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Revisão Mídias Digitais

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Castells 
Sociedade em rede: A sociedade se caracteriza pelo grupo de pessoas que interagem entre si, podendo estas ser de diferentes núcleos étnicos, culturais, políticos ou religiosos, que compartilham de gostos, ideias ou costumes. Pode ser definida ainda como uma rede de relacionamentos entre indivíduos que vivem juntos em uma comunidade organizada. 
Rede: conjunto de pontos, os nós interconectados. Ou seja, elementos que se comunicam entre si. Toda rede é uma estrutura complexa de comunicação. Constituem as redes a unidade de objetivos de seus participantes e a flexibilização das relações. Não há fronteiras e existe grande movimentação/instabilidade. 
Nós: os pontos ou nós podem ser qualquer coisa. Cada pessoa é um nó, cada página, cada comunidade. Uma rede social é uma espécie de nó de nós. Quando pensada dentro do contexto internet, é apenas mais um nó. 
Surgimento da Internet
A criação da Internet ocorre por causa das instituições militares + cooperação científica das universidades + iniciativa individual “nas garagens” + inovação da contracultura + investidores de risco
A internet surgiu no final dos anos 1960, a partir da ARPANET, e se estruturou nas décadas posteriores (1970 e 1980), tornando-se uma rede de alcance mundial na década de 1990.
Vale do silício:  Região semi-rural ao norte da Califórnia, o Vale do Silício foi transformado pela convergência de vários fatores, dentre os quais podemos destacar a formação de uma rede eficiente de empresas de capital de risco, um grande grupo de engenheiros e cientistas talentosos das principais universidades da área e a liderança institucional da Universidade de Stanford.
– Coração das inovações da microeletrônica desde 70. Mais de 250 mil trabalhadores. Atrai investimentos e talentos de todo o mundo
- William Shockley – inventor do transistor. Gênio e empresário falido. 
- Os 8 da Fairchild – utilizaram silício como rota para integrar os transistores. Empresas foram nascendo da Fairchild. (metade das empresas de semicondutores nasce da cisão, inclusive a Intel.
Neste vale encontrava-se:
Os conhecimentos tecnológicos mais recentes;
Engenheiros e cientistas com bastante talento oriundos das universidades da região;
Financiamentos do departamento de defesa e de fundos garantidos;
Uma rede eficiente de capital de risco e
Na fase inicial a importância da Universidade de Stanford.
Segundo Castells a “Era da Informação” é dividida em quatro camadas:
Tecnomeritocrática
Harcker
Comunidade Virtual
Empresarial
Pierre Levy
Inteligencia Coletiva: A inteligência coletiva seria uma forma de o homem pensar e compartir seus conhecimentos com outras pessoas, utilizando recursos mecânicos como, por exemplo, a internet. Nela os próprios usuários é que geram o conteúdo através da interatividade com o website.
Ex: Wiki, Docs colaborativos, trip advisor, booking, e e-commerce (milhões de pessoas online + reviews e experiências de uso e serviços= fonte inesgotável de informação)
Tecnologia e Cotidiano
Mundo online e Offline: O filósofo Pierre Levy chamava a atenção para a potencialidade das interações coletivas e como isto teria impactos na sociedade. Ao mesmo tempo, dizia que o virtual era uma potência do real, e vice-versa, nos mostrando que a rede poderia expandir desde questões que sempre enobrecem o desenvolvimento humano como também propagar os nossos piores conflitos.
Individualismo Conectado: O indivíduo no centro da rede conectado as pessoas com laços efêmeros.
Laços Sociais e Relação com grupos/ espaço: Os laços eram construídos a partir da distância física entre pessoas. A partir do séc. XX com o transporte coletivo, automóvel e novos meios de comunicação facilitam as relações. Vínculos entre grupos diferentes torna-se possível, contanto que ocorra em locais próximos.
No final do séc. XX noção de “lugar” passa por transformação radical. Conexões sem fio, dispositivos móveis e expansão do wi-fi. Conexão entre lugares é substituída por conexão entre pessoas. Não é preciso ligar para o trabalho ou para a casa, basta contatar a pessoa. Com isso os “laços” entre as pessoas se tornam efêmeros.
Rede no Ciberespaço: Há mais de 30 anos Mcluhan formulou o conceito de aldeia global. Ele previu um conceito de sociedade completamente interconectada e tomada pelas mídias eletrônicas. Essas novas mídias ao aproximar as pessoas de toda parte permitiriam a elas conhecer-se e comunicar-se, como em uma aldeia. O surgimento da Internet como uma rede mundial de computadores, veio confirmar essas expectativas ao criar um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana. Porém trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas virtualmente: o ciberespaço. Pode-se afirmar que o ciberespaço diz respeito a uma forma de virtualização informacional em rede. Por meio da tecnologia, os homens, mediados pelos computadores, passam a criar conexões e relacionamentos capazes de fundar um espaço de sociabilidade virtual.
O espaço cibernético intensificou transformações sociais nos mais diversos campos da atividade humana, é o que Manuel Castells chama de sociedade em rede. No campo da produção de mercadorias surgiram as empresas virtuais que têm a internet como base de atuação, mas também ocorreram importantes alterações sócio-culturais e políticas que atingiram as principais mídias em decorrência do aceleramento dos meios de comunicação e de informação. Com o ciberespaço constituiu-se um novo espaço de sociabilidade que é não-presencial e que possui impactos importantes na produção de valor, nos conceitos éticos e morais e nas relações humanas.
Mediação e Tecnologia
Antes: estrutura um-todos: poucos centros emissores e info homogênea. 
Agora: estrutura todos-todos: não há mais distância física, múltiplos emissores, info diversificadas (personalização). 
Comparação internet com praça pública "ruidosa e movimentada, marcada pela simultaneidade entre a presença de maravilhas e a distância cognitiva de cada um com aquelas que deseja acessar. O mediador será, sobretudo, filtro aplicado ao excesso de informações produzidas”
Informação e cidadania: 
O jornalista ajuda a criar o espaço público e o cidadão. A informação gera o interesse comum. 
O homem pode criar o fato, mas não a notícia. O jornal é obrigatório na passagem do que é comum a todos. 
A forma da mediação era do mediador: jornalistas, publicitários e editores, que selecionavam, produziam e difundiam informação. 
Mediador na internet 
Filtra o relevante em meio ao excesso
Divulga fragmentos relevantes de um todo
Aproxima os singulares. Pouco tempo/esforço
Permite cada um encontrar seu público
Garante credibilidade em um terreno vasto e incerto
Personalização: excesso de info/ofertas + disputa pela atenção. Ela pode trazer conforto e viagem simplificará ou aprofundamento de informações, novas descobertas e ampliação de interesses. 
E-COMMERCE: milhões de pessoas online + reviews e experiências de uso e serviço = fonte inesgotável de informação. 
Hiperconectado: Pandemia World of Warcraft + Experimento on-line dos choques + avatares = vida online pode imitar ou estender as interações humanas. Apesar das fronteiras digitais não deixamos para trás o altruísmo, o egoísmo, a ganância, o preconceito, o afeto. 
Novas Tecnologias e Vida Social
Por milhares de anos as interações foram face a face. Ao longo do tempo, tecnologia mudou isso: fogueias, sinos de igreja, livros, alto-falantes, rádio, TV, internet e redes sociais. 
A invenção de cada novo método contribui para um debate que se estende há um século: como a tecnologia afetas nossas vidas. 
Pessimistas: novos meios enfraquecem meios tradicionais de nos relacionarmos. Pessoas se distanciam, se isolam.
Otimistas: tecnologia aumenta, enriquece formas de estabelecermos conexões com as pessoas. 
Otimistas e net: não há obstáculos geográficos, pessoas tímidas ou que seriam estigmatizadas conseguem interagir melhor. Em vez de laços pessoais com um número pequenos de pessoas temos laços tênues comcentenas. 
Embora redes sociais on-line possam ser abstratas e complexas, também refletem tendências humanas, como nosso desejo de interagirmos uns com os outros, de aprendermos, nos divertirmos, etc. 
Pierre Levy
Metáfora do impacto é inadequada, pois é uma metáfora bélica que parece comparar tecnologia com projétil, míssil, pedra... tecnologias são fabricadas pelo homem e aproveitadas e ressignificadas por ele. Ex: Viagra, que foi criada para o coração, mas o homem usa com intuito sexual. 
Diz que em vez de enfatizar o impacto das tecnologias, devíamos pensar que elas são produtos de uma sociedade e cultura. Mas a distinção sociedade, cultura, tecnologia é apenas conceitual. 
Técnica ou técnicas? Não dá pra pensar em técnica de uma maneira geral. Cada uma deve ser analisada levando em conta a ideia do criador, projetos sociais, interesses econômicos e estratégia de poder. 
Desenvolvimentos das cibertecnologias: empresas de software e usuários que procuram aumentar autonomia dos indivíduos. Exemplo: app de taxi, uber... 
Interações síncronas ou assíncronas:
Síncronas: interação face a face que rola simultaneamente 
Assíncrona: interação em que as pessoas nao estao trocando informaçoes no mesmo momento. Ex: e-mail
Interação reativa: envolve uma reação
Interação multua: ajudar a contruir a interação.
 Homo Economicus: decido sem considerar interesse dos outros
Homem Dictyour (em rede): estamos conectados com os outros e também nos importamos com elas.

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