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CONTRIBUIÇÕES AO GERENCIAMENTO DE CANTEIRO DE OBRAS

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INTRODUÇÃO 
O setor de Construção Civil, tradicionalmente, tem praticado a sua tecnologia baseado no emprego intenso de mão-de-obra não qualificada. Tanto a fase de elaboração, que envolve confecção de projetos e de orçamentos, como a fase de produção física, vem desenvolvendo-se com ênfase no baixo custo, decorrente da referida mão-de-obra desqualificada. Esse procedimento vem sendo justificado pelo argumento da geração de empregos, supondo que a modernização reduziria o seu nível. Entretanto, essa 
Baixa qualificação promove a informatização do trabalho na forma de subempregos, como também degrada os níveis salariais. 
Esse tipo de mão-de-obra despreparada dificulta a introdução de tecnologias avançadas, em que se possa ter qualidade, produtividade e menores custos de desperdício e retrabalho. Por outro lado, a premissa atual do mercado, impondo qualidade, obras com diversos executantes especializados, na forma de parcerias ou consórcios, estabelece outras propostas de trabalho que exigem pessoal de maior qualificação técnica, capaz de conduzir trabalhos em equipe, impor lideranças, entender amplitude de procedimentos etc. Os padrões tradicionais, baseados em baixos níveis tecnológicos, evidenciam que esta tecnologia antiga não é mais adequada e que proporciona operários sem qualificação, além de arquitetos e engenheiros com um saber aquém das exigências atuais. 
O tão discutido desperdício de materiais e de mão-de-obra, e objeto de tantos estudos apresentados por Agopyan (1998), pode representar perdas de 25 a 30% do custo da obra. 
Desde a década de 90 as construtoras buscam um modelo de indústria seriado em seus canteiros de obras (CARDOSO, 1997). A questão é que esse acesso a novas tecnologias é restrito para poucas, pois o investimento é alto e exige elevados níveis de produção. 
Comumente, percebe-se que os programas de qualidade, projetos e cadernos de encargos das empresas em geral só contemplam o produto acabado, e não o processo executivo dentro do canteiro. Em última análise, podem-se identificar como principais problemas: falta de planejamento de médio e curto prazo; carência de equipamentos; falta de definições de espaços adequados à armazenagem de diferentes insumos e, consequentemente, sua deficiência com o transporte e, finalmente, falta de parcerias com os fornecedores. É imprescindível que haja, por parte da empresa, um movimento. De constante planejamento, conforme o ritmo alcançado. 
A organização de um canteiro de obras é uma das partes mais importantes do planejamento, resultando em projetos detalhados das locações e das áreas destinadas a instalações temporárias, que podem variar conforme a natureza do empreendimento. 
Os componentes típicos de um canteiro são: escritórios, oficinas, estacionamento, almoxarifado, depósitos, centrais de concreto, pátios de manutenção e, no caso de materiais e equipamentos importados, áreas de estocagem. Um canteiro de obras bem projetado tem impacto significativo sobre os custos e a duração da obra. 
Sensíveis modificações vêm ocorrendo nos canteiros de obras. A modernização de técnicas operacionais, a performance de máquinas e equipamentos, a maior profissionalização e consciência dos trabalhadores, da equipe técnica e operacional,bem como as inovações que a informática vem proporcionando, têm impulsionado essas modificações. 
Mediante o exposto, pode-se concluir que o produto final deverá ser o bom andamento da obra e o impacto significativo no custo. 
A construção do canteiro de obras é um procedimento que antecede a execução da obra, variando Conforme o tamanho do empreendimento a ser construído. As tarefas preliminares para a construção do canteiro incluem o acesso à água para consumo, como primeira providência, a coleta de esgoto, (imprescindíveis para a primeira locação física do canteiro de obras), o barracão de guarda ou contêineres para a guarda de materiais e abrigo dos operários residentes, o fechamento da obra ou todo o perímetro do terreno (além de exigência da prefeitura, trata-se ainda de serviço que visa melhorar a segurança da obra), item fundamental nos dias de hoje, e que deverá ser permanente é, finalmente, o canteiro de serviço, que após a construção do barracão ou instalação inicia a preparação do terreno para receber a locação de paredes. 
1. Princípios básicos para a organização do canteiro de obras Segundo Souza (1993), em um canteiro de obras o objetivo principal é alcançar uma melhor disposição para o material, mão-de-obra e equipamentos. 
Para a organização de um canteiro de obras, alguns princípios básicos devem ser observados.
Ao se iniciar uma obra, deve-se sempre pensar na organização do canteiro de obras de Forma a compor uma melhor maneira para os produtos. Esse cuidado agiliza a obra, e ao mesmo tempo evita perdas, danos ou extravio de materiais. Nos dias atuais, em que a competitividade é grande, a procura por novos procedimentos gerenciais, principalmente os de planejamento de obras, poderão reduzir os custos da empresa a partir de um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis para a produção, bem como diminuir os investimentos ou o aporte de recursos financeiros mediante estratégias de obra que não antecipem ou “estoquem serviços”, evitando a mobilização de recursos financeiros na obra antes do necessário. 
2. A situação das empresas e as dificuldades na implementação de sistemas de planejamento em canteiro de obras Conforme a situação das empresas e as dificuldades na implementação de sistemas de planejamento em canteiro de obras são comuns em praticamente todo o território nacional, e é sabido que a maioria das empresas do setor, principalmente as pequenas e médias, utiliza procedimentos precários para planejamento de sua produção. Esse quadro é menos grave nas empresas que atuam com construção pesada e obras industriais, sendo bastante acentuado nas que operam com construção leve, como as obras de edificações. Alguns fatores contribuem para esse fato, tais como a falta de tradição e cultura do setor de construção civil no tratamento do tema gerenciamento/planejamento e a formação deficiente dos engenheiros civis e arquitetos no assunto. A comprovação para este fato é a grande procura por cursos de especialização na área de Gerenciamento na Construção Civil, em que profissionais já formados buscam complementar a sua formação para atender à realidade do mercado de trabalho, e as dificuldades que universidades e centros de pesquisas têm para desenvolver processos e sistemas de planejamento que efetivamente venham ao encontro das necessidades das empresas, devido ao distanciamento natural da realidade do canteiro e a descrença em sistemas. 
A solução seria não importar sistemas e processos de planejamento de países mais desenvolvidos, devido à existência de diferenças entre o processo de produção, além das dificuldades naturais de comunicação devido à diferença de idiomas. 
3. Os caminhos e agentes facilitadores para mudança nas empresas construtoras Conforme apresentado por Limmer (1997), o principal agente da mudança é a percepção, por parte das empresas do setor, de que o planejamento da produção é fator importante para aumentar sua influência na produção, bem como administrar melhor seus recursos, observando a ótica do mercado atual. 
Com a finalidade de obtenção de sucesso, deve-se observar ou mesmo seguir algumas recomendações, tais como: entender que o planejamento de um canteiro de obras é parte de um processo que tem interfaces com outros processos e sistemas internos da empresa, dentre os quais podem ser destacados o empreendimento, projetos, suprimentos e produção, capacitação da equipe técnica da empresa em conceitos, instrumentos e técnicas de planejamento, via programa de treinamento para que os profissionais de nível superior da obra saibam analisar relatórios, identificar folgas, caminhos críticos e entender as seqüenciam propostas nos cronogramas e, até mesmo, ser incentivado a operar os sistemas. 
Recomendam-se, também, evitar a implantação de “pacotesfechados integrados” que se propõem a resolver todos os problemas de programação de controle da produção, inclusive os de orçamento e controle de custos, que são pouco flexíveis no trato da informação, exigindo que a empresa mude sua forma de ser para se ajustar a ele.
Caso se opte pela implantação dos pacotes fechados, como os que elaboram orçamento de obras recomendam-se optar por aqueles que sejam flexíveis no trato da informação, que permitam importar e exportar dados de um para outros aplicativos ou sistemas. 
Outro aspecto recomendável é, sempre que possível, estruturar o sistema de planejamento como em sistema aberto, desenvolvido por meio de aplicativos de uso corrente do meio técnico (planilhas eletrônicas, gerenciadores de projetos e outros), de forma que o sistema possa ser desenvolvido e adaptado à cultura da empresa, e não o inverso. 
Para programação física da obra é de boa prática a utilização de técnicas de rede de precedência (CPM) e, em obras de edifícios, buscar a otimização das suas características, em que as atividades se repetem de pavimento para pavimento ou de trecho para trecho, dentro de uma mesma seqüência de serviços. Essa característica, se explorada adequadamente, facilita a geração de modelos em rede. 
Finalmente, recomenda-se ainda que o início da implantação ocorra de forma gradativa, de modo que os sistemas e procedimentos sejam assimilados sem percalços pela organização, lembrando que o setor está criando cultura sobre o assunto e, desta forma, algum tempo pode ser necessário para a devida fixação.
4.. A execução de uma obra é feita segundo um “sistema de produção”, o qual condiciona a disposição dos diferentes componentes no respectivo canteiro de obras. 
No caso da construção civil, o canteiro de obras pode se comparado com a produção industrial fabril, ser classificado como uma fábrica móvel, diferindo da fábrica tradicional no sentido que o produto resultante do processo de produção é único e estacionário, enquanto que os insumos (mão-de-obra, materiais e equipamentos) é que se deslocam em torno do produto. 
Influem na definição do “sistema de produção” da obra as condições do local onde será instalado o canteiro, bem como as de origem da natureza, como fatores ambientais (clima, ecologia etc.), constituindo o que se poderia denominar de componente local Do sistema. Além desse componente, há o componente de processo, que é função do processo escolhido para realizar a obra. 
Segundo Ferreira (1998), o arranjo de um canteiro de obras inclui-se como uma das partes mais importantes do planejamento da obra. Este arranjo resulta em desenhos detalhados das locações e das áreas reservadas às instalações temporárias, respeitando suas origens, porém objetivando um mesmo propósito, ou seja, o de fornecer suporte às atividades de construção. 
Outra formulação quanto ao arranjo de um canteiro de obra é tratá-lo como um problema de otimização, combinatória discreta. Esse arranjo é delimitado ao problema de um conjunto predeterminado de elementos de produção, circunscrito a um conjunto de áreas igualmente predeterminadas, atendendo suas condições e objetivando sua otimização. 
Diretrizes para um local bem organizado 
NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (Ministério do Trabalho);NB-1367 (NBR 12284) - ÁREAS DE VIVÊNCIA EM 
CANTEIROS DE OBRAS (ABNT).A "área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra" (NR-18); o conjunto de "áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência (NB-1367).
1) O que é PCMAT?O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, é regulamentado pela Norma Regulamentadora 18 (NR 18). O PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) é um plano que estabelece condições e diretrizes de Segurança do Trabalho para obras e atividades relativas à construção civil.
2) Quais são os objetivos do PCMAT?Garantir, por ações preventivas, a integridade física e a saúde do trabalhador da construção, funcionários terceirizados, fornecedores, contratantes, visitantes, etc.; Estabelecer um Sistema de Gestão em Segurança do Trabalho nos serviços relacionados à construção, através da definição de atribuições e responsabilidades à equipe que irá administrar a obra.
3) Em quais obras é necessária a elaboração do PCMAT? A Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, que contempla a Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção), especifica a obrigação da elaboração e implantação do PCMAT em estabelecimentos (incluindo frente de obra) com 20 trabalhadores (empregados e terceirizados) ou mais.A falta deste implicará nas penalidades previstas na legislação que poderão variar de multa até a paralisação das atividades do estabelecimento em questão. 
O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado. O proprietário do estabelecimento e seus contratados são responsáveis pela implementação do PCMAT. 
5) A elaboração do programa se dá pela antecipação dos riscos inerentes à atividade da construção civil. O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Industriais é aplicado métodos e técnicas que têm por objetivo o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos encontrados nesta atividade laboral. 
Organização e limpeza
Organização e Limpeza são as primeiras medidas de segurança do trabalho para evitar acidentes.
O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regularmente coletados e removidos, sendo proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obras.
A regra básica é que lugar limpo não é aquele que mais se limpa, e sim, aquele que menos se suja.
6) A partir deste levantamento, são tomadas providências para eliminar ou minimizar e controlar estes riscos, através de medidas de proteção coletivas ou individuais. É importante que o PCMAT tenha sólida ligação com o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), uma vez que este depende do PCMAT para sua melhor aplicação.
7) Quem pode elaborar um PCMAT? De acordo com a NR-18, somente poderá elaborar um PCMAT profissional legalmente habilitado em Segurança do Trabalho.
Qual o roteiro para elaborar um PCMAT?
A elaboração do PCMAT é realizada em 5 etapas: 
1. Análise de projetosÉ a verificação dos projetos que serão utilizados para a construção, com o intuito de conhecer quais serão os métodos construtivos, instalações e equipamentos que farão parte da execução da obra. 
2. Vistoria do localA vistoria no local da futura construção serve para complementar a análise de projetos.
Esta visita fornecerá informações sobre as condições de trabalho que efetivamente serão encontradas na execução da obra. 
3. Reconhecimento e avaliação dos riscosNesta etapa são feito o diagnóstico das condições de trabalho encontradas no local da obra. 
Surge, então, a avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos, para melhor adoção das medidas de controle.
4. Elaboração do documento baseÉ a elaboração do PCMAT propriamente dito. É o momento onde todo o levantamento anterior é descrito e são especificadas as fases do processo de produção. 
5. Implantação do programa
O processo de implantação do programa deve contemplar: 
Desenvolvimento/aprimoramento de projetos e implementação de medidas de controle;
Adoção de programas de treinamento de pessoal envolvido na obra;
Especificação de equipamentos de proteção individual; 
5. Implantação do programaAvaliação constante dos riscos, com o objetivo de atualizar e aprimorar sistematicamente o PCMAT; Estabelecimento de métodos para servir como indicadores de desempenho; Aplicação de auditorias em escritório e em campo, de modo a verificar a eficiência do gerenciamento do sistema de Segurança do Trabalho e se esta sendo aplicado 5s.
Elementos do canteiro.
Ligados à produçãocentral de argamassa;
Central de fôrmas;central de pré-montagem de instalações;central de esquadrias;central de pré-moldados.
De apoio à produção.
Almoxarifado de ferramentas; estoque de conexões;almoxarifado de empreiteiros;estoque relativo ao elevador;estoque de areia;estoque de esquadrias;estoque de argamassa intermediária;estoque de tintas;silo de argamassa pré-misturada a estoque de metais;seco;estoque de louças;estoque de cal em sacos;estoque de barras de aço;estoque de cimento em sacos;estoque de compensado para estoque de argamassa industrializada fôrmas;em sacos;estoque de passarela para estoque de tubos;concretagem.
TRANSPORTE INTERNO
É preciso pensar no fluxo de materiais pela obra, prevendo os trajetos feitos pelos carrinhos de mão e giricas (espécie de carrinho que carrega mais material); quais os serviços que poderão causar conflitos quando excuta dos simultaneamente; e se o estoque de materiais de acabamento não será afetado pelo tráfego de pessoas e materiais.
Sistema de transporte com decomposição de movimento na horizontal: porta-palete; "dumper"; "bob-cat”; na vertical: sarilho; talha; guincho de coluna; elevador de obras.Sistema de transporte sem decomposição de movimento gruas: torre fixa; torre móvel sobre trilhos; torre giratória; torre ascensional; guindastes sobre rodas ou esteiras; bombas: de argamassa; de concreto.
Apoio técnico administrativo.Áreas de vivênciaescritório do engenheiro e estagiário;alojamento;sala de reuniões;cozinha;escritório do mestre e técnico;refeitório;escritório administrativo;ambulatório;recepção/guarita;sala de treinamento/alfabetização;chapeira de ponto.instalações sanitárias;vestiário;lavanderia.
Elementos do canteiroentrada de água;Outros elementosentrada de luz;coleta de esgotos;portão de materiais;portão de pessoal; “stand" de vendas.De complementação externas à obraDiretrizes quanto aos elementos ligados à produçãocuidado com interferências com outros fluxos de material;número de betoneiras é função da demanda da obra por argamassas (mesmo que a obra só demande uma, éconveniente ter uma menor para caso de emergências);prever tablado para estoque dos sacos de aglomerante necessários para o dia de trabalho;
Central de Armaçãolocalizar o processamento do aço (corte/dobramento/pré-montagem) nas proximidades do estoque de aço e facilmente acessível quanto ao transporte vertical;área da ordem de 50 m²; cobertura seria o ideal, mas é obrigatória apenas sobre eventual poli corte.
Central de fôrmas.
Local coberto; área da ordem de 20 m².Central de pré montagem de instalações local coberto;área da ordem de 20 m².
Diretrizes quanto aos elementos de apoio à produçãoEstoque de areia. 
Próximo à betoneira de produção de argamassa; próximo ao equipamento para transporte vertical;próximo ao portão de materiais (se possível acessível diretamente pelo basculamento do caminhão);evitar contato direto com terreno, prover delimitação quanto às laterais;evitar carreamento pela chuva e contaminação com terra, entulho e Outros materiais;
Altura máxima do estoque sobre o terreno da ordem de 1,5 m;não estocar sobre laje (sobrecarga).
Estoque de argamassa intermediária. 
Local fechado, próximo ao acesso de materiais (viabilizar Descarregamento sob responsabilidade do fornecedor), isento de umidade;Isolar os sacos do contato com o piso (estrados) e afastar das paredes do ambiente;Procurar induzir política de "primeiro a chegar = primeiro a usar";Pilhas com no máximo 10 sacos de altura;área é função da demanda (ordem de grandeza = 20 m²).
Estoques de tuboslocal coberto;local não necessariamente fechado almoxarifado;criar "prateleiras" para organização do estoque;área com ordem de grandeza de (2 x 7) m². Estoques de conexões
TUBOS RETANGULARES DE FERRO
ARMAZENAMENTO DE CONEÇÃO DE PVC
LOCAL FECHADO E AREJADO (ALMOXARIFADO). 
Estoque relativo ao elevador, tintas e esquadrias local fechado; área da ordem e 20 m².
Estoques de louçaslocal fechado;área da ordem de 20 m².Estoques de metaislocal fechado (almoxarifado).
Estoques de barras de aço 
Pode ser ao ar livre;evitar contato com solo (britas + caibros transversais);delimitar "baias" para diferentes diâmetros;local próximo ao portão de materiais (no caso da não existência de grua ou guindaste para transporte horizontal); nas proximidades do processamento (corte/dobra/pré-montagem) das barras;evitar estocagem sobre lajes (sobrecarga);ordem de grandeza de área: (3 x 13) m².
Estoques de compensados para formaspróximo ao portão de materiais; próximo ao local de confecção das fôrmas; evitar contato com solo e umidade (isolar do chão com caibros; cobrir com lona); pilhas com no máximo 75 chapas; área da ordem de 20. 
Portões de madeira: largura não menor que 4,40 m;se possível criar mais de um para melhor acessar diferentes partes do canteiro;observar localização do acesso definitivo ao subsolo do edifício;procurar posição que não conflite com serviços futuros da obra.
PORTÃO DE PESSOAL: localizar de maneira a ter-se controle sobre o acesso de pessoal e de maneira a se ter menor risco de acidentes.
TAPUME: Altura da ordem de 2,50 m;base em alvenaria para evitar degeneração da madeira por contato com a umidade;boa aparência ("cartão de visitas" da obra).
Canteiro de obras: Diretrizes quanto às áreas de vivências NR 18
Alojamento Exigência → O alojamento do Canteiro de Obras deve:
     • Ter área mínima de 4,00m2 por módulo (cama-beliche, armário, circulação).     • Ter no máximo duas camas na vertical (beliche).     • Ter lençol, fronha e travesseiro por cama, em condições adequadas de higiene, e cobertor, quando as condições climáticas o exigirem.     • Ter armários duplos, individuais.     • Não estar situado em subsolo ou porões das edificações.     • Ter portas com fechaduras para garantir a privacidade de seus usuários, com dimensões mínimas de   0,70m x 2,10m. 
Refeitório/ cozinha NR -18 e NB 1367: somente se houver preparo de refeições na obra;existência de pia; instalações sanitárias para funcionários da cozinha, sem comunicação direta (mas próximo) da mesma; equipamento de refrigeração. 
Capacidade para todos os trabalhadores;lavatório (interior ou nas proximidades);local para aquecimento (não confecção) de refeições; não localizar em subsolo ou porão; não ter comunicação direta com as instalações sanitárias. 
 
Ambulatório NR 18 e NB 1367: necessário se se tiver 50 operários ou mais.Área de lazer NR - 18pode-se usar o refeitório.
Instalações Sanitárias NR – 181: lavatório, 1 vaso, 1 mictório, para cada 20 operários;1 chuveiro para cada 10 operários;local do vaso: área mínima de 1 m²; local do chuveiro: área mínima de 0,80 m².
Vestiário NR – 18 : armários individuais com cadeado;bancos (largura mínima de 30 cm).
Lavanderia NR -18: Exigência → A lavanderia do Canteiro de Obras deve:Possuir tanques individuais ou coletivos em número adequado para lavagem de roupas, resistentes com  revestimento liso, impermeável e de fácil higienizaçãoPossuir áreas de secagem cobertas e ao ar livre. 
Resultados na obra 
Os resultados trazidos pela implantação de sistemas de qualidade na obra podem ser observados em algumas construtoras e representam movimento que ganha adeptos a cada dia. Os sistemas de qualidade hoje também balizam negociação de contratos e disciplinam as relações com clientes e fornecedores, bem como a certificação que também cumpre um papel importante na modernização do cotidiano das construtoras, criando uma identidade empresarial relacionada com a criação de um arquivo próprio da empresa, em que a forma de armazenar e referenciar documentos anteriores de obras executadas traz ações e procedimentos que possam estabelecer referências comparativas, conforme defende Picchi (1993). 
CANTEIRO DE OBRAS: TERCEIRIZAÇÃO X RECICLAGEM X CUSTOS 
Terceirização 
Atualmente, terceirizar em um canteiro de obras significa delegar um serviço para uma empresa especializada, com a finalidade de encontrar um meio de elevar a produtividadee qualidade da produção, garantindo assim a concretização de prazos e flexibilização na produção, a menores custos do que se poderia ter com uma equipe própria. Esta conceituação, porém, apresenta aspectos que devem ser analisados, pois o construtor não pode apenas pensar em reduzir custos na hora de terceirizar ou subcontratar, devendo levar em consideração, também, a experiência da empresa e sua dinâmica de atuação. 
A terceirização caracteriza-se por uma prática comum, mas ainda existem dificuldades de encontrar prestadoras de serviços com mão-de-obra especializada, compatível com a técnica e a forma gerencial da empresa contratante. A busca pela qualidade, com a implementação do PBQP-H e a disseminação das normas ISO 9001, caracteriza indícios de mudanças que levam as empresas construtoras a exigirem qualidade das subcontratadas. 
Uma boa parte dos custos fixos de uma construtora é transferida para a terceirização. 
Entendendo que a terceirização obtém ganhos de produção, pode também reduzir os encargos trabalhistas da construtora. 
No canteiro de obras, a pressão pela redução de custos trabalhistas faz com que a construtora pressione o empreiteiro; este faz o mesmo com sua mão-de-obra, não pagando devidamente os custos trabalhistas, ou passa a selecionar uma mão-de-obra desqualificada, trazendo conseqüências indesejáveis, tais como: valorização do profissional diminuída, seguida de autofagia, desqualificação profissional e o 
Desperdício de material. 
Quando bem conduzida, a terceirização é mestra na produtividade. Com a mudança do mercado, juntamente com a nova postura das construtoras, tem-se a tendência de encontrar subcontratadas que, do ponto de vista da qualidade, preço e produtividade, atendem melhor e dão garantia de seus serviços dentro da realidade esperada. É importante desenvolver uma cadeia de subcontratados desde o projeto até a obra, exigindo uma abordagem Just in time e integração das competências que são necessárias, não só para construir, mas também para conceber, desenvolver e atuar. 
Reciclagem – União do útil ao agradável 
Observando-se a problemática do entulho de obra e a possibilidade de reciclagem agregando valor ao próprio empreendimento, parte significativa dos materiais que entram numa obra sai, ao final, na forma de lixo, tais como: mistura de cacos cerâmicos, argamassa, concreto, madeira, papel, terra etc.
A reciclagem desses resíduos pode ser um negócio lucrativo, já consolidado em outros países, mas ainda nova no Brasil, em que se procura eliminar a nociva deposição do entulho no canteiro de obras em locais comuns, como: rios, valas públicas, aterros sanitários, vias públicas e, ao mesmo tempo, obtendo-se materiais de construção mais baratos e de boa qualidade.
Por isso, é imprescindível encontrar soluções para o problema do entulho, em formas práticas de reciclagem na própria obra, ou em usinas montadas para esta finalidade. 
As estatísticas vêem que a construção civil se constitui em uma das atividades econômicas que mais produzem entulho e que, por esse motivo, o canteiro de obras pode se utilizar de entulho gerado por esta obra, como material de construção na própria obra. 
Segundo afirma Zordan (1990), o estudo de soluções práticas que apontem para a reutilização do entulho, na própria construção civil, contribui para amenizar o problema urbano dos depósitos clandestinos destes materiais, proporcionando melhorias do ponto de vista ambiental, e introduz no mercado um novo material com grande potencialidade de uso. 
A reutilização do entulho de construção na própria obra vem possibilitando também resultados significativos de economia e de gerenciamento. O entulho gerado pela indústria da construção civil, especificamente o canteiro de obras, possui particularidades inerentes a condições específicas de cada obra. O entulho gerado, analisado sob a ótica da reciclagem como material de construção na própria obra, é composto de duas porções bem distintas, que são os entulhos não recicláveis e os entulhos recicláveis. 
Os custos da terceirização e da reciclagem de entulho
Faz parte da cultura administrativa de um canteiro de obras o fato de que, durante a execução da obra, o entulho gerado a partir de um determinado instante passa a ser um estorvo, ou seja, um elemento estranho à obra. Mas, para o uso do entulho como material de construção na obra, não se faz movimentos com entulhos recicláveis gerados, que são preliminarmente deixados no próprio compartimento. Além disso, 
Proporcionalmente ocupa menos espaço físico do que o que eventualmente ocuparia no térreo em operação antecedente ao “bota-fora”. 
Souza (1999) analisa o ciclo de vida de um empreendimento, correlacionando-o com as perdas. 
O surgimento da parcela entulho ocorre nas fases de execução e utilização de um empreendimento, nunca na fase de concepção. O mesmo é sempre somado com a perda por material incorporado, presente em todas as fases. De fato, sabe-se que os materiais presentes no entulho estão relacionados com o desperdício e são passíveis de reaproveitamento com técnicas de reciclagem. Desperdícios não computados, assim como entulhos, podem trazer grandes transtornos aos empreendedores. 
Diminuir o desperdício implica consequentemente em reduzir a quantidade de entulho gerado. Essa meta torna-se uma necessidade no mercado da construção civil, em que se nota um aumento da competição entre empresas e maiores exigências dos consumidores de obras de edifício, ainda segundo Souza (op. cit.). 
É importante elucidar que a construção civil é fonte geradora de entulho em quantidades e variedades múltiplas, em que é impossível formalizar um critério padrão para definição de uma metodologia universal no uso do entulho gerado por uma obra. 
O entulho que uma obra produz pode ser utilizado e consumido de forma reciclável, Dentro da própria obra. O uso do entulho como material de construção em canteiro de obras é de forma preponderante, inevitável e inadiável, pois de alguma forma, muito esforço há de ser feito no sentido da conscientização de nossos construtores para o f ato de que todos ganham com a reciclagem do entulho de obra, principalmente a natureza. 
Compatibilização do custo dentro de uma nova forma de organização de trabalho 
– Uma nova ótica de gerenciar práticas de reciclagem na própria obra, ou em usinas montadas para esta finalidade. 
As estatísticas vêem que a construção civil se constitui em uma das atividades econômicas que mais produzem entulho e que, por esse motivo, o canteiro de obras pode se utilizar de entulho gerado por esta obra, como material de construção na própria obra. 
Segundo afirma Zordan (1990), o estudo de soluções práticas que apontem para a reutilização do entulho, na própria construção civil, contribui para amenizar o problema urbano dos depósitos clandestinos destes materiais, proporcionando melhorias do ponto de vista ambiental, e introduz no mercado um novo material com grande potencialidade de uso. 
A reutilização do entulho de construção na própria obra vem possibilitando também resultados ignificativos de economia e de gerenciamento. O entulho gerado pela indústria da construção civil, especificamente o canteiro de obras, possui particularidades inerentes a condições específicas de cada obra. O entulho gerado, analisado sob a ótica da reciclagem como material de construção na própria obra, é composto de duas porções bem distintas, que são os entulhos não recicláveis e os entulhos recicláveis. 
O novo é uma realidade 
Segundo Cardoso (op. cit.), as novas tecnologias estão incorporadas à realidade corrente, deixando-se de lado o barro e o tijolo, passando-se a empregar materiais industrializados e elementos arquitetônicos pré-fabricados, notando-se ainda que, desta maneira, antigas formas de execuções de obras passaram a fazer parte do passado. Estas novidades fazem com que os custos sejam reduzidos em até 20% e os prazos de obra em até 30%. 
As construtoras começam a adotar um novo processo tecnológico construtivo, fazendo que a construçãonão se inicie no canteiro de obra. Ela atua antes, na indústria, em que estruturas, armações, fôrmas, escadas, fachadas de prédios, divisões internas, e até banheiros, são fabricados. 
As novas tecnologias e suas implantações.
A diminuição de custos em canteiro de obras depende da associação de diferentes sistemas construtivos. Podem-se citar como exemplo, paredes internas, fabricadas no sistema drywall, acantonadas com gesso e colocadas em barracas metálicas. 
As paredes internas, no sistema drywall, são montadas com facilidade e são de manutenção fácil: no caso de problemas com as instalações embutidas, basta cortar o painel, consertar e fechar o corte. Para que isso aconteça é necessário e imprescindível que o projeto seja bem elaborado. Essas inovações são hoje empregadas no canteiro de obras brasileiro (RJ e SP, por exemplo). 
Outras novidades são fachadas e varandas pré-moldadas, montadas e soldadas em apoios de concreto instalados nas lajes. Banheiros e cozinhas chegam prontos nos canteiros, pois vêm do fornecedor com piso, azulejos, louças, luminárias, torneiras, boxes, portas, saboneteiras, chuveiro e sistemas elétrico-hidráulico. A fim de dar uma idéia da produtividade, em apenas um dia, vinte banheiros ficam prontos, enquanto que, no sistema convencional, estes serviços demandam meses. 
Estas novas atitudes trazem um prazo de execução mais curto, possibilitando a entrega do imóvel mais cedo do que o esperado. Mas, pelo mercado, há uma exigência que 50% do valor do imóvel sejam pagos pelo proprietário até a entrega, o que desestimula a inovação e a redução de prazos. 
Uma nova ótica no canteiro 
O canteiro de obras do futuro é uma linha de montagem, unindo-se planejamento e projetos completos, com diversos sistemas e produtos industrializados. 
Neste aspecto, todas essas ações vão levar a uma produção enxuta, que, como define Hirota (2000), é a denominação de uma nova concepção dos sistemas de produção. 
O desafio é adaptar conceitos e princípios da produção enxuta na aplicação na indústria da Construção, buscando desta forma melhor desempenho em seu processo de produção. 
A eliminação de desperdícios, a rapidez executiva, a redução de consideráveis custos e um quadro de operário mais reduzido e enxuto se faz pertinente para o processo de produção, pois a construção civil é uma grande fonte de dados e informações que geram grandes novidades e inovações tecnológicas. 
É notório que a elevada competitividade, a busca pela excelência, o foco no cliente e as transformações nas relações de mercado entre as empresas são feitos em um contexto em que estão busca de uma melhor organização, melhor gestão, inovações tecnológicas, menos desperdícios, melhor emprego dos recursos, maior segurança no trabalho, maior motivação dos trabalhadores, menor impacto ambiental, menores preços dos produtos construídos e menores custos de operação ao longo da vida útil, ou seja, esses pontos constituem o objetivo que deve ser perseguido por todos os agentes do processo construtivo. 
Conclusão 
A reestruturação organizacional do canteiro de obras é parte da nova realidade da 
Indústria da construção civil, em que a redução das perdas de material e o treinamento eficaz da mão-de-obra permitem melhorar a competitividade das empresas, fator fundamental para sua própria sobrevivência. Sobretudo em uma conjuntura econômica na qual as técnicas de produção até então tradicionais dão lugar a novas metodologias que convergem com gestões mais condizentes com a realidade. 
Evidencia-se que nesse processo de renovação há a predominância da produção nas estratégias das empresas e a busca da eficiência na integração da empresa, e não mais no posto de trabalho. A integração tem como premissa uma organização empresarial em que o saber técnico responde de modo ágil às solicitações. 
Impactos ambientais
Nesta resenha busca-se elucidar a questão dos impactos ambientais gerados em um canteiro de obras na teoria e na prática, bem como a poluição e degradação ambiental ocasionada pela construção de edifícios e os efeitos ambientais que estes causam. Trata-se também da questão da utilização dos recursos naturais na construção civil.
Em contrapartida o autor busca citar soluções e melhorias visando à diminuição dos impactos ambientais e desperdícios causados nestes ambientes e conseqüentemente na construção civil.
	
	
A construção, seja ela de um prédio enorme ou de uma pequena casa, corresponde a um grande percentual dos impactos ambientais causados pela construção civil no ambiente, onde os principais fatores relacionados são a perdas de recursos naturais, a geração de resíduos, os impactos referentes a interferência da obra no meio físico, biótico e antrópico do meio onde a
Uma definição simples de canteiro de obras é dada pela NBR – 12284 que diz que o canteiro de obras é o conjunto de “áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência”. (NBR - 12284), ou seja, podemos definir o canteiro de obras como uma área dentro de uma construção que foi definida ou caracterizada para o armazenamento de materiais de construção, suporte aos trabalhadores e execução da obra, entre diversos outros fatores.
Uma definição simples de Impactos ambientais diz que estes são qualquer alteração do meio ou em algum de seus componentes devido a determinada ação ou atividade, no caso específico da construção civil são vastos os impactos ambientais causados por esta, principalmente na etapa da construção onde podemos ter poluição sonora, poluição atmosférica, alteração do perfil do solo, impactos visuais, etc.
O estudo destes impactos ambientais se faz necessários principalmente para profissionais da área de engenharia civil, para que assim haja um maior conhecimento e uma maior conscientização por parte destes a respeito do assunto, e conseqüentemente haja uma diminuição destes impactos ocasionando uma melhor qualidade de vida e proporcionando obras ecologicamente corretas.
Com o crescente avanço da construção civil, o aumento dos impactos ambientais causados por esta também aumentou, e conseqüentemente surgiram normas e resoluções para direcionar estas operações afim de que causem menores danos ao meio ambiente. No caso dos canteiros de obras a principal resolução do CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTECONAMA é a resolução nº307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
Busca-se também neste trabalho uma análise prática a respeito do assunto, através da análise de uma obra sendo erguida no bairro Country Club na cidade de Juazeiro, obra esta cujo autor deste trabalho realiza trabalho de estágio.
É de suma importância que os profissionais da construção civil conheçam e se proponham a modificar a atual situação que a execução de obras vem causando ao meio ambiente. Diante desta situação o conhecimento dos impactos ambientais gerados em um canteiro de obras se mostra elemento importantíssimo, visto que durante a execução de uma obra surgem atividades que provocam uma interação com o meio ambiente modificando sua estrutura inicial, atividades estas que podem vir a ser controlada pela equipe de obra, são os chamados “aspectos ambientais”.Como exemplo de aspectos ambientais pode-se citar as obras de fundações que na fase de execução apresentam uma atividade intensa de vibração, que vem a ser um aspecto ambiental, e que pode acarretar um incômodo na população vizinha, porém, tal incômodo pode vir a ser atenuado se o sistema de execução desta fundação for modificado. Logo, pode-se concluir que os aspectos ambientais são as causas dos impactos ambientais e seu estudo também é de suma importância.
No caso onde temos canteiros de obras muito grandes, de tal forma que os impactos ambientais causados por estes sejam grandes, se faz necessário um estudo mais aprofundado, através do Estudo de Impactos Ambientais (EIA) e o seu resumo, o Relatório de Impactos Ambientais (RIMA), comoobras que necessitem destes estudos pode-se citar Aeroportos, rodovias, etc.
Na atualidade em que vivemos, com diversos fatores que proporcionam impactos ambientais, sejam dos mais simples aos mais complexos, onde a saúde dos seres humanos e espécies animais e vegetais são ameaçadas, a legislação a respeito dos impactos ambientais deveria vigorar de maneira mais forte e eficaz, sem distinção da obra a qual será empregada já que os impactos gerados na construção de qualquer obra, principalmente de edifícios degradam muito o ambiente.
O primeiro passo para minimizar os impactos ambientais gerados em canteiros de obras é organizar as informações com relação à dimensão dos impactos ambientais causados em uma obra, posteriormente se faz a análise social e econômica. Geralmente a dimensão dos impactos ambientais encontra-se dividida em quatro grandes grupos: infra-estrutura do canteiro de obras, recursos, resíduos e incômodos e poluição.
A infra-estrutura diz respeito às instalações utilizadas pelos trabalhadores e toda montagem realizada para a execução da obra, essa estrutura deve apresentar o mínimo de perturbações possíveis ao meio ambiente, buscando assim um canteiro ecologicamente correto. Os aspectos ambientais mais encontrados em relação à infra-estrutura de um canteiro de obras são: Remoção de edificações, riscos de desmoronamento, existência de ligações provisórias, geração de energia no canteiro, existência de construções provisórias, impermeabilização de superfícies e armazenamento de materiais.
Os recursos dizem respeito à utilização dos recursos naturais na construção de edifícios, e o desperdício destes que é muito comum. Na construção civil grande parte da matéria-prima utilizada em obra é extraída de recursos naturais como areia, cimento, madeira, aço, entre outros, e geralmente o consumo destes materiais ocorre de maneira excessiva. Entre os recursos naturais as perdas que mais se destacam, seja por consumo ou por desperdício, é a perda de recursos naturais incorporados aos materiais, como é o caso do cimento, areia, cal. Temos também o consumo excessivo e desperdício de água, energia e gás nos canteiros de obras.
As indústrias que fornecem materiais a construção civil tais como: madeira, aço, alumínio, cimento, cal, blocos cerâmicos, telhas e pisos, são responsáveis por uma grande parcela dos impactos ambientais ocorridos no ambiente, sem levar em consideração que a industrialização de muitos destes materiais geram poluição no meio ambiente.
O tema resíduos trata do atendimento as exigências da resolução nº307/2002 do CONAMA (2002), que trata da gestão destes na construção civil.
Esta resolução estabelece uma classificação para os resíduos em quatro diferentes classes:
• Classe A – resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados (tijolo, concreto, etc);
• Classe B – resíduos reutilizáveis/recicláveis para outras indústrias (plástico, papel, etc);
• Classe C – resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias viáveis que permitam sua reciclagem (gesso e outros);
• Classe D – resíduos perigosos (tintas, solventes, etc), ou contaminados (de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros).
A geração de resíduos sólidos e líquidos na etapa de construção de uma obra ocasiona a poluição do solo e também da água devido à emissão de efluentes líquidos. Deve se atentar para a emissão de tais produtos, já que estes apresentam um caráter nocivo que precisa ser levado em consideração para o manejo destes. Geralmente tintas, óleos, solventes, substâncias preservativas para madeiras como o creosoto, possuem substâncias nocivas que contaminam o solo, a água e o ar.
Uma grande parte dos resíduos oriundos de canteiros de obras é depositada clandestinamente em terrenos baldios, várzeas e taludes de cursos d’água, o que vem a provocar impactos ambientais visíveis e compromete a paisagem urbana, absurdamente muitas vezes este procedimento é tratado de maneira natural. Outra forma de descarte de resíduos, não menos absurda de que a deposição a céu aberto, é uma bastante observada em muitos canteiros de obras, principalmente obras pequenas, se trata da queima dos resíduos no canteiro de obras, o que causa uma grande poluição atmosférica. É impressionante como em um mundo com tanta tecnologia ainda se utilize destas práticas.
Já o tema Incômodos e poluições refere-se as atividades de transformação as quais uma obra esta submetida, como a atividade de vedação, concretagem, pintura, e os efeitos sentidos pela comunidade que ali vive.
A execução de uma obra, mesmo que não seja volumosa, causa incômodos dos mais diversos possíveis, dentre os principais podemos destacar alguns como a grande emissão de ruídos, o odor causado principalmente por certos tipos de madeira quando ainda verdes e a emissão de vibrações emitidas na atividade de fundação, no adensamento de concreto ou em obras não bem estruturadas, onde pode se sentir vibrações até quando um carro passa na rua ou quando se bate em uma parede.
Segundo Cardoso (2006) Os impactos ambientais mais encontrados devido aos canteiros de obras são:
No meio físico solo:
• Alteração das propriedades físicas; • Contaminação química;
• Indução de processos erosivos;
• Esgotamento de reservas minerais.
No meio físico ar:
• Deterioração da qualidade do ar; • Poluição sonora.
No meio físico água:
• Alteração da qualidade de águas superficiais; • Alteração da qualidade de águas subterrâneas;
• Alteração dos regimes de escoamento;
• Escassez de água.
No meio antrópico trabalhadores:
• Alteração das condições de saúde; • Alteração das condições de segurança.
No meio antrópico vizinhança:
• Alteração da qualidade paisagística; • Alteração das condições de saúde;
• Incômodo para a comunidade;
• Alteração no tráfego local; • Interferência na drenagem urbana;
• Escassez de energia elétrica.
É importante observar a grande quantidade e variedade de impactos observados que podem ser gerados dentro de um canteiro de obras, diante disto este estudo se torna ainda mais imprescindível.
A eliminação ou pelo menos a atenuação destes impactos ambientais contribuirá para o que pode ser chamado de canteiro de obras sustentáveis, com o mínimo possível de impactos ambientais e contribuindo para o desenvolvimento com responsabilidade e coerência.
Algumas medidas são cabíveis de serem aplicadas na prática principalmente por parte das construtoras, como o treinamento dos trabalhadores e a conscientização destes a respeito destes impactos ambientais. Podem ser também, criadas medidas como o controle do desperdício e do consumo dos recursos naturais, implementando-se técnicas inovadoras e o reaproveitamento de materiais, como o reaproveitamento de esquadrias velhas, o reaproveitamento do concreto como agregado, entre outros.
Os Incômodos podem ser atenuados utilizando-se de novas tecnologias como, por exemplo, o concreto auto adensável, que não precisa de vibração e exige uma quantidade menor de trabalhadores. Logicamente tudo isto tem um custo, cujo qual nem todos estão dispostos a pagar no presente, mas estão se credenciando a pagá-lo no futuro. Tudo na prática para funcionar corretamente depende essencialmente de planejamento e controle, e é justamente isto o que falta as construtoras e aos engenheiros de hoje para que tenhamos uma construção civil limpa e ambientalmente correta.
No estudo prático de uma casa de dois pavimentos sendo construída no bairro Country Club na cidade de Juazeiro-BA, foram observados os seguintes impactos ambientais: Geração de resíduos, descarte e desperdício de recursos naturais, consumo de recursos naturais e impermeabilização do solo. Muito desperdício de cimento, areia e pedras naturais foi observado na obra, o que é típico da região. Era comum nesta obra o descarte de argamassas e concreto quando não dosados de forma correta, e em uma atividade de impermeabilização de blocos de concretos utilizados na fundação da obra, notou-se que se derramava, mesmo que quantidades pequenas, o produto impermeabilizanteno solo, o que ocasiona a impermeabilização do mesmo.
Nas imagens abaixo, estão fotos dos impactos ambientais observados:
• Geração de resíduos
Nas figuras acima vemos alguns dos resíduos encontrados no canteiro de obras em estudo. Na figura 1 mostra-se uma pilha de sacos de cimento que é muito comum na obra, e na figura 2 uma série de pedaços de madeira antes utilizados na moldagem de concreto.
• Descarte e desperdício de recursos naturais
Nas figuras acima vemos exemplos de descarte e desperdício de recursos naturais. Na figura 3 os operários dosaram em excesso uma argamassa de cimento areia e água e não souberam a utiliza de maneira rápida, chegando esta a endurecer e tendo que ser descartada, isto é reflexo da falta de treinamento e mão de obra qualificada na região.
Figura 1: geração de resíduos Figura 1: Geração de resíduos Figura 2: Geração de resíduos
Figura 3: Descarte e desperdício de recursos naturais Figura 4: Descarte e desperdício de recursos naturias
É dramática a situação da construção civil no que diz respeito aos impactos ambientais que esta vem causando e principalmente na época de execução da obra (Canteiro de Obras).
A construção civil necessita urgentemente de novos procedimentos ambientalmente mais corretos, principalmente no que diz respeito ao consumo dos recursos naturais e geração e manejo dos resíduos em um canteiro de obras.
A legislação que vigora buscando canteiros de obras ambientalmente corretos, na prática raramente é cumprida por parte das construtoras, além disto, a fiscalização é muito frágil, o que abre brechas para a poluição e degradação do meio ambiente.
Diante de tudo isto que foi exposto, é impossível se falar em desenvolvimento sustentável de um país, cuja construção civil consome uma grande quantidade de recursos não renováveis, degrada o ambiente na extração destes recursos, degrada o ambiente na ocupação do solo, contamina o solo, impermeabiliza o solo, além de produzir uma grande quantidade de resíduos sem o manejo adequado. Portanto é imprescindível o planejamento e controle da obra, a fim de se obter um ambiente agradável e melhor para se viver, e é de suma importância que os novos engenheiros tenham isto em mente e busquem a construção de canteiros de obras sustentáveis.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL(EIA) /RELATÓRIO DE IMPACTO
AMBIENTAL (RIMA)
O QUE É EIA/RIMA
É um dos instrumentos da política Nacional do Meio Ambiente e foi instituído pela RESOLUÇÃO CONAMA N.º 001/86, de 23/01/1986.
Atividades utilizadoras de Recursos Ambientais consideradas de significativo potencial de degradação ou poluição dependerão do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para seu licenciamento ambiental.
Neste caso o licenciamento ambiental apresenta uma série de procedimentos específicos, inclusive realização de audiência pública, e envolve diversos segmentos da
população interessada ou afetada pelo empreendimento.
O EIA e RIMA ficam à disposição do público que se interessar, na Biblioteca da FEPAM, respeitada a matéria versante sobre sigilo industrial, conforme estabelecido no
CÓDIGO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE.
O EIA/RIMA deverá ser apresentado de acordo com o Termo de Referência , que constitui um documento de orientação quanto aos procedimentos a serem seguidos na elaboração do mesmo, previamente acordado entre a FEPAM e a equipe contratada pelo
empreendedor para a elaboração deste.
ATIVIDADES SUJEITAS A LICENCIAMENTO COM APRESENTAÇÃO DE
EIA/RIMA
Depende de elaboração de EIA/RIMA o licenciamento de atividades modificadoras
do meio ambiente, tais como:
- estradas de rodagem com 2 (duas) ou mais faixas de rolamento;
- ferrovias;
- portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
- aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 48, do Decreto-Lei n.º 32,
de 18 de novembro de 1966;
- oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos
sanitários;
- linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 KW;
- obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;
- extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
- extração de minério, inclusive os da classe II, definidos no CÓDIGO DE MINERAÇÃO;
- aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
- usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10 MW;
EIA/RIMA
Versão abril/2002
- complexos e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, destilarias e álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);
- distritos industriais e Zonas Estritamente Industriais - ZEI;
- exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 há (cem hectares) ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
- projetos urbanísticos, acima de 100 há (cem hectares) ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes;
- qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a 10t (dez toneladas) por dias.
Obs.: Poderá ser exigida a apresentação de EIA/RIMA de outros ramos além dos acima especificados, a critério do órgão ambiental
No caso de aterros de resíduos sólidos urbanos e industriais, aplicam-se as determinações das PORTARIA N.º 10/96-SSMA e PORTARIA N.º 12/95-SSMA.
De acordo com o CÓDIGO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, o licenciamento para a construção, instalação, ampliação, alteração e operação de empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais considerados de significativo potencial de
degradação ou poluição, dependerá da apresentação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
Ressalta-se ainda que, de acordo com o CÓDIGO FLORESTAL ESTADUAL, é proibida a supressão parcial ou total das matas ciliares e das vegetações de preservação
permanente definida em lei e reserva florestal do artigo 9º desta Lei, salvo quando necessário à execução de obras, planos ou projetos de utilidade pública ou interesse social, mediante a elaboração prévia do EIA-RIMA e licenciamento do órgão competente e Lei própria.
ORIENTAÇÕES GERAIS
O licenciamento tem seu inicio na FEPAM com a apresentação da documentação constante no item “DOCUMENTAÇÃO NECESSARIA” das “INSTRUÇÕES PARA
SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTOS”, ressaltando-se que após a análise desta documentação é que a FEPAM se manifestará pela necessidade ou não da apresentação do referido estudo.
Após ter sido comprovado se tratar de empreendimento sujeito a apresentação de
EIA/RIMA, a FEPAM constitui uma equipe técnica multidisciplinar para análise de cada Estudo/Relatório apresentado à instituição. Esta equipe fixa as informações a constar no Termo de Referência.
De acordo com a legislação em vigor:
EIA/RIMA
Versão abril/2002
- depois de notificado pela FEPAM de que se trata de licenciamento com apresentação de EIA/RIMA, o empreendedor deverá publicar a solicitação de licenciamento, conforme a RESOLUÇÃO CONAMA Nº 006/86, e, oportunamente apresentar comprovação da publicação;
- o Termo de Referência para a apresentação do EIA/RIMA deverá estar de acordo com as orientações da equipe técnica multidisciplinar;
- A FEPAM colocará à disposição dos interessados o RIMA, em sua Biblioteca e determinará prazo, de no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias para recebimento de comentários a serem feitos;
- A FEPAM convocará audiência pública, através de edital assinado por seu Diretor-Presidente, mediante petição apresentada por no mínimo 1 (uma) entidade legalmente constituída, governamental ou não, por 50 (cinqüenta) pessoas ou pelo ministério público, conforme estabelecido no CÓDIGO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, sendo que a divulgaçãoda convocação se fará com uma antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
- A FEPAM poderá deliberar pela convocação de audiência pública, mediante apreciação da equipe multidisciplinar, mesmo sem haver a solicitação popular para a realização da mesma, com vistas à obtenção de subsídios para emissão do parecer técnico final.
- A FEPAM, durante a análise técnica, poderá solicitar complementações do EIA/RIMA.
- Após a análise técnica a FEPAM se manifestará aprovando ou invalidando o EIA/RIMA, através da emissão do documento correspondente, licenciando ou indeferindo a solicitação de licenciamento ambiental.
- O recebimento da licença também deverá ser tornado público pelo empreendedor.
Identificador do Documento = eiarimainst
A gestão deve ser cada vez mais profissional e profissionalizada, os objetivos claramente estabelecidos, os planos cuidadosamente elaborados; a execução deve ocorrer em níveis adequados de eficiência operacional e as avaliações de desempenhos e resultados precisam apontar para a contribuição efetiva que cada produto, serviço e gasto trazem para a consolidação de um desenvolvimento econômico saudável da empresa, mesmo diante de um histórico brasileiro de insustentabilidade econômica, em que esta meta se torna um desafio constante. 
Esta visão do novo cenário de negócios é válida para empresas de todos os portes (micro, pequenas, médias e grandes), pois a eficácia empresarial é requisito básico para a sobrevivência e crescimento das entidades econômicas, principalmente aquelas cujo lucro de forma perene é seu maior objetivo social. 
Apesar dos empreendimentos imobiliários serem únicos, os processos necessários para o seu desenvolvimento e gestão são, na prática, basicamente os mesmos. O importante é que a empresa defina o seu método de gestão baseado em sua cultura técnica, estágio de organização e recursos disponíveis, ou seja, vise sempre adequar as possibilidades da empresa à realidade da obra, em que o tripé homem-equipamento-material deve ser gerido cada qual com suas habilidades específicas, convergindo para um aumento real da produtividade. 
As empresas da construção civil precisam agregar os valores já tão elogiados do setor de projetos de obras, no que tange à qualidade das metodologias empregadas, buscando acompanhar os avanços tecnológicos para execuções competitivas e rentáveis. 
O desafio maior do setor da construção civil é fazer certo logo na primeira vez, princípio clássico da qualidade. Em outras palavras, é fundamental que haja eficácia nos procedimentos empregados, isto é, saber escolher com responsabilidade o caminho certo para alcançar os melhores resultados e implantá-los com sucesso. 
Esta é a conclusão final deste artigo, na esperança de que o binômio certo-eficaz faça parte do cotidiano das empresas de construção civil (setor de edificações), para que estas possam despontar como um setor realmente produtivo, digno da dimensão da perenidade das grandes obras de engenharia que produzem e da responsabilidade pelas vidas que abrigam. 
Redes de planeamento PERT
PERT é a sigla de Program Evaluation and Review Technique. Como o próprio nome indica, é uma técnica de avaliação de projectos e de auxílio à sua revisão (face a potenciais modificações que possam ocorrer após a fase de construção da rede de planeamento).
Esta técnica é utilizada na representação de situações mais complexas e dificeis. Sobretudo quando existe uma rede de interligações múltiplas, como acontece na maioria dos projectos relacionados com os sistemas de informação (principalmente para aqules com amior grau de complexidade).
O planeamento é representado pela divisão do projecto em actividades para as quais seja possível afectar recursos e estimar uma duração (tempo de realização ou custo).
A programação consiste no estabelecimento das interdependências entre as diferentes actividade de forma a tornar visível qual ou quais podem ocorrer simultaneamente e aqueles que precedem outras.
Por fim, o controlo consiste no estudo de custos ou tempo que as fases de planeamento e programação permitiram levantar, possibilitando a construção de uma representação gráfica - diagrama - que serve para acompanhar o desenrolar do projecto e, caso seja necessário, proceder a alterações face a modificações, atrasos e antecipações que ocorram em qualquer uma das actividades realizadas.
Construção do diagrama de PERT
Constituído por uma rede desenhada com base em dois elementos:
- atividades (representados por setas)
- acontecimentos (representados por círculos)
Para cada projeto é construído o respectivo grafo - nome porque são designados este tipo de diagramas.
As atividades são representadas por letras. Os acontecimentos são representados por números. Ambos se desenvolvem da esquerda para direita e de cima para baixo.
As atividades representam as tarefas a executar. Em geral traduzem-se por períodos de tempo ou recursos humanos ou financeiros a utilizar. O início da seta representa o princípio da atividade; a ponta, o fim da mesma atividade.
A duração da atividade não é definida pelo comprimento da seta. Por vezes o tempo de duração da atividade também é representado no diagrama, sendo indicado após o nome da atividade (letra), separado por virgula.
Representação alternativa
A representação gráfica não é a única forma de representação para uma rede de planeamento PERT. Existe em alternativa, uma representação em tabela que para cada atividade, indica o seu custo ou duração e as atividades que precisam de estar concluídas para dar início à atividade descrita.
Cálculo da data mais cedo e data mais tarde
O cálculo das data é realizado, indicando as somas das durações de cada atividade ao valor do acontecimento de início da atividade, o valor obtido é colocado no acontecimento de final da atividade. Primeiro é realizado o cálculo da data mais cedo. 
Só após efetuado este cálculo é que é possível obter o tempo crítico do projecto, que servirá como o valor inicial para o cálculo da data mais tarde.
A data mais cedo é colocada junto aos acontecimentos, na posição esquerda (primeira posição). O acontecimento que define o início do projeto possui o valor 0 (zero). A duração da atividade é somada ao valor do acontecimento inicial e coloca-se no acontecimento final (no caso de 2, o valor será 0, obtido em 1, a somar a 3, duração da atividade a).
O percurso é realizado até se atingir o acontecimento de final do projecto (neste caso o verifique-se que no acontecimento 4, o valor obtido é duplo; pois existem duas actividades distintas que tem como ponto final esse acontecimento (d, c). Desta forma o percurso b/c possui uma duração de 5 unidades, enquanto o percurso (a, d) possui uma duração de 10 unidades. Nestes casos, a duração a ser colocada na data mais cedo é a de maior valor, pois pretende-se que o acontecimento seja realizado, quando tiverem sido realizadas todas as actividades que o precedem. Situação idêntica ocorre no acontecimento 5, com a escolha dos valores do percurso (a, e) com 5 unidades e (a, d ou b,c) + f, com 13 unidades. Novamente o valor maior é o escolhido. Assim 13 unidades
corresponde ao tempo crítico, que nos fornece a duração esperada para o projecto.
As datas mais tarde são obtidas, com base no preenchimento do espaço direito, junto ao acontecimento e tomase o sentido contrário ao das actividades realizando a substracção do tempo mais à direita com o tempo da actividade. Quando se está perante a presença de vários valores procede-se de modo identico ao já relatado, mas escolhendo o menor dos valores em causa.
Cálculo do caminho crítico e da folga (de cada actividade)
Uma vez calculadas as datas mais cedo e as datas mais tarde que caracterizam os acontecimentos, é possível detectar o caminho crítico, isto é, a sequência de actividades que não pode sofrer atrasos, sem que o tempo crítico sofra um aumento do mesmo valor.
Assim, o caminhoi crítico é definido pelos acontecimentos em relação aos quais se verifica a igualdadeentre a data mais cedo e a data mais tarde (no exemplo, os acontecimentos 1, 2, 4 e 5, pelo que se pode dizer que o caminho crítico é constituido pelas actividades, designadas por actividades críticas - a,d,f).
A folga de cada actividade, isto é, o tempo pelo qual se pode atrasar o início da actividade sem se alterar o tempo crítico é dada pela formula:
data mais tarde de fim - data mais cedo de início - duração da actividade em que fim e início referem óbviamente o fim e início da actividade.
Desta forma as folgas obtidas são:
actividade valores de cálculo folga
Verifique-se que a folga das actividades críticas (que constituem o caminho crítico) é zero.
CPM critical path method
Utiliza os conceitos de rede de planeamento, caminho crítico, folga de actividades do PERT, difere do PERT principalmente por razões históricas;
– desenvolvidos independentemente, possuem apenas pequenas diferenças
– o CPM foi originalmente concebido para resolver problemas de programação de calendário na indústria
– o PERT foi concebido para lidar com problemas de incerteza, como a adopção de novas tecnologias ou a programação de projetos inovadores. Um dos grandes impulsionadores de novas técnicas é a necessidade. A criação e utilização de técnicas de gestão de projetos CPM e PERT são exemplo disso.
O PERT foi criado como meio de planejamento e aceleração do desenvolvimento do míssil balístico Polaris, por volta dos anos 50, nos EUA. E porquê, tornava-se necessário plaenar o desenvolvimento do míssil o mais depressa possível. Que investigação seria necessário realizar? E como é que deveria ser planeada essa investigação? Quanto tempo seria necessário para isso? Que fases de desenvolvimento e ensaios seriam necessários até à finalização do projecto?; assim o PERT constituiu a técnica de planeamento e programação desenvolvida para responder a estas questões e acelerar a realização do míssil Polaris.
Evidentemente que havia incertezas no programa de desenvolvimento. As respostas a algumas das questões anteriores eram condicionadas pela sua própria natureza, como por exemplo: “se o desenvolvimento do sistema de propulsão continuar como foi planeado, então poder-se-á fixar o ensaio do míssil na data x”.
O PERT incorporou esta incerteza num modelo que dá um razoável enquadramento e programação às respostas a este tipo de questões. Provou-se que era uma ferramenta útil no planeamento e programação de grandes projectos, tais como o Polaris que era constituido por inumeras actividades cujos tempos de execução eram incertos e que, embora devendo ser executados numa certa ordem, eram dependentes uns dos outros.
É fundamental no PERT o conceito de acontecimento que corresponde a atingir-se um certo estádio de realização de um projecto. Também é básico o conceito de tempo esperado necessário para a realização duma ou mais actividades que culminasse num acontecimento.
DIFERENÇAS ENTRE CPM E PERT
• O CPM é um modelo deterministico, isto é não utiliza tempos aleatórios para a duração das actividades, admite-se no CPM apenas as variações nos tempos das actividades, não da sua duração mas como resultado das limitações planeadas
ou esperadas inerentes ao projecto, em que se pode acelerar o tempo de realização de uma dada actividade (com um acréscimo de custo).
• o PERT é um modelo probabilístico, por utilizar conceitos de probabilidade na estimação da duração das actividades, Muito próximo do PERT no aspecto conceitual mas desenvolvido independentemente, é a técnica conhecida por Método do Caminho Crítico - CPM - que se relaciona basicamente com o equilíbrio entre o custo e a data de finalização de projectos de grande dimensão.
O CPM dá especial atenção à redução entre o aumento de mão -de-obra e de recursos para encontrar a duração do projecto ou de algumas das suas actividades e o custo adicional que implicam esses aumentos.
No CPM admite-se que é conhecido com rigor o tempo necessário para a realização das várias actividades do projecto, além disso, supõe-se conhecida a relação de variação do tempo de realização com a quantidade de recursos afectados.
Assim no CPM não há tempos incertos de realização como no PERT; o CPM preocupa-se em especial com as relações tempo-custo. Por causa destas dificuldades, o PERT é mais utilizado em projectos de investigação e desenvolvimento enquanto o CPM é utilizado em projectos tais como de construção, onde já há previamente, uma experiência na resolução de problemas análogos.
Vantagens CPM critical path method
– visualiza as relações e interdependências entre actividades
– visualiza as sequências de actividades
– permite a previsão das datas dos acontecimentos
– permite a identificação das actividades que não devem ser
atrasadas
– permite a definição das folgas existentes entre actividades
– permite a definição do caminho crítico
– facilita a tomada de decisões
Desvantagens CPM critical path method
• desvantagens (para projectos de maior dimensão)
– exige um planejamento de maior complexidade
– para casos complexos, é de representação e construção difícil
– obriga à utilização de computador para efetuar os cálculos
– obriga à realização de um planejamento cuidado
– a leitura e análise do planejamento realizado, revelam-se difíceis 
Bibliografia
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ZORDAN, S.E., PAULON, V. A. "A Utilização do Entulho como Agregado para o Concreto". In: ENTAC 98 - Qualidade no Processo Construtivo, 1998, Florianópolis. Anais... Florianópolis, 1998. v. I, p.923-932 
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LERIPIO, A. Gerenciamento de Resíduos

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