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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MACROECONOMIA I Prof.: Dr.: Anderson Antonio Denardin PROGRAMA DA DISCIPLINA n 1. Advento da macroeconomia e principais problemas macroeconômicos n – 1.1. O que é a Macroeconomia? – 1.2. Gênese da disciplina. – 1.3. Análises de curto, médio e longo prazo. – 1.4. Contas Nacionais: Renda Nacional, PIB, PNB, Consumo, Poupança, Investimento, Gastos do Governo e Relações com o Exterior. – 1.5. Principais Variáveis de Interesse. – 1.6. Objetivos da Política Macroeconômica. PROGRAMA DA DISCIPLINA n 2. A Macroeconomia Clássica - O Modelo Clássico de Determinação do Produto e Emprego. n – 2.1. A função de produção clássica e o mercado de trabalho. – 2.2. A determinação do emprego. – 2.3. A teoria quantitativa da moeda e a teoria clássica da taxa de juros. – 2.4. Efeitos da política econômica no modelo clássico. PROGRAMA DA DISCIPLINA n 3. O sistema Keynesiano - O Princípio da Demanda Efetiva n – 3.1. Fluxo circular da renda e do produto, e condições de equilíbrio do emprego. – 3.2. Consumo, investimento e gastos do governo. – 3.3. Determinação da renda de equilíbrio. – 3.4. Políticas de estabilização. PROGRAMA DA DISCIPLINA n 4. O modelo Keynesiano de preços rígidos com mercado monetário: o modelo IS/LM n – 4.1. A teoria Keynesiana da taxa de juros. – 4.2. A moeda no sistema Keynesiano. – 4.3. O modelo IS/LM. – 4.4. Políticas econômicas (Fiscais e Monetárias) no modelo IS/LM. PROGRAMA DA DISCIPLINA n 5. O modelo IS/LM com preços flexíveis n – 5.1. As curvas de demanda e oferta agregadas Keynesianas. – 5.2. Efeitos da política econômica no modelo de preços flexíveis. PROGRAMA DA DISCIPLINA n 6. A contra-revolução monetarista n – 6.1. A reformulação da teoria quantitativa da moeda por Friedman. – 6.2. Efeitos da política de estabilização nos modelos monetarista e Keynesiano. – 6.3. Evidências empíricas recentes sobre as proposições monetaristas e Keynesianas. PROGRAMA DA DISCIPLINA n 7. Expectativas e a Economia Novo Clássica. n – 7.1. Curva de Phillips de Curto Prazo e de Longo Prazo. – 7.2. Expectativas Adaptativas e Expectativas Racionais. PROGRAMA DA DISCIPLINA n 8. MACROECONOMIA ABERTA. n – 8.1. Balanço de Pagamentos e os Regimes Cambiais – 8.2. O Modelo IS – LM - BP – 8.3. Políticas Macroeconômicas. PROGRAMA DA DISCIPLINA n Bibliografia Básica: – DORNBUSCH, R. STANLEY, F., Macroeconomia. Editora Makron. – BLANCHARD, O. Macroeconomia. São Paulo. Ed. Campus, 1999 – SACHS, J.D. e LARRAIN, F., Macroeconomia. Editora Makron. n Bibliografia Complementar: – FROYEN, R. Macroeconomia. São Paulo. Ed. Saraiva, 2001 – SIMONSEM, M.H. Macroeconomia. São Paulo. Ed. Atlas, 1996 n Avaliação: A avaliação será bimestral, e será constituída por uma prova (80%) e listas de exercícios (20%). O QUE É MACROECONOMIA? n A macroeconomia representa o ramo da ciência econômica que se preocupa em analisar e entender o comportamento agregado de variáveis relevantes de uma dada economia. n Enquanto a atividade econômica de uma nação depende de milhares de ações isoladas, realizadas por consumidores, empresas, trabalhadores, funcionários do governo...., o foco da Macroeconomia é preocupar-se com o efeito agregado dessas ações isoladas, ou seja, com o somatório das ações isoladas. n MACROECONOMIA (Preocupa-se com fenômenos em nível agregado) MICROECONOMIA (Preocupa-se com fenômenos a nível desagregado) x MICROECONOMIA X MACROECONOMIA n MACROECONOMIA – Visão panorâmica da economia. – Ignora os detalhes. – Análisa o sistema como um todo. n MICROECONOMIA – Visão próxima dos agentes econômicos. – Estudo do comportamento econômico individual da familia, da empresa, e do mercado. ORIGEM DOS ESTUDOS SISTEMÁTICOS EM MACROECONOMIA n A preocupação com os agregados macroeconômicos surgiu, fundamentalmente, a partir da publicação, em 1936, do livro intitulado “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” de autoria do economista ingles Jhon Maynard Keynes. PRINCIPAIS FINALIDADES n Estudos macroeconômicos procuram examinar uma vasta quantidade de informações estatísticas em nível agregado de uma nação, com vistas a: – Identificar e entender padrões de comportamento; – Levantar hipóteses sobre prováveis tendências; – Orientar as ações das autoridades na tomada de decisões; – Influenciar o desempenho da economia”. PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE INTERESSE n A base de informações mais importante para o estudo da macroeconomia são as contas nacionais. Podem-se destacar os seguintes agregado econômicos de interesse: n Produção; n Renda; n Consumo; n Poupança; n Investimentos; n Gastos do Governo; n Exportações; n Importações; n Movimentos de Capitais; n Nível de Emprego; n Nível de Preços (Inflação); n Taxa de Câmbio; n Taxa de Juros; n Agregados Monetários,.... EVOLUÇÃO DA MACROECONOMIA MODERNA PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA Keynes (1936), Kalecki (1933, 35) SÍNTESE NEO-CLÁSSICA Hicks (1937), Hansen (1953), Patinkin (1948, 1965), Samuelson (1948), Tobin (1958, 1969) EQUILÍBRIO GERAL Walras (1890) CURVA DE PHILLIPS ORIGINAL Phillips (1958), Lipsey (1960), Samuelson (1960) CURVA DE PHILLIPS ACELERACIONISTA Friedman (1968), Phelps (1968) NÉO-CLÁSSICOS Pigou (1917), Marshall (1890), Robertson (1940) EXPECTATIVAS RACIONAIS Muth (1961), Lucas (1973) NOVOS KEYNESIANOS Fisher (1977), Taylor (1980), Akerloff (1982) NOVOS CLÁSSICOS Lucas (1973), Sargent e Wallace (1975), Barro (1976) CLÁSSICOS Smith (1776), Ricardo (1817), Stuart Mill (1848) ESCOLA CLÁSSICA REVOLUÇÃO CLASSICA n Revolução contra o pensamento dominante – “Mercantilismo” n Pensamento Mercantilista – associado a ascensão do Estado Nação na Europa dos séculos XVI e XVII. n Ataque clássico: – Metalismo: a riqueza e o poder de uma nação era determinado pelo estoque de metais preciosos que possuía; – Intervenção Estatal: direcionar o desenvolvimento do sistema capitalista de acordo com seus interesses. n Saldos Comerciais Positivos: subsídio às exportações, impostos sobre as importações; n Desenvolver a indústria doméstica para reduzir a dependência externa; n Desenvolvimento de colônias para gerar mercados para os bens exportados. CONCEPÇÃO CLASSICA n Destacam a importância dos fatores reais (em oposição aos monetários) na determinação da riqueza das nações. n O crescimento de uma economia era visto como resultado de aumento no estoque de fatores reais (mão de obra, terra e capital) e avanço de técnicas produtivas (progresso tecnológico). n A moeda era vista apenas como facilitadora das transações, exercendo a função de meio de troca. n Destaca a eficiência do livre mercado (sem intervenção do Estado) para a otimização na alocação dos recursos. n Salvo em casos em que a interferência estatal ocorresse visando garantir a operação competitiva dos mesmos, as regulamentações governamentais sobre os mercados eram mal vistas pelos clássicos. MODELO CLASSICO “A PRODUÇÃO” n FUNÇÃO DE PRODUÇÃO AGREGADA: n Baseada na tecnologia das firmas individuais, estabelece uma relação entre o nível de produto e o nível de insumos utilizados. Para cada nível de insumos a função de produção mostra o valor resultante do produto. Esta relação pode ser descrita da seguinte forma: – Y = produto real; – A = nível tecnológico, determina a produção para um dado nível de K e L. – K = estoque de capital (fábricas, equipamentos e estoques de mercadorias); – L = quantidade de mão de obra (suposta homogênea); ;0 ;0 ;0 ),,( > ¶ ¶ > ¶ ¶ > ¶ ¶ =+++ K Y L Y A Y KLAfY A PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO E LONGO PRAZO n CURTO PRAZO: n Horizonte de tempo em que o estoque de capital (K) e a tecnologia (A) permanece fixos, sendo que a produção varia unicamente com alterações na utilização de mão-de- obra (L), oriunda de uma população fixa. n LONGO PRAZO: n Horizonte de tempo em que a produção varia em função da mudança em todos os fatores A, K e L. CARACTERÍSTICAS DA FUNÇÃO DE PRODUÇÃO n 1º) Um aumento na quantidade de qualquer insumo vai aumentar a produção: – A produtividade marginal do capital é positiva – A produtividade marginal da mão-de-obra é positiva. n 2º) A produtividade marginal de cada fator diminui à medida que mais desse fator é usado com uma quantidade fixa do outro: – A produtividade marginal decrescente do capital. – A produtividade marginal decrescente da mão de obra. 0>= D D = ¶ ¶ KPMgK Y K Y 0>= D D = ¶ ¶ LPMgL Y L Y 0 2 < ¶ ¶ L Y 0 2 < ¶ ¶ K Y A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E A PRODUTIVIDADE MARGINAL DO TRABALHO NO CURTO PRAZO CURTO PRAZO: estas curvas são desenhadas para um dado estoque de capital fixo (K), e para um dado estado tecnológico (L). L1 L2 L3 Y=F(A, K, L) Y y1 y2 y3 L1 L2 L3 PMgL1 PMgL2 PMgL3 PMgL PMgL Δy ΔL A B C A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E A PRODUTIVIDADE MARGINAL DO TRABALHO NO CURTO PRAZO n O fato de a função de produção apresentar uma inclinação positiva reflete que a produtividade marginal da mão de obra é positiva, isto é, para cada unidade extra de mão de obra contratada verifica-se um acréscimo no produto. n O fato de a inclinação ser menor conforme aumenta a quantidade de mão de obra utilizada reflete a produtividade marginal decrescente da mão de obra, isto é, cada unidade extra de mão de obra contratada acrescenta marginalmente menos produto. Portanto temos: PMgL A > PMgL B > PMgL C. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E A PRODUTIVIDADE MARGINAL NO LONGO PRAZO Longo Prazo: tanto o estoque de capital fixo (K) quanto o estado tecnológico (L) podem mudar, promovendo o deslocamento da função de produção. L1 L2 L3 Y=F(A, K, L) Y y1 y2 y3 L1 L2 L3 PMgL2 PMgL3 PMgL4 PMgL PMgL PMg’L Y=F(A, K, L)’ y4 PMgL1 MODELO CLÁSSICO “MERCADO DE TRABALHO” n A concepção clássica do mercado de trabalho é de que o mercado funciona de forma eficiente. n As firmas e os trabalhadores, individualmente, agem de forma maximizadora: – Firmas maximizam lucros; – Trabalhadores maximizam utilidade (satisfação). n Todos os agentes dispõem de informações perfeitas sobre os preços relevantes no mercado. n Os salários nominais são completamente flexíveis, não apresentando nenhum obstáculo para o ajustamento automático dos salários monetários. n O mercado de trabalho encontra-se sempre em equilíbrio de pleno emprego. MODELO CLÁSSICO “DEMANDA POR MÃO DE OBRA” n As firmas viabilizam a produção comprando serviços de mão de obra (trabalho); n As firmas são competitivas e maximizam seus lucros; n A curto prazo a produção só pode ser alterada por meio de variações do insumo mão de obra, de modo que a escolha do nível de produção e a quantidade de trabalho constituem uma única decisão a ser tomada; MODELO CLÁSSICO “DEMANDA POR MÃO DE OBRA” n Comportamento maximizador da firma. { LL CMgPMg LL P w L KLQ w L KLQP CMgRMg L QCT L QRT L QCT L QRT L Q w L KLQP L Q L QCT L QRT L Q QLwKrKLQPQ QCTQRTQ = ¶ ¶ =- ¶ ¶ = ¶ ¶ = ¶ ¶ = ¶ ¶ - ¶ ¶ = ¶ ¶ - ¶ ¶ = ¶ ¶ ¶ ¶ - ¶ ¶ = ¶ ¶ --= -= 43421 ),( 0),( )()( 0)()( 0)( Lucro de oMaximizaçã para Regra .),()( )()()( : trabalhoquantidade a relação emDerivar )(..),(.)( )()()( p p p p p MODELO CLÁSSICO “DEMANDA POR MÃO DE OBRA” n O comportamento maximizador da firma sugere que ela aumente o nível de produção até o ponto em que atinja o maior lucro possível (maximiza o lucro), ou seja, contrata o nível de mão de obra que possibilite igualar Receita Marginal ao Custo Marginal. Q1 L1 Q2 L2 Q3 L3 P wPMg CMgRMg L > > P wPMg CMgRMg L < < P wPMg CMgRMg L = = π π1 Π 2 n Para uma firma competitiva: – RMg = P = Receita Marginal é igual ao preço do produto. – CMg = W/PMgL = Custo Marginal é igual a razão entre o salário nominal e o produto marginal do trabalho. n Ex.: W = 8 R$/h PMgL= 2 CMg = 8/2 = 4R$/h n Condição de Maximização: n n A condição de maximização de lucro estabelece que o salário real pago pela firma deve ser igual ao produto marginal do trabalho PMgL (que é medido em mercadorias, isto é, em termos reais) MODELO CLÁSSICO “DEMANDA POR MÃO DE OBRA” P WPMg PMg WP CMgRMg L L LL = = = L1 L2 L3 PMgL1 PMgL2 = W/P PMgL3 PMgL PMgL PMgL > W/P PMgL < W/P PMgL = W/P MODELO CLÁSSICO “DEMANDA POR MÃO DE OBRA” Para cada nível de salário real a empresa define a quantidade de mão de obra a ser contratada.L1 L2 L3 Y=F(A, K, L) Y y1 y2 y3 L1 L2 L3 PMgL1 = W/P1 PMgL2 = W/P2 PMgL3 = W/3P PMgL PMgL MODELO CLÁSSICO “DEMANDA POR MÃO DE OBRA” RELAÇÃO ENTRE DEMANDA POR TRABALHO E OFERTA DE PRODUTO ;0 ;0 ;0 / ,, > ¶ ¶ > ¶ ¶ < ¶ ¶ ÷ ÷ ø ö ç ç è æ = ++ - A L K L PW L AK P WLL DDD DD 0 Q 0; Q ;0 L Q direto Efeito ;0 L Q ;0 L Q ;0 /L Q indireto Efeito ,;,,Q sss D s D s D s > ¶ ¶ > ¶ ¶ > ¶ ¶ > ¶ ¶ ¶ ¶ > ¶ ¶ ¶ ¶ < ¶ ¶ ¶ ¶ ú ú û ù ê ê ë é ÷ ÷ ø ö ç ç è æ = ++++ - AK A L K L PW L AKAK P WLQ DDD DSS MODELO CLÁSSICO “OFERTA DE MÃO DE OBRA” n Para determinar o nível de oferta de mão de obra Ls, devemos estabelecer uma relação entre oferta de trabalho e salário real; n Um indivíduo deve dividir seu tempo entre trabalho e aproveitar o lazer, a chamada “decisão trabalho lazer”. n O dia tem 24 h, e cada hora dedicada ao trabalho corresponde a uma hora a menos dedicada ao lazer. n O indivíduo escolhe o nível de trabalho ofertado com vistas a maximizar a renda, o consumo e, conseqüentemente, a utilidade (satisfação). MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER n Da mesma forma que os agentes econômicos escolhem uma cesta de consumo maximizadora da utilidade, sujeita a uma restrição orçamentária, eles fazem uma escolha entre lazer e trabalho, considerando uma restrição que envolve o tempo e o salário: n Mais trabalho permite um nível de consumo mais elevado, mas reduz o tempo de lazer; n Mais lazer sacrifica as possibilidades de consumo. n Note então, que existe um trade-off na escolha entre trabalho (consumo) e lazer. n Para obter mais lazer o agente econômico deve abrir mão de horas de trabalho e, portanto, de consumo. Dito de outro modo, o custo de oportunidade de uma hora a mais de lazer é medido em termos de redução das possibilidades de consumo. MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER n Como lazer e consumo são “bens”, a função utilidade deve ser representada por n O nível de utilidade depende positivamente tanto da renda real (w/p) (que proporciona ao indivíduo poder de compra sobre bens e serviços - consumo), quanto de lazer (existe um trade-off entre esses dois objetivos). ;0 L U ;0 U , U Z )L (C,)L (C, )()( )L(C, ZZ Z > ¶ ¶ > ¶ ¶ ÷ ø ö ç è æ = ++ C LCf z ,U )()( )L (C, Z ÷ ø ö ç è æ = ++ zLCf MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER U C ZL Lz C U1 C1 Lz1 C3 Lz3 C2 Lz2 U2 U3 MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO Lz C U1 Definição: a taxa marginal de substituição (TMS) mede a inclinação de uma curva de indiferença em cada ponto da curva. Ela mede as relações de troca entre as mercadorias em cada ponto da curva, ou seja, mede a quantidade de uma determinada mercadoria da qual um consumidor estaria disposto a desistir para obter maior número de um outra mercadoria. C1 Lz1 C3 x13 C2 Lz2 ),( L C LC LC ),( LC Z),(C Z Z Z Z Z UMg UMg- -UMgUMg 0UMgUMg UMg ; UMg ),C(U Z Z LC Z Z Z Z Z LC Z L TMgS dC dL dLdC dLdC dL L UdC C UU L U C U Lf -== = =+ ¶ ¶ + ¶ ¶ =¶ = ¶ ¶ = ¶ ¶ = MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER Calculo para a taxa marginal de substituição (TMS) entre Consumo e Lazer: MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER n A restrição com a qual o agente econômico se defronta é dada por: n Suponha que: n M = renda que independe do trabalho; n C = quantidade de consumo; n P = índice de preço do consumo; n W = salário nominal; n LZ = quantidade de lazer (geralmente em horas); n L = quantidade de trabalho máxima (geralmente em horas); n O valor do consumo (PC) mais o valor do lazer (horas de lazer multiplicadas pelo seu custo de oportunidade = salário) deve ser igual a renda total, dada pela renda de não-trabalho mais a renda de trabalho (wL). Caso não exista renda ao não trabalhar, basta fazer M = 0. n OBS: Geralmente, chamamos de renda plena a renda total que pode ser obtida caso a quantidade de lazer seja igual a zero. Portanto, a renda plena é dada por M + wL . wLMwLPC Z +=+ MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER n Como o agente econômico faz uma escolha entre consumo e lazer, devemos reescrever a restrição, isolando o consumo: zLp w-+=Þ+=+ P wLMC wLMwLPC Z C -(w/p) = inclinação da restrição orçamentária LZ C B A (M+wL)/P M C1 Lz1 24 W1 C2 Lz2 [ ] iaOrçamentár Restrição da Inclinação Utilidadede Função da Inclinação W Mg W C W W 0W £ CP C 0P C C £ wL)M(wLPC )L U(C,),L£(C, wLMwLPC )Lf(C, U Z Z L ZZZ ZZ)L(C, = -=- -=-Þ ¶ ¶ -=¶ ¶ - ¶ ¶ -=Þ-= ¶ ¶ Þ=+ ¶ ¶ = ¶ ¶ ¶ ¶ -=Þ-= ¶ ¶ Þ=+ ¶ ¶ = ¶ ¶ +-++= +=+= P w UMg UMg U P UMgL U P U L U L U L U L P U UU s.aMax c L CZ Z ZZZ Z lll lll ll MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER n A maximização de utilidade exige que o agente econômico se posicione na curva de indiferença mais distante da origem que tangencie a restrição: MODELO CLÁSSICO ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER n A maximização de utilidade exige que o agente econômico se posicione na curva de indiferença mais distante da origem que tangencie a restrição: wLMwLPC )Lf(C, U ZZ)L(C, Z +=+= s.aMax -(w/p) = inclinação da restrição orçamentária LZ C B A (M+wL)/P M C1 Lz1 24 W1 C2 Lz2 L3(9) L2(8)L1(6) U1 Trade-Off Renda-Lazer L1 =(6) L2 =(8) L3 =(9) PMgL3 = W/P3=4,0 PMgL2 = W/P2=3,0 PMgL1 = W/P1=2,0 PMgL Ls U2 U3 L1 W/P1(2x6=12) L2 W/P2(3x8=24) L3 W/P3(4x9=36) 24 MODELO CLÁSSICO “OFERTA DE MÃO DE OBRA” Ls n O indivíduo ofertará trabalho (Ls) até o ponto em que a taxa à qual o trabalho possa ser trocado por renda no mercado de trabalho [dada pelo salário real (W/P)], seja igual à taxa à qual o indivíduo estiver disposto a trocar trabalho (renunciar ao lazer) por renda, taxa medida pela inclinação das curvas de indiferença do indivíduo (U1, U2, U3). n A partir do comportamento otimizador (maximizador) de um indivíduo construímos sua curva de oferta de trabalho a cada nível de salário real. n A curva de oferta agregada de trabalho é obtida somando-se horizontalmente as curvas individuais de oferta de trabalho, e mostra a quantidade total de trabalho ofertada para cada nível de salário real na economia. n A curva de oferta de trabalho é representada por: Ls = Ls (w/p) MODELO CLÁSSICO “OFERTA DE MÃO DE OBRA” n Dois aspectos importantes a considerar com relação ao modelo clássico: – O trabalhador aumenta sua utilidade (satisfação) através do consumo e, ao tomar decisão trabalho-lazer, ele está preocupado com o poder de compra, em termos de bens e serviços que o trabalho proporciona através do salário. Portanto, ao tomar decisão de oferta de trabalho, o trabalhador leva em conta o salário real, ou seja, a quantidade de bens e serviços que ele conseguirá adquirir. – A curva de oferta de trabalho tem inclinação positiva, supõe-se que mais trabalho seja ofertado se os salários reais forem mais altos. – Efeito Substituição. – Efeito Renda; 0 / > ¶ ¶ pw L s MODELO CLÁSSICO “OFERTA DE MÃO DE OBRA” n EFEITO SUBSTITUIÇÃO: supõe-se que mais trabalho seja ofertado se os salários reais forem mais altos. Isso reflete o fato de que um salário real mais alto significa um maior preço (custo) a ser pago pelo lazer. A esse preço mais alto assume-se que o trabalhador escolherá ter menos lazer, ou seja, o custo de oportunidade entre trabalho e lazer aumenta. Esse efeito que permite ao trabalhador desejar trabalhar mais em virtude de salários reais mais elevados, abrindo mão do lazer, é identificado como “efeito substituição”. n EFEITO RENDA: à medida que a renda aumenta, o trabalhador consegue obter uma renda real maior. A níveis mais altos de renda, o lazer pode se tornar mais desejável comparativamente a novos aumentos na renda. Com o sucessivo aumentos do salário real, pode-se chegar a um ponto em que o trabalhador escolhe ofertar menos trabalho e priorizar mais lazer, mesmo com o aumento no salário real. A atitude do trabalhador de preferir mais lazer na medida em que sua renda real é aumentada é identificado como “efeito renda”. n OBS.: O fato de o efeito substituição superar o efeito renda justifica a curva de oferta de trabalho ser positivamente inclinada. Se o efeito renda superar o efeito substituição, o que seria possível de ocorrer em níveis significativamente elevado de salários reais, a curva de oferta de trabalho poderia tornar-se negativamente inclinada. MODELO CLÁSSICO “OFERTA DE MÃO DE OBRA” MODELO CLÁSSICO “PRODUTO E EMPREGO DE EQUILÍBRIO” Curva de Demanda por trabalho LD = f(w/p) Curva de oferta de trabalho Ls = f(w/p) Função de Produção agregada Y = f(A, K, L) n Estas relações juntas com a condição de equilíbrio no mercado de trabalho LD = Ls n Determinam o produto, o emprego e o salário real no modelo clássico. L* Y=F(A, K, L) Y Y* L * W/P* W/P LS LD Y* MODELO CLÁSSICO “PRODUTO E EMPREGO DE EQUILÍBRIO” LS > LD LD > LS LD = LS DETERMINANTES DO PRODUTO E DO EMPREGO NO MODELO CLÁSSICO n No modelo clássico, os fatores que determinam a produção e o emprego são os que determinam as posições da curva de oferta e demanda por trabalho, bem como a posição da curva de produção agregada. – A função de produção é deslocada por: n Mudanças tecnológicas (A); n Mudanças no estoque de capital (K) – A curva de demanda por trabalho (PMgL) será deslocada por: n Mudanças na produtividade do trabalho, que ocorre em virtude de mudanças tecnológicas (A) ou de formação de capital(K); – A curva de oferta de trabalho se desloca por: n O tamanho da força de trabalho se altera (Ex.: crescimento populacional); n Mudanças nas funções das preferências dos indivíduos, que expressam seus trade-offs entre trabalho e lazer. n OBS: uma característica comum aos fatores que determinam a produção no modelo clássico é que todos são variáveis que afetam o lado da oferta, ou seja, as quantidades que as firmas escolhem produzir. No modelo clássico, os níveis de produção e emprego são determinados exclusivamente por fatores associados à oferta. A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA “DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE PREÇOS” n Para entender a determinação do nível de preços no sistema clássico, é necessário analisar o papel da moeda. Na teoria clássica, a quantidade de moeda determina o nível de demanda agregada, que, por sua vez, determina o nível de preços. n Duas abordagens se destacam: – A abordagen Fisheriana da Equação de Trocas. – A abordagem de Cambridge ou abordagem dos saldos de caixa (Cash Balance Approach). A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA “DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE PREÇOS” n ABORDAGEM FISHERIANA: O ponto de partida da teoria quantitativa da moeda é a equação de trocas, uma identidade que relaciona o volume de transações, avaliadas a preços correntes, com o estoque de moeda multiplicado pela taxa de circulação da moeda ou velocidade da moeda (que mede o número de vezes que cada unidade monetária disponível na economia é utilizada em transações durante um dado período). n Onde, – M = quantidade de moeda em circulação; – VT = velocidade de circulação da moeda; – P = índice de preços dos itens transacionados; – Y = volume de transações. YPVM T .. = n Segundo Irving Fisher, a equação que representa a teoria quantitativa da moeda, determina que o nível de preços varia: – Diretamente com a quantidade de moeda em circulação; – Diretamente com sua velocidade de circulação (v); – Inversamente com o volume de transações (Y). Y VMP T= A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA “DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE PREÇOS” n ABORDAGEM DE CAMBRIDGE: é assim chamada em homenagem à Universidade de Cambridge – origem acadêmica de seus criadores Alfred Marshall e A. C. Pigou – também postula a existência de uma relação proporcional entre quantidade exógena de moeda e nível de preços. Todavia, os fundamentos são menos mecanicistas do que os apresentados pela versão fisheriana. n Dada a necessidade de reter moeda em caixa para realizar transações, conseguir liquidez, e considerando o custo de oportunidade em manter essa moeda, o indivíduo decidirá manter uma quantidade ótima de moeda. Assim, a demanda por moeda deve corresponder a uma fração da renda e da riqueza, ou seja, pode ser representada por: n Em equilíbrio, tem-se que a quantidade exógeno de moeda deve ser igual a quantidade demandada de moeda. Assim temos: n Tratando k como fixo a curto prazo e com a produção real “Y” determinada pelas condições de oferta, a equação de Cambridge também se reduz a uma relação proporcional entre o nível de preços e os estoques de moeda. Como na abordagem fisheriana, a quantidade de moeda determina o nível de preços. YPkM d ..= A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA “DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE PREÇOS” YPkMM ds ..== YPk M .1. = n Definindo-se a Demanda Agregada como uma relação estabelecida entre a quantidade demandada de bens e serviços e o nível de preços, é possível derivar a demanda agregada no modelo clássico com base na teoria quantitativa da moeda. n Vista como uma equação de equilíbrio do mercado monetário, ela mostra que a oferta de moeda é igual à demanda de moeda e que a demanda é proporcional à quantidade de produto real Y. n Uma vez que a teoria clássica, em sua versão mais rígida, supõe que a velocidade renda da moeda é constante (V = 1/k), para uma velocidade constante, e para uma dada oferta de moeda M, temos uma relação inversa entre o nível de preços P e o produto real Y. A DEMANDA AGREGADA CLÁSSICA P MV P M k Y ss == 1 n Assim, para determinada oferta de moeda (M0), quanto maior o nível de preços P, menor o estoque real de moeda (M0/P), para satisfazer às transações e, por conseguinte, menor a quantidade de bens e serviços a ser demandada Y. A DEMANDA AGREGADA CLÁSSICA P MV P M k Y ss == 1 DA0=(M0, V0) P P1 P2 P3 YDA3 DA2 DA1 n Ampliações na oferta de moeda, ou seja, uma elevação de (M0) para (M1), desloca a curva de demanda agregada para a direita. Assim, para qualquer nível de preços P, a quantidade demandada se ampliará. A DEMANDA AGREGADA CLÁSSICA P MV P M k Y ss == 1 DA0=(M0, V0) P P1 P3 YDA2 DA1 DA’1DA’2 DA1=(M1, V0) M1 > M0 FATORES QUE NÃO AFETAM O PRODUTO E O EMPREGO NO MODELO CLÁSSICO n A questão que se coloca é: que papel desempenha a demanda agregada por produtos no modelo clássico? n Sabe-se que a quantidade produzida pelas empresas independe de variáveis nominais (moeda), ou seja, o produto e o emprego são determinados pela oferta (pela tecnologia e pelos estoques de fatores). n Dessa forma, o nível de demanda agregada não terá efeito sobre o nível de produto na economia, portanto, os seguintes fatores não interferem no nível de produto e emprego: n Nível de demanda por bens de capital por parte das empresas. n Nível de gastos do governo; n Quantidade de moeda; n Dada a oferta de moeda e o nível de produto definido pela oferta agregada, a demanda agregada apenas determina o nível de preços da economia. Alterações na demanda agregada oriunda de alterações na oferta de moeda, promovem mudanças apenas sobre o nível de preços, sem qualquer impacto sobre o produto real. EFEITO DE UMAMUDANÇA NA DEMANDA AGREGADA CLÁSSICA SOBRE O PRODUTO E O NÍVEL DE PREÇOS P MV P M k Y ss == 1 DA0=(M0, V0) P P1 P2 LsDA2 DA1 DA’1DA’2 DA1=(M1, V0) M1 > M0 Oferta n Se o produto real é dado pela oferta, a única variável determinada pela demanda é o nível de preços. Como a posição da curva de demanda é determinada pela oferta de moeda, concluímos que, no modelo clássico, políticas monetárias expansionistas ampliam a demanda e, como a oferta é dada pelas condições reais, as únicas variáveis afetadas pela moeda são as nominais (preços). n O mundo clássico é governado pela chamada “Lei de Say”, a qual estabelece que “a oferta cria sua própria procura”. n Segunda a “Lei de Say” toda a renda criada no processo de produção (lado da oferta) seria gasta, de forma a adquirir toda a produção. n De acordo com esta lógica, não seria possível uma situação de insuficiência generalizada de demanda. n Para que esta lei seja valida, considera-se que só haja demanda de moeda pelo motivo transação, ou seja, toda a renda ganha pelas pessoas é gasta apenas na compra de bens e serviços. MUDANÇAS NA DEMANDA AGREGADA CLÁSSICA n Existe no modelo clássico uma separação clara entre o chamado lado real e o lado monetário da economia. n As variáveis reais - produto, nível de emprego, salário real, preços relativos etc... – não são afetadas pela quantidade de moeda, que apenas determina as variáveis nominais - preços e salário nominal. n Essa é a chamada dicotomia clássica, que confere à moeda um papel totalmente passivo para a demanda agregada, ou seja, mostra a chamada “Neutralidade da Moeda”. n Em tais circunstâncias a política monetária só terá alguma influência sobre variáveis reais caso haja alguma imperfeição nos mercados, o que não é considerado no modelo clássico. DICOTOMIA CLÁSSICA A NEUTRALIDADE DA MOEDA NO MODELO CLÁSSICO DETERMINAÇÃO DO SALÁRIO REAL NO MODELO CLÁSSICO W0 W P n Uma vez determinado o nível de preços no mercado de produto, determina-se o salário nominal compatível com osalário real de equilíbrio (W/P*) no mercado de trabalho. W1 P0 P1 W/P* n O consumo, a poupança e o investimento agregados dependem fundamentalmente da taxa de juros no modelo clássico: – Oferta de Fundos – poupança agregada no modelo clássico. – Demanda de Fundos – demanda de investimentos no modelo clássico. – Equilíbrio entre oferta agregada de fundos e demanda agregada de fundos. POUPANÇA, INVESTIMENTO E O PAPEL DA TAXA DE JUROS NO MODELO CLÁSSICO n A parcela de recursos que é direcionado para a aquisição de títulos na economia corresponde à parcela da renda não consumida pelos agentes econômicos, ou seja, à poupança. n Podemos entender a decisão de alocação da renda entre poupança e consumo como uma escolha intertemporal entre consumir hoje ou no futuro, entendendo a poupança como uma transferência de poder de compra ao longo do tempo, ou seja, o indivíduo, ao poupar, somente o faz para consumir no futuro. n O sacrifício pela renúncia de consumo presente implica um “prêmio pela esperança” , ou seja, o indivíduo só poupará se puder consumir mais no futuro do que no presente. n Assim, a poupança depende do tamanho do prêmio pela espera, isto é, da taxa de juros, que remunera o sacrifício do indivíduo. OFERTA DE FUNDOS POUPANÇA AGREGADA NO MODELO CLÁSSICO. S1 r1 r S=S(r) OFERTA DE FUNDOS POUPANÇA AGREGADA NO MODELO CLÁSSICO. Quanto maior a taxa de juros mais caro será o consumo presente em termos de consumo futuro, portanto, menor o estímulo ao consumo presente e maior o estímulo à poupança (consumo futuro). Assim temos: 0 )( < ¶ ¶ Þ= r CrCC 0 )( > ¶ ¶ Þ= r SrSS r2 S2 n A demanda por fundos é realizada por aqueles que desejam realizar investimentos (demanda por investimentos). n O investimento corresponde ao acréscimo do estoque de capital na economia com o objetivo de ampliar sua capacidade produtiva. n A decisão de investimento, assim como a decisão de contratar mais trabalhadores pela empresa, segue a lógica da maximização de lucro pelas mesmas. n O retorno decorrente de uma unidade a mais de capital corresponde ao valor da produtividade marginal do capital (quantidade adicional de produto gerado por uma unidade a mais de capital vezes o preço do produto). n O custo do investimento é a taxa de juros que se paga para obter o empréstimo para a aquisição do bem de capital; ou o custo de oportunidade (taxa de juros) em que o detentor de recursos incorre por não aplicar sua poupança em títulos e imobilizar esses recursos na produção. DEMANDA DE FUNDOS DEMANDA DE INVESTIMENTO NO MODELO CLÁSSICO. MODELO CLÁSSICO “DEMANDA POR CAPITAL (INVESTIMENTO)” n Comportamento maximizador da firma. { KK CMgPMg KK P r K KLQ r K KLQP CMgRMg K QCT K QRT K QCT K QRT K Q r K KLQP K Q K QCT K QRT K Q LwKrKLQPQ QCTQRTQ = ¶ ¶ =- ¶ ¶ = ¶ ¶ = ¶ ¶ = ¶ ¶ - ¶ ¶ = ¶ ¶ - ¶ ¶ = ¶ ¶ ¶ ¶ - ¶ ¶ = ¶ ¶ --= -= 43421 ),( 0),( )()( 0)()( 0)( Lucro de oMaximizaçã para Regra .),()( )()()( :capital de quantidade a relação emDerivar ..),(.)( )()()( p p p p p Para cada nível de taxa de juros a empresa define a quantidade de capital a ser contratada.K1 K2 K3 Y=F(A, K, L) Y y1 y2 y3 K1 K2 K3 PMgK1 = r1 PMgK2 = r2 PMgK3 = r3 PMgL PMgK DEMANDA DE FUNDOS DEMANDA DE INVESTIMENTO NO MODELO CLÁSSICO. I1 r1 r I = I(r) OFERTA DE FUNDOS POUPANÇA AGREGADA NO MODELO CLÁSSICO. Assim como ocorre para o fator trabalho, a produtividade marginal do capital é decrescente, ou seja, investimentos adicionais ocorrem desde que o custo do capital (taxa de juros) se reduza. Assim temos que a demanda por recursos financeiros é inversamente relacionada com a taxa real de juros. Desse modo, a demanda por investimentos (função de investimentos) no modelo clássico é dado por: 0 )( < ¶ ¶ Þ= r IrII r2 I2 A condição de equilíbrio no mercado de bens e serviços, em uma economia simples, sem governo, é determinada por: Tanto o consumo, como o investimento dependem da taxa de juros. Pela definição de poupança temos que: Ou, equivalentemente: Substituindo C(r) na função de demanda agregada, temos: DEMANDA E OFERTA DE FUNDOS CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO NO MODELO CLÁSSICO ICDAY DAY +== = )()( rIrCY += )()( rCYrS -= )()( rSYrC -= )()( )()( )()( )( rIrS rIrSYY rIrSYY rC = =+- +-= 43421 DETERMINAÇÃO DA TAXA DE JUROS NO MODELO CLÁSSICO CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO NO MODELO CLÁSSICO S(r)=I(r) r* r I=I(r) S = S(r) n A taxa de juros de equilíbrio r*, é aquela que iguala a oferta de fundos de empréstimos [Poupança (S)], com a demanda por fundos de empréstimos [Investimentos (I)]. n Ao considerar o governo e a política fiscal, deve-se notar que os impostos arrecadados pelo governo subtraem a renda do setor privado, e como tal diminuem suas despesas. n Por outro lado, os gastos do governo representam elementos adicionais de demanda na economia. n Considera-se o governo como um agente exógeno, que arrecada impostos (T) e realiza gastos (G). n Sendo assim, a condição de equilíbrio no mercado de bens e serviços, em uma economia com governo, é determinada por: DEMANDA E OFERTA DE FUNDOS EM UMA ECONOMIA COM GOVERNO CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO NO MODELO CLÁSSICO GICDAY DAY ++== = Agora, tanto o consumo, como a poupança passam a depender da renda disponível que resta após o pagamento de impostos (Y-T), e da taxa real de juros (r). Assim, temos: Pela definição de poupança temos que: Ou, equivalentemente: Substituindo C(Y-T, r) na função de demanda agregada temos: DEMANDA E OFERTA DE FUNDOS EM UMA ECONOMIA COM GOVERNO CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO NO MODELO CLÁSSICO ),( rTYC - ),(),( rTYCTYrTYS ---=- ),(),( rTYSTYrTYC ---=- GrITrTYS GrITrTYSYY GrIrTYSTYY rC +=+- +=+-+- ++---= )(),( )(),( )(),( )( 444 3444 21 ),( rTYS - n É possível redefinir o conceito de poupança desmembrando-o em poupança pública e poupança privada. n A poupança pública corresponde à diferença entre a arrecadação de impostos e os gastos do governo (G – T). n Assim, a oferta de recursos no mercado financeiro corresponderá à chamada poupança nacional, que é dada pela soma entre a poupança privada e a poupança pública; n A poupança nacional S é determinada pela soma da Poupança Privada (SP) e da poupança Pública (Sg). DEMANDA E OFERTA DE FUNDOS EM UMA ECONOMIA COM GOVERNO CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO NO MODELO CLÁSSICO )( )()(),( )(),( rISS rIGTrTYS GrITrTYS gp SS públicaprivada =+ =-+- +=+- 32143421 gp SSS += n A taxa de juros de equilíbrio r*, é aquela que iguala a oferta de fundos de empréstimos [que consiste na poupança (S) mais tributos (T)], com a demanda por fundos de empréstimos [que consiste na soma dos investimentos (I) e dos gastos do governo (G)]. DEMANDA E OFERTA DE FUNDOS EM UMA ECONOMIA COM GOVERNO CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO NO MODELO CLÁSSICO S(r)+T=I(r)+G r* r I=I(r)+G S = S(r)+T EFEITO DO AUMENTO DA DEMANDA POR INVESTIMENTOS AUTONOMOS NO MODELO CLÁSSICO S1=I1 r1 r D’ S n Um aumento autônomo dos investimentos desloca a curva de demanda de fundos para a direita. A taxa de juros de equilíbrio aumenta de r0 para r1. À medida que a taxa de juros de equilíbrio vai aumentando, há uma redução nos investimentos, induzidas pela taxa de juros mais alta, e também há uma aumento na poupança, que é igual e simétrica a uma redução no consumo. A redução do consumo e dos investimentos, induzidos pelo aumento na taxa de juros compensam exatamente a elevação do investimentoautônomo inicial, deixando o nível do produto, do emprego e dos salários reais inalterados. r0 S0=I0 D EFEITOS DA POLÍTICA FISCAL NO MODELO CLÁSSICO S1=I1 r1 r D’ S n Um aumento nos gastos do governo desloca a curva de demanda por fundos de empréstimos para a direita, de I para I+ΔG. A taxa de juros de equilíbrio aumenta de ro para r1. O aumento na taxa de juros causa uma queda nos investimentos e um aumento na poupança (igual a queda no consumo). A queda nos investimentos e no consumo compensa exatamente o aumento nos gastos do governo, deixando o nível do produto, do emprego e dos salários reais inalterados. Assim, a política fiscal é tida como ineficaz para os clássicos. r0 S0=I0 D MODELO CLÁSSICO E POLÍTICA MONETÁRIA Salário Real (Rígido) X Salário Nominal (Flexível) L* W/P W/P* L * W1 W/P LS LD Y* 2W1 3W1 L DL S L D(P1) L D(P2) L D(P3) L S(P1) L S(P2) L S(P3) P1 P2 P3 D1 D2 D3 P EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NO MODELO CLÁSSICO n Segundo a escola clássica, conforme especifica a teoria quantitativa da moeda, a quantidade de moeda determina o nível de preços e, para uma determinada renda real, o nível de renda nominal. n Neste sentido a política monetária se torna importante para os clássicos enquanto garantidora da “estabilidade monetária” e, consequentemente, da estabilidade de preços. n Fora isso, a moeda não tem nenhuma relevância, é considerada apenas um “véu” que determina os valores nominais pelos quais medimos variáveis como o nível de atividade econômica, porém, não exerce nenhum efeito sobre variáveis reais. n A quantidade de moeda não afeta os valores de equilíbrio das variáveis reais no sistema, tais como: produto, emprego, salário real, taxa de juros real. n A política monetária não afeta as taxas de juros reais, pois os determinantes da taxa de juros são: a demanda real por investimentos, a poupança real e o valor real do déficit do governo. O que os economistas clássicos chamaram de forças “da produtividade e da frugalidade” DESEMPREGO NO MODELO CLÁSSICO n Segundo a abordagem clássica, a economia está sempre em equilíbrio de pleno emprego. Se, eventualmente, existir desemprego, ele é explicado por: n As pessoas preferirem “voluntariamente” ficar desempregadas, pelo menos, durante curto espaço de tempo (quando alguém se demite de um emprego para procurar outro, ou para fazer cursos de especialização ou treinamento, para estudos, etc..). n Várias forças do mercado de trabalho – leis, instituições, tradições – evitam com que o salário real se estabeleça no nível de equilíbrio de pleno emprego. Exemplos: – Os salários mínimos legais podem estar fixados acima do salário real de equilíbrio de pleno emprego; – O pagamento de seguro desemprego pode ser tão generoso, que as pessoas preferem recusar salários menores; – Sindicatos poderosos fixam salários acima daqueles com que pessoas não sindicalizadas gostaria de aceitar; – Indexação dos salários aos preços, faz com que o salário nominal seja perfeitamente ajustado aos preços, predeterminando, automaticamente o salário real em um nível superior ao necessário para assegurar o nível de pleno emprego. MODELO CLÁSSICO EQUILÍBRIO COM DESEMPREGO L* Y=F(A, K, L) Y Y* L * W/P* W/P LS LD Y* L SL D W/P Y Yu PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO MODELO CLÁSSICO n Os economistas clássicos enfatizam a tendência ao auto-ajuste na economia, ou seja, confiam na “mão invisível” e nas forças do mercado para assegurar o pleno emprego e a estabilidade da economia. n As ações do governo, via de regra, causam instabilidade e atrapalham o setor privado em sua tarefa de alocação eficiente dos recursos na economia. n A flexibilidade da taxa de juros, dos preços e dos salários nominais é vital para garantir o pleno emprego dos fatores de produção no modelo clássico. n A curva de oferta agregada clássica vertical é determinada num nível de pleno emprego da força de trabalho. n A curva de oferta vertical clássica reflete o fato de que, para que haja equilíbrio no mercado de trabalho, valores mais elevados do nível de preços exigem níveis proporcionalmente maiores de salário monetário (w), para assegurar com que o salário real permaneça constante e, consequentemente, o nível do produto de equilíbrio de pleno emprego. PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO MODELO CLÁSSICO n No nível de equilíbrio de pleno emprego o salário real, o emprego e o produto permanecem inalterados. n Na teoria clássica (lado da oferta) os fatores reais determinam as variáveis reais. A produção e o emprego dependem principalmente da população, da tecnologia e da formação de capital. A taxa de juros depende da produtividade e da frugalidade. A curva de oferta vertical ilustra a natureza de que o produto, no modelo clássico, é “determinado pela oferta”. n A moeda é tida como um véu que determina os valores nominais nos quais se medem as quantidades, mas os fatores monetários não desempenham uma função na determinação dessas quantidades reais. n A demanda agregada (independente de qual seja a forma de sua curva ou posição), não afeta a produção de equilíbrio de pleno emprego. Ela afeta apenas o nível de preços. n A estabilidade assegurada pelo setor privado levou os economistas clássicos a concluir por políticas não intervencionistas. ESCOLA KEYNESIANA MACROECONOMIA COMO OBJETO DE ESTUDO SISTEMÁTICO n Origem: década de 1930 n Marco teórico: n “A Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda” n Autor: John Maynard Keynes n Revolução Keynesiana: - Revolução contra o quê? - Qual era a ortodoxia dominante? O SISTEMA KEYNESIANO E O PAPEL DA DEMANDA AGREGADA n O marco da revolução Keynesiana se deu com a publicação do livro “A teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” pelo economista britânico John Maynard Keynes, em 1936. n Para entender o caráter revolucionário da teoria Keynesiana é útil considerar o estado do pensamento econômico com relação ao problema do desemprego, enquanto uma questão de política econômica, à época do seu desenvolvimento. n A teoria Keynesiana desenvolveu-se tendo como pano de fundo a Depressão mundial da década de 1930. n A atividade econômica entrou em um declínio em extensão e gravidade sem precedentes na época. n A taxa de desemprego nos EUA subiu de 3,2% da força de trabalho, em 1929, para 25,2% da força de trabalho, em 1933, o ponto mais baixo da atividade econômica durante a Depressão. n O desemprego permaneceu acima de 10% durante toda a década. n O PNB real caiu 30% entre 1929 e 1933, e não voltou a retornar ao nível de 1929 antes de 1939. O SISTEMA KEYNESIANO E O PAPEL DA DEMANDA AGREGADA n De acordo com a teoria de Keynes, o alto desemprego nos países industrializados era resultado de uma insuficiência de demanda agregada. n A teoria keynesiana forneceu a base das políticas econômicas de combate ao desemprego. n As políticas econômicas deveriam ser delineada de forma a estimular a demanda agregada. n Na época da depressão, Keynes apoiou medidas de políticas fiscais para estimular a demanda, principalmente, os gastos do governo em obras públicas. n De um modo geral, a teoria keynesiana defende o uso das políticas monetárias e fiscais para regular o nível de demanda agregada. O MERCADO DE BENS n A interação entre as variáveis produção, renda e demanda agregada é fundamental para as variações observadas na atividade econômica. n As variações da demanda por bens provocam alterações na produção. Estas, por sua vez, conduzem a alterações na renda que, por seu turno, alteram a demanda por bens. PRODUÇÃO RENDA DEMANDA AGREGADA A COMPOSIÇÃO DO PIB n Em geral, é costumeiro utilizar a seguinte decomposiçãopara o PIB: n Consumo (C): é constituído por bens e serviços comprados pelos consumidores (alimentos, veículos, passagens aéreas, hotéis,....). Esta variável representa o maior componente do PIB. n Investimentos (I): o investimento constitui a soma de dois componentes: – O investimento não-residencial, refere-se à compra, por parte das empresas, de instalações ou máquinas (turbinas, computadores,...). – O investimento residencial, diz respeito à compra, pelas pessoas, de casas ou apartamentos. A COMPOSIÇÃO DO PIB n Gastos do Governo (G): São constituídos pelos bens e serviços comprados pelo governo em suas três esferas: municipal, estadual e federal. Esses bens variam de aviões, armamentos, a equipamentos de escritório. n Exportações Líquidas ou balanço comercial (X-M): este item inclui duas componentes: – Importações (M): representam as compras de bens e serviços estrangeiros pelos consumidores domésticos, pelas empresas e pelo governo. – Exportações (X): as compres de bens e serviços domésticos pelos estrangeiros. n Assim temos: n Se X > M = superávit comercial; n Se X < M = Déficit comercial. O MODELO KEYNESIANO n De acordo com o modelo keynesiano, para que o produto esteja em equilíbrio, é necessário que o produto seja igual à demanda agregada. Essa condição de equilíbrio pode ser expressa por: Y = DA n Onde: – Y = representa o produto agregado; e, – DA = demanda agregada. A DEMANDA AGREGADA n A demanda agregada é constituída pela soma do consumo (C) com o investimento (I), com os gastos do governo (G) e com o saldo comercial (X-M) (Exportações menos Importações), e é representada do seguinte modo: n Essa equação, denominada identidade, estabelece uma relação entre a produção a renda e a demanda agregada. )( MXGICDAY -+++ºº MODELO KEYNESIANO SIMPLES Com Governo e Sem Comércio Exterior n Partimos de um modelo keynesiano simples, considerando uma economia fechada, sem relações com o exterior, definida por: n Como Y corresponde à renda nacional, podemos escrever: n A renda nacional paga às famílias, em troca dos serviços de seus fatores de produção, é consumida (C), poupada (S) ou paga em tributos (T). Assim temos que: n Ou, equivalentemente: TSCY ++º GICDAY ++ºº TSCYGIC ++ºº++ GIYTS +ºº+ MODELO KEYNESIANO SIMPLES Sem Comércio Exterior e sem Governo n Se considerarmos um modelo keynesiano, ainda mais simplificado, ou seja, uma economia fechada, sem relações com o exterior, e sem governo, temos: n Como Y corresponde à renda nacional, podemos escrever: n A renda nacional paga às famílias, em troca dos serviços de seus fatores de produção, é consumida (C) ou poupada (S). Assim temos que: n Ou, equivalentemente: SCY +º ICDAY +ºº SCYIC +ºº+ IS = MODELO KEYNESIANO SIMPLES FAMÍLIAS MERCADOS FINANCEIROS GOVERNO Renda Nacional (Y) Consumo (C) Poupança (S) Investimento (I) Impostos (T) Gastos do Governo (G) FIRMAS SITUAÇÕES DE DESEQUILÍBRIO Escassez de Demanda n Quando o nível de produto produzido (Y = C+Ir+G) excede a demanda agregada (DA=C+I+G), temos: n Nesta situação, temos que: – (Ir-I)>0, representa o valor em que o produto excede a demanda agregada, ou seja, o investimento realizado é superior ao investimento efetivamente planejado. – Representa a produção produzida e não vendida, que ultrapassa o valor dos investimentos em estoques desejados pela firma. – Esse excesso constitui o acúmulo não planejado em estoques no valor correspondente a (Ir-I). II GICGIC DAY r r > ++>++ > SITUAÇÕES DE DESEQUILÍBRIO Excesso de Demanda n Quando o nível de produto produzido (Y = C+Ir+G) for inferior a demanda agregada (DA=C+I+G), temos: n Nesta situação, temos que: – (Ir-I)<0, representa o valor em que a demanda excede o produto, ou seja, o investimento realizado é inferior ao investimento efetivamente planejado. – A produção produzida é inferior a produção demandada, sendo que, os estoques acabam ficando abaixo do nível efetivamente desejado. – Assim ocorre uma escassez de estoques não planejada, no valor de (Ir- I)<0. r r II GICGIC YDA > ++>++ > CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO n Para que haja equilíbrio de produto, as seguintes condições devem prevalecer: n O ponto de equilíbrio (Ir-I)=0 é determinado por um nível de produto em que, após todas as vendas terem sido efetuadas, deixa o nível de estoques exatamente no nível desejado pelas firmas. n O produto realizado deve ser exatamente igual a demanda agregada; n O investimento realizado deve ser exatamente igual ao investimento desejado. n Nestas circunstâncias, o nível de estoque planejado é exatamente igual ao nível de estoque realizado, não havendo nem acumulo indesejado, nem escassez não planejada de estoques. r r II GICGIC YDA = ++=++ = PRODUTO DE EQUILÍBRIO GICY ++= II r > DA E 45º Y 500 500 600400 II r < A FUNÇÃO CONSUMO (C) n O principal determinante do consumo é a renda ou, de maneira mais precisa, a renda disponível, isto é, a renda que fica depois que os consumidores receberam transferências do governo e pagaram seus impostos. Formalmente temos: n Essa forma funcional descreve o comportamento do consumidor. n Como pode-se verificar, a função descreve uma relação linear entre o consumo e a renda disponível, onde: – C = o consumo agregado; – Yd = renda disponível; – c0 = (c0 > 0) um parâmetro que representa o consumo autônomo, ou seja, aquele que independe da renda; – c = (0 < c < 1) um parâmetro denominado propensão marginal a consumir (PMgC) (mostra o efeito de uma unidade monetária adicional de renda disponível sobre o consumo). – T = impostos. cYdcYdC += 0)( )()( 0 TYccYdC -+= A FUNÇÃO CONSUMO (C) ANÁLISE GRÁFICA cYdcYdC += 0)( 10 << c C co c = inclinação da função consumo Yd 0)( >= ¶ ¶ = D D c Yd YdC Yd C A FUNÇÃO POUPANÇA (S) n A partir da definição de renda nacional, temos: n O qual podemos reescrever: n Verificamos que a renda disponível é igual ao consumo somado à poupança. No caso da teoria keynesiana temos: n Onde, – S = a poupança agregada – S = (1-c) = propensão marginal a poupar (PMgS) (representa o incremento da poupança por aumento unitário na renda disponível. n OBS.: observa-se que a poupança é uma função crescente do nível de renda disponível, porque a propensão marginal a poupar (s = 1-c) é positiva. TSCY ++º SCTYYd +º-º YdccS )1(0 -+-= sYdcS +-= 0 A FUNÇÃO POUPANÇA (S) ANÁLISE GRÁFICA 10 << c S -co s = (1-c) = inclinação da função poupança Yd YdccS )1(0 -+-= 0)1()( >-= ¶ ¶ = D D c Yd YdS Yd S POUPANÇA (S) E INVESTIMENTO (I) ANÁLISE GRÁFICA S -co s = (1-c) = inclinação da função poupança Yd YdccS )1(0 -+-= I0 Y* FUNÇÃO INVESTIMENTO (I) n Os gastos com investimentos são um dos principais fatores responsáveis pelas variações no produto e, por conseguinte, na renda. n Para explicar as causas subjacentes aos movimentos da demanda agregada e, por conseguinte, na renda, Keynes concentrou a atenção nos componentes autônomos da demanda agregada, determinados, independentemente da renda corrente. n Os investimentos são considerados o componente autônomo da demanda agregada que exibe a maior variabilidade, portanto, é considerado a principal fonte de instabilidade no produto e na renda agregada. n A função investimento é determinada pelos investimentos autônomos e pela taxa de juros, conforme segue: biII -= 0 FUNÇÃO INVESTIMENTO (I) ANÁLISE GRÁFICA biIiI -= 0)( 0>b I Io b = inclinação da função investimento i 0)( <= ¶ ¶ = D D b i iI i I n A política de gastos do governo (política fiscal)preocupa-se, especificamente: com as compras do governo, com o nível de transferências e com a estrutura tributária. n Supõe-se que o governo realiza gastos autônomos (G0), que efetua transferências (Tr) e que cobra tributos (T) [os quais representam uma fração constante da renda (tY)]. Temos que o orçamento do governo pode ser representado por: ou n Assim temos as seguintes situações: n (T=tY)>(G0+Tr) = BS>0 = superávit orçamentário n (T=tY)<(G0+Tr) = BS<0 = déficit orçamentário n (T=tY)=(G0+Tr) = BS=0 = equilíbrio orçamentário GASTOS DO GOVERNO (G) TrGTBS --= 0 TrGtYBS --= 0 ORÇAMENTO DO GOVERNO BS -(Bo+Tr) Y tYTrGBS TrGtYBS ++-= --= )( 0 0 0 DETERMINANDO A RENDA DE EQUILÍBRIO n Considerando que a função demanda agregada é determinada por: (1) n E que: (2) (3) (4) n Substituindo (2), (3) e (4) em (1) obtemos: (5) )()( 0 TYcCYdC -+= 0II = 0GG = GICYDA ++== 000 )( GITYcCY ++-+= DETERMINANDO A RENDA DE EQUILÍBRIO n Manipulando algebricamente a equação (5), temos: 000 GIcTcYCY ++-+= 000 GIcTCcYY ++-=- 000)1( GIcTCYc ++-=- ( ) Autônomos Gastos 000 Autônomos Gastos dos dorMultiplica Equilíbrio de Produtoou Renda )1( 1 GIcTC c Y ++- - = DETERMINANDO A RENDA DE EQUILÍBRIO n Fazendo os gastos autônomos iguais à A0=(C0-cT+I0+G0), temos: n O multiplicador dos gastos autônomos indica o impacto que o aumento de uma unidade monetária nos gastos autônomos causa sobre o produto (renda) de equilíbrio. n Representa o montante pelo qual a produção varia quando a demanda agregada autônoma aumenta uma unidade. n Observe que “c” representa a “Propensão Marginal a Consumir” (PMgC) da renda (0 < c < 1). n Quanto maior “c” maior será o efeito multiplicador sobre a renda. Autônomos Gastos 0 Autônomos Gastos dos dorMultiplica Equilíbrio de Produtoou Renda )1( 1 A c Y - = 2 5,0 1 5,01 1 == - =k 5 2,0 1 8,01 1 == - =k 11,1 9,0 1 1,01 1 == - =k PRODUTO DE EQUILÍBRIO 0CY = DA E 45º YY2 Y3Y1 0C 00 ICY += 321 Yd TYcGICY )(000 -+++= 000 GICY ++= 0I 0G cYd Y* VARIAÇÕES NA RENDA DE EQUILÍBRIO n Variações nos gastos autônomos promovem variações no produto de equilíbrio em 1/(1-c) unidades. n Se considerarmos aumentos sucessivos de gastos, impulsionados pelo aumento inicial de gastos autônomos temos: A c Y D - =D 1 1 cA Y - = ¶ ¶ 1 1 DAA c Y ccccAY AcAcAcAcAY n n D=D - =D +++++D=D D++D+D+D+D=D 1 1 ).....1( ..... 32 32 PMgCA Y - = ¶ ¶ 1 1 EFEITO DE UM AUMENTO NOS GASTOS AUTÔNOMOS SOBRE A RENDA DE EQUILÍBRIO DA E’ 45º YY 01 1 A c Y - = Y’ E 0'1 1' A c Y - = )'(0 AAA -=D )'( YYY -=D )'( DADADA -=D EFEITO DE UMA ELEVAÇÃO NA PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR SOBRE A RENDA DE EQUILÍBRIO DA E’ 45º YY 01 1 A c Y - = Y’ E 0'1 1' A c Y - = )'( YYY -=D )'( DADADA -=D n Uma elevação nos gastos autônomos (investimentos, gastos do governo) aumenta o nível da renda de equilíbrio. n O aumento da renda corresponde a um múltiplo do aumento no gasto autônomo, este múltiplo corresponde ao multiplicador da renda. n Quanto maior a propensão marginal a consumir (ou, equivalentemente, menor a propensão marginal a poupar), maior o multiplicador que surge da relação entre consumo e renda. EFEITO MULTIPLICADOR n O governo afeta o nível de renda de equilíbrio de duas formas distintas: n As compras de bens e serviços do governo (G) são uma componente da demanda agregada. n Os impostos (T=tY) e as transferências afetam a relação entre produção e renda, e a renda disponível (Yd) (renda disponível para o consumo e para a poupança). n Assim, é necessário entender como funciona a política fiscal, a qual corresponde a política do governo que se preocupa com as compras do governo, com o nível de transferências e com a estrutura tributária (fiscal). O SETOR GOVERNO n Supõe-se que as compras do governo correspondem a um volume constante G0, que viabiliza um volume de transferências também constantes Tr, e que coleta uma fração t da renda na forma de impostos: n Com essa especificação, pode-se reescrever a função consumo como: O SETOR GOVERNO tYT ;TrTr ; 00 === GG YtccTrCC ctYcTrcYCC tYTrYcCC )1( )( 00 00 00 -++= -++= -++= n Dada a função consumo anterior, a função demanda agregada pode ser reescrita como: n Resolvendo a equação anterior para Y, obtemos o nível de equilíbrio da renda, como segue: n Ou n Constata-se que a introdução do governo no modelo promove uma mudança substancial, pois ele aumenta o gasto autônomo a partir do volume de compras que realiza (G0), e pelo volume de gastos induzidos pelas transferências que realiza (Tr). O SETOR GOVERNO 0000 )1( GIYtccTrCYDA ++-++== 0000)1(1 1 GIcTrC tc Y +++ -- = 0)1(1 1 A tc Y -- = AUMENTO NOS GASTOS AUTÔNOMOS DO GOVERNO DA E’ 45º YY Y’ E )'( )1(1 1' 0000 IcTrCGtc Y +++ -- = )'( 000 GGG -=D )'( YYY -=D )'( DADADA -=D )( )1(1 1 0000 IcTrCGtc Y +++ -- = REDUÇÃO NOS IMPOSTOS DA E’ 45º YY Y’ E )'( YYY -=D )'( DADADA -=D )( )'1(1 1' 000 IcTrGtc Y ++ -- = )( )1(1 1 000 IcTrGtc Y ++ -- = EFEITO DOS IMPOSTOS SOBRE O MULTIPLICADOR E SOBRE O PRODUTO DE EQUILÍBRIO n Considere o efeito de alterações nos impostos sobre o multiplicador da renda: n Suponha que a PMgc = 0,8 e t=0,25. Assim, temos: n Efeito de redução nos impostos: Se PMgc = 0,8 e t=0,1, temos: n Efeito do aumento nos impostos: Se PMgc = 0,8 e t=0,4, temos: n Como pode-se verificar, aumento na alíquota de impostos reduz o efeito multiplicador dos gastos autônomos sobre a renda de equilíbrio. Enquanto, reduções nos impostos aumentam o efeito multiplicador dos gastos autônomos sobre a renda de equilíbrio. 5,2 4,0 1 6,01 1 )25,01(8,01 1 )1(1 1 == - = -- = -- = tc k 57,3 28,0 1 72,01 1 )1,01(8,01 1 )1(1 1 == - = -- = -- = tc k 92,1 52,0 1 48,01 1 )4,01(8,01 1 )1(1 1 == - = -- = -- = tc k n As compras do governo e os pagamentos de transferências são componentes autônomos da demanda agregada, atuando sobre a renda de equilíbrio. n Mudanças nos gastos do governo e nos impostos afetam o nível de renda de equilíbrio. Isso sugere que a política fiscal possa ser utilizada como um estabilizador da atividade econômica. n Quando a economia está em recessão, corte nos impostos e aumentos nos gastos do governo podem ser utilizados para estimular a atividade econômica e elevar o nível de equilíbrio da renda. n Quando a economia está crescendo num ritmo muito acelerado, os impostos podem ser elevados e os gastos reduzidos como forma de evitar uma pressão excessiva sobre o nível de renda de equilíbrio IMPLICAÇÕES DA POLÍTICA FISCAL A ESTRUTURA DO MODELO IS-LM (MOEDA, JUROS E RENDA) MERCADO DE ATIVOS (Oferta e demanda de Moeda) MERCADO DE BENS (Oferta e Demanda Agregada) RENDA TAXA DE JUROS POLÍTICA FISCAL O modelo IS-LM enfatiza a interação entre o mercado de bens e o mercado monetário, estabelecendo uma inter-relação entre a moeda a taxa de juros e o nível de renda. POLÍTICA MONETÁRIA MERCADO DE BENS n O equilíbrio no mercado de bens é caracterizado pela condição de igualdade entre a demanda agregada e o produto agregado (renda agregada). Essa condição de equilíbrio no mercado de bens é chamada de relação IS. n A denominação de relação ISdeve-se ao fato de a condição de equilíbrio exigir que o investimento agregado (I) deve ser igual a poupança agregada (S). n A curva IS mostra as combinações de taxas de juros e nível de produção (renda), onde os gastos planejados são iguais à renda, e a poupança é igual ao investimento. A TAXA DE JUROS E A DEMANDA AGREGADA A CURVA IS n Consideraremos, a partir de agora, que os investimentos não são mais autônomos, mas são também determinados pela taxa de juros, conforme determina a equação: n A função de investimentos mostra que o nível planejado de gastos com investimento é uma função inversa da taxa de juros. Pelo fato de taxas de juros mais altas reduzirem a lucratividade das adições ao estoque de capital, elas implicam valores mais baixos de gastos com investimento planejados. n Variações no investimento autônomo deslocam a reta do investimento. FUNÇÃO INVESTIMENTO (I) biIiI -= 0)( FUNÇÃO INVESTIMENTO (I) ANÁLISE GRÁFICA biIiI -= 0)( 0>b i b = inclinação da função investimento I 0)( <= ¶ ¶ = D D b i iI i I n Considere as seguintes funções: n A nova curva de demanda agregada inclui gastos com investimentos que dependem da taxa de juros: n Ou, equivalentemente: A TAXA DE JUROS E A DEMANDA AGREGADA A CURVA IS YtccTrCC )1(00 -++= biIiI -= 0)( 0GG = 0000 )1( GbiIYtccTrCYDA +-+-++== )( )1(1 1 0000 biGIcTrCtc Y -+++ -- = n Fazendo: n Podemos reescrever a equação do produto de equilíbrio como: n Ou, equivalentemente: n Essa equação representa as combinação de taxa de juros e nível de renda para as quais o mercado de bens encontra-se em equilíbrio, a chamada a curva IS. A TAXA DE JUROS E A DEMANDA AGREGADA A CURVA IS )( 0 biAY -=a )(A e )1(1 1 00000 GIcTrCtc +++= -- =a b Y b Ai a -= 0 DERIVAÇÃO DA CURVA IS DA E’ 45º YY )( )1(1 1 0 biAtc Y - -- = Y’ E )'( )1(1 1' 0 biAtc Y - -- = )'( YYY -=D )'( DADADA -=D Y i i’ Y Y’ E E’ i ba 1 b A 0 b Y b Ai a -= 0 EFEITOS DO MULTIPLICADOR SOBRE A INCLINAÇÃO DA CURVA IS DA E’ 45º YY )( )1(1 1 0 biAtc Y - -- = 43421 a Y’ E )( )1(1 1 ' 0 ' biA tc Y - -- = 43421 a )'( YYY -=D )'( DADADA -=D Y i i’ Y Y’ E E’ i ba 1 b A 0 b Y b Ai a -= 0 EFEITOS DE VARIAÇÕES NOS GASTOS AUTÔNOMOS SOBRE A CURVA IS DA E’ 45º YY )( )1(1 1 0 biAtc Y - -- = Y’ E )'( )1(1 1' 0 biAtc Y - -- = )'( YYY -=D )'( DADADA -=D Y i i’ Y Y’ E E’ i b Y b Ai a -= 0 POSIÇÕES FORA DA CURVA IS DA E’ 45º YY )( )1(1 1 0 biAtc Y - -- = Y’ E )'( )1(1 1' 0 biAtc Y - -- = )'( YYY -=D )'( DADADA -=D Y i i’ Y Y’ E E’ i ba 1 b A 0 b Y b Ai a -= 0EOB EDB n A curva IS representa as combinações de taxas de juros e nível de renda, que asseguram o equilíbrio no mercado de bens. n A curva IS é negativamente inclinada porque um aumento na taxa de juros reduz o gasto em investimento planejado, que reduz a demanda agregada, reduzindo, portanto, o nível de renda de equilíbrio. n Quanto menor o multiplicador e menos sensível o gasto em investimento em relação às variações na taxa de juros, mais inclinada é a curva IS. Em contrapartida, quanto maior o multiplicador e mais sensível o gasto em investimento, menos inclinada é a curva IS. n A curva IS é deslocada por variações no gasto autônomo. Um aumento no gasto autônomo, incluído um aumento nas compras do governo, desloca a curva IS para fora e para a direita. n Nos pontos à direita da curva IS, há um excesso de oferta no mercado de bens. n Nos pontos à esquerda da curva IS, há um excesso de demanda por bens. PRINCIPAIS PONTOS SOBRE A CURVA IS MERCADO FINANCEIRO n O modelo simplificado que analisamos até o momento não levou em conta o papel da moeda e da taxa de juros para determinação das condições de equilíbrio. n Conforme veremos, a taxa de juros desempenha um papel crucial na determinação da demanda por bens e por ativos financeiros na economia. n As taxas de juros são determinadas no mercado financeiro, onde ocorre a transação de todos os ativos presentes no sistema. n Os mercados financeiros (ou mercado de ativos) são os mercados nos quais todos os ativos disponíveis na economia são negociados, compreendendo: moeda, títulos da dívida pública, ações, debêntures, notas promissórias, residências, estoques,...... MERCADO FINANCEIRO n Existe uma ampla variedade de ativos sendo negociados no mercado financeiro. Para simplificar, é possível dividir esses ativos em duas categorias: – Ativos monetários: são ativos caracterizados por apresentar liquidez imediata e, geralmente, não renderem juros – Moeda corrente (dinheiro) – Depósitos a vista. – Ativos não monetários: são caracterizados por possuírem baixa liquidez e por render juros, ou alguma forma de remuneração. – obrigações (títulos de dívida do governo, de empresas, instrumentos do mercado de crédito); – ações; – seguros de vida; – reservas em fundo de pensão; – Ativos reais (residências, máquinas, terra, estrutura de capital das empresas, estoques, bens de consumo duráveis) MERCADO DE ATIVOS n A restrição orçamentária da riqueza no mercado financeiro estabelece que a demanda por encaixes monetários reais (L), mais a demanda por títulos reais (TD), deve ser igual à riqueza financeira real (W/P). n De modo equivalente, a oferta real de moeda (M/P) e de títulos (Ts), deve ser igual ao estoque de riqueza financeira do sistema (W/P). n Sendo assim, a condição de equilíbrio estabelece que a oferta de ativos deve ser igual a demanda de ativos. MERCADO DE ATIVOS P WTL D =+ P WT P M s =+ Ds TLT P M +=+ n Com base nas derivações anteriores, constata-se que, quando o mercado monetário está em equilíbrio (L = M/P), o mercado de títulos (TD = TS) também estará. n Esta expressão estabelece que a decisão de manter mais encaixes monetários implica em manter menos riqueza na forma de títulos, ou vice versa. n ou n Sendo assim, é possível entender como ocorre o equilíbrio no mercado de ativos, concentrando a atenção no que ocorre no mercado monetário. MERCADO DE ATIVOS Ds TLT P M +=+ SD TTL P M -=- Ds TTL P M <=> Ds TTL P M >=< ( ) 0=-+÷ ø ö ç è æ - Ds TTL P M n A demanda por encaixes reais (L) depende do nível de renda real (Y), bem como, da taxa de juros (i). n n Depende do nível de renda real porque os indivíduos detêm moeda para financiar suas despesas correntes, ou seja, para satisfazer as transações que necessitam realizar no dia a dia. Quanto maior o nível de renda maior a demanda por moeda, e vice versa. n A demanda por moeda depende também do custo da posse de moeda, ou seja da taxa de juros que incorre por deter um determinado encaixe monetário. Quanto mais alta a taxa de juros, mais caro torna-se possuir moeda em relação a outros ativos, e vice versa. n De acordo com a concepção Keynesiana os indivíduos demandam moeda para atender três propósitos básicos: n Transação; n Precaução; n Especulação. DEMANDA POR MOEDA n A função demanda por moeda pode ser estabelecida pela seguinte forma funcional: n Onde: FUNÇÃO DEMANDA POR MOEDA 0h k, ),( >-= hikYiyL 0),( >= ¶ ¶ k Y iyL 0),( <-= ¶ ¶ h i iyL A FUNÇÃO DEMANDA POR MOEDA Efeito de Variação da Taxa de Juros i -h = inclinação da função demanda L - Para um dado nível de renda Y, a demanda por encaixes reais é representada como uma função inversa da taxa dejuros. - Quanto mais alta a taxa de juros menor a quantidade de encaixes reais demandada. - Quanto menor a taxa de juros maior a demanda por encaixes reais. hikYiyL -= 1),( A FUNÇÃO DEMANDA POR MOEDA Efeito de Variação da Renda hikYiyL -= 0),( i -h = inclinação da função demanda L - Um aumento na renda aumenta a demanda por moeda. Isto é representado pelo deslocamento para a direita da curva de demanda por moeda. hikYiyL -= 1),( OFERTA DE MOEDA i M/P n A quantidade nominal de moeda (M) que circula na economia é determinada exogenamente pelo Banco Central. n Supondo que os preços são constante em um nível P, a quantidade de moeda real ofertada é determinada por (M/P), conforme demonstra o gráfico abaixo: M’/P OFERTA DE MOEDA Operações de Mercado Aberto n O banco central altera a oferta de moeda através de “operações de mercado aberto”, ou seja, através da compra e venda de títulos de dívida. – Quando o BC quer aumentar o estoque de moeda existente na economia, ele compra títulos de dívida e paga por eles criando moeda nova; – Quando o BC quer reduzir o estoque de moeda, ele vende títulos de divida no mercado e tira de circulação a moeda que recebe em troca desses títulos. OFERTA DE MOEDA Operações de Mercado Aberto n O balanço do Banco Central pode ser representado por: n Os ativos são compostos pelos títulos de dívida que mantém em carteira; n Os passivos são constituídos pelo estoque de moeda que existe na economia. n Operações de mercado aberto promovem mudanças equivalentes no lado do ativo e no lado do passivo, obedecendo o método das partidas dobradas contábeis. ATIVOS PASSIVOS Títulos de Dívida em Carteira Moeda (dinheiro) OFERTA DE MOEDA Relação entre Taxa de Juros e Preço dos Títulos n Nos mercados de títulos não são determinadas as taxas de juros, mas sim os preços dos títulos que serão negociados. n A taxa de juros pode ser inferida a partir dos preços dos títulos como segue: n Onde, – Pr = Preço de resgate; – PA = Preços atual ou corrente. n OBS.: como pode-se observar, quanto maior o preço corrente do título da dívida, menor a taxa de juros. Portanto, existe uma relação inversa entre a taxa de juros e o preço dos títulos. A Ar P PPi -= i PP rA + = 1 OFERTA DE MOEDA Operações de Mercado Aberto n Operações de mercado aberto expansionista: n Representam operações em que o banco central aumenta a oferta de moeda por meio da compra de títulos de dívida, provocando um aumento no preço dos títulos e, por conseguinte, uma redução na taxa de juros. n Operações de mercado aberto contracionista: n Representam operações em que o banco central reduz a oferta de moeda por meio da venda de títulos, provocando uma redução no preço dos títulos e, por conseguinte, um aumento na taxa de juros. EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO A CURVA LM n A curva LM demonstra o equilíbrio no mercado monetário, ou seja, mostra as combinações de taxa de juros e nível de renda nos quais a demanda por moeda (encaixes reais) é igual à oferta de moeda. n A curva LM pode ser obtida diretamente igualando a demanda por moeda, e a oferta de moeda, que representam as condições de equilíbrio no mercado monetário, como segue: n Rearranjando os termos temos que: 0h k, >-= hikY P M 0h k, 1 >÷ ø ö ç è æ -= P MkY h i EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO A CURVA LM i M/P n O painel direito mostra o mercado monetário. A oferta de encaixes reais é a linha vertical M/P. A oferta monetária nominal M é fixada pelo banco central e o nível de preços é dado. A curva de demanda por moeda L e L’ corresponde a diferentes níveis de renda Y1 e Y2. No gráfico esquerdo encontra-se a curva LM, que demonstra as diferentes combinações de taxa de juros e nível de renda para os quais o mercado monetário encontra-se em equilíbrio. L i Y i’ i i’ iE E’ E E’ Y’Y LM L’ L EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO INCLINAÇÃO DA CURVA LM i M/P L i Y i’ i i’ iE E’ E Y’Y LM L’ L E’ n Quanto maior a sensibilidade da demanda por moeda relativa à renda, medida por k, e quanto menor a sensibilidade da demanda por moeda relativa à taxa de juros h, mais inclinada será a curva LM. LM’ EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO A POSIÇÃO DA CURVA LM i M/P n Um aumento na oferta monetária de M para M’, mantendo o nível de preços constantes, promove um deslocamento da curva LM para a direita. L i Y i0 E’ E E’ E Y LM M/P’ L LM’ i1 i0 i1 EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO POSIÇÕES FORA DA CURVA LM i M/P n Pontos acima e à esquerda da curva LM correspondem a um excesso de oferta de encaixes monetários reais; n Pontos abaixo e à direita, ocorre um excesso de demanda por encaixes monetários reais. L i Y E1 Y’Y LM L’ L E1 E3 E2 E4 E2E3 E4 (EOM) (EDM) (EDM) (EOM) i0 i1 i1 i0 PRINCIPAIS PONTOS SOBRE A CURVA LM n A curva LM representa as combinações de taxas de juros e nível de renda, para os quais o mercado monetário encontra-se em equilíbrio. n Quando o mercado monetário encontra-se em equilíbrio, o mercado de títulos também apresenta-se em equilíbrio, de modo que a curva LM representa as combinações de taxa de juros e nível de renda em que o mercado de títulos encontra-se em equilíbrio. n A curva LM é positivamente inclinada. Dada uma oferta fixa de moeda, um incremento no nível de renda, que aumenta a quantidade de moeda demandada, tem que ser acompanhada por uma elevação na taxa de juros, para preservar o equilíbrio monetário. n A curva LM é deslocada por variações na oferta monetária. Um aumento na oferta monetária desloca a curva LM para a direita. n Nos pontos à direita da curva LM, há um excesso de demanda por moeda e, nos pontos à esquerda, há um excesso de oferta de moeda EQUILÍBRIO NOS MERCADOS DE BENS E MONETÁRIOS EQUILÍBRIO NOS MERCADOS DE BENS E MONETÁRIOS n As curvas IS e LM resumem as condições que devem ser satisfeitas para que os mercados de bens e monetários encontrem-se em equilíbrio. n Para que a economia encontre-se em equilíbrio, o mercado de bens e o mercado monetário devem apresentarem-se, simultaneamente, em equilíbrio. n Para que isso ocorra, a taxa de juros e o nível de renda que assegure a condição de equilíbrio deve ser determinada pela interação entre os dois mercados, ou seja, a taxa de juros e o nível de renda que equilibra o mercado de bens deve ser a mesma que equilibra o mercado monetário. n Considere o modelo que segue: Para o mercado de Bens Para o mercado Monetário EQUILÍBRIO NOS MERCADOS DE BENS E MONETÁRIOS YtccTrCC )1(00 -++= biIiI -= 0)( 0GG = P M P M = 0h k, ),( >-= hikYiyL n Considere as seguintes funções: n A nova curva de demanda agregada inclui gastos com investimentos que dependem da taxa de juros: n Considerando a condição de equilíbrio no mercado monetário: n Substituindo i, na equação anterior temos: EQUILÍBRIO NOS MERCADOS DE BENS E MONETÁRIOS YtccTrCC )1(00 -++= biIiI -= 0)( 0GG = 0000 )1( GbiIYtccTrCYDA GICYDA +-+-++== ++== )( )1(1 1 0000 P M h bGIcTrC h bktc Y ++++ úû ù êë é +-- = 0h k, 1 >÷ ø ö ç è æ -= P MkY h i n A equação que segue determina a condição de equilíbrio no mercado de bens e monetário simultaneamente: n A partir dessa condição de equilíbrio, temos que: EQUILÍBRIO NOS MERCADOS DE BENS E MONETÁRIOS 0 )1(1 1 000 > úû ù êë é +-- = ¶ ¶ = ¶ ¶ = ¶ ¶ h bktcI Y G Y C Y 0 )1(10 > úû ù êë é +-- = ¶ ¶ h bktc c Tr Y
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