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INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Eduardo Klatt Mattos
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
AULA 10
Instalações de Esgoto Sanitário
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Generalidades
Um bom sistema de esgotos sanitários de uma residência, prédio ou logradouro público, é aquele que diante do qual não se percebe a sua existência. Ou seja, promove o afastamento rápido das águas servidas, não produz odores, ruídos ou contaminação, nem atrapalha o ambiente. É duradouro, de fácil manutenção e deve ser construído com o menor custo possível. 
É composto de tubulações, equipamentos e acessórios, projetados segundo normas e procedimentos padronizados, objetivando atender a cada caso específico, utilizando materiais disponíveis no mercado. 
A norma brasileira que tratam do assunto é: 
NBR 8160 – Instalação Predial de Esgoto Sanitário – Procedimento – Set/1983. 
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Finalidades
A instalação predial de esgotos sanitários destina-se a coletar e afastar da edificação todos os despejos provenientes do uso da água para fins higiênicos, encaminhando-os a um destino indicado pelo poder público competente, que pode ser: 
a) em rede pública de coleta de esgotos sanitários;
b) em sistema particular, quando não houver rede pública de esgotos sanitários. 
Segundo a NBR 8160/83, as instalações prediais de esgotos sanitários devem ser projetadas e executadas de modo a: 
-Permitir rápido escoamento dos esgotos sanitários e fáceis desobstruções; 
-Vedar a passagem de gases e animais das tubulações para o interior das edificações; 
-Não permitir vazamentos, escapamentos de gases e formação de depósitos no 
interior das tubulações; 
-Impedir a poluição da água potável. 
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Classificação dos Esgotos
Os esgotos sanitários prediais classificam-se em primários e secundários. São chamados 
primários os esgotos aos quais têm acesso os gases provenientes da rede pública. 
secundários os esgotos aos quais não têm acesso aqueles gases. O acesso dos gases da rede pública aos esgotos secundários, é impedido através de sifãos. 
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Nomenclaturas
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Canalizações de Esgotos
A rede para coleta e afastamento das águas servidas é constituída por: Ramais de descarga e de esgoto, tubos de queda, subcoletores e coletor predial. Existem também caixas de inspeção ou de passagem.
É dimensionada em função das descargas dos aparelhos sanitários a que servem, cuja descarga é definida em função do número de unidades
de descargas, ou UNIDADE HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO (UHC). Uma UHC corresponde uma descarga de 28 l/min, ou a descarga de um lavatório de residência. 
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Canalizações de Esgotos
Ramal de descarga
Canalização diretamente ligada ao aparelho sanitário, do qual recebe os efluentes. Deve Ter seu diâmetro mínimo fixado de acordo com a Tabela 1. É exigido o diâmetro mínimo de 100mm (4”) para as canalizações que recebem despejos de bacias sanitárias. 
Ramal de esgoto
Canalização que recebe os efluentes de ramais de 
descarga. É dimensionado somando-se as unidades de descarga de todos os aparelhos servidos pelo ramal e respeitando-se os diâmetros nominais mínimos fixados na Tabela 2. 
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Canalizações de Esgotos
Tubo de queda
Canalização vertical que recebe efluentes de ramais de descarga, de esgoto ou subcoletores. Deve ter diâmetro uniforme e sempre que possível instalado no mesmo alinhamento. A descarga para dimensionamento é obtida somando-se as unidades de descarga por pavimento e em todo tubo. O diâmetro deve ser fixado respeitando-se os diâmetros nominais mínimos fixados na Tabela 3. O diâmetro do tubo de queda deve ser maior ou igual ao de qualquer ramal de esgoto servido por ele. 
Subcoletor
Canalização, normalmente horizontal, que recebe efluentes de um ou mais tubo de queda, ou ramal de esgoto. 
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Canalizações de Esgotos
Coletor predial
É o trecho de canalização horizontal compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto, de descarga ou tubo de queda, e a rede pública ou local de lançamento dos despejos. 
O coletor predial e o subcoletor devem ser dimensionados de acordo com a Tabela 4. 
Devem ser instalados com declividades uniformes, respeitados os valores mínimos fixados naquela tabela. 
O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo de 100mm. As tubulações horizontais com diâmetros nominais menores ou iguais a 75mm, devem ser instaladas com declividade mínima de 2%. 
As com diâmetros maiores ou iguais a 100mm devem ter declividade mínima de 1%, com exceção dos coletores e subcoletores que devem obedecer os valores fixados na Tabela 4. 
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Canalizações de Esgotos
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Canalizações de Esgotos
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Canalizações de Esgotos
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Canalizações de Esgotos
Sifãos
Todo aparelho sanitário deve ser isolado de canalização primárias através de sifão sanitário. Utiliza-se sifão sanitário individual em mictórios, bacias sanitárias, pias de cozinha, pias de despejo e tanques de lavar. 
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Canalizações de Ventilação
A rede de ventilação é extremamente importante uma vez que ao permitir a entrada de ar nas canalizações de esgotos sanitários, asseguram que essas funcionem como condutos livres, ou seja, sob pressão atmosférica, impedindo o surgimento de pressões negativas que poderiam romper os fechos hídricos dos sifãos instalados nas junções das canalizações de esgotos secundários com esgotos primários, possibilitam que os gases provenientes da rede pública de esgotos sanitários, sejam lançados na atmosfera sem penetrar no interior das edificações.
INSTALAÇÕES PREDIAIS - HIDRÁULICAS
Canalizações de Ventilação
Suponhamos que seja descarregada a bacia sanitária do piso superior: 
a - O esgoto descarregado, ao penetrar no tubo de queda, funciona como um pistão hidráulico, comprimindo o ar abaixo. 
b - O ar comprimido exerce pressão sobre as colunas d’água que estão nos sifões. S2, S3, S4 – se não houvesse saída – ele tenderia a romper o fecho hídrico através do SIFONAMENTO POR COMPRESSÃO, permitindo a entrada de gases nos sanitários. 
Tal problema é evitado pela ligação dos ramais de ventilação à coluna de ventilação.