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SInterferometria: o interferômetro de Michelson-Morley Weslley Macario Ferreira – Autor Engenharia Metalúrgica e de Materiais, CCT, UENF. Marcos Yuri Figueira Fagundes – Colaborador Engenharia Metalúrgica e de Materiais, CCT, UENF. (Dated: 7 de outubro de 2016) O experimento a seguir tem o objetivo de apresentar ao aluno o interferômetro e o experimento de Michelson-Morley determinando a velocidade da luz e o índice de refração usando a interferômetro. I. INTRODUÇÃO Apesar de poder medir comprimentos de onda com grande precisão, o interferômetro de Michelson foi originalmente usado para comprovar a existência do éter. O experimento que não foi bem-sucedido deveria provar que a luz se propagava neste meio. O Interferômetro de Michelson é o tipo mais fundamental de interferômetro de dois feixes. A Figura 1 a seguir mostra esquematicamente, a montagem do interferômetro. Nesse interferômetro, um feixe de luz monocromático atravessa um espelho semitransparente que faz com que o feixe incidente seja dividido em dois. Uma parte da luz é transmitida através desse espelho até o espelho à direita, como mostra a figura, é refletida de volta para o espelho semitransparente e então é refletida para o detector, localizado na parte inferior da figura. A outra parte é refletida pelo espelho semitransparente até o espelho mostrado na parte superior da figura, onde é novamente refletida, passando através do espelho semitransparente até o detector. Quando os dois componentes da luz são recombinados no detector, pode haver uma diferença de fase entre eles, já que eles podem ter percorrido caminhos diferentes. Eles interferem construtiva ou destrutivamente, dependendo da diferença de caminho. Se os dois caminhos percorridos forem iguais ou diferirem por um número inteiro de comprimento de onda, ocorre uma interferência construtiva e é registrado um sinal forte no detector. Se, no entanto, a diferença for um número inteiro e mais meio comprimento de onda, ocorre uma interferência destrutiva e é registrado um sinal muito fraco no detector. Figura 1: Representação esquemática do interferômetro de Michelson-Morley. Para os cálculos utilizamos as seguintes formulas: Velocidade da luz: 𝑉 = 𝜆. 𝑓 (1.1) Comprimento de onda: 𝜆 = 𝐿/𝑛 (1.2) 𝐸𝑟 = 𝑉𝑒𝑥𝑎𝑡𝑜−𝑣 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑎𝑡𝑜 (1.3) II. METODOLOGIA Neste experimento utilizou-se um conjunto de micro-ondas da marca Pasco, que é constituído de um transmissor de micro-ondas, um receptor de micro-ondas, um goniômetro, duas placas de metal, uma placa de madeira, suportes para os refletores e réguas. Figura 2: Arranjo experimental do interferômetro de Michelson-Morley tendo micro-ondas como fonte de luz. Feita a montagem conforme manda a apostila, iniciou-se os procedimentos. Mediu-se os máximos para a frequência de micro-ondas de 10,525GHz deslocando no goniômetro um dos refletores e anotou-se os valores na tabela 1, relacionando o comprimento dos máximos com os números de máximos para que o valor de λ fosse calculado. Quando estudamos a refração com a intenção de considerar a variação na velocidade de propagação da luz, estamos definindo, para os meios homogêneos e transparentes, um número denominado índice de refração. Sendo assim, podemos definir o índice de refração, que é representado pela letra n, de um meio para uma dada luz monocromática, como sendo o quociente entre a velocidade de propagação de um raio de luz no vácuo (c) e sua velocidade de propagação no meio onde está sendo estudado. Assim, matematicamente temos: (1.4) Com os dados obtidos também foram feitos os cálculos da velocidade da luz no ar. III. RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela 1: Números de máximos e seus comprimentos. n Posição do refletor ΔL(m) 1 0,345 2 0,36 0,015 3 0,376 0,016 4 0,39 0,014 5 0,405 0,015 6 0,42 0,015 7 0,435 0,015 8 0,448 0,013 9 0,461 0,013 10 0,475 0,014 11 0,49 0,015 12 0,505 0,015 Com base nos valores obtidos na tabela 1, foi construído o gráfico de “n” versus a posição do refletor. Figura 3: regressão linear do número de máximos (n) versus a posição do espelho refletor. Sabendo que o comprimento de onda é 𝜆 = 𝐿/𝑛, logo 𝜆 = 2𝑏. Através da regressão obteve-se b=0,0144 a=0,33 e r=0,99, aplicando o valor de “b” na formula do comprimento de onda. obteve-se λ=2(0,0144) = 0,0288. Para calcular a velocidade da luz utilizou-se a frequência do emissor de micro-ondas que é de 10,525GHz e o valor do comprimento de onda encontrado através dos cálculos acima aplicados a formula da velocidade, logo, V= 303.120.000m/s. Quando se compara o valor da velocidade da luz encontrada com a velocidade da luz exata no vácuo que é 299 792 458 m / s obtemos um erro de 1,10%. O valor do índice de refração encontrado utilizando a formula n=c/v é de 0,99. 0 0,2 0,4 0,6 0 5 10 15 P o si çã o d o r ef le to r n "n" versus a posição do refletoro IV. CONCLUSÃO Através do experimento apresentado foi possível compreender as a aplicações do interferômetro de Michelson-Morley. Também se pode entender como é feita a determinação do comprimento de onda de um determinado tipo de onda. Obteve-se uma velocidade da luz é de 303.120.000 m/s no ar apresentando um erro de apenas 1,10% em relação a velocidade da luz no vácuo e o índice de refração é de 0,989 com um erro de 1% em relação ao índice de refração esperado que é de 1,0003. _______________________________________________________ IV. REFERÊNCIAS [1]. Halliday, D.; Resnick, R. Fundamentos da Física, 8. ed. v.2 – cap 16 [2] Prof. Juraci Aparecido Sampaio; Caderno de Laboratório (roteiros dos Experimentos e Exercícios Propostos); Física III.
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