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TEXTO 6 A REVOLUÇÃO DA ASSISTÊNCIA MÉDICA LIDERADA PELO EMPREGADOR

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DA SAÚDE E ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR
A REVOLUÇÃO DA ASSISTÊNCIA MÉDICA LIDERADA PELO EMPREGADOR
Alinne Alves Pessoa Cerutti
 Trabalho da disciplina: Gestão de atuaria em Saúde
 Tutor: Prof.(a) Denilson Nunes dos Santos 
                                   
VITÓRIA-ES
2018
Estudo de Caso de Harvard 
Texto do Fichamento: 
A Revolução da Assistência Médica Liderada pelo Empregador
Nos anos que antecederam a 2009, a Intel no intuito de domar dolorosos custos de assistência médica fez várias abordagens populares. Em busca do encorajamento de empregados e suas famílias a se envolverem mais na aquisição dos seus planos e conhecerem melhor o seu custo real.
Foram exercitadas ofertas denominadas “assistência médica orientada pelo consumidor” como planos com coparticipação alta e prêmios, contas com vantagens tributárias e opções customizáveis.
Isso tudo economizaria no tempo gasto pelo funcionário e melhoraria o acesso às clínicas, para isso clínicas de tratamento foram abertas nas unidades da Intel no Oreon, Novo México e Arizona, ofereciam bem estar e incentivo à ginástica, incluindo exames de saúde anual que resultaria em redução de prêmios e deduções,
Ficou nítido que essas medidas de conscientização e engajamento dos funcionários, não resolveria o problema real que era o constante aumento do custo da assistência médica que funcionários e familiares recebiam.
Os líderes da Intel estavam divididos na resolução da questão. Patrícia MacDonald sugeriu outra proposta, usar o poder de compra da Intel no mercado para influenciar os agentes de Assistência Médica.
Em suma, A Intel iria usar sua experiência em gestão em cadeia de suprimentos para melhorar a qualidade, eliminar desperdícios, reduzindo custos nos dois lados: clínicos e administrativos das empresas locais de assistência médica, enquanto colocando as necessidades de seus clientes-pacientes no centro de tudo que realizavam.
A intenção da Intel era padronizar o sistema de saúde, adotando melhores práticas em processo clínico, adaptadas às suas próprias situações. Essa fonte seria o centro médico Virginia Mason Medical Center em Seattle, era um dos vários provedores dos EUA, que empregavam uma versão do famoso sistema Toyota de Produção, para realizar seus processos lean (livres de atividades que não agregavam valor).
Finalmente a Intel iria recrutar a sua administradora de saúde, Cigna, para contribuir com os dados de reivindicações necessários para estabelecer prioridades e monitorar o processo.
A Intel lançou na Portland metropolitana o modelo da Colaboração de Mercado de Assistência Médica (Healthcare Marketplace Collaborative ou HMC). A HMC, depois de 5 anos trouxe novos processos clínicos para o tratamento de 6 problemas médicos e para o diagnóstico de pacientes de estado de imunização e doenças como diabetes e pressão alta. Avaliar o impacto total do HMC não foi fácil, mas os resultados que puderam ser medidos foram significativos.
A HMC reduziu os custos diretos do tratamento que caíram 24% a 49%, também enfatizou atendimentos com base em evidências eliminando atendimentos desnecessários. Permitiu o acesso mais rápido de pacientes ao atendimento e retorno mais rápido ao trabalho, gerando nível de satisfação alto.
Lindsay Martin liderou um projeto de pesquisa por 2 anos pelo Institute for Healthcare Improment, para identificar iniciativas que melhorassem o sistema de assistência médica do local (EUA), resultando em baixo custo, e melhor experiência do paciente e triplicando a meta de melhoria de saúde e em sua avaliação, o melhor método a ser seguido era o HMC dos doze que o IHI estudou.
Em 2009, MacDonald foi convidada por Richard Taylor, sênior vice-presidente e diretor do RH da Intel, para fazer parte do comitê encarregado de descobrir como manter os custos sobre controle. MacDonald sugeriu que a Intel criasse uma colaboração de assistência médica na Portland metropolitana, o comitê concordou e nasceu o Healthcare Marketplace Collaborative,
A Intel inicialmente convidou a Cigna; a Providence Health & Services, um sistema de saúde multi-estatal e Tuality Healthcare, um pequeno sistema local a se juntarem à colaboração.
A Intel queria mostrar a importância que o valor individual de cada grupo fosse reconhecido para que todos se sentissem iguais e criar uma parceria forte, necessária para superar os desafios.
Para o sucesso dessa parceria a Intel trouxe algumas regras como:
-Estabeleça objetivos comuns: os membros da HMC concordaram em focar em um objetivo que seria de interesse de todos os acionistas, incluindo pacientes: dar atendimento certo, no lugar certo, na hora certa e pelo custo certo para funcionários e familiares.
-Não Reinvente a roda: ao invés de desenvolver novos protocolos, os dois sistemas da HMC aceitaram a proposta da Intel de começar adquirindo conteúdo clínico e processos de trabalho comprovados para não perder tempo e nem dinheiro.
- Seja Flexível: nenhum provedor é igual ao outro em termos de estrutura, tamanho e operações, pensando nisso, a colaboração concordou no início, que Providence e Tuality iriam decidir se ou como adotar cada um dos novos processos clínicos.
- Priorizar com base nos impactos e dificuldades: a Intel pesquisou minuciosamente os dados de reclamações da Cigna e escolheu em quais condições médicas focar, cuja melhoria seria benéfico para seus empregados, seus dependentes e a empresa: como começar com condições menos complicadas e menos arriscadas, padronização de processos.
- Escolha métrica e objetivos simples: os provedores dos EUA precisaram padronizar para medir o progresso. A colaboração escolheu 5 adotados pela colaboração de Seattle e estabeleceu objetivos audaciosos para cada.
- Use uma metodologia de melhorias: o objetivo era fazer com que todos os membros de uma colaboração concordassem sobre usar a mesma metodologia de melhorias,
- Concerte o lado comercial: custos administrativos consomem uma porção enorme do dinheiro que vai para a assistência médica, mais de 25% dos hospitais do EUA. Segundo David Himmelstein em sua análise em 2014. Portanto qualquer mudança para tornar a assistência mais acessível não afetava só o lado clínico, mas também o comercial, foi então usado pelo HCM para tirar atividades que não agregavam valor e desperdícios das operações comerciais, otimizando assim seu sucesso. Concluindo, a Intel animou empregadores a usar o seu poder der compra para liderar a modificação da assistência médica em suas regiões. Isso significa sair na frente na garantia de uma saúde de qualidade para populações locais, na otimização e na redução dos custos para empregados e empresas.

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