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Resumo Processo Penal AV1

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Direito Processual Penal
No sistema inquisitivo ou inquisitório, os direitos e garantias individuais são deixados de lado em prol de um suposto interesse da coletividade. Inexistência do contraditório e da ampla defesa.
Este sistema concentra nas mãos do juiz as funções de acusar, defender e julgar. É escrito, sigiloso. A produção de provas é feita pelo próprio julgador.
Já no sistema acusatório, ocorre a separação do órgão que julga e do órgão que acusa, presença dos direitos e garantias individuais, julgador dotado de imparcialidade, sistema de provas pautado no livre conhecimento motivado. O Código de Processo Penal brasileiro é misto. 
Ministério Público
Na ação penal pública, depois de oferecida a denúncia, o sujeito passivo é denominado réu ou acusado. Na fase do inquérito policial, é chamado de indiciado, suspeito ou investigado. Na ação penal privada é chamado de querelado.
Para figurar como sujeito passivo da relação processual, é preciso o preenchimento de alguns requisitos: 
Do Defensor:
No Processo Penal para que a ampla defesa se concretize, faz-se necessária a defesa técnica exercida por um profissional habilitado tecnicamente. Por ser a defesa técnica imprescindível, o STF editou a Súmula 523 com o seguinte enunciado: “No processo penal, a falta de defesa técnica constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”. A defesa técnica pode ser exercida por defensor constituído ou nomeado pelo juízo. O defensor constituído é aquele contratado pelo réu, cujo mandato é outorgado ou por meio de procuração. Uma vez constituído, o advogado não pode abandonar a causa a não ser por motivo imperioso, comunicando previamente ao juiz.
O defensor nomeado é tanto o Defensor Público quanto o advogado dativo. Com a implantação da Defensoria Pública, a figura do advogado dativo só ocorre nos Estados em que a Defensoria Pública não se faz presente em todas as Comarcas.
No Processo Penal não há a necessidade de comprovação da hipossuficiência econômica para que o acusado seja patrocinado pela Defensoria Pública. Pela leitura do art. 261 do CPP, podemos afirmar que a defesa técnica é indisponível, por isso o defensor pode atuar no interesse da defesa do réu mesmo contra a sua vontade.
Lei Penal x Lei Processual
A lei processual penal, uma vez inserida no mundo jurídico, tem aplicação imediata, atingindo inclusive os processos que já estão em curso, pouco importando se traz ou não situação gravosa ao acusado. Vigora o princípio do “Tempus Regit Actum”. Já a lei penal no tempo retroagirá sempre que favorecer de qualquer forma o réu.
Aplicação da lei processual no espaço
O artigo 1º do CPP estabelece que as normas processuais penais brasileiras se aplicam no território nacional, espelhando o Princípio da Territorialidade (locus regit actum) e o Princípio da Unidade do Código de Processo Penal em todo o território brasileiro, observados os tratados, as convenções e as regras de direito internacional, pois os limites da jurisdição criminal coincidem com os limites do território nacional: a todos os processos submetidos a essa jurisdição é aplicável à lei processual penal nacional.
O artigo 3º do CPP estabelece que a lei processual admite interpretação extensiva e aplicação analógica.
Inquérito Policial
O inquérito policial é realizado pela chamada polícia judiciária que, na realidade é a polícia civil. A atividade investigatória é atribuída, no âmbito estadual, às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia; no âmbito federal, à polícia federal.
A Lei 12830/2013, em seus artigo 2º estabeleceu que “as funções de polícia judiciária e a apuração das infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas do Estado.
Catacterísitcas do Inquérito Policial:
O inquérito policial é aberto pelo delegado de polícia através de uma portaria.
Notitia
 Criminis consiste no conhecimento por parte da autoridade policial de que um fato aparentemente criminoso ocorreu. A notitia criminis, em nosso sistema jurídico, é facultativa em relação aos cidadãos, já que possuem a faculdade e não a obrigatoriedade de denunciar uma prática criminosa de que tenham conhecimento. Entretanto, ela é obrigatória com relação ao agente público que, ao tomar conhecimento de fatos delituosos, está obrigado a comunica-los à autoridade competente.
A notitia criminis pode ser:
 a) Espontânea ou imediata: a que se dá de maneira direta, por meios não formais, através da atividade própria da polícia.
b) Provocada ou mediata: a que decorre de um ato jurídico formal previsto na lei processual, como a representação ou a requisição, ou seja, “é o conhecimento da infração pela autoridade mediante provocação de terceiros”.
c) Coercitiva: a decorrente da prisão em flagrante.
Abertura do Inquérito
Crime de ação penal pública
De Ofício: A autoridade policial tem o dever de instaurar o inquérito policial, independente de provocação, sempre que tomar conhecimento imediato e direto da ocorrência de um delito.
Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público: É necessário que a interpretação do dispositivo legal seja feita de forma restritiva. Quanto ao MP, tomando conhecimento da ocorrência de fato supostamente criminoso, se entender que não possui todos os elementos necessários para a propositura da ação penal, deve requerer a abertura do inquérito, solicitando as diligências que entender necessárias. Quanto ao órgão jurisdicional, você deve entender que por força do art. 129, I, da CF, a ação penal pública é exclusiva do MP. Sendo assim, não cabe ao juiz, em nenhuma hipótese requisitar a abertura do IP, pois não se coaduna com o sistema acusatório, além de ir ao arrepio do princípio da imparcialidade do julgador. Na hipótese de chegar ao conhecimento do magistrado as informações, este deve encaminhá-las ao MP para que este avalie sobre a necessidade de instauração do MP.
Requerimento do ofendido ou quem estiver na qualidade para representa-lo: Trata-se de uma notícia de crime qualificado em que o ofendido ou, seu representante legal, além de comunicar a ocorrência de um fato possivelmente punível, requer a abertura do inquérito para apurar o fato. A autoridade policial pode indeferir o pedido. Do indeferimento cabe recurso ao chefe de polícia. Trata-se de um recurso administrativo, na prática de pouca eficácia. O ofendido tem duas alternativas caso o recurso seja negado: impetrar mandado de segurança contra ato do delegado ou levar ao conhecimento do MP, oferecendo-lhe todos os dados disponívels. 
Nos casos de ação penal condicionada, para instauração do IP, é necessário o requerimento escrito ou verbal, que será reduzido a termo, do ofendido ou do seu representante legal. Nessa hipótese, o MP só poderá requisitar a instauração do IP se encaminhar juntamente com a requisição a representação do ofendido.
Crime de ação penal privada: Caso o ofendido não possua os elementos mínimos de prova para a propositura da ação penal, poderá requerer ao Delegado que instaure o IP para a investigação. Não existe uma forma rígida do requerimento, mas este deve ser escrito, dirigido à autoridade competente e assinado pelo ofendido, seu representante legal ou por procurador com poderes especiais.
Caso haja indeferimento do pedido, caberá recurso ao Chefe de Polícia ou a parte poderá impetrar o mandado de segurança. Com o advento da Lei 9099/95, nos crimes cuja pena não ultrapassa dois anos, não há abertura de inquérito policial, pois é lavrado o termo circunstanciado, não havendo, portanto, a aplicabilidade do dispositivo em comento.
Termo Circunstanciado: Nos crimes de menor potencial ofensivo, não há abertura de Inquérito Policial, nem a lavratura do APF. Nesses casos é lavrado o termo circunstanciado que consiste em um breve relato dos fatos, com a qualificação dos envolvidos, devendo conter as informações necessárias para o eventual oferecimentodenúncia.
Prazos para o encerramento do Inquérito
Características da ação penal:
É um direito autônomo, abstrato, subjetivo e público. Autônomo porque não se confunde com o direito material a ser tutelado, abstrato, pois “independe do resultado final do processo”, subjetivo, pois o titular pode exigir do Estado-Juiz uma prestação jurisdicional e público, “poias a atividade jurisdicional que se invoca é de natureza pública”.
Condições da ação penal:
Legitimidade: A pertinência subjetiva é necessária para o exercício da ação. A legitimidade ativa, no processo penal, está ligada à titularidade para a propositura da ação penal (Ministério Público – na ação penal de iniciativa pública ou querelante – na ação penal de iniciativa privada). Já a legitimidade passiva é decorrente da autoria do fato supostamente delituoso, ou seja, figura no polo passivo o acusado/réu contra quem é exercida a pretensão punitiva.
Interesse de agir: Na concepção civilista, o interesse de agir se pauta no binômio utilidade/ necessidade, que torna-se difícil de ser aplicado no processo penal, já que este é marcado pelo princípio da necessidade que impõe que para se chegar a pena o processo é “o caminho necessário e imprescindível, até porque o Direito Penal somente se realiza no processo”. (LOPES JR., 2016, p. 192). Para o autor, o interesse de agir, no processo penal, se configura na prática de um fato aparentemente criminoso (fumus commissi delicti), resultando na necessidade do processo para o exercício do ius puniendi do Estado. 
Possibilidade Jurídica do pedido: Quanto a esta condição, tanto Eugênio Pacelli quanto Aury Lopes Jr. fazem uma crítica em se adotar a concepção civilista no processo penal. O pedido, na ação penal, é sempre de condenação. Assim, a possibilidade jurídica do pedido é, na realidade, a possibilidade de punibilidade concreta, ou seja, é a possibilidade de se poder aplicar a pena caso a decisão seja de condenação. Assim, “presente a causa de extinção de punibilidade, como a prescrição, a decadência, a renúncia [...], a denúncia ou queixa deverá ser rejeitada ou o réu absolvido sumariamente, conforme o momento em que seja reconhecida”. (LOPES JR., 2016, p. 196) 
Justa causa: É a existência de indícios mínimos de autoria e materialidade, ou seja, é o suporte probatório mínimo, sem o qual ninguém pode ser processado criminalmente.
Condições especiais da ação penal 
Em determinadas situações, além das condições gerais que acabamos de estudar, a própria legislação processual exige outras condições para que se possa exercer do direito de ação: •  Representação do ofendido e requisição do Ministro da Justiça nas (nas ações públicas condicionadas).
 •  Entrada do agente no território nacional para atender ao disposto no art. 7º, do Código Penal;
 •  Autorização do Legislativo para a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-presidente da república; Ministros de Estado pela prática de crimes comuns – art. 51, I, CF;
•  Trânsito em julgado da sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento, no crime de induzimento a erro essencial ou ocultamento de impedimento – art. 236, parágrafo único do CP. 
Ação Penal Pública Incondicionada: É aquela que não há nenhuma condição especial para o seu ajuizamento.
Ação Penal Pública Condiconada: É aquela cujo exercício exige uma condição especial que pode ser tanto a representação quanto a requisição do Ministro da Justiça.
Ação Penal Pública Condicionada a Representação: Ação penal pública condicionada à representação O MP somente poderá dar início à ação se a vontade da vítima ou de seu representante legal o autorizarem, por meio de uma manifestação de livre vontade, chamada de representação. A representação possui natureza jurídica eminentemente processual, mas aplica-se a ela as regras de direito material intertemporal. O não exercício da representação legal acarreta a extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, IV, CP. O titular do direito da representação. A titularidade do direito de representação é do ofendido ou de seu representante legal, caso seja menor ou incapaz. Pode o direito de representação também ser exercido por procurador com poderes especiais (art. 39, caput, CPP).
•  Prazo para o exercício do direito de representação. O art. 38 do CPP estabelece que “Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contando do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”. Trata-se de prazo decadencial que não se suspende, nem se prorroga. 
Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça:
 A requisição é um ato político praticado pelo Ministro da Justiça, requisitando a instauração da ação nas seguintes hipóteses: a) crime cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil (art. 7º, §3º, “b”, CP); b) crimes contra a honra cometidos contra chefe de governo estrangeiro (Art. 141, I, c/c art. 145, parágrafo único, CP); c) crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República (Art. 141, I, c/c art. 145, parágrafo único, CP).
Ação penal exclusivamente privada ou propriamente privada 
Pode ser exercida pela vítima ou por seu representante legal. 
Admite a possibilidade de sucessão em caso de morte ou ausência da vítima – art. 30 c/c art. 31, CPP. 
O sucessor tem o prazo de 60 dias para prosseguir com a ação, sob pena de perempção – art. 60, II, CPP.
 Ação penal privada personalíssima 
A titularidade é atribuída única e exclusivamente ao ofendido; não há exercício da ação pelo representante legal, nem há sucessão por morte ou ausência, pois trata-se de um direito personalíssimo e intransmissível. Assim, falecendo o ofendido, aguarda-se até a extinção da punibilidade. – Há apenas uma hipótese em nosso ordenamento jurídico, que é aquela prevista no art. 236 CP (induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento).
Ação penal privada subsidiária da pública 
Pode ser proposta nos crimes de ação penal pública, quando o MP perder quedar-se inerte, ou seja, não oferecer a denúncia, nem requerer o arquivamento, nem baixar os autos do IP para novas diligências. Tem sua previsão legal no art. 5º, LIX, CF e no art. 29, CPP.
Extinção da punibilidade na ação penal privada
Renúncia – arts.49 e 50, CPP: em decorrência do princípio da oportunidade, o ofendido pode renunciar ao seu direito de queixa. A renúncia é um ato unilateral que ocorre antes do oferecimento da queixa, podendo ser tática ou expressa. Por conta do princípio da indivisibilidade da ação privada, se houver mais de um suspeito, a renúncia a um se estenderá aos demais, pois apesar do ofendido
poder renunciar ao seu direito de queixa, não pode escolher dentre seus ofensores aqueles que quer processar- art. 48, CPP.
Perdão – arts. 51 a 60, CPP: O perdão é decorrente do princípio da disponibilidade da ação privada. Trata-se de um ato bilateral, significando que aquele que está sendo perdoado deve manifestar o seu aceite, que ocorre após o oferecimento da queixa e pode ser, também, expresso ou tácito. Da mesma forma que a renúncia, havendo mais de um acusado o perdão será estendido aos demais, mas só gerará efeitos para aqueles que o aceitarem.
Perempção - A perempção é uma punição de natureza processual imposta ao querelante quando este se abstém da prática de um ato que deveria realizar, dentro das situações descritas no art. 60 e incisos, CPP.
Denúncia: peça acusatória inaugural da ação penal pública incondicionada e condicionada. (art. 24 CPP). Em regra, o MP tem o prazo de 15 dias, se o indiciado estiver solto ou afiançado, e de 05 dias, se estiver preso, contado da data em que o MP receber os autos do inquérito policial. O excesso de prazo provoca, em se tratando de indiciado preso acarreta o relaxamento de prisão, alémde possibilitar o exercício da ação penal privada subsidiária, por parte do ofendido, estando o indiciado preso ou solto.
Queixa crime: peça exordial da ação penal de iniciativa privada.
Aditamento da denúncia e da queixa pelo MP: No que tange à ação penal de iniciativa pública, não há nenhuma controvérsia quanto ao aditamento da denúncia pelo MP, já que o órgão ministerial é o titular do direito de ação. O aditamento pode ser de caráter objetivo, quando surgem novos fatos durante a instrução ou subjetivo, quando se toma conhecimento de que havia outro ou outros autores.
Quanto à ação penal de iniciativa privada, o aditamento por parte do MP não é um tema pacífico. Há quem entenda que seria possível o aditamento por força do art. 48, CPP.
Jurisdição
Princípios da jurisdição
Algumas características referentes à jurisdição
Competência em matéria penal: A competência nada mais é do que a delimitação da jurisdição, ou seja, é um conjunto de regras que estabelecem as garantias da jurisdição, condicionando o seu exercício. De acordo com o art. 69 CPP, a competência pode ser determinada em razão da matéria, do lugar ou da pessoa.
Competência ratione materiae : busca inicialmente identificar se a competência é da Justiça especializada (Militar ou Eleitoral) ou da Justiça Comum (Federal ou Estadual).
Tratando-se de crime doloso contra a vida praticado contra civil por militar, embora haja previsão no CPM, será do Tribunal do Júri, que possui competência firmada pela CF, pois o parágrafo único do art. 9º, do CPM assim determina: “Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, serão da competência da Justiça Comum”.
O crime de abuso de autoridade tem previsão legal apenas na Lei 4.898/65, por isso está afastada a competência da Justiça Militar Federal ou Estadual, mesmo que cometido por militares em atividades, devendo o julgamento ocorrer na Justiça Comum. A Justiça Militar é a mais especializada de todos. Assim se houver a prática de um crime militar previsto no CPM e um crime comum, previsto no CP ocorrerá a cisão processual, ou seja, os crimes serão julgados separadamente – art. 78, IV c/c 79, I, CPP.
Competência da Justiça Eleitoral: a competência da Justiça Eleitoral está prevista no art. 121 da Constituição. Como o dispositivo constitucional não especifica a competência, deve-se utilizar o Código Eleitoral, que além de tratar da competência, define quais são os crimes eleitorais. Para a fixação da competência, você deve ter em mente que toda vez que houver a prática de um crime eleitoral e um crime comum, previsto no CP, haverá uma reunião de processos e ambos os crimes serão julgados pela Justiça Eleitoral, por força da conexão – art. 78, IV, CPP.
Competência da Justiça Comum Estadual: a Justiça Comum Estadual é considerada a mais residual de todas. Mas o que isso significa? Significa que, por exclusão, a Justiça Comum Estadual é a competente para julgar todas as causas que não forem da Competência das Justiças Especializadas, nem da Justiça Comum Federal. Havendo conflito entre Justiça Federal e Justiça Estadual, prevalece a daquela – art. 78, III, CPP e Súmula 122, STJ.
Competência por prerrogativa de função

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