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Código Genético e Síntese de Proteínas * Replicação Transcrição Tradução Proteína Processo para síntese das proteínas da célula - Processo que ocorre nos ribossomos Transcrição Reversa Replicação de RNA * Descrição preliminar da Tradução 20 aa diferentes e apenas 4 bases diferentes de RNA Em qualquer posição existem 4 possibilidades (A, T, C, G) 4n = combinações possíveis 42 = 16 aa diferentes 43 = 64 combinações * Tradução É o mais complexo dos mecanismos biossintéticos da célula. É uma linha de montagem onde participam: os ribossomos, o mRNA, os tRNA, os aa’s, energia e fatores protéicos que auxiliam as reações. Em E. coli, a síntese de uma proteína de 100 aa’s pode levar 5 segundos. Ribossome image produced by Harry Noller at the University of California Santa Cruz, Venki Ramakrishnan at the University of Cambridge, England, and Thomas Steitz at Yale University www.pbs.org/wgbh/nova/photo51/pict-06.html * Processo de síntese de proteínas RNAm contém o código do gene RNAt é o adaptor que liga o mundo do ácido nucléico ao mundo das proteínas RNAr faz parte do ribossomo e contém a enzima que catalisa a ligação entre aminoácidos adjacentes * * Estrutura dos tRNAs tRNA – contém a sequência de bases (anticodon) complementar ao codon do mRNA e carrega o aminoácido específico; Transfere a informação contida no genoma para uma sequência de aminoácidos; Deve existir, pelo menos, um tRNA para cada aminoácido presente na célula; Os tRNAs de eucariotos e procariotos apresentam uma estrutura secundária de folha de trevo, mantida por sequências complementares na própria molécula; Em sua estrutura, apresentam 4 braços principais, contendo regiões pareadas (hastes) e regiões de fita simples (alças), e um braço variável. * * * Estrutura dos tRNAs Braço aceptor: região pareada entre as extremidades 3’e 5’. região conservada – CCA. A ligação com o aminoácido ocorre com o OH do C2’ou C3’da ribose da última base (adenina); Braço TC: Apresenta na alça uma base não usual, denominada pseudouridina, Essa região também pode ser chamada de braço T; Braço D: Uma haste que termina em uma alça. Presença de bases modificadas (diidouridina – D); Braço do anticódon: Uma haste terminando em um laço que contém o triplet do anticódon no centro da sequência, formando a alça; Braço variável: pode ser pequeno (75% das células) ou longo. Apresenta maiores variações entre os tRNAs. * Aminoacil-tRNA Os tRNAs são denominados de acordo com o aminoácido que representam; Quando estão ligados ao aminoácido, são chamados de aminoacil-tRNA; O tRNA contendo o anticodon da metionina é denominado de tRNAMet; Um tRNA pode ligar-se a somente um aminoácido, ligando-se covalentemente a ele; O tRNA contém um aminoácido complementar ao códon do mRNA que representa o aminoácido. * Aminoacil-tRNA sintetase Enzima que sintetiza a ligação do tRNA com o aminoácido (existem, pelo menos, 20 sintetases); Ativação do aminoácido: reage com ATP ; O aminoácido ativado é transferido, então, para o tRNA, formando a aminoacil-tRNA; A enzima aminoacil-tRNA sintetase tem um mecanismo de correção de erro, para evitar a incorporação de um aminoácido incorreto no tRNA. * 2a. Letra do códon 1a. Letra do códon Degeneração do código genético * * Pareamento oscilante da terceira base do códon (wobble base-pairing) * * Bases oscilantes (wooble) A base 3’ do códon é oscilante O contato químico não é perfeito (3D) * * Pareamento oscilante da terceira base do códon (wobble base-pairing) * * Estrutura dos Ribossomos Estrutura compacta de ribonucleoproteínas com 2 subunidades. Cada subunidade é formada por proteínas associadas a moléculas de rRNAs; Ribossomos são organelas assimétricas, compostas por uma região de base e outra contendo uma cabeça, ou protuberância. * Subunidades Ribossomais Procariotos: Subunidade 50S: maior Subunidade 30S: menor Eucariotos: Subunidade 60S: maior Subunidade 40S: menor 70S 80S * Sítios Ativos dos Ribossomos Sítio A: liga-se com o aminoacil-tRNA a ser incorporado; Sítio P: liga o tRNA iniciador (Met-tRNA) e posiciona o peptidil-tRNA; Sítio E: é ocupado pelos tRNA desacetilados antes da sua dissociação com o ribossomo. Interface entre subunidade maior e menor é composta pelas moléculas de rRNA, incluindo a região de sítio ativo (considerado uma ribozima). Subunidade menor – decodificação do mRNA. Maior – atividade de peptidil-transferase essencial para a formação da cadeia peptídica. União das duas – sítio ativo de ligação as 3 mol. De tRNA necessárias para a síntese de proteínas * Pareamento entre mRNA e Ribossomo Para o início da síntese proteica precisa ocorrer a ligação entre o mRNA e o ribossomo: Procarioto Sítio de ligação do ribossomo (RBS): Sequência de mRNA (30 a 40nucleotídeos) que é recoberta pelo ribossomo; O códon de iniciação AUG está contida na sequência; mRNA possui uma sequência parcialmente complementar à uma região do rRNA, denominada Shine-Dalgarno ou sítio de ligação dos ribossomos (RBS). É uma sequência localizada a 7 nucleotídeos do códon AUG, em direção à extremidade 5’. * Pareamento entre mRNA e Ribossomo Eucarioto Reconhecimento do Cap 5’: A subunidade 40S do ribossomo reconhece o Cap 5’ e desloca-se pelo mRNA até encontrar o códon de iniciação AUG. * Códon de iniciação e tRNA iniciador Em procariotos, o início da síntese proteica é definida pela RBS e pelo códon iniciador AUG (metionina); Em bactéria pode ser utilizado o GUG; No caso do códon iniciador AUG, o tRNA iniciador está ligado a uma metionina que contém um grupo formil ligado ao radical amino, formando tRNAfMet; Esse tRNA é utilizado somente como iniciador; Já o tRNAMet reconhece metioninas internas, nunca apresentando uma metionina formilada. * tRNA iniciador Somente o tRNAfMet liga-se ao sítio P do ribossomo, o qual é formado pelo mRNA e a subunidade 30S (procariotos); Único que liga-se ao fator de iniciação IF2; A ligação do tRNAfMet adicionado ao mRNA e à subunidade 30S forma o complexo de iniciação da tradução. Diferença entre o início da síntese proteica em Eu e Procariotos Em bactérias, o complexo de iniciação forma-se em um local específico (RBS), próximo ao códon AUG; Em eucariotos, o Cap 5’ é reconhecido e a subunidade 40S desliza até o AUG. * Etapas da síntese de proteínas 1. Ativação do aminoácido 2. Iniciação 3. Elongação 4. Terminação 5. Dobramento/processamento pós-tradução * * * 1. Ativação do aminoácido Aminoacil-tRNA-sintetases * * Aminoacil- tRNA * O ribossomo acomoda dois tRNAs carregados * Sequencia de Shine-Dalgarno ou Ribossomal Binding site (RBS) * * 2. Iniciação (bactéria) Fatores de iniciação da tradução IF-2 e IF-1 – favorecem o posicionamento do mRNA e do tRNA iniciador com a subunidade menor do ribossomo e IF-3 – interage com a subunidade menor impedindo a sua ligação com a subunidade maior. tRNA carregado formil-metionina * 2. Iniciação (eucariotos) Etapa 1: formação do complexo de pré-iniciação 43S Seleção do tRNA iniciador pelo eIF2. eIF1, eIF1A e eIF3 promovem e facilitam a ligação do complexo terciário. Etapa 2: ligação do complexo 43S ao mRNA Ligação do complexo 43S ao mRNA pelo reconhecimento da região 5’-cap. Ligação estimulada pela proteína PABP (polyA-binding protein. Varredura para reconhecimento de AUG. Etapa 3: Formação do complexo 48S 43S encontra o codon iniciador – etapa irreverssível conduzindo a iniciacão da tradução Etapa 4: Formação do complexo iniciador 80S Hidrólise de GTP-eIF2 libera eIF1 e eIF1A ocorrendo ligação da subunidade 60S. MettRNAi se encontra posicionado no sítio peptidil, liberando o sítio A permitindo a etapa do alongamento. * 2. Iniciação (eucariotos) * Iniciação da tradução Procariotos: Shine-delgarno (Ribosome Binding Site) Consenso de Kosak hipótese do “scanning” pelo ribossomonecessidade do 5’ CAP GCCRCCAUGG * * * * 3. Alongamento O 2° tRNA carregado se liga ao sítio A com a ajuda de um fator de alongamento, EF-Tu. EF-Tu primeiro se liga ao GTP. Este complexo ativado EF-Tu-GTP liga-se ao tRNA. Em seguida, a hidrólise de GTP do complexo ativa a ligação do aminoacil-tRNA ao sítio A, onde o EF-Tu é liberado, deixando o novo tRNA no sítio A. A enzima peptidil transferase (ou sintetase), que faz parte da unidade 50S, promove a ligação peptídica entre os 2 aa’s (radical carboxila com grupo amino). O dipeptídeo solta-se do 1° tRNA (o tRNAfMet ) e fica preso somente ao 2° tRNA, no sítio A. O 1° tRNAfMet é ejetado. Decodificação e atividade de peptidil-transferase * * * * Translocação Conjunto ‘mRNA + tRNA + dipeptídeo’ se move de A para P, dando a impressão de que é o ribossomo que se desloca de 3 em 3 bases ao longo do mRNA. Esta etapa é mediada por fatores de alongamento EF-G e energia. Um 3° tRNA carregado, correspondendo ao 3° códon do mRNA, se liga ao códon que ocupa agora o sítio A, desocupado pelo conjunto. O processo se repete. Novos ribossomos se acoplam no início da fita de mRNA (extremidade 5’) e se movem na direção 5’-3’, sintetizando novas cadeias de aa. Obs: Nos procariotos, o tRNA inicializador também pode reconhecer como códons inicializadores também GUG e raramente UUG. Em eucariotos, além do AUG, CUG também pode ser reconhecido como códon inicializador. Em eucariotos, a primeira metionina não é formilada, mas possui dois tipos de tRNA, um para a metionina inicializadora e outro para a interna do polipeptideo. * * * * Alongamento ainda... O alongamento continua até o aparecimento de um códon de parada (stop codon) UAA UAG UGA * * 4. Terminação Quando o sítio A chega ao códon de término (UAA, UAG, UGA) a proteína é ejetada e as duas subunidades se separam para repetir o processo. Quem reconhece o códon de término são os fatores de liberação - proteínas (RF1, RF2 e RF3), que se ligam ao sítio A e promovem a hidrólise da ligação tRNA-polipeptídeo. A energia é fornecida por GDP. Polipeptídeo e tRNA são liberados. OBS: Procariotos – identificados 3 fatores de término: RF1, RF2 e RF3. RF1 – reconhece codons UAG e UAA RF2 – reconhece UAA e UGA Eucariotos – identificado somente 1 fator de termino eRF1 – que reconhece os 3 codons * * * * Terminação da Tradução Fator de terminação liga-se ao stop codon UAA, UGA, UAG Proteína é liberada Complexo é desfeito * * Tempo de execução do processo * * Possíveis erros no processo Erro na tradução Proteína incorretamente produzida Dano metabólico * * Modificações pós-traducionais Formação de ligações dissulfeto/dobramento Clivagem da cadeia Fosforilação Glicosilação Metilação/Acetilação Adição de âncoras lipídicas Regulação da função protéica * * Síntese de proteínas acoplada ao ER * * Nuclear localization sequence (NLS) direciona proteínas para o núcleo * * Síntese e Processamento de Proteínas Transcrito primário mRNA maduro Proteína (inativa) Tradução Transcrição Processamento pós-transcricional Dobramento Modificações covalentes nos aminoácidos Processamento pós-tradução Proteína ativa * *
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