pode ser encontrado como a primeira base do anticódon → base oscilante que pareia com mais de 1 base 1 anticódon pareia com mais de 1 códon! Lig. + específica Lig. - específica As interações códon-anticódon otimizam tanto a exatidão quanto a velocidade de síntese protéica Etapas da Síntese Protéica • Ativação dos AAs: • Ligação dos AAs aos seus RNAt ocorre no citosol pelas aminoacil-RNAt sintetases. • Duas lig. de alta energia Aminoacilação do RNAt Etapa 1 Requer: • 20 aas • 20 aminoacil-tRNA sintetases •Energia – ATP • RNAt Etapas da Síntese Protéica • Iniciação: • O RNAm liga-se a menor das 2 subunidades ribossômicas e ao aminoacil-RNAt de iniciação; • O aminoacil-RNAt de iniciação pareia com o códon AUG, que é o códon que sinaliza o início da proteína a ser sintetizada; Etapa 2 IniciaçãoEtapa 2 Requer: • RNAm • aminoacil-tRNA de iniciação – metionina • códon de iniciação - AUG • Subunidade 30S e 50S • Fatores de iniciação • GTP •Cofator enzimático – Mg+2 Etapas da Síntese Protéica • Alongamento: • Fatores de alongamento são necessários (EF-Tu, EF-Ts, EF-G); • Peptidiltransferase (ribozima) → liga o peptídeo em formação e o AA a ser adicionado; • Após a ligação peptídica se formar, o ribossomo avança 3 nucleotídeos na direção 3’→Translocação (requer energia, GTP) . • O RNAt não-carregado vai para o sítio E antes de ser liberado e o RNAt carregando o peptídeo vai para o sítio P . Etapa 3 Alongamento Etapa 3 Requer: • Complexo de iniciação • aminoacil-tRNA especificados pelos códons • Fatores de alongamento • Peptidiltransferase • GTP Alongamento Tanslocação O ribossomo se move em direção à extremidade 3´do mRNA, o peptidil-tRNA está, agora, no sítio P deixando o sítio A aberto para o terceiro aminoacil-tRNA. O tRNA não- carregado é deslocado para o sítio E, desligando-se imediatamente do ribossomo. A translocação envolve o complexo fator de elongação EF-G-GTP. Etapa 3 Etapa 4 • Terminação: • Ocorre quando 1 dos 3 códons (UAA, UAG, UGA) de terminação é “colocado” no sítio A; TerminaçãoEtapa 4 -Hidrólise da lig. peptidil-RNAt terminal; -Liberação do peptídeo livre e do RNAt; -Dissociação do ribossomo 70S. Requer: • Códons de terminação • Fatores de liberação Etapas da Síntese Protéica • Polissomos ou Polirribossomos: • Complexo de 1 RNAm e vários ribossomos. Após a tradução, algumas proteínas, antes de assumirem a sua conformação nativa, têm a sua estrutura primária alterada por modificações pós-translacionais, como por exemplo: Fosforilação Carboxilação Modificações Pós-translacionais e a Estrutura Tridimensional Etapa 5: Protrombina As proteínas assumem a sua conformação nativa com o auxílio das chaperonas ou proteínas do estresse ou proteínas do choque térmico (heat shock proteins). Conformação Desnaturada Conformação Nativa Modificações Pós-translacionais e a Estrutura Tridimensional Etapa 5: Ajudam as proteínas a se moldar, associar a outras proteínas de maneira estável e tornarem-se estruturas ativas, evitando a associação de proteínas ainda não dobradas corretamente Diferenças e semelhanças entre eucariotos e procariotos O esquema geral é o mesmo, e a síntese em si ocorre em estruturas similares: os ribossomos Mas, em eucariotos a transcrição está separada da síntese de proteínas (tradução) pela membrana nuclear Síntese Protéica no Retículo Endoplasmático Rugoso Síntese protéica no retículo endoplasmático rugoso daquelas proteínas que serão localizadas na membrana plasmática ou nos lisossomos, ou serão secretadas. Síntese Protéica no RER Síntese proteíca no reticulo endoplasmático rugoso daquelas proteínas que serão localizadas na membrana plasmática ou nos lisossomos, ou serão secretadas Inibidores de Síntese Protéica Tetraciclina: bloqueia o sítio A ribossomal Estreptomicina: Liga-se à subunidade 30S e distorce sua estrutura inibindo a iniciação X X Inibidores de Síntese Protéica Cloranfenicol: Inibe a atividade de peptidil- transferase procariótica X Clindamicina: Ligam-se de maneira irreversível à subunidade 50S do ribossomo bacteriano, inibindo o deslocamento. X
Compartilhar