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Embargos à execução aula 4

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - FARGS
PRÁTICA SIMULADA IV
CASO CONCRETO AULA 4
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Aluno: Marcio Ferreira Tavares
Matrícula 201204085951
Porto Alegre, 15 de março de 2018
AO JUIZO DA 02ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANOPOLIS NO ESTADO DE SANTA CATARINA.
Distribuição por dependência aos autos da execução nº xxxxxxx
PEDRO DE CASTRO, (qualificar), representado por seu procurador, (qualificar), vem a este juízo propor:
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Pelo rito especial, em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, (qualificar) pelas seguintes razões de fato e de direito que passa a expor:
DOS FATOS
O embargante, em agosto de 2014, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas. Em março de 2015, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014.
Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, quitou a dívida em 03/04/2015 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado. Para seu espanto, em 10 de agosto do corrente ano, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça, e assim descobriu que o Banco havia ajuizado a presente execução.	 
Acreditando tratar-se de um equívoco, compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o que o Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não foi garantido pelo embargante, nem sequer possuí qualquer garantia. E que, apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a presente Execução, tendo também o incluído no pólo passivo. E por fim, que o Banco requereu a penhora de seu consultório, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, sendo deferido por V.Exa. Além disso, aproveitando-se da ida do Embargante ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel.
DO DIREITO
II.1 DAS PRELIMINARES
	
Posta assim a questão, o risco contra o imóvel de trabalho do embargante é incontroverso, e o caso em tela preenche os requisitos para a aplicação do art. 305 do CPC, devido ao dano patrimonial que certamente recairá sobre os ombros da requerente são motivo suficientes para justificar a antecipação ora requerida.
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Cabe também a concessão de efeito suspensivo à execução, tendo em vista a penhora que está sendo realizada no bem do Embargante conforme a norma do art. 919 do CPC.
Art. 919.  Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
II.2 DA PENHORA INCORRETA
Ocorre que a penhora realizada no imóvel do Embargante ART. 917, II do CPC, é incorreta, pelo motivo de o mesmo não ser parte legítima no polo passivo da presente ação.
Art. 917.  Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
(...);
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
Preliminarmente, cabe ressaltar que tendo o Embargante já quitado o empréstimo do qual foi avalista, e que a presente execução se dá por falta de quitação de outro empréstimo, com outro valor, cujo Embargante não foi avalista, não possui legitimidade para figurar na presente ação, visto que não encontra- se de nenhuma forma, vinculado ao objeto desta. 
Como se sabe, as condições da ação cuja ausência enseja em extinção do feito sem julgamento de mérito são legitimidade e o interesse processual de agir. No presente caso, conforme o disposto no artigo 337, XI, c/c 917, VI, do Código de Processo Civil, encontra-se ausente a legitimidade em relação ao Embargante:
“Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
(...) XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Art. 917.  Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
(...) VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. ”
Tendo em vista a relevância dos fundamentos, e a ilegitimidade passiva do Embargante na ação de execução e conforme o Art.919, § 1º do CPC, deverá ser atribuído o efeito suspensivo à execução do imóvel do Embargante, pois o prosseguimento da Execução poderá causar-lhe grave dano de difícil ou incerta reparação.
II.3 DA MÁ FÉ DO EMBARGADO	
Cabe ressaltar a má fé do Embargado ao utilizar de título extrajudicial que não condiz com a dívida que está sendo executada em desfavor do Embargante, principalmente em relação de empréstimo bancário concedido a terceiros.
Ora, é de se esperar de uma instituição financeira o conhecimento dos títulos extrajudiciais em seu poder, cabendo à Embargada o controle do recebimento dos mesmos.
Induz-se que houve litigância de má-fé, conforme o dispositivo do Art. 79 do CPC, 
Art. 79.  Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Art. 80.  Considera-se litigante de má-fé aquele que:
(…)
VI - Provocar incidente manifestamente infundado.
Ante o exposto, sentença melhor não há do que julgar preliminarmente, sem julgamento de mérito o presente embargo à execução, concedendo efeito suspensivo da presente ação e arquivamento do processo.
DOS PEDIDOS
Diante dos fatos e do direito expostos, requer o Embargante:
Que seja deferido o pedido de efeito suspensivo da execução n° xxxx;
Seja reconhecida a preliminar de ilegitimidade passiva do embargante com a consequente extinção do processo de execução n° xxx, bem como seja desconstituída a penhora efetivada na sala comercial de propriedade do embargante (matrícula nº xxxx)
Sejam julgados procedentes os embargos (art. 917 I e II do CPC);
Seja citado o embargado para, querendo oferecer a impugnação aos embargos, no prazo legal, sob pena de preclusão, revelia e confissão.
Retirar o Embargante do polo passivo da presente ação, extinguindo o processo sem resolução do mérito, conforme o artigo 485, VI, do CPC.
A condenação do embargado ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, estes de acordo com o disposto no artigo 82, § 2º e artigo 85, ambos do Código de Processo Civil.
A condenação do embargado pelo pagamento R$ 15.000 referente aos 10% de multa sobre o valor da causa, tendo em vista a litigância de má fé, conforme art. 81 do CPC.
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova documental suplementar e superveniente, pericial, testemunhal.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Nestes termos
Pede Deferimento.
 ADVOGADO
 OAB XX

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