Buscar

DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL.pptx

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
Pós Graduação em Direito Processual Penal
Profa. Mestre Simone Lavelle Godoy de Oliveira
Análise Dogmático- Penal
Enfoque prático
1
Topografia Legal – CP – 213 ss
Título VII – Dos crimes contra a dignidade sexual
Capítulo 1 – Dos crimes contra a liberdade sexual
Capítulo 2- Dos Crimes Sexuais contra Vulnerável
Capítulo 3- Revogado
Capítulo 4 – Disposições Gerais
Capítulo 5 – Do Lenocínio e do Tráfico de Pessoa para fim de prostituição ou outra forma de exploração sexual
Capítulo 6- Do ultraje público ao pudor
Capítulo 7- Disposições Gerais 
No começo, detalhes do curso e/ou livros/materiais necessários para uma aula/projeto.
2
Observações Gerais 
Lei 12.015 de 2009:
Passou-se a tutelar a DIGNIDADE SEXUAL DA PESSOA HUMANA = liberdade e desenvolvimento sexual. 
Abolida a tutela dos “costumes”
Iniciada a proteção específica dos crimes contra a liberdade sexual dos vulneráveis
PPP – crimes contra criança e adolescente – tpassa a ter seu termo inicial com a maioridade civil da vítima.
Um design de programação para períodos/objetivos opcionais. 
3
Artigo 213 - ESTUPRO
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
Objetividade Jurídica
Busca tutelar a dignidade sexual da vítima. 
Lei 12.015 - junção de dois tipos penais em um só
Comportamento de constrangimento à conjunção carnal contra homem e mulher ou a prática de outro ato libidinoso. 
Objetivos da instrução e resultados esperados e/ou habilidades desenvolvidas com o aprendizado. 
4
Artigo 213 - ESTUPRO
 Sujeitos
Antes era bipróprio, mas, atualmente, é bicomum, na medida em que qualquer pessoa pode ser sujeito passivo e qualquer pessoa pode ser sujeito ativo.
O artigo 226, II, porém, estabelece uma majoração de pena em se tratando de alguns sujeitos ativos.
- Elemento Subjetivo
É o dolo. Apesar da lei não exigir nenhuma finalidade necessária, por óbvio que a intenção do agente é a de realizar ato de libidinagem.
Lista de vocabulário relacionado. 
5
Artigo 213 - ESTUPRO
 - Conduta
Pune-se o ato de libidinagem que decorra de 
VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA CONSTRANGIMENTO
VIOLÊNCIA deve necessariamente ser material - força física suficiente para impedir a vítima de reagir. Se for violência imprópria – Art. 217-A
AMEAÇA deve ser idônea, independentemente de justa ou injusta, de modo a causar temor na vítima, que se vê sem alternativa.
Lista de vocabulário relacionado. 
6
Artigo 213 - ESTUPRO
 - Conduta
Constranger a praticar ou permitir que nela se pratique os atos de libidinagem
Conjunção carnal ou Outros Atos libidinosos
Ato libidinoso – O que é?
A Lei não define. Segundo a Doutrina, trata-se de ato que seja capaz de ferir a dignidade sexual da vítima, englobando conjunção carnal, as várias formas de penetração, atos comumente tidos como preparatórios à penetração e etc. 
Lista de vocabulário relacionado. 
7
Artigo 213 - ESTUPRO
Há necessidade de contato físico entre agente e vítima? E a masturbação?
A Doutrina entende que não há necessidade de contato físico entre o autor e a vítima, podendo caracterizar o crime o uso de violência para que a vítima explore o próprio corpo (masturbação), pois isso fere a dignidade sexual da vítima.
Lista de vocabulário relacionado. 
8
Artigo 213 - ESTUPRO
 Consumação
Ocorre com a prática do ato de libidinagem. 
Admite-se a tentativa quando iniciada a execução, o ato sexual visado não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Vamos aprofundar o tema
Prática de conjunção carnal seguida de atos libidinosos (ex. sexo oral, anal etc). 
Crime único x Concurso de Crimes x Crime Continuado
Lista de vocabulário relacionado. 
9
Artigo 213 - ESTUPRO
Mudanças operadas pela Lei 12.015/09. 
ANTES
DEPOIS
Crimebi-próprio
Crimebi-comum
Uma conduta – constranger- com UMA finalidade – prática de conjunção carnal
Uma conduta – constranger- com finalidade de praticar QUALQUER ATO LIBIDINOSO – Absorção do tipo penal do artigo 214, CP
Prática de conjunção carnal seguida de atos libidinosos (ex. sexo oral, analetc) = duas condutas.
STF e o STJ - se além da conjunção carnal, o agente praticava outro ato libidinoso independente (ex: coito anal), respondia por estupro (art. 213) e por atentado violento ao pudor (art. 214) em concurso material (art. 69).
Prática de conjunção carnal seguida de atos libidinosos (ex. sexo oral, analetc), no mesmo contexto fático = uma conduta
STJ definiu que o art. 213 é tipo penal misto ALTERNATIVO. Se o agente, no mesmo contexto fático, pratica conjunção carnal e outro ato libidinoso contra uma só vítima, pratica um só crime do art. 213 do CP.
Lista de vocabulário relacionado. 
10
Artigo 213 - ESTUPRO
ANTES
DEPOIS
Exceção: se o ato de libidinagem estava ligado necessariamente com a conjunção carnal (não era independente), esse ato era classificado como um “prelúdio do coito” (praeludiacoiti) e haveria crime único.Ex: Tocar nas coxas ou glúteos para realizar o coito vaginal - princípio da consunção, funcionando os atos anteriores como meio necessário e atos preparatórios da relação sexual posterior.
Idem.
Não se admitia continuidade delitiva em nenhuma hipótese em se tratando de artigo 213 (conjunção carnal) e 214 (atentado violento ao pudor
É possível a continuidade, se o agente pratica conjunção carnal e outros atos libidinosos contra vítimas diferentes ou contra uma só vítima, em contextos fáticos diferentes 
Lista de vocabulário relacionado. 
11
Artigo 213- Estupro
Tipo Penal Misto – O tipo penal do art. 213 passou a ser um tipo misto. Só que um tipo penal misto pode ser alternativo ou cumulativo: E por que afirmamos que o 213 do CP é ALTERNATIVO?
• Alternativo: o legislador descreveu duas ou mais condutas (verbos). Se o sujeito praticar mais de um verbo, no mesmo contexto fático e contra o mesmo objeto material, responderá por um único crime, não havendo concurso de crimes nesse caso.
• Cumulativo: o legislador descreveu duas ou mais condutas (verbos). Se o sujeito incorrer em mais de um verbo, irá responder por tantos crimes quantos forem os núcleos praticados. Ex: art. 242 do CP.
A dúvida e a divisão da Doutrina residem em afirmar se o estupro é um tipo penal misto alternativo ou cumulativo. 
 
Acerca da discussão sobre a classificação do novo crime sexual configurar um tipo misto alternativo ou cumulativo, Cleber Masson destaca[8]:
 
Doutrina e jurisprudência discutem se o art. 213 do Código Penal, após a entrada em vigor da Lei 12.015/2009, é tipo misto alternativo ou cumulativo. Embora o resultado final seja divergente, há consenso sobre o fato de tratar-se de tipo misto.
Nesse ponto, constata-se um equívoco técnico. Os escritores e os julgadores partem de uma falsa premissa, olvidando-se de conceitos elementares do Direito Penal.
Os tipos penais podem ser simples ou mistos. Tipos simples são aqueles dotados de um único núcleo, ou seja, há um só verbo. É o que se dá no homicídio, pois o art. 121 do Código Penal fala “matar alguém”. De outro lado, os tipos mistos, que se dividem em alternativos e cumulativos, são os que contemplam mais de um núcleo. Existem vários verbos na descrição da conduta típica […].
No entanto, no artigo 213, caput, do Código Penal há somente um núcleo: “constranger”. Este verbo se relaciona aos atos de “ter conjunção carnal” e “praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. Se existe um único núcleo, o tipo penal é simples, e não misto.
Destarte, parece-nos apropriado evitar, no plano terminológico, a dicotomia “tipos mistos alternativos” e “tipos mistos cumulativos”. A discussão, com idênticos fundamentos jurídicos, deve ser centrada no dualismo “crime de condutas alternativas” e “crime de condutas cumulativas”.
 
Uma lista de procedimentos e etapas,
ou um slide da palestra com mídia.
12
Artigo 213- Estupro
A dúvida e a divisão da Doutrina residem em afirmar se o estupro é um tipo penal misto alternativo ou cumulativo.
* Doutrina majoritária, STJ e STF- MISTO ALTERNATIVO
* Opinião Cleber Masson = Simples e de conduta alternativa
 
Uma lista de procedimentos e etapas, ou um slide da palestra com mídia.
13
Artigo 213- Estupro
Conclusões:
Praticando o agente mais de um núcleo no mesmo contexto fático não se desnatura a unidade do crime. Tal fato deve ser considerado pelo juiz no momento da dosimetria da pena.
Se não for possível ver nas condutas atos sucessivos ou simultâneos, há delitos autônomos.
Admite-se a continuidade delitiva entre condutas relacionadas à conjunção carnal ou atos libidinosos, preenchidos os requisitos do artigo 71 do Código Penal.
Ausente a unidade de contexto, aplicar-se-á as regras de concurso de crimes, em regra material
Uma lista de procedimentos e etapas, ou um slide da palestra com mídia.
14
Artigo 213- Estupro
Retroatividade Benéfica – ESTRATÉGIA DEFENSIVA
Lei n.° 12.015/2009 - mais favorável ao acusado nesse aspecto. Assim, é possível aplicar o referido diploma legal retroativamente para o agente que praticou estupro e atentado violento ao pudor, no mesmo contexto fático e contra a mesma vítima, e que havia sido condenado pelos dois crimes (arts. 213 e 214) em concurso.
 
* STJ 6ª Turma HC 212.305-DF – A Lei n.° 12.015/2009 unificou os crimes de estupro e atentado violento ao pudor em um mesmo tipo penal, deve ser reconhecida a existência de crime único na conduta do agente, caso as condutas tenham sido praticadas contra a mesma vítima e no mesmo contexto fático
 
Uma lista de procedimentos e etapas, ou um slide da palestra com mídia.
15
Artigo 213- Estupro
Retroatividade Benéfica – ESTRATÉGIA DEFENSIVA
O mesmo raciocínio é aplicado à CONTINUIDADE DELITIVA
* Precedentes STF (HC 86110/SP). Estupro e atentado violento ao pudor. Mesmas circunstâncias de tempo, modo e local. Crimes da mesma espécie. Continuidade delitiva. Reconhecimento. Possibilidade. Superveniência da Lei nº 12.015/09. Retroatividade da lei penal mais benéfica. Art. 5º, XL, da Constituição Federal. HC concedido.  
Onde pedir?
No processo
Se estiver cumprindo pena, JUIZO DA EXECUÇÃO CRIMINAL, .
Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.
Pena cumprida, REVISAO CRIMINAL 
Uma lista de procedimentos e etapas, ou um slide da palestra com mídia.
16
Artigo 213- Estupro
Retroatividade Benéfica – ESTRATÉGIA DEFENSIVA – ONDE PEDIR A APLICAÇÃO DA LEI MAIS BENÉFICA
Processo em Andamento> Memoriais; Razões de Apelação; RESP ou RE; HC.
Processo em Execução de Pena, com trânsito> No Juízo das Execuções Criminais ou DEECRIM respectivo se for em SP. Vide Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.
Pena cumprida > Revisão Criminal 
Uma lista de procedimentos e etapas, ou um slide da palestra com mídia.
17
Artigo 213- Estupto
Qualificadoras
São preterdolosas.
- Ação Penal
REGRA- Pública Condicionada - 225, CP
EXCEÇÃO -incondicionada - vítima menor de 18 anos
Observação
Artigo 214 foi REVOGADO. Houve abolitio criminis?
Claro que não! O que ocorreu foi uma continuidade normativo-típica, pois mas a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador.
Exemplo de gráfico.
18
Artigo 215- Violação Sexual Mediante Fraude
Art. 215.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:  (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único.  Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Objetividade Jurídica 
Proteção da dignidade sexual da vítima.
Fusão de dos tipos penais: artigos 215 e 216
 Sujeitos
Trata-se de crime comum. Cuidado: vítima for menor de 14 anos, o crime será o do artigo 217-A.
Exemplo de gráfico.
19
Artigo 215- Violação Sexual Mediante Fraude
  Conduta
Empregar FRAUDE para IMPEDIR ou DIFICULTAR a livre manifestação de vontade da vítima para ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso. 
FRAUDE: capaz de iludir alguém 
Capacidade de resistência deve ser DIMINUIDA, mas não pode ser completamente anulada, sob pena de configurar outro crime.
- Elemento Subjetivo
Dolo. Não se exige nenhuma intenção a mais do que praticar o ato libidinoso ou a conjunção carnal, porém, se for com o fim de se obter vantagem financeira, aplicar-se-á também a multa.
- Consumação
Ocorre com a prática do ato, sendo possível a tentativa. 
- Ação Penal
Vide artigo 225, CP.
Exemplo de gráfico.
20
Artigo 215- Violação Sexual Mediante Fraude
 Elemento Subjetivo
Dolo, sem qualquer elemento específico para configurar. Contudo, se tiver por fim obtenção de vantagem financeira = aplicar-se-á também a multa.
-Consumação
Com a prática do ato, sendo possível a tentativa. 
Ação Penal
Artigo 225, CP – idem estupro.
Exemplo de gráfico.
21
Assédio Sexual – artigo 216-A
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função." (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
§ 2o  A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) NOVATIO LEGIS IN PEJUS
Objetividade Jurídica: Liberdade e Dignidade sexual e direito de não ser perturbado em seu trabalho.
Conduta
Constranger – com a finalidade de obter vantagem sexual - Prevalecendo-se da sua condição de superior hierárquica ou ascendência (condição de mando) inerentes ao exercício do emprego, cargo ou função. 
Exemplo de gráfico.
22
Assédio Sexual – artigo 216-A
Conduta (...)
Havendo violência ou grave ameaça = ESTUPRO.
Superioridade hierárquica serviço público
Ascendência área privada.
Sujeitos
Crime próprio. Sujeito passivo é subalterno do autor. Se a vítima for menor de 18 anos há majorante de 1/3
 Elemento subjetivo : dolo.
Consumação
Crime formal. Consuma-se com o constrangimento, ainda que as relações não venham a se concretizar. Admite a tentativa, excepcionalmente.
Exemplo de gráfico.
23
CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
Estupro de Vulnerável - 217-A 
Mediação de menor vulnerável para satisfazer a lascívia de outrem – 218
Satisfação de lascívia mediante a presença de criança e adolescente 218-A
VULNERÁVEL: A vítima só pode ser pessoa menor de 14 anos ou portador de enfermidade ou com doença mental, ou, que por qualquer outra causa esteja sem condições de oferecer resistência.
Ação Penal: PÚBLICA INCONDICIONADA. 
Exemplo de gráfico.
24
Estupro de Vulnerável – Artigo 217- A
Art. 217-A.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
§ 4o  Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Crime Hediondo
Mesma conduta do estupro
Crime é doloso. Agente deve ter ciência de que age em face de pessoa vulnerável.  
As qualificadoras são preterdolosas. 
Exemplo de gráfico.
25
Mediação de Vulnerável para Satisfazer a Lascívia de Outrem- Artigo 218
Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único.  (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Conduta é semelhante a do artigo 227, CP, mas a vítima é menor de 14 anos - induzir (aliciar ou persuadir) menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de (sensualidade, libidinagem e luxúria) de outrem.
Conhecido por Corrupção de menores 
Pressupõe um triângulo – constituído por sujeito ativo (mediador ou lenão), a vítima ( pessoa menor de 14 anos induzida a satisfazer a lascívia de outrem) e o destinatário da atividade criminosa. 
Obs:// O destinatário não é considerado coautor do crime (pois a elementar é a satisfação da lascívia de outrem).
O crime é comum!
É de forma livre, porém não pode consistir em conjunção carnal ou ato libidinoso, pois, ocorrendo estes, configurado está o estupro de vulnerável, tanto para quem induz quanto para quem participa. Ex. Induzir a práticas de lascívia contemplativas, como despir-se.
Exemplo de gráfico.
26
Satisfação de lascívia mediante a presença de criança e adolescente 218-A
Art. 218-A.  Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.” (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
 
Conduta: praticar, na presença da vítima, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, querendo ou aceitando ser observado ou induzir a vítima a presenciar a conjunção carnal ou outro ato libidinoso, ou seja, plantar a ideia de presenciar o ato de libidinagem.
 
Ex. Induzir menor de 14 anos a presenciar conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer a lascívia própria ou a de outrem.
 
A conduta é punida apenas a título de dolo e a idade deve ser conhecida pelo agente.
Exemplo de gráfico.
27
Favorecimento da Prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.   – 218-B
Estudo conjunto - Artigo: 218- B = vítima menor de 18 anos // Artigo 228= vítima maior de 18 anos Mesmas condutas, mas penas mais severas neste capítulo
 
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1o  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  Incorre nas mesmas penas:             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;          (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.                (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
     
Pune-se o favorecimento das atividades de prostituição, turismo sexual, pornografia, tráfico para fins sexuais. É desnecessário demonstrar o lucro. 
Exemplo de gráfico.
28
CRIMES DO CAPÍTULO 5
 Mediação para servir a lascívia de outrem – 227 
Favorecimento da Prostituição ou outra forma de exploração sexual – 228
 Casa de Prostituição- 229
Rufianismo – 230
* REVOGAÇÃO DO ART. 231 pela Lei 13.344 de 2016.
Exemplo de gráfico.
29
Casa de Prostituição – Artigo 229
        Art. 229.  Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
        Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Exige-se que no local haja a “exploração sexual” e não somente o sexo. 
Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo, desde o proprietário do estabelecimento até o dono do prédio e gerente, desde que cientes da finalidade do local. 
Trata-se de crime habitual, e, portanto, exige-se a reiteração da conduta, ou seja, a manutenção da casa.
Exemplo de gráfico.
30
Rufianismo – Artigo 330
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
        Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.       
§ 1o  Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
 
Conduta: tirar proveito da prostituição ou se fazer sustentar por quem a exerça.
Trata-se de crime habitual.
 
Exemplo de gráfico.
31
PONTOS DE FIXAÇÃO
 
Ação Penal 
Capítulo 1 e 2 – estupro/ violação sexual mediante fraude /assédio sexual são de Ação Penal pública condicionada à representação (artigo 225, caput). EXCETO: vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
Os processos correrão em segredo de justiça (necessária senha ou cadastro da parte nos processos eletrônicos).
2) Aumento de Pena (conforme Lei 11.106 de 2005) – Crimes do capítulo 1 e 2
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;      
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela;             
3) Todos os crimes terão pena aumentada (234-A)
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e               
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.              
Exemplo de gráfico.
32

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando