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GABARITO PROCESSO PENAL I

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Um policial encontrou, no interior de um prédio abandonado, um cadáver que apresentava sinais aparentes de violência, com afundamento do crânio, o que indicava provável ação de instrumento contundente. Qual a providência imediata, segundo a legislação processual?
 Providenciar para que não se alterem o estado e o local até a chegada dos peritos criminais e ordenar a realização das pericias necessárias à identificação do cadáver e à determinação da causa da morte, conforme Art.6º, incisos I e VII do CPP.
Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da vítima, Marcos foi indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de furto qualificado por arrombamento. Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, acerca de inquérito policial, o Ministério Público pode requerer ao juiz a devolução do inquérito à autoridade policial, se necessário à realização de nova diligência imprescindível ao oferecimento da denúncia, como por exemplo, de laudo pericial do local do arrombamento? Qual o prazo de conclusão do inquérito e o prazo para o ministério público oferecer a denúncia? Ainda indaga-se, qual o prazo da diligência complementar?
O Ministério Público poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial se for para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. O prazo para a conclusão do inquérito é de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, e de 30 dias quando estiver solto. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, 5 dias, contado da data em que o órgão do ministério público receber os autos do inquérito policial, e 15 dias se o réu estiver solto ou afiançado. O prazo para diligência complementar, quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
É inadmissível o anonimato como causa suficiente para a instauração de inquérito policial na modalidade da delatio criminis. Justifique esta afirmação fazendo um paralelo com o Art.5º do CPP.
Correto, entretanto a autoridade policial poderá investigar os fatos de oficio, conforme é citado no Art.5º, inciso I do CPP. 
Qual a consequência imediata, na esfera processual, caso o Ministério Público não ofereça a denúncia, em crime de ação penal pública incondicionada no prazo legal? 
Quando não for sido intentada no prazo legal, possibilita à vítima a propositura da ação penal privada subsidiaria da pública, conforme Art.29 do CPP.
Defina perempção e mostre as suas consequências na ação penal.
Perempção é o resultado da inércia do querelante no processo penal privado, que resulta na extinção de punibilidade do querelado. São 4 as causas de perempção, conforme o Art.60º, incisos de I a IV. A inércia do querelante por 30 dias seguidos; a morte do querelante seguida do não comparecimento de algum sucessor em até 60 dias; o não comparecimento do querelante a algum ato processual; e a extinção de pessoa jurídica seguida de falta de sucessor.
Maria, pessoa maior e capaz, vivia em união estável com João havia cinco anos, quando em janeiro de 2017, ele descontente com a participação de Maria em uma confraternização de trabalho, proferiu diversos xingamentos contra ela, tendo atingido sua honra subjetiva, danificou todas as suas roupas e diversos objetos da residência de ambos. Na época, Maria compareceu à delegacia de polícia, narrou os fatos, mas desistiu de registrar a ocorrência policial ou requerer a aplicação de medidas protetivas em seu favor. Em junho daquele mesmo ano, tendo Maria recebido a visita de uma amiga em sua residência, João ameaçou ambas de morte: utilizando-se de uma faca, exigiu a saída imediata da visita. Após a saída da amiga, João desferiu um golpe de faca no braço no braço de Maria, tendo-lhe causado lesão leve. Dessa vez, maria comunicou os fatos à polícia e, determinada a romper o relacionamento, requereu a aplicação de medidas protetivas: a autoridade judiciaria determinou o afastamento de João do local de convivência com Maria e proibiu a aproximação ou qualquer contato com ela. Inconformado com a atitude de Maria e com o fim do relacionamento, em julho, João foi até a casa de Maria e, utilizando-se de uma faca, ameaçou-a e constrangeu-a a praticar conjunção carnal com ele. Na qualidade de autoridade policial, quais as providências a serem tomadas? Qual tipo de ação penal o caso requer?
O crime de estupro praticado por João em julho de 2017 será apurado por meio de inquérito policial, cuja instauração poderá decorrer do mero registro de ocorrência policial feito pela vítima.

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